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ID
4199215
Banca
COPESE - UFT
Órgão
UFT
Ano
2019
Provas
Disciplina
Literatura
Assuntos

Leia os fragmentos para responder a QUESTÃO .

Texto I
O Juiz Valério alegrava-se com a aproximação da comissão. Acreditava em justiça, em lei, achava que o governo fosse dotado de uma clarividência que o comum dos homens não possuía, de uma reta intenção de punir o mal e premiar o bem. Daquele recanto tão afastado, Governo era assim algo de sobre-humano e inatacável. Antes porém que a Comissão chegasse ao [Vila do] Duro, aportaram ali notícias do que era ela. Era como o vento que precede a chuva braba. Quem vinha chefiando a comissão era um juiz togado, com assento em Porto Nacional, formado pela Faculdade do Recife, com militança no Foro de Salvador e Belém do Pará, homem de estudo, homem de preparo, homem sabido e corrido.

Fonte: ÉLIS, Bernardo. O tronco. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, p.15. (fragmento). (adaptado).


Texto II
Sucedeu então vir o grande sujeito entrando no lugar, capiau de muito longínquo: tirado à arreata o cavalo raposo, que mancara, apontava de noroeste, pisando o arenoso. Seus bigodes ou a rustiquez – roupa parda, botinões de couro de anta, chapéu toda a aba – causavam riso e susto. Tomou fôlego, feito burro entesa orelhas, no avistar um fiapo de povo mas a rua, imponente invenção humana. Tinha vergonha de frente e de perfil, todo o mundo viu, devia também de alentar internas desordens no espírito.

Fonte: ROSA, João Guimarães. Tutaméia (Terceiras estórias). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 58. (fragmento).

Os fragmentos das obras de Bernardo Élis e de João Guimarães Rosa narram, respectivamente, a notícia da chegada de um viajante e a chegada de outro viajante. É CORRETO afirmar que os narradores:

Alternativas
Comentários
  • O texto I deixa explícito já no primeiro período que se trata do imaginário do viajante. Já o texto II torna duvidosa a interpretação que se pode tirar dele pois (na minha inferência) não há imaginário do viajante, e sim do autor em terceira pessoa.