SóProvas


ID
4876114
Banca
FGV
Órgão
IBGE
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1 – ENTREVISTA COM O FÍSICO HOWARD GELLER

O Brasil passou por um período de racionamento de energia em 2001. Isso pode se repetir? O que pode ser feito para evitar um novo racionamento?

O racionamento foi resultado da política de privatização e desregulamentação que não incentivou suficientemente a construção de novas usinas. O governo também não permitiu que o setor público investisse nessa área. Não planejou nem implementou uma política para o setor. O problema principal foi esse e não tinha uma carência de energia ou da capacidade de fornecê-la, embora o volume de chuvas tenha sido pequeno nos anos anteriores.
No futuro, o desafio será adotar uma política energética que estimule o fornecimento de energia, através de eletricidade ou de combustíveis, a um custo acessível para os consumidores e as empresas, protegendo inclusive o meio ambiente. É preciso levar em conta questões econômicas e sociais. No Brasil, há pelo menos 20 milhões de pessoas que vivem em áreas rurais das regiões Norte e Nordeste, sem acesso à eletricidade. Uma boa política expandiria o fornecimento para essa população. (Ciência Hoje, maio de 2004 - adaptado) 

“...embora o volume de chuvas tenha sido pequeno nos anos anteriores”.

Esse segmento do texto mostra o seguinte valor:

Alternativas
Comentários
  • "Embora" Advérbio- expressa um fato em oposição a outro sem anulá-lo.

    As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa. 

    Reduz a intensidade da crítica feita ao governo da época.

  • Eu até entendo que "embora" é traz uma ideia de oposição, mas não consegui entender o trecho em que essa frase se situava.

    O volume de chuvas foi baixo antes do racionamento ou o racionamento também foi no passado na época em que chovia pouco?

    Sinceramente me perdi. Li 5 ou 6 vezes e continuei sem ideia do que marcar.

  • Embora é conjunção subordinativa adverbial concessiva.

  • Apesar de clara a ideia de concessão trazida pela conjunção embora, não vejo redução da crítica ao governo, pelo contrário ela exclui o fato da redução das chuvas ser o causador do racionamento de anergia.

    Pra mim isso aumenta as críticas ao desempenho do governo. Pelo menos eu entendi assim.

  • achei muito ambígua essa questão, por ter duas perspectivas diferentes, achei mal elaborada
  • tá aqui a resposta do texto: "O problema principal foi esse e não tinha uma carência de energia ou da capacidade de fornecê-la, embora o volume de chuvas tenha sido pequeno nos anos anteriores." Qual foi o problema retomado por "esse"? "Não ter construído novas usinas e nem ter permitido que o setor público construísse", o governo não construiu usinas, mas de maneira nenhuma o governo deixou a população na mão no fornecimento de energia. Apesar de ele não ter construído usinas e não ter permitido o setor público construir, ele não fugiu de sua responsabilidade. Forneceu energia até em uma escassez de água. Por isso não recebeu tanta crítica, recebeu por não ter construído as usinas, mas "foi elogiado" por uma decisão bonita de se ver. (Gab A)

  • Kleyton,

    Pensei igual vc primeiramente. Porém, prestando mais atenção, a entrevista ocorreu em 2004, então quando ele diz "anos anteriores" ele engloba o ano de 2001. Portanto, o gabarito está certo sim! Porque a falta de chuva também ajudou na falta de energia.

  • Precisamos ter em mente algo muito claro: NÃO EXISTEM TERMOS COM SENTIDO EM SI MESMOS, ou seja, tudo depende do contexto. Aqui é possível notar claramente que ele amenizou a crítica quando antecipou um eventual argumento de que também havia chovido menos naquele período. Em outras palavras, o que ele quis dizer foi: CHOVEU MENOS, É BEM CERTO, MAS O PRINCIPAL PROBLEMA FOI A POLÍTICA DE PRIVATIZAÇÃO E DESREGULAMENTAÇÃO e blábláblá...

    Trata-se de uma técnica denominada "argumentandum tantum" onde um dos debatedores/oradores busca antecipar o argumento do outro a fim de rebatê-lo com melhor precisão ou a fim de defender melhor o seu ponto de vista.

    Abraço e bons estudos.

  • Mas o fato do volume de chuva ser baixo não é um motivo alarmante e essencial para a racionalização ? Visto a morosidade e desleixo por parte do Estado.

  • "embora" tem valor concessivo, assim fica mais fácil analisar que a oração expressa uma adversidade.

  • Letra: A

    Em palavras simples ele diz: Olha só, a grande culpa é do governo, porém, nos anos anteriores também tivemos um redução das chuvas, o que ajudou no problema todo.

    RUMO Á APMBB!

  • Eu errei, mas depois pensei assim: realmente o texto vinha no sentido de crítica e depois do uso do embora... deveria realmente haver uma quebra de expectativa do sentido de crítica que vinha sendo feito.

  • Lembrando que o texto é uma entrevista.

  • FGV uma banca sem coerência. Na questão Q1625370 havia uma alternativa, coerente, que estava fora do trecho apresentado, mas dentro do texto e foi considerada errado, aqui a resposta correta está fora do trecho.

  • marquei E pelo seguinte pensamento:

    o trecho "embora o volume de chuvas tenha sido pequeno nos anos anteriores", ou seja, mesmo tendo baixos indices de chuva, isso não exime a culpabilidade do estado pelo situação, pois este deveria ter tomado medidas a prevenir a situação mencionada

  • EMBORA = conjunção concessiva(há uma quebra de expectativa)

    "...não tinha uma carência de energia ou da capacidade de fornecê-la, embora o volume de chuvas tenha sido pequeno nos anos anteriores."

    De acordo com o contexto, se o volume de chuvas for pequeno, espera-se que haja uma carência de energia ou da capacidade de fornecê-la. Então houve uma quebra de expectativa, pois não teve uma carência de energia ou da capacidade de fornecê-la, mesmo o volume de chuvas tendo sido pequeno. Logo, isso se entende como uma:

    A)redução da intensidade da crítica feita ao governo da época.

  • >>>EMBORA<<< dando sentido contrário/atenuando as "críticas" anteriores

  • GABARITO: A.

    .

    Não planejou nem implementou uma política para o setor. O problema principal foi esse e não tinha uma carência de energia ou da capacidade de fornecê-la, embora o volume de chuvas tenha sido pequeno nos anos anteriores.

    .

    Resumindo:

    .

    Se o volume de chuva for menor, vai haver uma carência de energia. No contexto da frase, no entanto, o volume da chuva foi menor e, mesmo assim, não houve essa carência de energia.

    .

    A falta de chuva seria um impedimento, algo que justificaria a carência de energia. Mas não foi, por isso que a crítica foi reduzida nesse caso.

    .

    Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e seus planos serão bem-sucedidos.

    | provérbios 16: 3 |

  • EMBORA INDICA CONCESSÃO

  • GAB: A " ele reduz a intensidade da critica mais não a responsabilidade do governo "

     embora o volume de chuvas tenha sido pequeno nos anos anteriores.

    ( A ) reduz a intensidade da crítica feita ao governo da época;

  • meu irmão não entendo muita gente aqui comentando kda coisa so pra pagar de entendido isso com uma simples interpretação vc acerta a questão vamos descomplicar o português galera. fica querendo pagar de professor aqui não pq não ajuda em nada.

  • Não é a conjunção que manda no texto, é o texto que manda na conjunção! De nada adianta decorar as conjunções e não entender o texto.
  • Acho que o gabarito está errado, existe redução da intensidade da crítica, mas não existe redução da intensidade da crítica ao GOVERNO, muito pelo contrário.
  • ler o texto Carla, ler o textoooooooo

  • Houve uma relativização, pois ele vem descendo a lenha no Governo, porém o autor dá um tapinha nas costas deles e diz: vocês são os culpados, apesar disso aconteceu uma escassez de chuvas nos últimos dias.GABARITO: A