TEXTO 4
Desde eras remotas o ser humano extrai da natureza corantes, numa busca incessante pela diversidade de cores. São exemplos, o índigo, extraído da planta Indigofera tinctoria, e a brasileína, da Caesalpinia echinata (pau-brasil), entre muitos outros extraídos de vegetais. No entanto, poucas substâncias de origem animal foram utilizadas como corantes têxteis. Apesar disso, os corantes vermelhos provenientes de insetos, o quermes e a cochinilha, foram muito apreciados. Por exemplo, o Império Romano valorizava-os tanto que era um dos tributos que as nações conquistadas tinham de pagar. O imperador Nero chegou a punir com a morte o uso da púrpura de Tiro, corante obtido a partir de espécies de um molusco do género Murex.
Porém, com o aumento da procura e conseqüente extração desordenada dos corantes naturais, ficou cada vez mais caro e difícil
encontrar estas substâncias. Um exemplo disto é a quase extinção do pau-brasil, árvore da mata atlântica que dá o nome de nosso país. Além
disso, o interesse por cores que não era possível serem encontradas na natureza provocou a necessidade de sintetizar corantes. Foi a partir
de 1856, com a síntese do corante mauveína, que nasceu a indústria química dos corantes artificiais.
Julgue os itens a seguir:
I - O índigo, por ser um corante encontrado na natureza, não reage com o tecido e, portanto, permite uma ligação muito mais intensa.
II - Corantes naturais como a brasileína têm a grande vantagem de serem obtidos de fontes naturais renováveis em curto prazo, além de
serem mais saudáveis aos seres humanos porque não contêm química.
III - A produção de corantes artificiais tem contribuído para a preservação de espécies vegetais e animais, tendo proporcionado a obtenção
de cores bem diversificadas em relação às fontes naturais.
Está(ão) correto(s):