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ID
4838398
Banca
Exército
Órgão
EsFCEx
Ano
2020
Provas
Disciplina
História
Assuntos

As ideias separatistas nasciam do profundo desequilíbrio entre o poder político e o poder econômico que se observava nos fins do Império, oriundo do empobrecimento das áreas de onde provinham tradicionalmente os elementos que manipulavam o poder e concomitantemente do desenvolvimento de outras áreas que não possuíam a devida representação no governo.
As transformações econômicas e sociais que se processam durante a segunda metade do século XIX acarretam o aparecimento de uma série de aspirações novas provocando numerosos conflitos. [...]

(Emília Viotti da Costa. Da Monarquia à República: momentos decisivos. Fund. Ed. Unesp, 1999)

Para Emília Viotti da Costa, o tal “desequilíbrio entre o poder político e o poder econômico” refere-se

Alternativas
Comentários
  • A historiadora Emília Viotti da Costa escreveu o Livro “Da Monarquia a República: Momentos decisivos" no qual demonstra um panorama da formação e do caráter da sociedade brasileira, tendo como recorte temporal desde o processo de independência até o período republicano. 
    Após a proclamação da República, o controle do aparelho de Estado passa a ser feito pelas oligarquias rurais e principalmente pelos cafeicultores do sudeste brasileiro , principalmente de SP, na esfera federal. Através da política dos governadores, as oligarquias cafeeiras conseguiam autonomia para usar a estrutura política do Estado para o desenvolvimento da economia cafeeira. O desafio era a estabilização econômica para que a produção cafeeira brasileira fosse lucrativa. O período em destaque é alvo de inúmeras pesquisas e publicações. 

    Umas mais tradicionais e outras mais contemporâneas. Especial destaque para as publicações de Emília Viotti da Costa, Edgard Carone e Boris Fausto. Uma das alternativas indica o desequilíbrio entre os poderes econômico e político que marcou o final do período monárquico. 
    A) INCORRETA - As Províncias de Minas Gerais e de São Paulo estavam unidas contra as políticas do Império, sendo parte integrante do Movimento Republicano. Ambas utilizavam a mão de obra escrava a princípio e estavam inserindo paulatinamente o trabalhador livre imigrante. 
    B) INCORRETA - A mão de obra predominante na produção cafeeira era, em algumas áreas, a escrava, o que só chegou ao seu fim com a Abolição, em 1888. Os fazendeiros do Oeste Paulista e de Minas Gerais buscavam mais qualidade técnica com a mão de obra imigrante que possuía conhecimento prévio sobre o cultivo de café. 
    C) INCORRETA - O Partido Conservador desejava a manutenção da escravatura. Contudo, caso a abolição fosse inevitável os proprietários de terra deveriam ser ressarcidos pela propriedade perdida. Entendemos que esta propriedade perdida seria a dos africanos escravizados. 
    D) INCORRETA - As duas ultimas décadas do Império foram marcadas por duas reformas: a Lei do Terço, em 1875, e a Lei Saraiva de 1881. A primeira permitiu a inserção das minorias na Câmara dos Deputados e teve o assento da maioria de liberais. Na segunda, conseguiu-se rever a participação do eleitorado e reduziu-se, segundo o autor Alexandre Bazilio em sua tese Reformas eleitorais no final do Império: a reinvenção do cidadão brasileiro (1871-1889), em 90% o eleitorado nacional. Mas isso não significou a perda de importância do centro sul.
    E) CORRETA - Os barões do café do Vale do Paraíba estavam fortemente ligados à Monarquia e possuíam, dessa forma, uma grande influência política, pois as terras que estavam localizados seus cafezais eram sesmarias doadas por D. João VI. Os cafeicultores do oeste paulista se uniram ao movimento republicano com a intenção de ascender ao poder quebrando com a ordem oligárquica ligada a D. Pedro II, para que alcançassem maior relevância política. Economicamente, a partir de 1880, as fazendas do Oeste Paulista prosperaram em virtude do aumento da exportação, da introdução da mão de obra livre imigrante e da excelência do solo. 

    Gabarito do Professor: Letra E.