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ID
4005355
Banca
IDECAN
Órgão
EBSERH
Ano
2014
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

Inúmeros são os fenômenos cadavéricos estudados, porém seus resultados ainda se apresentam insuficientes para determinar precisamente o tempo da morte, pois, como se sabe, a morte se constitui num processo gradativo e não num momento exato. No entanto, isso não impede que se faça um estudo sobre o assunto e que se procure, dentro de uma análise comparativa de diversos fenômenos, a aproximação de um tempo de morte. Nas primeiras 24 horas post mortem, os elementos mais importantes na estimativa do tempo de morte são a combinação do estudo do(s)

Alternativas
Comentários
  • a concentração de potássio do humor vitreo do cadáver aumenta à medida que se distancia da hora da morte
  • Achei essa questão estranha por dizer que esses são os mais importantes!

    alguém que saiba de algum fundamento para ela, livro ou outra coisa do tipo!

  • Oscilação da temperatura retal.

    Os fenômenos cadavéricos abióticos são aqueles que se tornam evidentes logo após a morte do indivíduo, ainda antes da proliferação bacteriana, e têm curta duração. São exemplos: arrefecimento corporal, aparecimento de livores de hipóstase, dessecamento tegumentar e rigidez cadavérica. Estes ocorrem em todos os casos de morte e praticamente não dependem do modo como ocorreu o evento fatal (CAÑADAS et al, 2003). O arrefecimento corporal, algor mortis, tem início logo que as funções vitais do corpo são cessadas, tais como os processos metabólicos e a circulação sanguínea, que mantêm a temperatura corporal constante em torno de 36ºC. Pelas leis da física, o corpo apresenta a tendência de atingir o equilíbrio térmico com o meio ambiente. Assim, prevê-se que o corpo humano perca em torno de 1ºC por hora após a morte (SWIFT, 2006). Portanto, o controlo da medição da temperatura do cadáver é um método válido para determinar o intervalo post-mortem. Geralmente, a temperatura é obtida de regiões que não estão em contato direto com o meio ambiente, como por exemplo, das axilas e da região retal. Porém, esse método, apesar de fácil e rápido, apenas se mostra confiável para as primeiras 10 horas após a morte. A imprecisão do método de arrefecimento está relacionada com a velocidade a que se atinge o equilíbrio. Esta é uma junção de fatores muito específicos como, a temperatura ambiente, que pode oscilar bastante; a quantidade de tecido adiposo no corpo, que funciona como isolante térmico; o volume corporal total e as vestes que eventualmente cubram o corpo (DAVY, 1839).

    potássio no humor vítreo.

    Fenômenos abióticos (consecutivos são aqueles que vão se estabelecer ao longo do tempo, em função da parada da função metabólica )

    Com o final da rigidez cadavérica, surge o dessecamento tegumentar advindo do fenômeno de relaxamento e flacidez tecidual que tem início entre as 12 e 18 horas após a morte. Nesta fase é possível observar que, ao se fazer pressão nos tecidos, estes não vão retornar à forma anterior. Para além destes fenômenos, existem ainda outras alterações no organismo capazes de fornecerem uma data aproximada da morte. 

    É possível aferir o IPM pelos níveis de potássio no humor vítreo. É sabido que a quantidade de potássio aumenta, progressivamente, à medida que transcorre o tempo após a morte (GARRIDO e RODRIGUES, 2014), sendo que os valores progressivos são confiáveis para os climas quentes, apenas para as primeiras 12 horas posteriores ao óbito. Por outro lado, em climas frios, a precisão pode estender-se por 24 horas. Assim sendo, este método não é aconselhável para ser utilizado na realidade brasileira, ou em países de clima tropical.

  • Oscilação da temperatura retal.

    Os fenômenos cadavéricos abióticos são aqueles que se tornam evidentes logo após a morte do indivíduo, ainda antes da proliferação bacteriana, e têm curta duração. São exemplos: arrefecimento corporal, aparecimento de livores de hipóstase, dessecamento tegumentar e rigidez cadavérica. Estes ocorrem em todos os casos de morte e praticamente não dependem do modo como ocorreu o evento fatal (CAÑADAS et al, 2003). O arrefecimento corporal, algor mortis, tem início logo que as funções vitais do corpo são cessadas, tais como os processos metabólicos e a circulação sanguínea, que mantêm a temperatura corporal constante em torno de 36ºC. Pelas leis da física, o corpo apresenta a tendência de atingir o equilíbrio térmico com o meio ambiente. Assim, prevê-se que o corpo humano perca em torno de 1ºC por hora após a morte (SWIFT, 2006). Portanto, o controlo da medição da temperatura do cadáver é um método válido para determinar o intervalo post-mortem. Geralmente, a temperatura é obtida de regiões que não estão em contato direto com o meio ambiente, como por exemplo, das axilas e da região retal. Porém, esse método, apesar de fácil e rápido, apenas se mostra confiável para as primeiras 10 horas após a morte. A imprecisão do método de arrefecimento está relacionada com a velocidade a que se atinge o equilíbrio. Esta é uma junção de fatores muito específicos como, a temperatura ambiente, que pode oscilar bastante; a quantidade de tecido adiposo no corpo, que funciona como isolante térmico; o volume corporal total e as vestes que eventualmente cubram o corpo (DAVY, 1839).

    potássio no humor vítreo.

    Fenômenos abióticos (consecutivos são aqueles que vão se estabelecer ao longo do tempo, em função da parada da função metabólica )

    Com o final da rigidez cadavérica, surge o dessecamento tegumentar advindo do fenômeno de relaxamento e flacidez tecidual que tem início entre as 12 e 18 horas após a morte. Nesta fase é possível observar que, ao se fazer pressão nos tecidos, estes não vão retornar à forma anterior. Para além destes fenômenos, existem ainda outras alterações no organismo capazes de fornecerem uma data aproximada da morte. 

    É possível aferir o IPM pelos níveis de potássio no humor vítreo. É sabido que a quantidade de potássio aumenta, progressivamente, à medida que transcorre o tempo após a morte (GARRIDO e RODRIGUES, 2014), sendo que os valores progressivos são confiáveis para os climas quentes, apenas para as primeiras 12 horas posteriores ao óbito. Por outro lado, em climas frios, a precisão pode estender-se por 24 horas. Assim sendo, este método não é aconselhável para ser utilizado na realidade brasileira, ou em países de clima tropical.

  • Aos não Assinantes: Gabarito Letra E

  • Gab. E

    O tempo de morte é determinado por vários fatores... Dentre eles a rigidez cadavérica, o resfriamento cadavérico o aparecimento de hipóstases... Os quais podem ser elementos importantes na estimativa do tempo decorrido de morte.

    No entanto, não concordo que o potássio no humor vítreo seja um dos MAIS IMPORTANTES na estimativa de tempo.

    Mas minha opinião não vale de nada, o que importa é acertar questão kkkk

  • Não entendi o erro da letra A

  • Que questão bost...

  • "Pode-se dizer que, nas primeiras 24 h post mortem, a combinação do estudo da concentração do potássio no humor vítreo e a oscilação da temperatura retal são os elementos mais importantes na estimativa do tempo de morte. " Genival Veloso de França 11° edição página 482