GABARITO: LETRA A
A palavra que pode exercer diferentes funções sintáticas na construção dos enunciados.
a) Conjunção coordenativa explicativa: liga duas orações coordenadas, e a segunda oração é uma explicativa. Tem valor de “pois”
Exemplo: Não insista, que eu não lhe emprestarei dinheiro!
b) Conjunção coordenativa aditiva: liga duas orações coordenadas, e a segunda oração é uma aditiva e tem valor próximo da conjunção “e”.
Exemplo: Elas reclamavam que reclamavam, até que, finalmente, foram atendidas.
c) Conjunção coordenativa alternativa: liga duas orações coordenadas, e a segunda oração é uma alternativa.
Exemplo: Uma que outra roupa lhe servia perfeitamente.
d) Conjunção subordinativa substantiva: liga a oração principal à subordinada substantiva (subjetiva objetiva direta, objetiva indireta, completiva nominal, predicativa, apositiva).
Exemplo: Parece que vai chover.
e) Conjunção subordinativa causal: liga a oração principal à oração subordinada adverbial causal. Tem valor próximo de “porque”.
Exemplo: Ele nunca me visita, que o trabalho o impede de viajar por muito tempo.
f) Conjunção subordinativa consecutiva: liga a oração principal à subordinada adverbial consecutiva. Exprime consequência.
Exemplo: Ele ficou tão enciumado que mandou desligar o telefone.
g) Conjunção subordinativa concessiva: liga a oração principal à subordinada adverbial concessiva. Tem valor próximo de “embora”, “ainda que”.
Exemplo: Relevante que seja esta informação, não me interessa.
h) Conjunção subordinativa comparativa: liga a oração principal à subordinada adverbial comparativa.
Exemplo: Viajar de avião é mais prazeroso do que viajar de carro.
i) Conjunção subordinativa final: liga a oração principal à subordinada adverbial final.
Exemplo: Vamos torcer, que a economia melhore.
j) Pronome relativo: Quando a palavra “que” puder ser substituída por “o qual”, “a qual”, “os quais” ou “as quais” ela terá a função de pronome relativo / inicia oração subordinada adjetiva e possui a mesma função do termo a que se refere. Refere-se a um termo anterior.
Exemplo: Gosto de pessoas que tenham bom humor.
k) Pronome interrogativo: inicia uma unidade interrogativa direta ou indireta e pode ter a função de adjunto adnominal ou de um dos termos da oração.
Exemplo: Queremos entender o que você quis realmente dizer naquele momento?
(núcleo do objeto direto do verbo entender)
l) Pronome indefinido: aparece em unidades exclamativas com a função de adjunto adnominal.
Exemplo: Que notícia maravilhosa você acaba de me dar!
m) Substantivo: aparece escrito com um acento circunflexo e possui a função de núcleo do adjunto adnominal de um dos termos da oração.
Exemplo: Essa pintura tem um quê de Picasso.
n) Advérbio: possui a função de adjunto adverbial de intensidade e é utilizado para intensificar um adjetivo ou um advérbio.
Exemplo: Que inocente fui em acreditar em suas juras de amor!
o) Preposição: na linguagem coloquial, pode ser equivalente à preposição de, e também pode ter valor das preposições acidentais salvo, exceto e senão.
Exemplo: Temos que (=de) estudar para as provas.
Compareceu à reunião sem outras justificativas que (=senão) as apresentadas anteriormente.
p) Interjeição: para manifestar espanto, perplexidade, admiração, surpresa; expressão típica de frases construídas com o uso de interjeições.
Exemplo: Quê! Tal medida é absurda!
q) Partícula de realce: não possui função sintática e é utilizada apenas para dar realce, portanto, pode ser retirada do enunciado sem que haja prejuízo para a compreensão dele.
Exemplo: Que saudades que eu tenho dos nossos momentos juntos!
FONTE: BRASIL ESCOLA – COMPLEMENTADO POR MUNDO EDUCAÇÃO.