A questão em comento demanda
interpretação de uma passagem de Weber.
Weber disserta sobre a ética da
convicção e a ética da responsabilidade.
A ética da convicção, segundo Weber,
orienta o comportamento do político no agir na esfera privada, fixando uma
esfera de normas e valores que orientam o comportamento.
A ética da responsabilidade,
segundo Weber, tem por base um conjunto de normas e valores que servem de
referência do gestor da coisa pública.
Feitas tais ponderações, nos cabe
comentar as alternativas.
LETRA A- INCORRETA. Ao contrário
do exposto, segundo Platão, ao dissertar sobre algo próximo da ética da responsabilidade,
os que fazem o bem vivem bem.
LETRA B- INCORRETA. Ao contrário
do exposto, ao pensarmos em ética da convicção e pensarmos em Maquiavel, não é verídica
a afirmação de “os que fins justificam os meios". Em verdade, Maquiavel nunca
disse isto em sua obra, tratando-se de uma interpretação equivocada de seus
textos.
LETRA C- CORRETA. Combina com
Kant e um pensar próximo da convicção. Feliz não é quem atinge a felicidade,
mas quem é digno de ser feliz por ter obedecido a lei. De fato, o indivíduo,
agindo neste sentido, faz seu agir ser compatível com os padrões morais e
racionais pregados por Kant.
LETRA D- INCORRETA. Há uma má
interpretação da ética da responsabilidade. A ética da responsabilidade guia o
agir do gestor da coisa pública, do agir público do governante, e a frase ora
analisada, ao falar de esmolas e de um comportamento equivocado de quem ser
glorificado por assim agir, está mais antenada com os preceitos da ética de
convicção.
GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C