Complementando o comentário de Fernando Silva, acima, a crise energética também aconteceu devido à intensa e rápida industrialização brasileira (com a urbanização como decorrência desta última) que fez com que cada vez mais dependêssemos de petróleo e, sobretudo, energia elétrica. Justamente por isso, os governos militares passaram a investir no setor elétrico.
Primeiro o Brasil tentou fechar um acordo com a Alemanha no Governo Geisel, em 1975. Tal acordo se chamou Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, com o objetivo de tornar autônoma as iniciativas nacionais para o desenvolvimento de energia nuclear e eliminar a dependência de tecnologia americana (até então utilizada pelo país) para desenvolver suas pesquisas.
Por pressões externas e internacionais (sobretudo dos EUA) para que o Brasil não avançasse nesse sentido, o país acabou abandonando o projeto e dando seguimento ao desenvolvimento de energias de base hidráulica, hidrelétricas, sobretudo com o início da construção de ITAIPU, em conjunto com o governo do Paraguai, o qual também envolveu um contencioso com a Argentina (que também tinha o objetivo de construir uma hidrelétrica no mesmo rio).
Enfim... a crise energética não ficou restrita apenas ao petróleo, mas também à nossa matriz elétrica.