Na maioria das narrativas de Clarice Lispector integrantes da coletânea “Laços de família”, o processo de
descoberta individual por que passam as personagens não implica a solução dos problemas aparecidos, mas o
estabelecimento de um conflito, que, antes, era latente. No conto “Os laços de família”, todavia, a protagonista, após
se conscientizar do artificialismo que rege a convívio familiar, rompe com aquele estado de coisas, desvencilhando-se
definitivamente dos “laços” que lhe atrapalhavam a individualidade, pegando seus pertences e abandonando esse lar
impiedoso.