Leia o texto para responder à questão.
Os temores de uma recaída na recessão econômica, que
assombraram o país na virada do primeiro para este segundo
semestre, estão afastados. Menos claro, porém, é se os
indicadores a apontar alguma melhora bastarão para sustentar uma retomada mais sólida.
O pior do pessimismo se dissipou com a divulgação do
crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto no segundo
trimestre, o equivalente a 1,6% em termos anualizados. Particularmente favorável foi o desempenho dos investimentos,
com alta de 3,2% no período (taxa anualizada de 13,4%).
Entretanto os resultados não serão suficientes para evitar
o terceiro ano consecutivo de expansão pífia do PIB, na casa
de 1% ou menos – e, para 2020, muito poucos acreditam em
algo acima de 2%.
De todo modo, os dados preliminares do terceiro trimestre sugerem continuidade. O varejo se destaca, com desempenho positivo nos últimos meses. A construção civil, setor
mais atingido pela crise, também ensaia uma recuperação.
A indústria, no entanto, permanece frágil. Além dos problemas existentes desde antes da recessão, houve o impacto
da crise argentina. A queda das exportações do setor chegou
a 40% nos oito primeiros meses de 2019, na comparação
com o mesmo período de 2018.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 30.09.2019. Adaptado)
Com base em Marcuschi (2008), o editorial está no domínio discursivo