A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e sua manifestação clínica em fase avançada, a
síndrome da imunodeficiência adquirida (aids), ainda representam um problema de saúde pública de grande
relevância na atualidade, em função do seu caráter pandêmico e de sua transcendência. As pessoas
infectadas pelo HIV, sem tratamento, evoluem para uma grave disfunção do sistema imunológico, à medida
que vão sendo destruídos os linfócitos T CD4+, uma das principais células-alvo do vírus. A história natural
dessa infecção vem sendo alterada, consideravelmente, pela terapia antirretroviral (TARV), iniciada no Brasil
em 1996, resultando em aumento da sobrevida das pessoas, mediante reconstituição das funções do sistema
imunológico e redução de doenças secundárias.