Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Na memória, estava sempre garoando quando o Fusca 1959 estacionava na barraca do Gordo, perto do alto da Serra do Mar.
Da janela do carro apertado, na longa viagem até Ubatuba, a única distração era ver as árvores passarem. Ninguém no veículo
conhecia ainda o nome "mata atlântica". Já em Ubatuba o contato era bem mais íntimo. Longas caminhadas por trilhas e pinguelas
para alcançar praias mais distantes.
Pobre de quem nunca caminhou pela mata atlântica nem teve o privilégio de ver um tiê-sangue traçar um risco de fogo no ar.
Poderá ter conhecido as sequoias da Califórnia ou até a floresta amazônica, mas seu conceito de floresta sairá empobrecido.
Uma das maiores concentrações de remanescentes de mata atlântica está em São Paulo. Justamente o estado mais
desenvolvido, mais populoso e mais associado com sua destruição, para ceder lugar ao café e depois à cana-de-açúcar.
Em SP há grandes maciços de mata atlântica na Serra do Mar, no litoral Sul e no Vale do Ribeira. Uma combinação de fatores,
como terrenos íngremes demais para a agricultura, permitiu que escapassem da fronteira de destruição que varreu o estado de leste
a oeste durante o século 20.
(Adaptado de: LEITE, Marcelo. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia)
Atente para as afirmações abaixo.
I. O autor aceita como naturais os efeitos do progresso sobre a mata atlântica, reconhecendo o valor do cultivo do café e da
cana-de-açúcar, e incentiva o leitor a conhecer também as exuberantes sequoias da Califórnia e a floresta amazônica.
II. A geografia de certas áreas do estado de São Paulo, impróprias para a agricultura, contribuiu para que trechos de mata
atlântica fossem preservados.
III. O autor demonstra arrependimento ao constatar que não aprofundou seus conhecimentos científicos sobre a flora da
mata atlântica quando passava por ela de carro, já que, na época, observava as árvores apenas para se distrair.
Está correto o que se afirma APENAS em: