Leia um trecho do ensaio de Modesto Carone para responder
à questão.
É fato sabido que a trajetória de João Cabral começa num
surrealismo despojado da escrita automática, passa pelo ardor da construção e da lucidez, discute a pureza e a decantação da poesia antilírica e, descartando a desconfiança (então
em moda) quanto à possibilidade de dizer o mundo e os seus
conflitos, assume, de Morte e vida severina em diante, o lado
sujo da miséria do Nordeste.
(Modesto Carone. “Severinos e comendadores”. In: Roberto Schwarz (org).
Os pobres na literatura brasileira, 1983.)
Conforme o comentário de Modesto Carone, João Cabral