Em 1835, a população pobre e a elite unem-se para derrubar o governo da província. Amotinados e sob a liderança dos fazendeiros FÉLIX CLEMENTE MALCHER e FRANCISCO PEDRO VINAGRE, os cabanos EXECUTAM o Governador Bernardo Lobo de Sousa. Na ocasião, outras autoridades também foram executadas.
Para governar o Grão-Pará, os revoltosos escolhem então Clemente Malcher.
Na ocasião, os revoltosos se apoderaram dos armamentos legalistas e se fortaleceram ainda mais. Fortalecida, a rebelião espalha-se pelo interior da província.
Clemente Malcher, porém, trai o movimento e, após acordo com o Governo Regencial, tenta reprimir os revoltosos, mandando prender EDUARDO ANGELIM, um dos líderes revoltosos.
Após um sangrento conflito, Malcher é morto pelos cabanos e substituído por Francisco Vinagre.
Resposta: D
Uma breve linha do tempo acerca da Cabanagem:
Violeta revolta popular ocorrida entre 1835 e 1840, na província do Grão-Pará (Amazonas, Pará, Amapá, Roraima e Rondônia).
O Grão-Pará tinha mais contato com Lisboa do que com o Rio de Janeiro. Por isso, foi uma das últimas a aceitar a independência, fazendo parte do Império somente em 1823.
Principais Causas:
- As disputas políticas e territoriais, motivadas pelas elites do Grão-Pará;
- As elites provinciais queriam tomar as decisões político-administrativas da província;
- Descaso do governo regencial para com os habitantes do Grão-Pará;
- Os cabanos, por sua parte, queriam melhores condições de vida e trabalho.
Contexto
No governo de Dom Pedro I, os proprietários e comerciantes estavam insatisfeito com o tratamento recebido por parte do governo central.
Além disso, sofriam com a repressão do Governador Bernardo Lobo de Sousa desde 1833, que ordenou deportações e prisões arbitrárias para quem se opusesse a ele.
Assim, em agosto de 1835, os cabanos se amotinam, sob a liderança dos fazendeiros Félix Clemente Malcher e Francisco Vinagre, culminando na execução do Governador Bernardo Lobo de Sousa.
Posteriormente, indicam Malcher para presidente da província. Na ocasião, os revoltosos se apoderaram dos armamentos legalistas e se fortaleceram ainda mais.
Contudo, Clemente Malcher se revela um farsante e tenta reprimir os revoltosos, mandando prender Eduardo Angelim, um dos líderes do movimento. Após um sangrento conflito, Malcher é morto pelos “cabanos” e substituído por Francisco Pedro Vinagre.
Em julho 1835, o então presidente da província recém-conquistada, aceita sua rendição mediante a anistia geral dos revolucionários e por melhores condições de vida para a população carente. Contudo, foi traído e preso.
Inconformado, seu irmão, Antônio Vinagre, reorganiza as forças militares da cabanagem e ataca o Palácio de Belém, conquistando-o novamente em 14 de agosto 1835. Na ocasião, Eduardo Angelim é feito presidente de um governo republicano independente. No entanto, o desacordo entre os líderes do movimento enfraquece a revolta e facilitaram o contra-ataque legalista.
Assim, em 1836, enviado pelo regente Feijó, o Brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andréa, comandante mor das forças regenciais do Grão-Pará, autoriza a guerra total aos cabanos. Ele ordena o bombardeio à Belém e aos assentamentos da cabanagem.
Com a ascensão de Dom Pedro II ao trono, em 1840, os prisioneiros foram anistiados.
Consequências
A Cabanagem deixou mais de trinta mil mortos. Dizimou populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas, bem como membros da elite local.
Desorganizou o tráfico de escravos e os quilombos se multiplicaram na região.