Segundo pesquisadores, a história evolutiva dos cipós
do gênero Amphilophium exemplifica o fluxo de espécies
entre a Amazônia e a Mata Atlântica. “Hoje, as espécies
do gênero se dividem entre os dois biomas, mas a genealogia mostra que a população ancestral provavelmente
ocupava ambos os biomas e deve ter sido separada por
florestas secas do Brasil Central, formando uma barreira
natural”, diz a botânica Lúcia Garcez Lohmann, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo
(IB-USP). Na Mata Atlântica, esses cipós começaram a
se diversificar impelidos pela geografia montanhosa que
recortava as populações originais, levando à formação
de 27 espécies de Amphilophium.
(Revista Pesquisa FAPESP, jun. 2020)
O processo descrito para os cipós do gênero
Amphilophium nos biomas Amazônia e Mata Atlântica
é uma consequência de