SóProvas


ID
4865236
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
Prefeitura de Porto Calvo - AL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

[...]
Operário não pode sonhar, Quinzinho, não pode. A vida não é para sonhos. Tudo realidades vivas, cruéis. A luta com a vida. [...]
A tua mãe já não chora, Quinzinho, não chora porque é forte. Já viu morrer outros filhos. Nenhum morreu como tu. Despedaçado pela máquina que te escravizava e que tu amavas.
Eu também aqui no meio dos teus amigos. Mas não vou triste. Não. Porque uma morte como a tua constrói liberdades futuras. E haverá a quem as máquinas não despedaçarão, pois as máquinas serão escravas deles, que as hão de idealizar, construir.
[...]
VIEIRA, Luandino. Quinzinho. In: A cidade e a infância. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 87.

De acordo com as ideias retratadas no texto, dadas as afirmativas,

I. As observações do narrador revelam o olhar crítico para uma realidade que explora o trabalhador.
II. Mesmo diante da morte, o narrador afirma a crença em um futuro potencialmente melhor.
III. O narrador acredita que haverá um momento em que essa relação será invertida e os seres humanos conseguirão libertar-se da posição servil em que se encontram.

verifica-se que está(ão) correta(s)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    Todas as alternativas estão corretas.

    A - [Correta] - "Operário não pode sonhar", neste trecho, além dos outros, podemos perceber a crítica.

    B - [Correta] - "Mas não vou triste. Não. Porque uma morte como a tua constrói liberdades futuras.", neste trecho, além de outros, podemos perceber a visão, e espera por um futuro melhor.

    C - [Correta] - "E haverá a quem as máquinas não despedaçarão, pois as máquinas serão escravas deles, que as hão de idealizar, construir.", mesma coisa por aqui!