De acordo com dados do Ministério da Saúde,
nos últimos anos ocorreu um aumento significativo
no número de transplantes de órgãos em quase
todos os estados brasileiros, situando o Brasil entre
os países que mais realizam transplante no mundo,
com um índice de captação anual de órgãos de,
aproximadamente, seis doadores por milhão de
habitantes.
O transplante é um procedimento cirúrgico
que consiste na substituição de um órgão ou tecido
de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão
ou tecido saudável, de uma pessoa viva ou morta
(doador). Além disso, requer uma avaliação completa
do paciente e cuidados intensivos durante e depois da
cirurgia, correspondendo, muitas vezes, à derradeira
esperança de cura para pessoas com incapacidades
orgânicas terminais e que não obtiveram sucesso
com outros tratamentos.
No entanto, o índice de captação anual de
órgãos, no Brasil, ainda é insuficiente quando
comparado ao de países mais desenvolvidos, que
alcançam números superiores a 22 doadores
por milhão. Esse entrave se encontra fortemente
vinculado à desinformação do meio médico, e da
população em geral, visto que muitos profissionais
da área da saúde desconhecem a legislação vigente
sobre doação e transplante de órgãos.
O nascimento, a vida e a morte dos seres
humanos são processos cada vez mais passíveis de
intervenção pelo próprio homem. Todavia, ao mesmo
tempo que a ciência traz essa possibilidade de
intervenção, a ética vem para servir como elemento
definidor no que diz respeito à necessidade de se
interferir.
Aliada a isto, encontra-se a polêmica que gira
em torno desse tema na sociedade civil e científica.
A ideia de prolongar a vida humana ou de minimizar
o sofrimento das pessoas, oferecendo-lhes uma
possível melhoria em sua qualidade de vida, é uma
premissa que guia o comportamento dos profissionais
da área da saúde que lidam com esses casos e
aqueles que têm à sua volta pessoas com problemas
que as impedem de usufruir normalmente da vida
ou que determinam sua morte prematura. Assim,
a questão da doação e do transplante de órgãos
torna-se complexa na medida em que envolve
aspectos éticos, religiosos e sociais com os quais
aqueles que o defendem têm de se deparar, além das
questões legais que envolvem o assunto.
MELO, Vanessa Costa de. et al. Doação e transplante de órgãos: aspectos éticos e
legais. Disponível em: . Acesso em: mai. 2018. Adaptado.
De acordo com o texto, sobre a doção de órgãos é correto
afirmar: