Para alguns ainda é difícil acreditar que a escravidão exista nos dias atuais, ou pelo menos, com características tão semelhantes à sua forma clássica. Comprar e vender pessoas é o que organizações de tráfico de Seres Humanos fazem, conseguindo dessa forma auferir grandes somas de lucros, “[...] que vem se traduzindo na banalização da vida humana, na violêcia escondida no fetiche do dinheiro e da mistificação do capital ao impregnar todos os espaços e esferas da vida social” (IAMAMOTO, 2007, p.144).
Atualmente, o tráfico de seres humanos adquire novas feições, e ganha estatus de questão social, compreendida como decorrente do conjunto de contradições engendradas pela relação capital/ trabalho. Este fenômeno possui múltiplas dimensões, de ordem econômica, cultura, social e psicológica. O enfrentamento ao crime torna-se difícil, dada a dificuldade da identificação dos casos, que por vezes, são confundidos com outros crimes, Dessa forma, o tráfico acaba sendo invisilizando no tecido social.
Obs: O cespe recentemente cobrou uma questão afirmando que a escravidão é expressão da questão social.