Leia o poema de Mário Quintana para responder à questão.
Quem ama inventa
Quem ama inventa as coisas a que ama...
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revoo sobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!
(Quintana de bolso, 2006.)
Ocorre objeto direto preposicionado quando, principalmente
nos verbos que exprimem sentimentos ou manifestações de sentimento, se deseja encarecer a pessoa ou ser personificado a quem
a ação verbal se dirige ou favorece.
(Evanildo Bechara. Moderna gramática portuguesa, 2005. Adaptado.)
A definição de Bechara é exemplificada com o seguinte verso
do poema: