A contaminação dos recursos hídricos pode ocorrer de três maneiras na mineração:
- Por meio do alto consumo de água para beneficiamento do minério;
- Por meio do rebaixamento do lençol freático durante a etapa de extração do minério, diminuindo o fluxo de água dos rios e impactando também a recarga dos aquíferos;
- Possível contaminação das águas por meio de rejeitos com concentração de substâncias tóxicas que são levadas até os recursos hídricos pelo escoamento superficial das águas ou através do solo, o qual, ao contaminar-se, pode também contaminar os recursos hídricos. As minerações de ferro, areia e granito, por exemplo, podem contaminar e poluir as águas pela lama gerada durante o processo de mineração. Essa lama precisa ser contida por barragens.
Alternativas erradas:
a) A calagem é o processo de correção do solo ácido através da cal virgem (uma base que neutraliza o pH ácido). Foi muito utilizado no período da interiorização brasileira (Região C-O) e durante a ditadura militar para garantir a soberania nacional. Porém, tal processo não tem ligação com o Mercúrio.
b) O terraceamento é justamente uma técnica agrícola para contenção da erosão, através de "fazer andares" em um morro, diminuindo a velocidade da chuva (logo, menos sedimentos transportados) e aumentando a infiltração.
c) O Mercúrio é fortemente usado no garimpo, principalmente ilegal, nas regiões de escudos cristalinos (estruturas rochosas onde há possíveis minérios), como na Amazônia para uma liga chamada Amálgama (deixa o ouro mais denso e permite uma penetração mais eficiente, já que o mesmo fica no fundo da peneira)
d) A laterização ocorre principalmente em climas tropicais. Ela, nada mais é, que um processo de infiltração massiva de águas no solo, "lavando" os minerias e deixando apenas o ferro e o alumínio. Na estação seca, esse solo resseca, estando muito ácido e impermeável.
e) Os aterros sanitários que não tem impermeabilização liberam chorume e CH4(gás metano, muito poluente e tóxico). Entretanto, não há correlação com o Mercúrio.