As dificuldades enfrentadas na América do Sul para controlar a entrada, o comércio e a distribuição das drogas são enormes. O Brasil aparece em todos os relatórios dos países com os quais faz fronteira, tais como a Venezuela, o Peru, a Bolívia e a Colômbia, e é responsabilizado pela falta de controle e fiscalização da passagem de drogas.
O Brasil é um dos maiores consumidores de cocaína do mundo.
E, é importante rota de passagem desde mais ou menos a década de 1980, através dos chamados “ corredores amazônicos", quando tropas norte- americanas ocuparam o Panamá e passaram a ter mais controle sobre o espaço aéreo do Caribe. O cartel de Medellin, então, passou a inserir o Brasil na rota do tráfico, o que estimulou o consumo no país. Esta é a parte da afirmativa que está correta.
No entanto, o Brasil não é um grande produtor da planta epadu, que propicia a produção de cocaína. É verdade que existe o cultivo em regiões de fronteira com o Peru. Segundo a ABIN ( Agência Brasileira de Inteligência)
“ índios brasileiros fizeram o plantio. O relatório (2005) foi enviado para a direção da PF em Brasília. As plantações de epadu estão surgindo nas margens de afluentes dos rios. Muitos índios cultivam a planta para rituais. Segundo Polícia, ocorrem pequenos plantios também na divisa do Brasil com a Colômbia e a Bolívia. De acordo com as informações da PF, os plantios de epadu não seriam para o refino de cocaína, a plantação seria apenas para o consumo nas aldeias. Os índios torram a folha do epadu e misturam com folhas de embaúba, de onde extraem um pó grosso para mastigar". www2.senado.leg.br/bdsf
A Polícia Federal descartou então, assim como em 2019 , a existência de plantações de grande porte que estivessem vinculadas à rota de comércio de cocaína. Mas, a região amazônica pode ser considerada uma “região-trânsito", que propicia oportunidade de expansão e articulação dos negócios dos narcotraficantes, principalmente da droga que vem dos Andes, por onde a criminalidade despacha a droga para mercado brasileiro, europeu e africano.
A partir das informações obtidas em relatório da ABIN e em trabalho de Micheline Teixeira de Freitas Sousa, Laura Maria da Silva e Daniele Dionisio da Silva, apresentado no FOMERCO ( Fórum Universitário Mercosul) em setembro de 2019 pode ser inferido que a afirmativa apresentada está incorreta.
Gabarito do Professor: ERRADO