SóProvas


ID
4205863
Banca
IBFC
Órgão
HMDCC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

Nem anjo nem demônio

Desde que a TV surgiu, nos anos 40, fala-se do seu poder de causar dependência. Os educadores dos anos 60 bradaram palavras acusando-a de “chupeta eletrônica”. Os militantes políticos creditavam a ela a alienação dos povos. Era um demônio que precisava ser destruído. Continuou a existir, e quem cresceu vendo desenhos animados, enlatados americanos e novelas globais não foi mais imbecilizado – ao menos não por esse motivo. Ponto para a televisão, que provou também ser informativa, educativa e (por que não?) um ótimo entretenimento. Com exceção da qualidade da programação dos canais abertos, tudo melhorou. Mas começaram as preocupações em relação aos telespectadores que não conseguem dormir sem o barulho eletrônico ao fundo. Ou aos que deixam de ler, sair com amigos e até de namorar para dedicar todo o tempo livre a ela, ainda que seja pulando de um programa para o outro. “Nada nem ninguém me faz sair da frente da TV quando volto do trabalho”, afirma a administradora de empresa Vânia Sganzerla.

Muitos telespectadores assumem esse comportamento. Tanto que um grupo de estudiosos da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, por meio de experimentos e pesquisas, concluiu que a velha história do vício na TV não é só uma metáfora. “Todo comportamento compulsivo ao qual a pessoa se apega para buscar alívio, se fugir do controle, pode ser caracterizado como dependência”, explica Robert Kubey, diretor do Centro de Estudos da Mídia da Universidade de Rutgers. 

Os efeitos da televisão sobre o sono variam muito. “Quando tenho um dia estressante, agitado, não durmo sem ela”, comenta Maurício Valim, diretor de programas especiais da TV Cultura e criador do site Tudo sobre TV. Outros, como Martin Jaccard, sonorizador de ambientes, reconhecem que demoram a pegar no sono após uma overdose televisiva. “Sinto uma certa irritação, até raiva, por não ter lido um bom livro, namorado ou ouvido uma música, mas ainda assim não me arrependo de ver tanta TV, não. Gosto demais.” É uma das mais prosaicas facetas desse tipo de dependência, segundo a pesquisa do Centro de estudos da Mídia. As pessoas admitem que deveriam maneirar, mas não se incomodam a ponto de querer mudar o hábito. Sinal de que tanto mal assim também não faz.

(SCAVONE, Míriam. Revista Claudia. São Paulo: Abril,

abr. 2002. P.16-7) 

Considerando o modo pelo qual o assunto é apresentado no texto, é possível perceber o predomínio da seguinte função da linguagem:

Alternativas
Comentários
  • Alternativa: D

    Função referencial: Traz a informação de modo direto e objetivo, predominante nos textos de caráter cientifico e é privilegiado nos textos jornalísticos.

  • remetente = emissor = função emotiva = 1 pessoa (eu amo, eu sofro, eu perco)

    destinatário= receptor= função conotativa ( apelativa) = 2 pessoa ( comerciais, pois o objetivo é persuadir o destinatário)

    Contexto ( função referencial/ denotativa) da mensagem (corpo do texto função poética)

    Contato ( função fática/ evidência o canal de comunicação, exemplo: Alô! você está me ouvindo? ) código ( função metalinguística/ evidência o código, se o texto fala do próprio texto, exemplo: dicionário)

  • REFERENCIAL - DENOTATIVA

    Destaca o caráter imparcial da informação.

    Ex.: notícias, artigos científicos.

  • FUNÇÕES DA LINGUAGEM

    Cada função da linguagem é referente a um elemento da comunicação.

    1- EMOTIVA:

    O importante é o EMISSOR;

    Predomínio da visão de mundo do EMISSOR;

    Presença da PRIMEIRA PESSOA;

    2-APELATIVA ou CONOTATIVA:

    É um apelo/um pedido;

    O importante é o RECEPTOR;

    Diálogo direto com o leitor;

    Predomínio de VERBOS NO IMPERATIVO;

    3- FUNÇÃO FÁTICA:

    Testa o Canal;

    Presença de INTERJEIÇÃO como "oi", "alô";

    Comum em textos que se constituem como diálogos;

    4- FUNÇÃO METALINGUISTICA: (O código explicando o próprio código)

    A tirinha falando da tirinha;

    A poesia falando da poesia;

    O autor falando do autor;

    CONCEITOS, GRAMATICAS, DICIONÁRIOS são exemplos de METALINGUAGEM;

    5-FUNÇÃO REFERENCIAL

    Tem como objeto o REFERENTE, ou seja, o ASSUNTO;

    É OBJETIVO, DIRETO, CONCISO e não admite mais de uma interpretação.

    6- FUNÇÃO POETICA

    Tem como objeto a MENSAGEM, ou seja, importa-se com a forma como a mensagem é dita;

    É subjetivo, cheio de recursos estilísticos, possui figuras de linguagem, ritmo, rima e admite mais de uma interpretação;

    FONTE: Prof. Marina Couta Ribeiro, educadora e escritora.

    ESPERO TER AJUDADO.

    FORÇA E HONRA.

  • Nos dias de hoje, o mesmo texto poderia ser escrito só que trocando o vício em TV pelo vicio em celular e internet

  • FUNÇÃO METALINGUÍSTICA: Centraliza-se no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, um texto que comenta outro texto.

    FUNÇÃO APELATIVA (OU CONATIVA): Centraliza-se no receptor, o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. 

    FUNÇÃO EMOTIVA (OU EXPRESSIVA): Centraliza- se no emissor, revelando sua opinião, sua emoção, a sua impressão sobre algo.

    FUNÇÃO REFERENCIAL (OU DENOTATIVA): Centraliza-se no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade.