A) Normalidade subjetiva: é o próprio indivíduo que define se sua condição é normal ou anormal a partir da sua percepção acerca do seu estado de saúde. Ponto falho: por vezes, uma pessoa em fase maníaca do transtorno bipolar se sente muito bem, porém apresenta um transtorno grave que, inclusive, coloca a sua vida em risco.
B) Normalidade funcional: normalidade baseada em aspectos funcionais e não necessariamente quantitativos. Somente o que é disfuncional e produz sofrimento para o indivíduo ou para o seu grupo social é considerado patológico.
C) Normalidade ideal: é definida a partir de normas sociais fundamentas em questões políticas, socioculturais e ideológicas que por vezes se expressam em doutrinas dogmáticas. Ponto falho (e bota falho nisso): pode gerar uma desgraça política, contribuindo, por exemplo, com o foço de desigualdade socioeconômica de uma população, dentre outras coisas. Exemplos: a crença em raças humanas superiores (eugenia), que na guerra dizimou populações judias, negras, homossexuais, etc. Atualmente isso pode ser visto no preconceito étnico-racial (um tanto velado, mas ainda presente, principalmente quando se ouve coisas como "racismo reverso").
D) Normalidade como ausência de doença: saúde como ausência de sintomas, de sinais ou de doenças. No âmbito da psicopatologia, é aquele indivíduo que simplesmente não possui um transtorno mental. Ponto falho: "definição negativa de normalidade". É simplista, pois apenas apresenta características do que não é a normalidade, ou seja, estar doente não é normal, não estar doente é normal.
E) Normalidade operacional: normalidade baseada em critérios definidos. Se X é doença e Y não é, então uma pessoa com X é considerada doente e a pessoa com Y pode ser considerada normal. É a lógica adotada pelo CID e DSM-5. Ponto falho: pragmatismo que deixa passar batido muitas questões importantes acerca da complexidade dos processos mentais de um indivíduo.