SóProvas


ID
4164844
Banca
CPCON
Órgão
Prefeitura de Soledade - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atente às sentenças a seguir e responda o que se pede:

I. Devo ir à Fortaleza e em seguida à Curitiba.
II. O investigador ficou a mercê do bandido na esquina
III. Nunca mais fico a noite, a partir das 11, na rua.
IV. Refiro-me, na política, às pessoas hipócritas e mentirosas.

Pode-se afirmar que o uso CORRETO do acento marcador da crase se apresenta apenas na(s) sentença(s):

Alternativas
Comentários
  • Quem vai A, volta DA, crase há

    Quem vai A, volta DE, crase pra quê?

    GAB-D

  • a noite não tem crase??
  • A questão já deixa claro: ''Marque as alternativas corretas (COM CRASE) ou seja a segunda e terceira opção já excluirmos =D

    Na primeira.[ERRADO] Temos o velho clichê, que de fato funciona nesse caso: Quem vai A, volta DA, crase há.

    GAB: D

  • GABARITO -D

    I. Devo ir à Fortaleza e em seguida à Curitiba.

    Quem vai (a ) e volta de = sem crase.

    Volto de Fortaleza

    Volto de Curitiba

    ---------------------------------------------------------------

    II. O investigador ficou a mercê do bandido na esquina

    usamos crase nas locuções prepositivas femininas : à custa de, à procura de, à mercê de, à moda de....

    ---------------------------------------------------------------------

    III. Nunca mais fico a noite, a partir das 11, na rua.

    Todo adjunto adverbial de tempo, de modo e de lugar feminino recebe o acento indicador de crase.

     

    ------------------------------------------------------------------------------

    IV. Refiro-me, na política, às pessoas hipócritas e mentirosas.

    Refiro-me aos homens

    -------------------------------------------------------------------------

    José Maria.

    https://gramaticaonline.com.br/quando-a-expressao-a-noite-recebe-o-acento-indicador-de-crase/

  • I. Devo ir à Fortaleza e em seguida à Curitiba.

    ir à Fortaleza > volto de Fortaleza, se vou a e volto de, crase pra quê?

    II. O investigador ficou a mercê do bandido na esquina

    a mercê do > se fosse à mercê de, teríamos crase, pois se trataria de uma locução prepositiva.

    III. Nunca mais fico a noite, a partir das 11, na rua.

    a partir das > não se usa crase antes do verbo.

    IV. Refiro-me, na política, às pessoas hipócritas e mentirosas.

    às pessoas > indicação de pessoa a quem se faz alguma coisa, crase obrigatória.

  • A pergunta da questão é bem tosca, confunde

  • A questão em tela versa sobre regra de crase e quer saber qual item faz uso corretamente da crase.

    "Emprega-se o acento grave nos casos de crase e aqueles indicados em emprego do à acentuado.

    1.º) Na contração da preposição a com as formas femininas do artigo o ou pronome demonstrativo o: à (de a+a), às (de a+as).

    2.º) Na contração da preposição a com o a inicial dos demonstrativos aquele, aquela, aqueles, aquelas, e aquilo ou ainda da mesma preposição com compostos aqueloutro e suas flexões: àquele(s), àquela(s), àquilo, àqueloutro(s), àqueloutras(s).

    3.º) Na contração da preposição a com os pronomes relativos a qual, as quais: à qual, às quais.

    Ocorre a crase nos seguintes casos principais:

    Diante de palavra feminina, clara ou oculta, que não repele artigo:

    ▪Fui à cidade / voltei da cidade 

    ▪Fui a Copacabana/ voltei de Copacabana ( se não houver o “da” não há crase)

    Diante do artigo a e dos demonstrativos aquele, aquela, aquilo:

    ▪Referiu-se àquele que estava do seu lado

    Diante de possessivo em referência a substantivo oculto:

    ▪Dirigiu-se àquela casa e não à  sua. 

    Diante de locuções adverbiais constituídas de substantivo feminino:

    ▪Às vezes, às claras, às ocultas, às escondidas, às três da manhã

    Após vermos os conceitos, iremos analisar cada item. Analisemos:

    I. Devo ir à Fortaleza e em seguida à Curitiba.

    Incorreta. Diante de topônimos (nomes de lugares) que aceitam o artigo, pode-se colocar a crase. Faça o esquema: fui a Fortaleza, voltei de Fortaleza (se puder colocar o da quando voltar, então aceita a crase.)

    Fui a Curitiba, voltei de Curitiba. Logo, não crase .

    II. O investigador ficou a mercê do bandido na esquina

    Incorreta. O termo "a mercê de" é uma locução prepositiva (2 ou mais palavras que inciam e terminam em preposição com mesmo valor de preposição), que inicia com a preposição "a" e tem o seu núcleo feminino, assim ocorrerá a crase.

    "À mercê de"

    III. Nunca mais fico a noite, a partir das 11, na rua.

    Incorreta O termo "a noite" é uma locução adverbial que inicia com a preposição "a" e tem seu núcleo feminino, nesse caso, ocorrerá a crase

    "À noite"

    IV. Refiro-me, na política, às pessoas hipócritas e mentirosas.

    Correta. O verbo "referir" é transitivo indireto no casco acima e rege a preposição "a", pessoas é um substantivo feminino que aceita o artigo "as", dessa forma ocorre a união entre ambas as vogais idênticas (A + A = À)

    O único item correto é o IV.

    Referência bibliográfica: BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 39 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.

    GABARITO: D