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ID
4190668
Banca
UERJ
Órgão
UERJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Quando chegar o feliz momento da abolição, não será devido nunca à inclinação sincera do povo ou do governo, a menos que venham a sofrer grande mudança. Pois quase me aventuraria a dizer que não há dez pessoas em todo o Império que considerem esse comércio um crime ou o encarem sob outro aspecto que não seja o de ganho e perda, de simples especulação mercantil, que deve continuar ou cessar conforme for vantajoso ou não. Acostumados a não fazer nada, os brasileiros em geral estão convencidos de que os escravos são necessários como animais de carga, sem os quais os brancos não poderiam viver.

HENRY CHAMBERLAIN, agente diplomático britânico, em 31/12/1823.

Adaptado de SOUSA, O. T. Fatos e personagens em torno de um regime. Rio de Janeiro: José Olympio, 1960.


Após a emancipação política do Império do Brasil, o debate sobre o fim do tráfico intercontinental de escravos e da escravidão esteve em pauta, como abordado por Henry Chamberlain em 1823.

Naquele contexto, de acordo com o diplomata britânico, as resistências à abolição do tráfico e da escravidão estavam associadas à conjuntura de:

Alternativas
Comentários
  • ?

  • Interpretação de texto

    " Acostumados a não fazer nada, os brasileiros em geral estão convencidos de que os escravos são necessários como animais de carga, sem os quais os brancos não poderiam viver."

    a alternativa que melhor associa-se ao texto é a

    A- Desqualificação braçal

  • Na minha humilde opinião, uma alternativa não anula a outra. Quando ele retrata que a sociedade brasileira tem esse vínculo (ofensivo), não há como não associar a vigência de uma sociedade burguesa, pautada em diretrizes preconceituosas que reverberam até o presente. Há, por estudo crítico, uma falha na estrutura jurídica sim. Existem três alternativas coerentes. Associar que brasileiros não são acostumados a fazer nada é uma generalização, que se deixa claro pelo teor eurocêntrico nesse excerto.