Alternativa: 'd'
O movimento abolicionista, que surgiu no século XIX, teve papel fundamental na aprovação da Lei Áurea, em 1888. Esse movimento reuniu pessoas de diferentes grupos da sociedade que agiram de diferentes maneiras para defender o fim da escravidão dos negros no Brasil. Dentro do movimento abolicionista está também a resistência dos escravos.
Por volta de 1852, as primeiras associações e clubes abolicionistas surgiram pelo país, como a Sociedade Abolicionista Dois de Julho (1852), fundada por jovens estudantes da Faculdade de Medicina da Bahia. Em 1880, políticos importantes, como Joaquim Nabuco e José do Patrocinio, criam, no Rio de Janeiro , a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, que estimula a formação de dezenas de agremiações semelhantes pelo Brasil. Da mesma forma, o jornal O Abolicionista, de Nabuco, e a Revista Ilustrada, de Ângelo Agostini, servem de modelo a outras publicações antiescravistas. Advogados, artistas, intelectuais , jornalistas e políticos engajam-se no movimento e arrecadam fundos para pagar cartas de alforria.
Na província de São Paulo, o ex-delegado, ex-promotor, ex-juíz e jornalista Antônio Bento criou o grupo dos Caifazes. Formado em sua maioria por tipógrafos, artesãos, pequenos comerciantes e ex-escravos, os caifazes auxiliavam na organização e fuga em massa dos escravos das fazendas. Utilizavam as ferrovias para transportar os fugidos, clandestinamente, em muitos casos para cidades como São Paulo e Santos
Os abolicionistas mais radicais defendiam que a abolição deveria acontecer de maneira irrestrita e imediata, isto é, sem transição gradual. Defendiam também a ideia de que os senhores de escravos não deveriam ser indenizados.