ITEM ERRADO
Absenteísmo – definido como o não-comparecimento do funcionário ao trabalho. Obviamente, é difícil para uma organização operar tranquilamente e atingir seus objetivos se seus funcionários não comparecem para trabalhar. O fluxo do trabalho é interrompido e frequentemente decisões importantes precisam se postergadas.
Embora o absenteísmo tenha um impacto negativo sobre a organização, podemos observar algumas situações em que a empresa se beneficia com a decisão do funcionário de faltar ao trabalho. Por exemplo, doença, estafa ou excesso de estresse podem reduzir significativamente a produtividade de um funcionário. Nas situações em que o profissional precisa estar sempre atento – cirurgiões e pilotos de avião são bons exemplos -, será melhor para a organização que eles faltem ao trabalho em vez de apresentar um desempenho ruim. O custo do erro nestas funções é grande demais.
A título de curiosidade: o alcoolismo é o terceiro motivo para absenteísmo no trabalho, a causa mais freqüente de aposentadorias precoces e acidentes no trabalho e a oitava causa para concessão de auxílio doença pela Previdência Social.
Conforme Michel (2000), pelo menos 5% dos funcionários brasileiros de qualquer empresa são quimicamente dependentes, com uma produtividade reduzida em cerca de 25%. Este mesmo autor afirma que, embora o alcoolismo implique sérias e reais conseqüências, as organizações, em geral, tanto privadas quanto públicas, denegam esta problemática, o que se percebe através da falta de conscientização e de uma relutância em focalizar o problema. Pode-se então considerar o alcoolismo como um problema nas organizações, e suas conseqüências podem ser percebidas observando-se os seguintes aspectos no comportamento dos trabalhadores (Vaissman, 2004):
Absenteísmo: faltas não autorizadas, licenças por doença, freqüente nas segundas, sextas, ou antes e depois de feriados, etc.
Ausências no período da jornada de trabalho: atraso excessivo após almoço ou intervalo, saída antecipada, idas freqüentes a banheiro, bebedouro, sala de descanso, etc.
FONTE: MICHEL, O. R., Alcoolismo e drogas de abuso: problemas ocupacionais e sociais: a realidade do trabalhador brasileiro, Rio de Janeiro: Revinter, 2000?
VAISSMAN, M., Alcoolismo no trabalho, Editora Fiocruz e Garamond, 2004