Questão 4876741

• Banca: FGV
• Órgão: Senado Federal
• Ano: 2012
• Provas: FGV - 2012 - Senado Federal - Analista Legislativo - Análise de Sistemas - Reaplicação; FGV - 2012 - Senado Federal - Analista Legislativo - Análise de Suporte de Sistemas - Reaplicação; FGV - 2012 - Senado Federal - Analista Legislativo - Enfermagem - Reaplicação
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos; Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

ESCREVA BEM, É SIMPLES

    Não é preciso ser professor de língua portuguesa para conhecê-la. Os gramáticos não são os únicos capazes de produzir textos coerentes, concisos e adequados. Não, a língua portuguesa não é a mais difícil de ser entendida. Não, português não é difícil de aprender. Acredite, você é capaz de produzir textos concisos, caprichados e perfeitamente entendíveis às pessoas que você deseja que tenham acesso a eles.

     Para começar, defina seu assunto, ou seja, sobre o que você pretende falar ou discursar. Entenda que não é o título (ao concluir seu texto, não se esqueça dele), mas o assunto a ser desenvolvido, aquele que será seu objeto de análise, tal como uma matéria-prima que precisa ser moldada para ter os formatos de acordo com o estilo de cada um. 

      Uma das dicas para isso é inserir em seu cotidiano a leitura em suas formas verbais e não verbais, tendo um olhar atencioso a todas as formas de textos que o rodeiam, tais como propaganda, folder, charge, placa de trânsito, anúncio de emprego, discurso de algum político, enfim, atente-se a tudo o que é capaz de transmitir uma mensagem. Aproveite para se questionar sobre como esses exemplos conseguem fazer com que uma mensagem seja entendida por um determinado grupo de pessoas. 

     Bom, escolhido o assunto, defina, indispensavelmente, seu público-alvo, pois ninguém escreve bem se não souber para quem vai escrever. Essa dica vale até mesmo se você desejar que seu texto seja lido por um grande número de pessoas. Nesse caso, utilize-se de uma linguagem simples e formal, ou seja, não utilize palavras que parecem existir apenas em dicionários e, muito menos, não utilize expressões grosseiras e gírias. 

      Observadas essas dicas, você pode, enfim, começar seu rascunho. Isso mesmo! Rascunho, pois um bom texto, na maioria das vezes, é o resultado de uma releitura realizada pelo próprio autor. Isso acontece porque, ao reler o que escrevemos, vamos identificando outras formas de passar a mesma informação. Nesse processo, aumentamos nossa garantia de que a mensagem será entendida pelos nossos receptores. 

      Além dessas regras que podem ser lembradas mais facilmente, vale uma dica muito importante: peça que outra pessoa leia seu texto, pois nada como um olhar diferente para apontar algumas falhas que, mesmo após nossa releitura, não conseguimos identificar. 

(Adaptado de Erika de Souza Bueno, O Globo, 17-03-2012)  

A fim de atingir um público mais amplo, a autora do texto empregou alguns vocábulos de caráter mais coloquial, substituindo outros de tom mais profissional.

Leia, por exemplo, as passagens abaixo: 

I. “Acredite, você é capaz de produzir textos concisos, caprichados e perfeitamente entendíveis às pessoas que você deseja que tenham acesso a eles”.

II. “Além dessas regras que podem ser lembradas mais facilmente, vale uma dica muito importante: peça que outra pessoa leia seu texto ...”.

III. “... um olhar atencioso a todas as formas de textos que o rodeiam, tais como propaganda, folder, charge, placa de trânsito, anúncio de emprego, discurso de algum político, enfim, atente-se a tudo o que é capaz de transmitir uma mensagem”. 

Assinale: 

• A. se apenas I serve de exemplo para o que foi dito.
• B. se apenas II serve de exemplo para o que foi dito.
• C. se apenas I e II servem de exemplo para o que foi dito.
• D. se I, II e III servem de exemplo para o que foi dito.
• E. se apenas II e III servem de exemplo para o que foi dito.

Gabarito: C

Comentários

• Tá de brincadeira

• Fico sem entender !

• aquela questão em que a gente torce pra entender o que a banca quer que a gente marque...

• Enunciado: A fim de atingir um público mais amplo, a autora do texto empregou alguns vocábulos de caráter mais coloquial, substituindo outros de tom mais profissional. Leia, por exemplo, as passagens abaixo:

  I. “Acredite, você é capaz de produzir textos concisos, caprichados e perfeitamente entendíveis às pessoas que você deseja que tenham acesso a eles”.

  II. “Além dessas regras que podem ser lembradas mais facilmente, vale uma dica muito importante: peça que outra pessoa leia seu texto ...”.

  Quando quero identificar vocábulos com traços de coloquialidade, analiso se seria possível escrever em um texto de redação. Neste caso, eu evitaria escrever caprichados e dicas em uma redação

• Gab: C

  I. “Acredite, você é capaz de produzir textos concisos, caprichados e perfeitamente entendíveis às pessoas que você deseja que tenham acesso a eles”. >> Ela usou "entendíveis" para substituir "compreensíveis" que tem um tom mais profissional;

  II. “Além dessas regras que podem ser lembradas mais facilmente, vale uma dica muito importante: peça que outra pessoa leia seu texto ...”. >> Uma forma coloquial de dizer, peça para que alguém faça a "revisão" ou até mesmo "análise" de seu texto;

  III. “... um olhar atencioso a todas as formas de textos que o rodeiam, tais como propaganda, folder, charge, placa de trânsito, anúncio de emprego, discurso de algum político, enfim, atente-se a tudo o que é capaz de transmitir uma mensagem”. >> A meu ver, não tem uma expressão coloquial para substituir algo de tom mais profissional.

• Sem condição.

• entendi nada

• Em 14/01/21 às 09:20 vc marcou a opção A. Você errou! 

• A explicação dessa questão é não ter explicação.

• É simples:

  (explicação)

  GABARITO: C

  Próxima.

• A assertiva III fala em "formas de textos" e os exemplifica a seguir. Esse "formas" refere-se a gêneros textuais. Logo, essa assertiva deveria ser considerada correta, pois claramente a autora substituiu um termo de tom profissional por outro mais coloquial, a fim de facilitar o entendimento de quem lê o texto dela.

• desde quando dica é coloquial, minha gente? Dica é dica.... não tem nenhuma palavra que possamos utilizar que vá dar o mesmíssimo significado, sem alteração semântica. Instrução, orientação, conselho, informação, nada consegue substituir esse significado de "informação útil e específica sobre algo pouco conhecido que ajuda alguém a fazer alguma coisa"... agora se estivesse escruto bizu.... macete! Aí concordaria.

• Não vejo diferença entre caprichoso e atencioso

• Acertei no chute essa questão. Nem entendi o enunciado.

• A primeira tudo bem, pois há o pronome "você", normalmente este pronome não é utilizado em textos muito formais.

  A segunda é dotada de subjetividade.

  Os comentários aqui divergem no tom informal do segundo item. É complicado.

• Gab. C

  I. “Acredite, você é capaz de produzir textos concisos, caprichados e perfeitamente entendíveis às pessoas que você deseja que tenham acesso a eles”.

  • caprichado Informal. Diz-se do que se apresenta ou contém uma grande quantidade de: comeu uma porção caprichada de chocolate.

  II. “Além dessas regras que podem ser lembradas mais facilmente, vale uma dica muito importante: peça que outra pessoa leia seu texto ...”.

  • Dica é coloquial/informal ! dica é abreviação da palavra indicação.
  • A FGV já cobrou a mesma.