SóProvas


ID
4149889
Banca
FCM
Órgão
IF Baiano
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto a seguir. Leia-o, atentamente, antes de marcar a resposta correta.


Uns craseiam, outros ganham fama

Ferreira Gullar 

    Foi em 1955 que ganhei um exemplar do livro "Tudo sobre a Crase". Tomei o ônibus que me levaria à Revista Manchete, comecei a ler o livro e, antes de descer, já havia sacado um aforismo: "A crase não foi feita para humilhar ninguém".

    Esse primeiro aforismo desencadeou uma série de outros, que publiquei, meses depois, no suplemento literário do Diário de Notícias. A verdade é que, já na semana seguinte à publicação, os estudantes universitários de Curitiba, que estavam em greve, puseram uma faixa no refeitório com o meu aforismo. Mas, numa entrevista a um jornal do Recife, um crítico literário o atribuiu a Paulo Mendes Campos.

   Não gostei, mas não dei muita importância, pois, no final das contas o que importa são meus poemas, que até agora ninguém atribuiu a outro poeta.

     A vida seguiu até que alguém, escrevendo sobre erros gramaticais, citou o aforismo como sendo de Otto Lara. Comecei a ficar grilado, mas me tranquilizei, lembrando que o Otto deve ter me citado e o cara não guardou meu nome. Mas não demorou muito e a autoria do mesmo aforismo foi atribuída a Machado de Assis e, em seguida, a Rubem Braga.

   Este, porém, já a par da confusão que se armara, decidiu esclarecer as coisas: publicou uma crônica afirmando que o verdadeiro autor do aforismo, agora tão citado, era o poeta Ferreira Gullar. Fiquei felicíssimo.

    Já estava tranquilo, certo de que finalmente me tornara autor do aforismo, quando, faz uns três domingos, surge um artigo afirmando que "Carlos Drummond escreveu: 'A crase não foi feita para humilhar ninguém'". Minha esperança é que, no futuro, alguém mal informado atribua a mim, ainda que por equívoco, a autoria do aforismo que é meu.

(Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq3107201123.htm>. Acesso em: 09 maio. 2017.)

“Tomei o ônibus que me levaria à Revista Manchete, comecei a ler o livro e, antes de descer, já havia sacado um aforismo.” (1º parágrafo)


O valor semântico que se estabelece entre as frases desse período é de

Alternativas
Comentários
  • GAB. A.

    “Tomei o ônibus que me levaria à Revista Manchete, comecei a ler o livro e, antes de descer, já havia sacado um aforismo.”

    Conjunção Aditiva, assim como:

    e, nem (e não), não só... mas tb, não só... como tb, bem como, não só... mas ainda.

    A cada dia produtivo, um degrau subido. HCCB

    Estudar é um privilégio! AGRADEÇA!