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Questões de Moral e Ética


ID
726664
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

“Toda a atividade orientada segundo a ética pode ser subordinada a duas máximas inteiramente diversas e irredutivelmente opostas”. Esta afirmação precede as análises de Max Weber, no ensaio “A Política como Vocação”, acerca da oposição entre, de um lado, a atitude daquele que, convencido da justeza intrínseca de seus atos, é indiferente aos efeitos que estes atos podem acarretar e, de outro lado, a atitude daquele que leva em conta as consequências previsíveis de seus atos. Segundo a terminologia empregada por Weber no ensaio mencionado, estas duas atitudes referem-se, respectivamente, àquilo a que o autor denomina

Alternativas
Comentários
  • Weber distingue duas ética da ação política, a ética das últimas finalidade (ou ética da convicção) e ética da responsabilidade. A primeira, a ética da convicção, corresponde às ações de um indivíduo que coloca em primeiro plano as crenças e objetivos que juga irrenunciáveis. Um membro de uma determinada seita pacifista, por exemplo, pautaria sua ação política por abster-se completamente de atos violentos, pois, como parece óbvio, paz geraria paz e violência, violência. Nada pareceria mais paradoxal que o uso da força em busca de suas utopias pacifistas.
    Todavia, retomando o exemplo da “seita pacifista”, que é um exemplo utilizado pelo autor, na eminência de um conflito armado, alheio à vontade dos membros da seita, toda a comunidade pacifista ficaria à mercê dos invasores, pois não disporiam de meios materiais para protegerem sua comunidade. Tal situação remete-nos à necessidade do político vocacionado priorizar a lógica de uma ética da responsabilidade, pois, para Weber, quem deseja dedicar-se a política, e especialmente a política como vocação, tem de compreender esses paradoxos éticos. O meio decisivo para a política é a violência e um líder político não pode furtar-se a obrigação de empregá-la.
    Contudo, o autor indaga que não podemos prescrever a ninguém que deva seguir uma ética de fins absolutos ou uma ética de responsabilidades, embora reconhece que um político vocacionado deve ser movido primordialmente pelo ética da responsabilidade. Mais ainda, ele afirma que a ética de fins últimos e a ética de responsabilidade não são contrastes absolutos, mas antes suplementos, que só em uníssono constituem um homem genuíno – um homem que pode ter a "vocação para a política".

    fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/A_pol%C3%ADtica_como_voca%C3%A7%C3%A3o
  • ÉTICA DA CONVICÇÃO E RESPONSABILIDADE, LETRA C.
  •  ...a atitude daquele que, convencido da justeza intrínseca de seus atos, é indiferente aos efeitos que estes atos podem acarretar e, de outro lado, a atitude daquele que leva em conta as consequências previsíveis de seus atos...são as deixas para a questão de número C.

  • Para prova de defensoria, é preciso ler todos os livros de todos os autores famosos de filosofia e sociologia, porque a banca além de utilizar trechos específicos destas obras (facinhas de compreender), ainda elabora alternativas com nomenclaturas que tais autores poderiam muito bem ter utilizado para as mesmas teorias. 

  • A questão exige conhecimento relacionado aos escritos do autor Max Weber, em especial, do seu ensaio “A Política como Vocação”. Segundo Weber “Devemos ser claros quanto ao fato de que toda conduta eticamente orientada pode ser guiada por uma de duas máximas fundamentalmente e irreconciliavelmente diferentes: a conduta pode ser orientada para uma ética das últimas finalidades ou para uma ética da responsabilidade. Isto não é dizer que uma ética das últimas finalidades seja idêntica à de responsabilidade, ou que a ética de responsabilidade seja idêntica ao oportunismo sem princípios. Naturalmente ninguém afirma isso. Há, porém, um contraste abismal entre a conduta que segue a máxima de uma ética dos objetivos finais - isto é, em termos religiosos, "o cristão faz o bem e deixa os resultados ao Senhor" - e a conduta que segue a máxima de uma responsabilidade ética, quando então se tem de prestar conta dos resultados previsíveis dos atos cometidos”.

    Portanto, segundo a terminologia empregada por Weber no ensaio mencionado, estas duas atitudes referem-se, respectivamente, àquilo a que o autor denomina ética de convicção (ou das últimas finalidades, a depender da tradução da obra) e ética de responsabilidade.

    Gabarito do professor: letra c.

     

    Referência:

    WEBER, Max. “A Política como vocação”. In: ____ Ciência e política. Duas

    vocações. 16ª ed. tradução de Leônidas Hegenberg e Octany Silveira da Mota. – São Paulo: Editora

    Cultrix, 2000.


  • Max Weber defendeu que os valores religiosos do protestantismo favoreceram e coincidiam capitalismo. superavam a moral católica de renúncia ao mundo material. A noção de vocação para o trabalho foi associada também à ideia de amor ao próximo, e quanto mais intensa a atividade profissional, maior a aproximação da salvação. Por outro lado, a falta de vontade de trabalhar passou a ser compreendida como ausência do estado de graça e do não merecimento da salvação de Deus. Assim, estava autorizado que todo indivíduo empreendesse a busca pela riqueza material, podendo realizar grandes ações para própria salvação.

  • convencido da justeza intrínseca de seus atos = convicto

    atitude daquele que leva em conta as consequências = responsável

    GAB: C

  • Max Weber fez uma diferenciação dicotômica de ética que vale a pena sabermos:

    • ÉTICA DA CONVICÇÃO: se caracteriza essencialmente pelo compromisso do indivíduo com um conjunto de valores associados a determinadas crenças. Dessa forma, as intenções do agente são mais importantes do que os “resultados” ou o “sucesso” de suas ações. Temos que para esta visão um ato ético se pautaria exclusivamente nos valores morais que o agente considera corretos, independente das consequências.

    • ÉTICA DA RESPONSABILIDADE: valoriza as consequências/resultados das ações dos indivíduos. Ou seja, a ética da responsabilidade se preocupa com a relação entre os meios e os fins. Os atos dos indivíduos devem ser julgados “bons” ou “maus” levando-se em consideração as consequências das ações e a relação entre os meios e os fins alcançados.
  • Classificações da Ética

     

    Ética da Convicção

    - valores associados a determinadas crenças.

    - indivíduo pratica determinadas ações convencido de que seus atos são justos, independentemente dos efeitos/resultados que essas ações possam gerar.

    - rígida e dogmática.

    - acredita incondicionalmente em “valores absolutos”.

    - ex: indivíduo que é contra o aborto e não admite o aborto em qualquer situação (mesmo que a

    vida da mãe esteja em risco).

     

    Ética da Responsabilidade

    - valoriza as consequências/resultados das ações dos indivíduos.

    - se preocupa com a relação entre os meios e os fins.

    - os atos dos indivíduos devem ser julgados “bons” ou “maus” levando-se em consideração as consequências das ações e a relação entre os meios e os fins.


ID
811252
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPE-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Considerando os conceitos de direito e de moral, assinale a opção correta à luz da filosofia do direito.

Alternativas
Comentários
  • a) A teoria do mínimo ético foi desenvolvida por Jellineck que afirmava que o direito seria um conjunto mínimo de regras morais obrigatórias para a sobrevivência da moral.
    b) Quem formulou a teoria da bilateralidade atributiva foi o miguel Reale.
    C) Não sei, eu também errei.
    d) Hobbes separava muito bem o direito e a moral tanto que ele é considerado o pai do positivismo jurídico.
    e)
    Não tenho a mínima. 
  • a) A Teoria do Mínimo Ético é uma teoria do jusfilosofo alemão Georg Jellinek que afirmava que o direito seria um conjunto mínimo de regras morais obrigatórias para a sobrevivência da moral e, consequentemente, da sociedade.
    O direito apenas atuaria como instrumento para o cumprimento destes preceitos morais básicos. Nesta teoria, parte-se fundamentalmente de que nem todos os indivíduos estão dispostos a aceitar todos os preceitos morais básicos à estabilidade social. Portanto, o direito seria como uma ferramenta que teria como função garantir o cumprimento deste mínimo ético necessário, por parte dos indivíduos, para a sobrevivência da sociedade. Assim, figurativamente o direito estaria contido dentro da moral.  (FONTE: Wikipedia)

    b)A bilateralidade atributiva é característica essencial da conduta de natureza jurídica. É a união objetiva de conduta que constitui e delimita exigências entre dois ou mais sujeitos e atribui tanto "direitos" como "deveres" entre os sujeitos da relação jurídica. "Uma proporção intersubjetiva em função da qual os sujeitos de uma relação ficam autorizados a exigir ou a fazer algo" (Lições Preliminares de Direito - Miguel Reale - página 51)

    c) Christian Thomasius propôs a distinção entre o direito e a moral, sob a inspiração pufendorfiana, com base na ideia de coação. (alternativa correta)

    d) Para Thomas Hobbes tanto o direito como a moral são ordens normativas, mas somente o direito, nascido junto com o Estado, teria força coercitiva.

    e) Max Scheler: Ética universal, moral ligada a uma cultura.
  • Poxa, eta questao boa sô
  • Quanto à alternativa E, quem preconizava uma espécie de moral pura, condição para a existência de um comportamento que, guiado pelo direito e pela ética, não muda segundo as circunstâncias, era Kant.
    Segundo ele, o comportamento ético é guiado pelo imperativo categório, ou seja, aquele juízo de valor que se faz da conduta universalizando-a ideologicamente. "Se todos agirem assim (ex: matando uns aos outros; ou, dando bom dia ao vizinho), qual será o efeito?" Se positivo, a conduta é ética. Se negativo, a conduta não é ética. Ponto final.
    Por isso, para Kant, a conduta ética deve ser autônoma. Deve ser ética per se. Não pode ser fundada em uma esperança de retribuição, reconhecimento ou o que quer que seja. Ela é pura.
  • gabriela cotrim, sinceridade é tudo hahaha colocaram essa questao em uma prova que eu fiz, marquei qualquer uma.. ler de novo não iria fazer a menor diferença. rs

  • A questão aborda conceitos justeórico relacionados ao direito e à moral. Analisemos as assertivas:

    Alternativa “a”: está incorreta. Segundo BRAMBILLA, a teoria do Mínimo Ético desenvolvida no mundo jurídico pelo jurista alemão Georg Jellinek, afirma que o direito consiste em um estreito conjunto normativo que estabelece regras morais para a sobrevivência da sociedade. A teoria afirma que as normas devem estabelecer os preceitos éticos para a convivência harmoniosa da sociedade, sendo o direito, parte integrante da moral dotado de garantias específicas.

    Alternativa “b”: está incorreta. Segundo BOBBIO (2001, p. 147) “O caráter da bilateralidade consistiria no seguinte: a norma jurídica institui ao mesmo tempo um direito a um sujeito e um dever a um outro; e a relação intersubjetiva, ao constituir o conteúdo típico da norma jurídica, consistiria precisamente na relação de interdependência entre um direito e um dever”.

    Alternativa “c”: está correta. Conforme GARCIA, na obra de Fundamentos, ainda que nela permanece a influência do barroco e do luteranismo de seus primeiros anos, Thomasius, como foi dito anuncia já a Ilustração e desenvolve com sua distinção entre Direito e Moral a convicção, que se ia consolidando, de que o Estado e seu Direito não eram o instrumento adequado para realizar a concepção do bem de uma Igreja ou confissão, com o que anunciava, além da separação do Estado da religião, também a distinção entre ética pública e ética privada, tão decisiva para a compreensão do conceito de dignidade humana, que é um dos pilares da atual teoria dos direitos fundamentais.

    Alternativa “d”: está incorreta. Miguel Reale é o justeórico que afirma que o direito é dotado de atributividade e a moral não. Entretanto, Reale raramente utiliza a atributividade como um conceito isolado, ligando-o quase sempre à idéia de bilateralidade. Dessa forma, que as regras jurídicas são dotadas de bilateralidade atributiva, querendo com isso dizer que, juridicamente, "duas ou mais pessoas se relacionam segundo uma proporção objetiva que as autoriza a pretender ou a fazer garantidamente algo" (vide a obra Miguel Reale, Lições preliminares de direito).

    Alternativa “e”: está incorreta. Para Scheler, o mundo dos valores acha-se entrelaçado com as emoções, por meio das observações do método fenomenológico. A teoria dos valores para o filósofo se funda no primado das emoções e, portanto, não há que se falar em pureza na moral.

    Gabarito do professor: letra c.

    Fontes:

    BOBBIO, Norberto. Teoria da Norma Jurídica. Bauru, SP:EDIPRO. 2001.

    BRAMBILLA, Leandro Vilela. No que consiste a teoria do Mínimo Ético? 2009. Disponível em: <https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/1876258/no-que-consiste-a-teoria-do-minimo-etico-leandro-vilela-brambilla>. Acesso em: 24 jun. 2017.

    GARCIA, Marcos Leite. A histórica contribuição de Christian Thomasius ao processo de formação do ideal dos direitos fundamentais. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8422>. Acesso em: 24 jun. 2017.

    SCHELER, Max. A reviravolta dos valores. Tradução de Marco Antonio dos Santos

    Casanova. Petrópolis, (RJ): Vozes, 1994.


  • Max Scheler também teve influência kantiana, como todos idealistas. Talvez conseguiria acertar se pensasse na influência romântica (ideia do espirito do povo e não da humanidade) do seu tempo e também hegeliana, que tenta solucionar esse problema entre o circunstancial e o necessário. Certamente, como mencionado pelo colega, essa ideia de ética para além das circunstancias é racionalista-iluminista, e bem presente nos escritos kantianos.


ID
859468
Banca
MPE-PR
Órgão
MPE-PR
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Marque a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • na verdade, a teoria é de haberle.
  • Com relação à dificuldade de obtenção do consenso democrático, principalmente em uma sociedade marcada por profundas desigualdades sociais como a nossa, não podemos deixar de refletir acerca da real natureza da teoria hermenêutica proposta por Häberle. É bem verdade que existem dificuldades materiais para se utilizar de maneira coerente as diversas manifestações interpretativas que se originam do seio da sociedade, mas não se pode deixar de proporcionar a participação de todas essas potências públicas no processo de interpretação Constitucional.

     Perceba-se que não se pretende aqui o convencimento de todos acerca da solução mais justa ao caso concreto, mas sim a possibilidade de aferição, por parte do profissional envolvido com o labor hermenêutico, de todas as opiniões e pontos de discussão presentes na sociedade, antes de formar seu convencimento.

     Até este momento, não há a preocupação de argumentar para o convencimento do auditório universal, tarefa esta destinada à Nova Retórica e à Teoria da Argumentação (Chaïm Perelman em Nova Retórica), mas sim de problematizar as questões jurídicas de forma a compreender no processo hermenêutico os diversos fatores e valores presentes na sociedade aberta.

     A teoria haberliana, portanto, atende aos anseios sociais de participação popular no processo de legitimação da norma, garantindo, ainda, a incolumidade dos direitos e garantias fundamentais do cidadão.



    Leia mais: http://jus.com.br/artigos/9070/a-hermeneutica-constitucional-de-peter-haberle#ixzz3WXCDzd63

  • GAbarito D 

    5- Resumo e Avaliação Crítica da Nova Hermenêutica de Peter Häberle e de seus parâmetros de validade

     Vimos anteriormente, que a tese proposta por Peter Häberle na obra ora comentada, faz parte de um conjunto de teses desenvolvidas com o intuito de instituir uma nova ordem no processo hermenêutico que fizesse frente às críticas até então existentes do modelo lógico-dedutivo, presença marcante do positivismo clássico.

     Vimos, ainda, que o presente trabalho tem como objetivo não apenas descrever a obra de Peter Häberle, mas sim, e principalmente, analisar as questões por ele enfrentadas à luz dos comentários da doutrina acerca da teorização de uma "sociedade aberta" capaz de, ao mesmo tempo, legitimar a criação da norma e, da mesma forma, legitimar a interpretação adotada pelos intérpretes estatais (intérpretes em sentido estrito) através de mecanismos de influência direta ou indireta no processo hermenêutico.

     A compreensão do tema exigiu a análise tanto das críticas quanto dos elogios à imprescindível obra de Peter Häberle. Porém, ressaltou-se do estudo a originalidade controversa da teoria – o que, em hipótese alguma, afasta a importância da teoria ao fim a que se propõe, qual seja: reaproximar a Constituição da realidade em que se insere –, pois restou clara a fonte epistemológica de seu estudo.

     Houve, inequivocamente, uma associação das teorias de Karl Popper, e sua "sociedade aberta" crítica e racional, com a de Lassalle, que previu os fatores reais de poder e sua influência na tomada de decisões dos entes estatais.



    Leia mais: http://jus.com.br/artigos/9070/a-hermeneutica-constitucional-de-peter-haberle#ixzz3WXCIC5aq

  • A questão aborda temas diversificados relacionados à filosofia do direito e à hermenêutica constitucional. Dentre as assertivas, a incorreta é aquela que aponta de forma incorreta o método interpretativo da “Constituição Aberta”.

    Na realidade, o Método Concretista da Constituição Aberta foi desenvolvido por Peter Häberle (e não Friedrich Müllere) e sua tese central é desenvolvida em torno da ampliação do círculo de intérpretes da Constituição, como consequência da necessidade de integração da realidade no processo de interpretação constitucional. Häberle sustenta que não apenas o processo de formação da Constituição é pluralista, mas também todo o seu desenvolvimento posterior e, por isso, rompe com o modelo hermenêutico clássico construído a partir de uma sociedade fechada e dirigido intencionalmente à compreensão do sentido de um texto. Na busca de um modelo adequado a uma sociedade democrática, pluralista e aberta, HÄBERLE afirma não ser possível estabelecer um elenco fechado de intérpretes, pois não apenas os órgãos estatais, mas também os cidadãos e os grupos sociais (igrejas, sindicatos...) estão potencialmente vinculados ao processo de interpretação constitucional.

    Partindo da premissa de que “a teoria da interpretação deve ser garantida sob a influência da teoria democrática” HÄBERLE, Peter. Hermenêutica constitucional, sustenta que em uma democracia liberal a interpretação desenvolvida pelos órgãos jurisdicionais, por mais importante que seja, não é a única possível. Em um sentido amplo, todo aquele que vive no contexto regulado por uma norma constitucional seria um legítimo intérprete ou, ao menos, um cointérprete, por subsistir sempre a responsabilidade da jurisdição constitucional de dar a última palavra sobre como a Constituição deve ser interpretada.

    Gabarito do professor: letra d.

    Referência:

    NOVELINO, Marcelo. Manual de Direito Constitucional. 9ª ed. São Paulo: Editora Método, 2014.



ID
1298020
Banca
MPE-PR
Órgão
MPE-PR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Assinale a alternativa incorreta:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito da questão A

    Aporia é definida como uma dificuldade, impasse, paradoxo, dúvida, incerteza ou momento de autocontradição que impedem que o sentido de um texto ou de uma proposição seja determinado.

  • Análise da questão:

    Na realidade, a “aporia" designa, desde Aristóteles, que distinguia suas quatorze variedades, a impossibilidade de escolher entre duas opiniões igualmente argumentadas. As aporias serviram aos pirrônicos para justificar o ceticismo. Na filosofia moderna e principalmente em Kant, o termo é considerado num sentido mais forte para designar uma dificuldade lógica insolúvel.

    A assertiva incorreta, portanto, é a letra “a".


    Fonte: Dicionário de Filosofia (Gérard Durozoi e André Roussel)


    Gabarito: Alternativa A

  • Além da alternativa A, a B também é incorreta pois nenhuma ética é absoluta. Ética é efêmera e pode variar de acordo com a cultura. Não se deve de forma alguma afastar a ideia de cultura dos valores éticos.

  • Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda, Ética é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto.

    Fonte :https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5754/Etica-conduta-ideal-e-conduta-real

  • @Murilo

    você está equivocado, pois a "moral" é efêmera e pode variar... Já a ética, que é o estudo da moral, utiliza parâmetros para compreender as atitudes humanas, sendo assim o "absoluto", ao qual o examinador se refere, é uma análise do conjunto da realidade (lembre-se que na filosofia absoluto significa realidade).  


ID
1365031
Banca
FGV
Órgão
OAB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Na Doutrina do Direito, Kant busca um conceito puramente racional e que possa explicar o direito independentemente da configuração específica de cada legislação. Mais precisamente, seria o direito entendido como expressão de uma razão pura prática, capaz de orientar a faculdade de agir de qualquer ser racional.

Assinale a opção que contém, segundo Kant, essa lei universal do direito.

Alternativas
Comentários
  • Kant observa na primeira parte da Metafísica dos Costumes que existe uma dupla legislação atuando sobre o homem, enquanto consciente de sua própria existência e liberdade: uma legislação interna (moral) e uma legislação externa (direito). 

    O paralelo entre moral e Direito norteia toda a obra jurídica deste autor, tendo a liberdade como ponto nodal e pano de fundo desta relação. Kant afirma que a vontade jurídica é heterônima, posto que condicionada por fatores externos de exigência da mesma, enquanto que a vontade moral é autônoma, já que o móbil desta é o dever pelo dever.

    Não podemos esquecer que para Kant tanto o Direito quanto a moral têm a sua estrutura de justificação na liberdade e que a diferença entre um e outro reside no fato de que na moral a força coativa é interna e oriunda da própria razão pura prática enquanto que no Direito é externa e visa a garantia da liberdade do outro.

    Kant assevera o caráter coativo do Direito e toma este como sua nota característica. 

    Kant pontua que a minha ação será justa se puder conviver com a liberdade do outro, segundo leis universais e, contrario sensu, será injusta a ação do outro que me impeça de agir desta maneira. Cria, assim, o imperativo categórico do Direito como decorrência lógica do imperativo categórico da moral: "Age externamente de tal modo que o livre uso do teu arbítrio possa coexistir com a liberdade de todos segundo uma lei universal".

    Destarte, tudo aquilo que exerce coação à minha ação justa constitui um obstáculo à liberdade, necessitando, assim, de uma coação contrária e justa. 

    Para Kant são três os elementos que compõe o conceito de Direito: "em primeiro lugar, este conceito diz respeito somente à relação externa e, certamente, prática de uma pessoa com outra, na medida em que suas ações, como fatos, possam influenciar-se reciprocamente; em segundo lugar, o conceito do Direito não significa a relação do arbítrio como o desejo de outrem, portanto com a mera necessidade (bedürfnis), como nas ações benéficas ou cruéis, mas tão só com o arbítrio do outro; em terceiro lugar, nesta relação recíproca do arbítrio, ao fim de que cada qual se propõe com o objeto que quer, mas apenas pergunta-se pela forma na relação do arbítrio de ambas as partes, na medida que se considera unicamente como livre e se, com isso, ação de um poder conciliar-se com a liberdade do outro segundo uma lei universal". 

    Assevera, por fim, o seu o conceito de Direito: "O conjunto de condições sob as quais o arbítrio de cada um pode conciliar-se com o arbítrio dos demais segundo uma lei universal da liberdade" e deste extrai o seu princípio universal: "Uma ação é conforme ao Direito quando permite, ou cuja máxima permite, à liberdade do arbítrio de cada um coexistir com a liberdade de todos segundo uma lei universal" 

    http://jus.com.br/artigos/25/a-filosofia-do-direito-em-kant/2#ixzz3OHKZjRmE

  • O imperativo categórico, de Kant, divide-se em três classificações:

    1. Lei universal: "Age somente em concordância com aquela máxima através da qual tu possas ao mesmo tempo querer que ela venha a se tornar uma lei universal".

    2. Lei da humanidade: "Age por forma a que uses a humanidade, quer na tua pessoa como de qualquer outra, sempre ao mesmo tempo como fim, nunca meramente como meio".

    3. Lei da autonomia: é uma síntese das anteriores. "deveremos agir por forma a que possamos pensar de nós próprios como leis universais legislativas através das nossas máximas"


  • Gabarito: letra 'B'

    Letra (A): Errada porque a definição dada pela alternativa corresponde à explicação da lei moral universal kantiana. É um princípio da Moral, disciplina distinta do Direito.

    Letra (B):  Definição básica da lei universal do Direito na filosofia de Kant.

    Letra (C): A alternativa estaria correta se no lugar de afirmar "pela tua vontade", fosse argumentado "pela argumentação racional e pura".

    Letra (D): Alternativa com o maior grau de equívoco. É falso pensar que Kant confirmasse a posição de que nossa liberdade é irrestrita e não-limitada pela liberdade alheia.


  • A alternativa correta é a letra “b”. De acordo com a doutrina liberal/individualista kantiana, pode-se dizer que o indivíduo só tem liberdade (exteriormente falando) dentro da lei. Pois esta estabelece a existência de convenções e de contratos. Portanto, somente se adquire liberdade “dentro da lei”, eis que, assim, o indivíduo está obrigado a observar uma lei da qual ele mesmo é o legislador. Os indivíduos criam as suas leis (morais ou jurídicas), e só por elas estão limitados.

    Sem o império da lei, o indivíduo sujeita-se ao arbítrio dos outros indivíduos. Dentro dela, contudo, sua liberdade está assegurada, vez que os outros indivíduos somente poderão agir exteriormente de modo a não ferir a sua liberdade de ação, segundo uma lei universal.

    Nesse sentido, Immanuel Kant, esclarece que a "liberdade, à qual se referem as leis jurídicas, pode ser tão somente a liberdade na prática externa; mas aquela liberdade à qual se referem as segundas leis (leis morais) deve ser a liberdade no exercício exterior e interior do arbítrio, quando está determinado pelas leis racionais".

    Deste raciocínio poder se extrair a lei universal de Direito, a qual, segundo Kant é "age exteriormente de modo que o livre uso de teu arbítrio possa se conciliar com a liberdade de todos, segundo uma lei universal..." (KANT, p. 46)

    Fonte: KANT, Emmanuel. Doutrina do Direito. Tradução de Edson Bini. 2. ed. São Paulo: Ícone, 1993.


  • De acordo com a doutrina liberal/individualista kantiana, pode-se dizer que o indivíduo só tem liberdade (exteriormente falando) dentro da lei. Pois esta estabelece a existência de convenções e de contratos. Portanto, somente se adquire liberdade “dentro da lei”, eis que, assim, o indivíduo está obrigado a observar uma lei da qual ele mesmo é o legislador. Os indivíduos criam as suas leis (morais ou jurídicas), e só por elas estão limitados.

    Sem o império da lei, o indivíduo sujeita-se ao arbítrio dos outros indivíduos. Dentro dela, contudo, sua liberdade está assegurada, vez que os outros indivíduos somente poderão agir exteriormente de modo a não ferir a sua liberdade de ação, segundo uma lei universal.

    Nesse sentido, Immanuel Kant, esclarece que a "liberdade, à qual se referem as leis jurídicas, pode ser tão somente a liberdade na prática externa; mas aquela liberdade à qual se referem as segundas leis (leis morais) deve ser a liberdade no exercício exterior e interior do arbítrio, quando está determinado pelas leis racionais".


ID
1739698
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Telebras
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A respeito de ética e de conceitos a ela relacionados, julgue o seguinte item.

A moral pode ser entendida como um conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos em uma comunidade social, e sua função pode variar de uma sociedade para outra.

Alternativas
Comentários
  • gabarito. CERTO

    A moral não é algo individual, ela vem da cultura de uma sociedade.
    .
    Ex:No Brasil, devido a nossa herança cultural e católica, a poligamia é algo imoral. Já em países onde a religião muçulmana predomina, a poligamia é algo legal, moral e até dá status ao homem.
    . Resumindo. o que é moral em determinado país pode ser imoral em outro.Logo, a função da moral pode variar de uma sociedade para outra..
    AVANTE!!
  • A moral é decorrente da ética: relaciona-se mais ao microambiente em que
    se vive, traz conceitos mais passageiros e refere-se a costumes, cultura e práticas.
    Portanto, a moral pode ser relativizada, pois muda de época para época, de um
    país para outro e, até mesmo, de um indivíduo para o outro.


    Augustinho Paludo -  Adm pública para concursos

  • Errei pelo "conjunto de normas e regras", me pareceu muito formal. 

  • A parte de "normas e regras" me fez também errar. Alguém sabe detalhar mais sobre essa parte?

  • Gab: Certo.


    A moral é decorrente da ética: relaciona-se mais ao microambiente em que 
    se vive, traz conceitos mais passageiros e refere-se a costumes, cultura e práticas. 
    Portanto, a moral pode ser relativizada, pois muda de época para época, de um 
    país para outro e, até mesmo, de um indivíduo para o outro.


    Augustinho Paludo -  Adm pública para concursos


  • Conjunto de normas e regras? estranho viu...

  • CTRL C / CTRL V da colega pode????

  • Se tem variações de uma comunidade para outra, então é "moral".

  • CORRETO!!!
    diferenças conceituais entre ÉTICA e MORAL:


    **MORAL deriva do latim mores, que significa “costume”. Aquilo que se consolidou ou se cristalizou como sendo verdadeiro do ponto de vista da ação. A moral é fruto do padrão cultural vigente e incorpora as regras eleitas como necessárias ao convívio entre os membros dessa sociedade. Regras estas determinadas pela própria sociedade.


    **ÉTICA vem do grego ethos. Em sua etimologia, ethos significa literalmente morada, habitat, refúgio. O lugar onde as pessoas habitam. Mas para os filósofos, a palavra se refere a caráter,índole,natureza.

  • Alguem pode explicar " sua função pode variar"?

  • A moralidade não é universal. Isso porque o que pode ser reconhecido como moral para um grupo social pode não ser para outro.
    Podemos ver, como exemplo, os valores morais que determinados grupos religiosos compartilham, que nem sempre são aceitos por outros grupos.

  • A primeira parte da questao refere-se ao conceito de DIREITO, e nao de moral. Estranho esse conceito técnico de moral, conjunto de normas e regras, mas, resta aceitarmos.

  • GAB.: C

    MORAL é um conjunto de normas que regem uma sociedade, a coletividade em si. (ex.: o ato de beber e dirigir é, no Br, crime, ou seja, um senso comum). É algo comum a todos e pode variar de cultura para cultura.

    ÉTICA é a interpretação individual dessas normas -da moral. Então, pode variar de pessoa para pessoa. (ex.: alguns creem que é necessária a quarentena, outros creem que o comércio deve voltar ao normal, ou seja, um senso individual).

  • Ética é teoria ----------------- Moral é prática

    Ética é o princípio ------------ Moral é conduta 

    Ética é permanente ---------- Moral é temporal

    Ética é universal -------------- Moral é cultura

    Ética é regra ------------------ Moral é conduta da regra

    Ai a pessoa lembra desse esqueletinho aqui e erra a questao ( foi o meu caso), posso até ter me equivocado, mas com essa materia é assim. São muitos conceitos soltos, muitas doutrinas, se o examinador quiser ferrar com a maioria em uma prova; ele coloca uma 3 tres questoes de ética bem loucas e diz que é certo e acabou aí. Errar tres questoes hj no concurso é dizer xau pra aprovação, na maioria dos concursos.

  • nao, cara!

    Proclise, Mesoclise e Enclise!!

  • A questão em comento requer conhecimento de axiomas básicos da Moral.

    A Moral, tal qual o Direito, é um conjunto de normas.

    Diferente do Direito, a moral não tem a sanção qualificada, ou seja, os preceitos morais, uma vez desobedecidos, geram censuras internas do indivíduo, reprovação social, mas nenhum tipo de sanção com a sistematização e calibragem específica do Direito.

    A Moral, com efeito, é contextual, varia no tempo e modifica-se no comparativo de uma sociedade em relação à outra.

    Logo, a assertiva está correta.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

  • GABARITO: CERTO

    A moral é um conjunto de regras, costumes e formas de pensar de um grupo social, que define o que devemos ou não devemos fazer em sociedade.

    Fonte: https://www.significados.com.br/moral/

  • A "FUNÇÃO" da moral pode variar? Eu sei que as regras podem variar, mas a FUNÇÃO? A moral pode não ter a mesma função em culturas diferentes?


ID
2001268
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-CE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A respeito das disciplinas jurídicas, da sociabilidade humana e dos instrumentos de controle social, julgue o item a seguir.
A norma moral é diferente da norma ética.

Alternativas
Comentários
  • “O direito, malgrado distinguir-se da moral, é grandemente influenciado por esta, de quem recebe valiosa substância. A norma moral é a norma ética, pois se funda num juízo de valor, expressando-se na experiência humana, no mundo exterior, através da atividade de assimilação de conceitos, que é atividade interna" (página 10) (Destaque do professor).

    “Direito e Moral estão numa constante relação de complementação, haja vista vez que a legitimidade de um ordenamento jurídico é aferida quando não conflitar com os princípios morais" (HABERMAS, 2003).

    A assertiva está certa.

    Fontes:

    Apostila: AESP/CE – Governo do Estado do Ceará - Curso de Formação Profissional para a Carreira de Praças Policiais Militares

    HABERMAS, Jürgen. Direito e Democracia entre facticidade e validade.Volumes I e II. 2ª ed. Trad. Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003


  • Questão anulada pela banca. Norma moral pode abranger a norma ética, mas não é o mesmo que ela.


ID
2402245
Banca
FCC
Órgão
DPE-PR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Acerca das proposições filosóficas de Immanuel Kant em sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes, considere as assertivas abaixo.

I. O valor moral de uma ação não depende da realidade objetiva que com ela se busca atingir, mas sim é conhecido a priori pela razão.

II. A fórmula de um mandamento categórico admite a determinação de uma ação como um meio a alcançar um objetivo tomado por bom.

III. Apenas algo que possua valor absoluto e seja um fim em si mesmo pode ser o fundamento de um imperativo categórico (lei prática).

IV. O exercitar prático da autonomia da vontade de impor a si um imperativo hipotético restringe negativamente a liberdade individual.

V. Se dada regra necessita explicitar seu fundamento no objeto da vontade, trata-se de situação de heteronomia e de um imperativo condicionado.

VI. No conceito kantiano de “reino dos fins”, as coisas têm ou preço ou dignidade, sendo que apenas as primeiras admitem trocar-se por equivalentes.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • resposta correta letra D

  • KANT

    O autor concilia o empirismo e o racionalismo e com isso preordena a filosofia moderna. Kant buscou fundamentar uma doutrina do conhecimento.

    O filosofo alemão trouxe que o conhecimento poderia ser adquirido pela experiência (o que os sentidos mostram) e a razão (ela elabora e organiza os dados coletados). Kant dá muita importância para o sujeito do conhecimento e não no objeto, como fazia Descartes. A própria Teoria do objeto do Kant sugere que o ser humano não pode ser tratado como um objeto, ou seja, não pode ser usado para conseguir aquilo que lhe provem (imperativo Hipotético). O Ser Humano é um fim em si mesmo (Imperativo Categórico).
     

    Assim, surge a teoria do conhecimento de Kant e para o filosofo, o ideal de felicidade seria encontrado através da Razão humana (Crítica da razão pura.

    Imperativo Categórico- Objetiva impregnar uma lei moral universal. Ele é uma ação por si mesma, sem qualquer objetivo. Aqui reside a ética. Seguir o dever simplesmente por ser o certo a fazer.

    Imperativo Hipotético- Tomo determinada conduta objetivando algo. É um meio para alcançar um fim. É a técnica.

     

    Para Kant, reforça-se, o Homem é um ser racional, e como tal, é um fim em si mesmo, e fazer uso de outrem é tratá-lo com completa afronta ao dever moral.

     

    Em resumo, foi isso que entendi.

    Curso de Filosofia do Direito. Autores Eduardo Bittar e Fulherme Almeida

  • http://dhnet.org.br/direitos/anthist/marcos/hdh_kant_metafisica_costumes.pdf

     

    I -  ...Por isso a representação da lei em si mesma, que seguramente só tem lugar num SER RACIONAL, com a condição de ser esta representação, e não o resultado esperado...

    III - Conseqüentemente, se deve existir um princípio prático supremo e, no referente à vontade humana, um imperativo categórico, é preciso que este seja tal que derive da representação daquilo que, por ser fim em si mesmo, necessariamente é um fim para todos os homens, um princípio objetivo (429) da vontade; por esta forma, poderá servir de lei prática universal. O fundamento deste princípio é o seguinte: A natureza racional existe como fim em si mesma.

    V -  Todas as vezes que se pensa em tomar como fundamento um objeto da vontade, com o fim de prescrever a esta a regra que deve determiná-la, a regra não é senão heteronímia

    VI - No reino dos fins tudo tem um PREÇO ou uma DIGNIDADE. Uma coisa que tem um preço pode ser substituída por qualquer outra coisa equivalente; pelo contrário, o que está acima de todo preço e, por conseguinte, o que não admite equivalente, é o que tem uma dignidade.
     

  • A questão exige conhecimento relacionado às afirmações filosóficas realizadas por Immanuel Kant em sua obra Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Analisemos as assertivas:

    Assertiva “I”: está correta. Nesse sentido, conforme Kant: “Por conseguinte, para nos preservar da falência total de nossas idéias sobre o dever, bem como para manter na alma um respeito bem fundado da lei que o prescreve, nenhuma outra coisa existe, a não ser a convicção clara de que, mesmo quando nunca houvessem sido praticadas ações derivadas de fontes tão puras, o que importa não é saber se este ou aquele ato se verificou mas sim que a razão por si mesma, e independentemente de todos os fenômenos, ordena o que eleve acontecer; e que, conseqüentemente, ações, de que o mundo até hoje nunca talvez tenha oferecido exemplo, e cuja possibilidade de execução poderia ser posta fortemente em dúvida por aquele mesmo que tudo fundamenta sobre a experiência, são prescritas sem remissão alguma pela razão. Por exemplo, a pura lealdade na amizade, embora até ao presente não tenha existido nenhum amigo leal, e imposta a todo homem essencialmente,.pelo fato de tal dever estar implicado..como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na idéia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori”.

    Assertiva “II”: está incorreta. Não e admite a determinação de uma ação como um meio, mas apenas como um fim em si mesmo. Nesse sentido: “Supondo, porém, que existe alguma coisa, cuja existência cm si mesma possua valor absoluto, alguma coisa que, como fim em si mesmo, possa ser um princípio de leis determinadas, então nisso e só nisso se poderá encontrar o princípio de um imperativo categórico possível, isto é, de uma lei prática”.

    Assertiva “III”: está correta. Nesse sentido: “Supondo, porém, que existe alguma coisa, cuja existência cm si mesma possua valor absoluto, alguma coisa que, como fim em si mesmo, possa ser um princípio de leis determinadas, então nisso e só nisso se poderá encontrar o princípio de um imperativo categórico possível, isto é, de uma lei prática”.

    Assertiva “IV”: está incorreta. Conforme Kant “a autonomia da vontade é a propriedade que a vontade possui de ser lei para si mesma (independentemente da natureza dos objetos do querer). O princípio da autonomia é pois: escolher sempre de modo tal que as máximas de nossa escolha estejam compreendidas, ao mesmo tempo, como leis universais, no ato de querer. Que esta regra prática seja um imperativo, isto é, que a vontade de todo ser racional lhe esteja necessariamente ligada como a uma condição, é coisa que não pode ser demonstrada pela pura análise dos conceitos implicados na vontade, porque isso é uma proposição sintética; seria mister ultrapassar o conhecimento dos objetos e entrar numa crítica do sujeito, isto é, da razão pura prática; de fato, esta proposição sintética que prescreve apodicticamente, deve poder ser conhecida inteiramente a priori; contudo, tal tema mio pertence a esta Secção do livro. Mas que o princípio em questão da autonomia seja o único princípio da moralidade, explica-se muito bem por meio de simples análise do conceito de moralidade. Pois, dessa maneira, verifica-.se que o princípio da moralidade deve ser um imperativo categórico, e que este não prescreve nem mais nem menos do que a própria autonomia”.

    Assertiva “V”: está correta. Nesse sentido, conforme Kant “Quando a vontade busca a lei, que deve determiná-la, noutro lugar que não na aptidão de suas máximas para instituir uma legislação universal que dela proceda; quando, por conseguinte, ultrapassando-se, busca esta lei na propriedade de algum de seus objetos, o resultado disso é sempre uma heteronímia. Neste caso, a vontade não dá a si mesma a lei; é o objeto que lha dá, mercê de sua relação com a vontade. Esta relação, quer se apoie sobre a inclinação quer sobre as representações da razão), não logra possibilitar senão imperativos hipotéticos: devo fazer esta coisa, porque quero alguma outra coisa”.

    Assertiva “VI”: está correta. Nesse sentido, segundo Kant “No reino dos fins tudo tem um PREÇO ou uma DIGNIDADE. Uma coisa que tem um preço pode ser substituída por qualquer outra coisa equivalente; pelo contrário, o que está acima de todo preço e, por conseguinte, o que não admite equivalente, é o que tem uma dignidade”.

    Portanto, está correto o que se afirma em I, III, V e VI. 

    Gabarito do professor: letra d.

     

    Referência

    KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Traduzido do alemão por Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1986.


  • Kant, influenciado pela visão pós-maquiavélica, valoriza a ética racional onde sua validade é realista e absoluta. Muito oposta aos ideais sofistas, por exemplo. Aquele segue a razão, em um ideal imperativo categórico e de lei universal. Exemplo: Não faça para o outro o que não quer para você.

  • Fiquei entre a "d" e "e", acabei marcando a "e", pois acreditei que a alternativa IV estava mais correta, no entanto, conforme explicado pelos coelgas, o imperativo hipotético não irá restringir a liberadade individual, apenas o categórico, por exemplo: recebo cinco reais a mais de troco, tenho duas opções nesse cenário, agir seguindo o imp. categórico e "a priori" "pela razão" devolver o valor recebido, ou agir pelo imp. hipotético e não falar nada, percebam que no segundo exemplo eu amplio a minha liberdade de ação, porém quebro a normativa kantiana e não ajo de modo ético.

    boa questão, exigiu um raciocínio apurado do candidato, na verdade analisando-a novamente o item VI estava, evidentemente, correto, my fault.

  • LETRA D

    I. O valor moral de uma ação não depende da realidade objetiva que com ela se busca atingir, mas sim é conhecido a priori pela razão. CERTO

    II. A fórmula de um mandamento categórico admite a determinação de uma ação como um meio a alcançar um objetivo tomado por bom.ERRADO

    III. Apenas algo que possua valor absoluto e seja um fim em si mesmo pode ser o fundamento de um imperativo categórico (lei prática).CERTO

    IV. O exercitar prático da autonomia da vontade de impor a si um imperativo hipotético restringe negativamente a liberdade individual.ERRADO

    V. Se dada regra necessita explicitar seu fundamento no objeto da vontade, trata-se de situação de heteronomia e de um imperativo condicionado.CERTO

    VI. No conceito kantiano de “reino dos fins”, as coisas têm ou preço ou dignidade, sendo que apenas as primeiras admitem trocar-se por equivalentes.CERTO

    Está correto o que se afirma APENAS em


ID
2422447
Banca
IFB
Órgão
IFB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Nos “Princípios da Filosofia do Direito”, Hegel apresenta o conceito de direito a partir das três fases da vontade, são elas: o direito abstrato, a moralidade (moralidade subjetiva) e a eticidade (moralidade objetiva).
Assinale a alternativa que indica como a vontade encontra-se nas três fases, respectivamente: direito abstrato, moralidade e eticidade.

Alternativas
Comentários
  • “O conteúdo objetivo da moralidade que se substitui ao bem abstrato é, através da subjetividade como forma infinita, a substância concreta. Em si mesma, portanto, estabelece ela diferenças que, assim, são pelo conceito ao mesmo tempo determinadas; por elas a realidade moral objetiva obtém um conteúdo fixo, necessário para si, e que está acima da opinião e da subjetiva boa vontade. É a firmeza que mantém as leis e instituições, que existe em si e para si.” (HEGEL 1997 p. 142-143)

  • Tô começando a achar que filosofia do direito não tem nada como nada. É uma merd@.

  • THE FUCK WAS THAT

    NEXT

  • Hegel, de fato, trata de Direito Abstrato, moralidade e eticidade.

    A questão exige como a vontade é encarada nestas três instâncias.

    No Direito Abstrato, segundo Hegel, temos uma instância de objetividade do Direito, efetivamente consubstanciada em um objeto externo, bem distante de reflexões correlacionadas com o imediato.

    Na moralidade, segundo Hegel, há uma instância subjetiva que se ocupa de fazer uma análise interna da vontade, ou seja, a vontade reflui de volta a si mesma, mas faz isto buscando a liberdade e o alcance da eticidade, isto é, se consubstancia em um objeto externo.

    Na eticidade, uma instância, objetiva, existe, segundo Hegel, a mediação social da liberdade, a real concretização do conceito do Direito. Trata-se de uma instância de reflexão sobre a moralidade, ou seja, trata-se de uma análise da vontade que reflui de volta a si mesma

    Devemos, pois, compreender que os passos da vontade em Hegel, são: estar consubstanciada em um objeto externo, de tal maneira que, em um instante subjetivo, seja capaz de refluir de volta a si mesma, e tendo um laço objetivo com a eticidade, uma instância objetiva, mas que também faz com que a vontade reflua de volta a si mesma.

    Feitas tais ponderações, vamos comentar as alternativas.

    LETRA A- INCORRETA. No trajeto da vontade em Hegel não há que se falar que a vontade seja elevada ao imediato.

    LETRA B- INCORRETA. No trajeto da vontade em Hegel não há que se falar que a vontade seja elevada ao imediato.

    LETRA C- INCORRETA. Não podemos, em Hegel, em momento algum tratar a vontade como um dever concreto.

    LETRA D- CORRETA. Representa o iter da vontade em Hegel. Devemos, pois, compreender que os passos da vontade em Hegel, são: estar consubstanciada em um objeto externo, de tal maneira que, em um instante subjetivo, seja capaz de refluir de volta a si mesma, e tendo um laço objetivo com a eticidade, uma instância objetiva, mas que também faz com que a vontade reflua de volta a si mesma.

    LETRA E-INCORRETA. No trajeto da vontade em Hegel não há que se falar que a vontade seja elevada ao imediato.



    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D


ID
2422450
Banca
IFB
Órgão
IFB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Em sua obra “Princípios da Filosofia do Direito”, Hegel explica que não há eticidade, moralidade objetiva, no plano da vontade meramente natural e imediata, mas que se requer a sua mediação. As instituições são os momentos dos desdobramentos da eticidade.
Assinale a alternativa que apresenta em sequência os três desdobramentos da eticidade, de acordo com Hegel.

Alternativas
Comentários
  • http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2602

     

    Moralidade Objetiva

    Constitui o momento em que a liberdade torna-se realidade. É a moralidade palpável, acima da opinião e da boa vontade, fortalecendo as leis e as instituições. É a totalidade de determinações morais da família, da sociedade civil e do Estado, incidindo (aparecendo) entre seus membros – existência, manifestação e realidade. Assim dizendo, fica expressa no caráter do indivíduo – probidade, honradez, integridade e honestidade.

    É tomado como substância moral, não sou eu como pessoa (tal qual o direito abstrato) tampouco o direito da consciência, mas sim o direito enquanto Espírito real de um povo que percorre, a fim de realizar a liberdade, diferentes momentos:

    - Família – como espírito moral objetivo, imediato e natural;

    - Sociedade Civil – associação com o fim de satisfazer carências, necessidades e dar garantia à propriedade privada;

    - Estado – consagração universal da vida pública.

  • A questão em comento exige conhecimento basilar de Hegel.

    Com efeito, a eticidade se desdobra em 03 planos, quais sejam:

    ·         Família- síntese;

    ·         Sociedade civil- antítese;

    ·         Estado- tese, consagração do absoluto, da vida pública.

    Estes elementos precisam estar em ordem, isto é, família, sociedade civil e Estado.

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Não traduz a sequência correta da questão.

    LETRA B- CORRETA. De fato, Hegel pensa na tríade família, sociedade civil e Estado.

    LETRA C- INCORRETA. Não traduz a sequência correta da questão.

    LETRA D- INCORRETA. Não traduz a sequência correta da questão.

    LETRA E- INCORRETA. Não traduz a sequência correta da questão.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


ID
2502055
Banca
Quadrix
Órgão
CRF - MT
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Pode-se considerar a ética como um tipo de postura e o que se refere a um modo de ser, à natureza da ação humana. Trata-se de uma maneira de lidar com as situações da vida e do modo como estabelecemos relações com outra pessoa. Quais são nossas responsabilidades pessoais em uma relação com o outro? Como lidamos com as outras pessoas em sociedade? Uma conduta ética pode ser um tipo de comportamento mediado por princípios e valores morais. A palavra “ética” também pode ser definida como um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano na tentativa de explicar as regras morais de forma racional e fundamentada. Nesse sentido, trata-se de uma reflexão sobre a moral, podendo-se afirmar que a ética é a parte da filosofia que estuda a moral, pois reflete e questiona sobre as regras morais. Analise, a seguir, as afirmativas sobre moral e ética.


I. A moral pode ser definida como o conjunto de regras aplicado no cotidiano e que é utilizado constantemente por cada cidadão. Tais regras orientam cada indivíduo que vive na sociedade, norteando seus julgamentos sobre o que é certo ou errado, moral ou imoral, e suas ações. Assim sendo, a moral é fruto do padrão cultural vigente e reúne as regras tidas como necessárias para a boa convivência entre os membros pertencentes a uma determinada sociedade.

II. A moral é constituída pelos valores previamente estabelecidos pela própria sociedade e os comportamentos socialmente aceitos e passíveis de serem questionados pela ética. Pode-se afirmar que, ao falarmos de moral, os julgamentos de certo ou errado dependerão do lugar onde se está.

III. Pode-se considerar que a ética engloba determinados tipos de comportamentos, sejam eles considerados corretos ou incorretos; já a moral estabelece as regras que permitem determinar se o comportamento é correto ou não.


Pode-se afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • GAB: LETRA E 

     

    Questão retirada desse site: https://www.estudopratico.com.br/qual-diferenca-entre-etica-e-moral/

    Pensei que a III estava errada...

     

     

     

  • Ética: podemos compreender um pouco melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos referimos por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais tais como um médico, jornalista, advogado, empresário, um político e até mesmo um professor. Para estes casos, é bastante comum ouvir expressões como: ética médica, ética jornalística, ética empresarial e ética pública

     

     Moral

    Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade

  • uma questão desta estaria mais ligada a interpretação de leitura ou qqr coisa, menos no direito administrativo, são conceitos que engloba muita coisa, e que pode ser facilmente questionado. Esse tipo de questão, na minha humilde opinião estaria facilmente anulada.

     

  • Parece mais uma aula de ética do que uma questão de concurso relacionada à moral que diz respeito à ADM Pública. ôxiiiii

  • Em todos os tópicos estão falando a mesma coisa sobre moral. 

    Moral são coisas que aceitas  pela sociedade ou  por um determidado grupo, depende da cultura desse grupo. Ex: as vestes da mulher brasileira são imorais para mulçumanas.

    Ética é o geral, o que é errado continua sendo errado independente do local e cultura desse grupo. Ex: é errado roubar em qualquer lugar do mundo.

  • Aula de ética/sociologia em matéria de D Adm? Deus me defenderay
  • Pra mim o item III estaria errado, pois se a ética é o estudo da moral então o certo seria que a moral englobasse determinados tipos de comportamentos, sejam eles considerados corretos ou incorretos; e a ética estabelecesse as regras que permitem determinar se o comportamento é correto ou não. Tentei analisar a questão dentro do contexto, e pra mim está errada. Talvez, passível de recurso. 

  • Lorena,

     

    Faça essa diferença:

     

    Ética

    Reflexão filosófica sobre a moral

    É permanente pois é Universal

    É princípio

    É ciência que estuda a Moral

    (ítem da questão, uma vez que "estuda" a moral... pode conter ditames corretos e incorretos)

     

    Moral

    Tem caráter prático, com força normativa

    (já que possui força normativa, é possível mensurar se determinado comportamento é correto ou não)

    É temporária, pois é cultural

    São aspéctos de culturas específicas

    Está relacionada aos hábitos e costumes de grupos sociais

     

    Valores

    Parte da noção humana de perfeição

    Noções de comportamentos ideais

    Adotados pelo homem como parte de um sistema de orientação de condutas

     

    Virtudes

    Conjunto ideal de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem

    Virtudes Morais: Maneira habitual de ser (ex.: honra e coragem)

    Virtudes intelectuais: Fundamentadas na razão (ex.: sabedoria e temperança)

  • Errei por achar de forma, digamos, rígida o conceito de ética, ou seja, se algo é ético, portanto deve conter comportamentos corretos, sendo q os comportamentos errados são anti éticos, mas depois, entendendo a Ética como ciência, como bem frisado pelo colega Siqueira, entendi q sim, ela estuda TODOS os comportamentos humanos, sendo eles corretos ou não; vivendo e aprendendo.

  • Acertei. Mas essa Quadrix não é de Deus. ¬¬

  • ENGLOBA NÃO SÓ COMPORTAMENTOS, MAS PENSAMENTOS, ATITUDES, COMO TAMBÉM OS MOTIVOS PELO QUAL HOUVE A VALORAÇÃO POSITIVA OU NEGATIVA DAQUELE.

  • A questão em comento demanda conhecimentos axiomáticos de assertivas ligadas à Ética e Moral.

    Vamos analisar cada uma das assertivas.

    A assertiva I está correta.

    De fato, a Moral:

    I-                    É estabelecida por um conjunto de regras aplicadas no cotidiano;

    II-                  É voltada para o agir de cada indivíduo e procura guiar a consciência;

    III-                 Estabelece padrões na dicotomia certo x errado;

    IV-                É influenciada por padrões culturais contingentes, que são variáveis e oscilantes;

    V-                  Fixa regras para a boa convivência social. A premissa é simples: o agir correto de um indivíduo interfere no agir correto de outros indivíduos, ou seja, a ação moral gera reciprocidade. O ato consciente de um indivíduo, fruto da racionalidade e de escolhas corretas gera bem estar individual e coletivo.

    A assertiva II está correta.

    Ainda sobre a Moral:

    I-                    A Moral oscila conforme os parâmetros da sociedade onde está imersa, ou seja, é passível de contextualizações;

    II-                  O certo x errado não são fixos, variando conforme os padrões de cada sociedade. A Moral acompanha tal mutação.

    A assertiva III está correta.

    A Ética é uma parcela, uma fração da Moral.

    Por óbvio, a Moral tem um padrão regulatório mais amplo.

    A Moral tem pretensões mais altaneiras na fixação do certo x errado. A Moral fixa o standart do que é certo ou errado, ao passo que a ética acaba abraçando posturas mais corriqueiras, comportamentos, de fato, corretos ou incorretos.

    Feitas tais considerações, vimos que as três assertivas estão CORRETAS.

    Diante do exposto, cabe comentar cada uma das alternativas.

    LETRA A- INCORRETA. TODAS AS ASSERTIVAS ESTÃO CORRETAS.

    LETRA B- INCORRETA. TODAS AS ASSERTIVAS ESTÃO CORRETAS.

    LETRA C- INCORRETA. TODAS AS ASSERTIVAS ESTÃO CORRETAS.

    LETRA D- INCORRETA. TODAS AS ASSERTIVAS ESTÃO CORRETAS.

    LETRA E- CORRETA. TODAS AS ASSERTIVAS ESTÃO CORRETAS.

     

     

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA E


ID
2526835
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
DPU
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Acerca das teorias contemporâneas da justiça, julgue o item a seguir.


De acordo com o utilitarismo, a relação sexual consentida entre homossexuais e sem prejuízo a terceiros, ainda que vista como inadequada por um grupo social, não configura uma questão de moralidade.

Alternativas
Comentários
  • A Igualdade no Utilitarismo de Peter Singer

     

    "Assim, Peter Singer propõe um princípio geral de igualdade, o principio da Igualdade na Consideração de Interesses, que requer que os interesses semelhantes de todos os afetados por nossas ações tenham igual peso de consideração em nossas deliberações morais, ou seja, um interesse é um interesse, independentemente de quem ele seja. Se a dor é semelhante é irrelevante a orientação sexual, raça, sexo, espécie a que o sujeito de consideração moral pertença, considerar menos a dor de uma pessoa homossexual em comparação a dor semelhante de uma pessoa heterossexual é incoerente com este princípio . (...) O princípio de igualdade na consideração de interesses é, portanto, um princípio mínimo de igualdade, pois ele não é baseado nas qualidades ou características dos sujeitos éticos, exceto pela capacidade de possuir interesses, ele não implica em tratamento igual, mas na obtenção de um resultado igualitário".

     

    Fonte: http://www.bulevoador.com.br/2012/08/etica-consequencialista-e-o-utilitarismo/

  • UTILITARISMO é uma doutrina ética defendida principalmente por Jeremy Bentham e John Stuart Mill que afirma que as ações são boas quando tendem a promover a felicidade e más quando tendem a promover o oposto da felicidade.

    FONTE : Wikipédia

  • CERTO.

     

    Q764521 Verifica-se, historicamente, diferentes abordagens sobre ética. Uma delas preconiza que o bem de uma ação depende não tanto da intenção, mas das consequências que ela tem, ou seja, uma conduta só pode ser avaliada como boa se for útil, no sentido de fazer bem ao maior número possível de pessoas e mal ao menor número possível. Trata-se da abordagem em ética denominada : e) utilitarismo.

     

  • O princípio do dano, na doutrina utilitarista de J. S. MIll, retira do Estado a possibilidade de interferir nas escolhas pessoais: "o único propósito para se exercer poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, é evitar dano a outrem". (FONTES, Paulo Gustavo guedes. Filosofia do DIreito, p. 142.

    Assim, correta a assertiva.

  • O Utilitarismo foi proposto por Jeremy Bentham e John Rawls. Possui como principais características:


    a) maximização do bem-estar


    b) ações justas-injustas a partir das consequências


    c) critérios quantitativos e qualitativos pelos resultados, baseado na ideia do consenso.


    Obs: Inclusive já houve a tentativa de integrar o " Direito à Felicidade "( via emenda constitucional) como direito fundamental, o qual não vingou devido á sua grau de subjetividade, principalmente relativamente à Administração Pública

  • Em 17/09/2018, você respondeu E!!Errado!

  • No gabarito consta como CERTA, mas é sim uma questão de moralidade. Parece que o CESPE quis dizer na frase que tal relação sexual seria imoral segundo a moral utilitarista. Nesse caso, a frase está ERRADA realmente. Mas não deixa de ser uma questão de moralidade. A moral abarca tudo, todas as ações humanas podem ser julgadas como questões morais, sendo classificadas como morais ou imorais.

    Pra mim, esta questão deveria ser anulada. Configura sim questão de moralidade.

  • utilitarismo é uma doutrina ética defendida principalmente por Jeremy Bentham e John Stuart Mill que afirma que as ações são boas quando tendem a promover a felicidade e más quando tendem a promover o oposto da felicidade.[1]

    Filosoficamente, pode-se resumir a doutrina utilitarista pela frase: Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo).

    Trata-se então de uma moral eudemonista, mas que, ao contrário do egoísmo, insiste no fato de que devemos considerar o bem-estar de todos e não o de uma única pessoa.

    Antes de quaisquer outros, foram Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873) que sistematizaram o princípio da utilidade e conseguiram aplicá-lo a questões concretas – sistema político, legislação, justiça, política econômica, liberdade sexual, emancipação feminina, etc.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Utilitarismo

     

    PARA RESPONDER ESTE TIPO DE QUESTÃO DEVEMOS SE DESVINCILHAR DE TUDO QUE ACHAMOSSSSSSSSSSSS

    IMPESOALIDADEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE KKKKKKKKKKKKKKKKKK A FELICIDADE DOS OUTROS NÃO ME ENCOMODA OU ME FAZ MAL, PREJUDICA...........DEIXEM SEREM FELIZES...........O QUE É IMORAL NESTE CASO É O NOSSO PRECONCEITO(DESRRESPEITO) TALVEZ RSRSRSRSRSR.................IIIIIIIIIIIIIII Ó NÃO VENHAM ME CRUCIFICAR, CADA UM COM SUA CONCEPÇÃO TA............BJUS

  • Na verdade, John Rawls propôs o liberalismo-igualitário e não o utilitarismo.

  • Utilitarismo é o seguinte: A minha ação me faz feliz, ou vai vai fazer feliz o maior número de pessoas? sim! então é correto.

    Mandaram bem, Jeremy Bentham e John Stuart Mill!

  • Em sua formulação mais simples, o utilitarismo afirma que o ato correto é aquele que produz a maior soma de felicidade para os membros da sociedade. Em outros modelos a felicidade é substituída por outros valores, como bem-estar, por exemplo. O importante é existir um bem a ser promovido na maior escala possível.

    Uma pessoa não pode, por exemplo, condenar a homossexualidade com base morais se não mostrar que deixa pessoas do mesmo sexo casarem entre si diminui a quantidade de felicidade na sociedade.

  • Copiando

    "O princípio do dano, na doutrina utilitarista de J. S. MIll, retira do Estado a possibilidade de interferir nas escolhas pessoais: "o único propósito para se exercer poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, é evitar dano a outrem". (FONTES, Paulo Gustavo guedes. Filosofia do DIreito, p. 142

  • A questão em tela, muito bem elaborada, miscigenando Filosofia do Direito e temas do cotidiano, demanda conhecimento de máximas do utilitarismo.

    O utilitarismo, bem expresso nos estudos de Bentham, Stuart Mill, dentre outros,  prega que:


    I-                    Deve-se buscar decisões que maximizem o bem estar social e a felicidade geral;

    II-                  A análise de eventos deve ser pautada em lógicas pragmáticas, sem freios morais retrógrados que retirem a maximização das potências humanas;

    III-                 Escolhas individuais não podem ser tolhidas por padrões paternalistas impostos pelo Estado ou por segmentos sociais específicos.

    Se pessoas do mesmo sexo escolhem formar consórcios afetivos e são felizes com tais escolhas, por óbvio, maximizam as ideias de bem estar e felicidade geral. Não cabe a padrões morais canhestros de definição de certo x errado impedir esta liberdade e as consequências lúcidas e felizes de tais escolhas.

    Em verdade, a construção de moralidade, a escolha do certo x errado é muito mais ampla, diversa, contextualizada e plural do que a expressão de frações sociais refratárias à certas condutas. Em qualquer sociedade, o dissenso é natural e a felicidade geral dita as escolhas mais uteis e adequadas para o bem estar social.

    A insatisfação de grupos sociais em relação a dados comportamentos precisa observar se, afinal de contas, tais condutas geram algum prejuízo ao bem estar coletivo. Em não havendo danos, não há que se condenar tais condutas. A maximização da felicidade geral supera o desconforto de leituras sectárias contrárias à liberdade com que pessoas do mesmo sexo mantém relações.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

  • GABARITO: CERTO

    O utilitarismo é uma doutrina que avalia a moral e, sobretudo, as consequências dos atos humanos. Caracteriza-se pela ideia de que as condutas adotadas devem promover a felicidade ou prazer do coletivo, evitando assim as ações que levam ao sofrimento e a dor.

    Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/utilitarismo


ID
2539837
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TRT - 7ª Região (CE)
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Considerando as noções de ética e de moral, bem como os princípios e valores que conduzem nossa sociedade, julgue os itens seguintes.


I- Um indivíduo em situação de miséria que encontrar, caída na rua, uma carteira e decidir utilizar o cartão de crédito nela guardado para adquirir medicamentos ao seu filho terá agido de acordo com as normas éticas, mas não com os princípios morais.

II- Os valores morais variam ao longo do tempo.

III- O campo da filosofia dedicado a estudar os valores e princípios que orientam a conduta dos seres humanos em sociedade é denominado ética.


Assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • Ética: os conceitos morais não variam de acordo com o tempo e o lugar .

     Moral: é estabelecida pela coletividade; Modifica-se conforme o tempo e o lugar.

     

     

  • Quem se apropria ilicitamente de bem alheio, nunca age de forma ética! Os fins não justificam os meios!

    Gab. C

  • Ética - é a reflexão filosófica sobre a moral(caráter teorico). É permanente pois é universal, é principio, é a ciencia que estuda a moral.

    Moral - Tem carater pratico (com força normativo). É temporário pois é cultural. São aspectos de condutas específicas. Esta relacionado com os hábitos e costumes de determinado grupo social.

  • gabarito: C

    I - ele agiria de acordo com a moral (que é variável). Valores éticos são os mesmos não importando a situação;

    II - como dito no intem I, valores morais variam e os éticos não;

    III - ética estuda a moral.

  • PUTZ cai na historinha da banca na assertiva (I) , não me atentei na inversão dos valores.

     

  • Gabarito: C

     

    Conceitos explorados pelo CESPE, com diferença sutil:

     

    Ética: campo da filosofia dedicado a estudar os valores e princípios que orientam a conduta dos seres humanos em sociedade.

     

    Moral: sistema de normas, princípios e valores que regulam as relações entre o indivíduo e a sociedade (Q846491, abaixo).

     

     

     

    Q846491 Ano: 2017 - Banca: CESPE - Órgão: TRT - 7ª Região (CE) - Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 2, 7 e 8

     

    Julgue os itens a seguir, de acordo com os conceitos de ética e moral.

     

    I- A moral é um sistema de normas, princípios e valores que regulam as relações entre o indivíduo e a sociedade. CERTO

    II- O termo moral vem do latim, e o termo ética do grego. CERTO

    III- A moral é a ciência que tem a ética como objeto. ERRADO

  • Existem diferentes conceitos de Ética e Moral dependendo da corrente filosófica.

    Se a banca não especificou no edital um conjunto de autores ou uma determinada corrente filosófica que sirva de base para a prova, a questão é passível de ser anulada.

  • Letra C

    O erro da I é "trocar os papéis". No caso em questão, ele agiria com moral e não com ética - pois a ética é o conjunto de regras da qual a moral se perfaz. Na I, o sujeito moralmente estaria amparado por uma finalidade maior, porém, desamparado pelo regramento ético. 

  • Acho que a primeira assertiva está errada não pela interpretação, que é subjetiva, mas em dizer normas éticas e princípios morais.

  • Em 17/09/2018, você respondeu C!!Certo!

  • Palavras-chave para Ética:

    .Estudo da Moral (item III )

    .Códigos de Conduta

    .Absouta

    .Formal

    .Objetiva

    .Atemporal (iten II)

     

    Gabarito:C

  • A ética não define certo e errado, e sim o mais justo ou injusto; por isso essa questão se torna tendenciosa

  • Ano: 2020 Banca:  Órgão:  Provas:  

    Resolvi certo!

    No que se refere a ética, moral e valores, julgue o item a seguir.

    A existência da conduta ética pressupõe a liberdade de consciência do agente.

  • A questão em comento demanda conhecimentos basilares de Ética e Moral.

    Exige-se uma análise de cada assertiva da questão.

    A assertiva I é INCORRETA.

    Mesmo com miséria e extremada pobreza, a ética não permite a um indivíduo utilizar o cartão de crédito de outrem. A ética fixa regras que, com base no cotidiano contemporâneo, dizem o certo x errado, proibido x permito. Não é ético, não tem legalidade, a postura exposta. O ético era a devolução do cartão de crédito ao seu real titular.

    A assertiva II é CORRETA.

    De fato, a Moral oscila, é contextual e os valores morais variam com o tempo.

    A assertiva III é CORRETA.

    De fato, a Etica é um fragmento da Moral que se propõe a estudar, com base em dadas regras e princípios, os comportamentos humanos, fixando limites e determinando o certo x errado, o justo x injusto, o proibido x permitido.

    Logo, as assertivas II e III estão CORRETAS.

    Diante do exposto, cabe analisar as questões.

    LETRA A- INCORRETA. Apenas as assertivas II e III estão CORRETAS.

    LETRA B- INCORRETA. Apenas as assertivas II e III estão CORRETAS.

    LETRA C- CORRETA. Apenas as assertivas II e III estão CORRETAS.

    LETRA D- INCORRETA. Apenas as assertivas II e III estão CORRETAS.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

  • Na I o examinador deveria informar qual sob perspectiva ética deveríamos analisar, Benhtan? Kant?

    Difícil ter que adivinhar.


ID
2547016
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
CBM-AL
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Com referência a ética e cidadania, julgue o item a seguir.


A ética e a moral têm conceitos equivalentes: ambas são entendidas como conjunto de princípios e valores universais que regem as relações humanas.

Alternativas
Comentários
  • Seus conceitos são distintos: A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

    Fonte:https://www.significados.com.br/etica-e-moral/

  • No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

  • Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.

    Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.

  • 90% das questões deste tipo você resolve com esse entendimento para CESPE:

    Se fosse igual, seria o mesmo nome!

    Então.. Questão ERRADA, porque se fosse para ser igual, seria o mesmo nome. 

  • Gabarito: Errado

    A moral é influenciada por fatores sociais e históricos (espaço-temporais), havendo diferenças entre os conceitos morais de um grupo para outro (relativismo), diferentemente da ética que pauta-se pela universalidade (absolutismo), valendo – ou ao menos pretendendo valer – seus princípios e valores para todo e qualquer local, em todo e qualquer tempo.

    Comentário do Prof. Vitor Krewer, do Explica Concursos:

    Ética e Moral tem conceitos diferentes. Enquanto ética é o estudo do comportamento ou modo de ser, moral refere-se aos valores que orientam o comportamento.

    Fontes:

    - Noções de Ética no Serviço Público, Leandro Bortoleto e Perla Müller (https://www.editorajuspodivm.com.br/cdn/arquivos/ac054eb6de3d35a1d13c4dcbbca402cb.pdf)

    - https://explicaconcursos-production-media.s3.amazonaws.com/courses/media/akctdjUeqvzk6k1PI6DxvHE5XK6swiMbOntGaRLv.pdf

  • A questão exige conhecimento acerca dos conceitos de ética e moral. Embora alguns autores jusfilósofos– por exemplo, Peter Singer (1993) e Ronald Dworkin (2012) – tratem os termos como sinônimos, outros autores fazem distinção entre os termos.

     

    A banca, por sua vez, preferiu a distinção entre os termos. Conforme questão de identificação Q441890 (Quadrix - 2012 - DATAPREV - Engenheiro de Segurança do Trabalho), analisados sob o ponto de vista da Sociologia Jurídica, ÉTICA e MORAL abrangem diferentes significados. A ÉTICA está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano social. Por outro lado, a MORAL está associada aos costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade. A partir das reflexões acima e de seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.

     

    Gabarito do professor: assertiva errada.

     

    Referências:

     

    DWORKIN, Ronald. Justiça para ouriços. Coimbra: Almedina, 2012.

     

    SINGER, Peter. Practical Ethics. 2a Edição. Cambridge University Press, 1993. 395 p.

  • Gab: Errado

    Comentário Prof. Adriel de Sá, Gran Cursos:

    A moral é influenciada por fatores sociais e históricos, variando no tempo e espaço e de um grupo para o outro, isto é, a moral baseia-se no relativismo. Por sua vez, a ética é pautada pela universalidade, ou seja, seus princípios e valores valem para todo e qualquer local e em todo e qualquer tempo


ID
2562901
Banca
IDECAN
Órgão
PM-PB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Em “Treze Reflexões sobre Polícia e Direitos Humanos” preconiza‐se a superação das sequelas deixadas pelo período ditatorial, em que prevalecia a crença de que a competência se alcança pela truculência, e não pela técnica, maus‐tratos internos a policiais de escalões inferiores, corporativismo no acobertamento de práticas incompatíveis com a nobreza da missão policial, entre outros. Consoante esse estudo, é INCORRETO afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito D

    A "ética da corporação" (negação de qualquer possibilidade ética) se antagoniza com a ética da cidadania. 

    Portanto, são opostas e não podem coexistir, devendo a "ética da corpoção" ser combatida.

  • A questão em comento demanda conhecimento de direitos humanos, raciocínio lógico, razoabilidade e compreensão da dinâmica da ação policial nos tempos contemporâneos.

    A ação policial precisa ser compatibilizada com os direitos humanos e a cidadania, não podendo redundar em abusos, corporativismos.

    A própria leitura do enunciado da questão, bem interpretada, auxilia na resposta.

    Cabe dizer que a resposta se dá com base na alternativa incorreta.

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. De fato, no inconsciente coletivo, o policial tem papel emancipatório, educativo, regulador.

    LETRA B- CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. Com efeito, o respeito à autoridade superior não pode ser imposto pelo medo e pela humilhação.

    LETRA C- CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. Com efeito, a falta de normativa específica pode representar desvio à corporação policial.

    LETRA D- INCORRETA, LOGO RESPONDE A QUESTÃO. Não há que se falar em uma convivência aceitável de uma “ética da corporação" com uma ética da cidadania.





    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D


ID
2574343
Banca
CPCON
Órgão
UEPB
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Observe o extrato do texto do Prof. João Maurício Adeodato e, em seguida, responda o que se pede:


“O termo ethos, ao lado de pathos e logos, designa, na Grécia clássica, uma das dimensões ontológicas fundamentais da vida humana. Ética constitui, além da doutrina do bom e do correto, da “melhor” conduta, a teoria do conhecimento e realização desse desiderato. O postulado inicial aqui é que não apenas aquilo que tradicionalmente faz parte da moral mas também o que hoje chamam-se o político e o jurídico pertencem ao significado do termo ética.” (ADEODATO, João Maurício. Ética e retórica: para uma teoria da dogmática jurídica. Saraiva: 2002, pp. 185-186).


Se se considerar que a ética é a doutrina do bom e do correto em relação às condutas que o indivíduo deve possuir, pode-se imaginar que um sujeito que se comporta “eticamente” irá desenvolver condutas e conceitos que se ajustarão a comportamentos morais dignificantes. O sujeito que mantém suas ações dentro das prescrições do que seja considerado bom e correto pode ser denominado de “sujeito ético-moral”. Com base no acima descrito, a alternativa que melhor aponta um requisito ou comportamento relativo a um sujeito ético-moral é:

Alternativas
Comentários
  • A questão em comento demanda conhecimento basilar de Ética e do pequeno texto apresentado no introito da questão, bem como do perguntado objetivamente na questão, ou seja, o agir do sujeito ético moral.

    O que diz o texto:


    I-                    Ética, além da conduta do bom e do correto, constitui a melhor conduta e a teoria do conhecimento que consiga desenvolver estas premissas;

    II-                  O significado de Ética vai além do campo moral, atingindo as esferas do político e do jurídico.

    Diante do exposto, cabe analisar as alternativas da questão:

    LETRA A- CORRETO. A ação ética é racional e o sujeito conhece os fins e consequências de seu agir. Há necessidade de compreensão do significado de suas intenções e conhecimento da essência dos valores morais.

    LETRA B- INCORRETO. O ser ético é racional e controla seus impulsos e paixões.

    LETRA C- INCORRETO. O ser ético, além da probidade, reconhece ser autor de suas próprias ações e das consequências dela advindas.

    LETRA D- INCORRETO. A ética exige alteridade, empatia e reconhecimento do outro.

    LETRA E- INCORRETO. A ação ética sempre leva em conta as consequências geradas.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A


ID
2645368
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STJ
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

De acordo com os conceitos, valores e princípios éticos e morais, bem como com as disposições da Lei n.º 8.429/1992, julgue o item a seguir.


A ética caracteriza-se por ser normativa dentro do grupo social em que ela é observada, na medida em que norteia a conduta do ser humano; entretanto, ela varia de uma sociedade para outra, considerando-se o relativismo cultural.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO OFICIAL: Certo

    GABARITO SUGERIDO: Errado.

    Comentários

    Entendo que o gabarito desta questão deva ser alterado de Certo para Errado. O item trouxe o entendimento de moral e não de ética.

    A moral rege a conduta e as regras de determinado grupo social; são normas não escritas que indicam o que o indivíduo pode ou não fazer. Além disso, é a moral que varia de uma sociedade para outra e em função do tempo.

    Ao contrário, a ética é tida como universal, pois resulta do estudo de “diversas morais”, possuindo um caráter imutável de um grupo social para outro.

    Observe a questão elaborada em 2015 pelo CESPE para o concurso de assistente técnico da Telebras, cujo gabarito oficial é “Certo”.

    A moral pode ser entendida como um conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos em uma comunidade social, e sua função pode variar de uma sociedade para outra.

     

    Fonte: http://blog.pontodosconcursos.com.br/concurso-stj-ajaa-ajaj-e-oja-prova-comentada-de-etica/

  • Discordo do gabarito!!


     A ética>>> é universal.


     Moral>> varia de uma sociedade para outra.

  • O item trouxe o entendimento de moral e não de ética.

     MORAL

     --> A moral rege a conduta e as regras de determinado grupo social;

    --> São normas não escritas que indicam o que o indivíduo pode ou não fazer.

    --> A moral que VARIA de uma sociedade para outra e em função do tempo

     

     

    ÉTICA

    --> A ética é tida como universal,

    --> Resulta do estudo de “diversas morais”,

    --> Diferentemente da moral a ÉTICA possui um caráter imutável, ou seja, NÃO SOFRE VARIAÇÃO de um grupo social para outro.

     

    Observe a questão elaborada em 2015 pelo CESPE para o concurso de assistente técnico da Telebras, cujo gabarito oficial é “Certo”.

     

    A moral pode ser entendida como um conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos em uma comunidade social, e sua função pode variar de uma sociedade para outra.

     

     

    http://blog.pontodosconcursos.com.br/concurso-stj-ajaa-ajaj-e-oja-prova-comentada-de-etica/

  • Para mim, questão corretíssima.

    Pensemos o seguinte: quando um órgão público tem um código de ética, esse código é normativo dentro do grupo ao qual está inserido? Ele nortei a conduta do servidor? 

    Ademais...

    Conforme ensinamento de Marilena Chauí (2000) a ética é normativa. Do ponto de vista ético, somos pessoas e não podemos ser tratados como coisas. Os valores éticos se oferecem, portanto, como expressão e garantia de nossa condição de sujeitos, proibindo moralmente o que nos transforme em coisa usada e manipulada por outros. A ética é normativa exatamente por isso, suas normas visando impor limites e controles ao risco permanente da violência.

    CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000. pg. 433.

     

    Ainda, segundo Cavalcanti, a ética norteia a conduta dos homens e aponta valores para a cultura e a sociedade. Uma sociedade que cultiva os valores éticos julga antecipadamente os seus procedimentos e determina que todos os seus membros, movidos por fortes imperativos do dever ser, se afastem do crime e da violência, do mal e do vício. Como meta final aponta os caminhos do bem e da virtude.

    CAVALCANTIAfonso de Souza. Procura e Discernimento. Mandaguari. Ed. Científico. 2007. pag. 8

     

    A ética varia de uma sociedade para outra. Cada grupo julga as ações de maneira diferente em função do seu contexto cultural ou dos seus interesses pessoais.
    Disponível em: Código de Ética. Conceitos.com. Publicado: 20/02/2016. https://conceitos.com/codigo-de-etica/

     

  • Nos meus estudos também aprendi que a ética é universal enquanto a moral varia de uma sociedade para outra, o gabarito me deixou confusa. 

  • Esta questão é uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia... Cespe, deixe de mau sentimento.

    Discordo do gabarito 

    Rapaz, e eu pensava que a ética era imutável, não variava de uma sociedade para outra. Pensava eu, pobre iludido, que a moral era que mudava de um grupo social para outro.

     -

    Porque a conceituação dizia: 

    • Moral está para as praticas aceitas dentro de uma sociedade.
    • Ética para o estudo, e este não pode ser alterado pela conveniência de qualquer grupo. 
  • Discordo do gabarito.

    Apesar disso, guardo com carinho esta questão em meu cadernos para no caso de cair algo parecido deixar em branco.

    Não vou perder 1 pontinho precioso em função do humor da banca no dia, já que ora considera certo, ora considera errado.

  • Questão anulada em gabarito definitivo.

     

    Ainda bem.

  • Milagre Cespe anulou .. .Pq qd a miseravi diz q pau é pedra,  pode esquecer . 

  • Gabarito: Questão anulada

    Do ponto de vista dos valores, a ética exprime a maneira como a cultura e a sociedade definem para si mesmas o que julgam ser a violência e o crime, o mal e o vício e, como contrapartida, o que consideram ser o bem e a virtude. Por realizar-se como relação intersubjetiva e social, a ética não é alheia ou indiferente às condições históricas e políticas, econômicas e culturais da ação moral. Conseqüentemente, embora toda ética seja universal do ponto de vista da sociedade que a institui (universal porque seus valores são obrigatórios para todos os seus membros), está em relação com o tempo e a História, transformando-se para responder a exigências novas da sociedade e da Cultura, pois somos seres históricos e culturais e nossa ação se desenrola no tempo.

    Fonte: Marilena Chauí, Convite à Filosofia (https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/533894/mod_resource/content/1/ENP_155/Referencias/Convitea-Filosofia.pdf)

    Comentário do Prof. Paulo Guimarães, do Estratégia Concursos:

    Considero a questão incorreta. A moral de fato tem caráter normativo, pois orienta a conduta humana, prescrevendo conduta, mas a Ética se ocupa de estudar esse fenômeno. De outra parte, podemos dizer também que a moral varia de uma sociedade para outra, e esse fenômeno é o relativismo moral.

    Livro “Ética”, de Adolfo Sánchez Vázquez (p. 22):

    “A ética não cria a moral. Conquanto seja certo que toda moral supõe determinados princípios, normas ou regras de comportamento, não é a ética que os estabelece numa determinada comunidade”.

    Comentário do Prof. Tiago Faria, do Ponto dos Concursos:

    O item trouxe o entendimento de moral e não de ética.

    A moral rege a conduta e as regras de determinado grupo social; são normas não escritas que indicam o que o indivíduo pode ou não fazer. Além disso, é a moral que varia de uma sociedade para outra e em função do tempo.

    Ao contrário, a ética é tida como universal, pois resulta do estudo de “diversas morais”, possuindo um caráter imutável de um grupo social para outro.

    Observe a questão elaborada em 2015 pelo CESPE para o concurso de assistente técnico da Telebras, cujo gabarito oficial é “Certo”.

    A moral pode ser entendida como um conjunto de normas e regras destinadas a regular as relações dos indivíduos em uma comunidade social, e sua função pode variar de uma sociedade para outra.

    Comentário da Profa. Kátia Lima, do Gran Cursos:

    O conceito se refere a moral, que caracteriza-se por ser normativa e variar em cada grupo social.

    Fontes:

    https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/etica-stj-gabarito-extraoficial/

    https://blog.pontodosconcursos.com.br/concurso-stj-ajaa-ajaj-e-oja-prova-comentada-de-etica/

    https://blog.grancursosonline.com.br/wp-content/uploads/2018/04/STJ-Coment%C3%A1rio-%C3%89tica-K%C3%A1tia-Lima-AJAA.pdf


ID
2665819
Banca
IBADE
Órgão
SEDURB-PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Segundo o conceito do filósofo Aristóteles, o conhecimento que propicia ao homem alcançar a virtude cardeal, consistente na ação justa, prudente, corajosa e temperada consiste na:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO:C


    A ética aristotélica inicia-se com o estabelecimento da noção de felicidade. Neste sentido, pode ser considerada uma ética eudemonista por buscar o que é o bem agir em escala humana, o agir segundo a virtude. A felicidade é definida como uma certa atividade da alma que vai de acordo com uma perfeita virtude.  [GABARITO]



    Segundo o Estagirita, o que distingue as duas espécies de virtude é a mediania. A virtude intelectual é adquirida através do ensino, e assim, necessita de experiência e tempo. A virtude moral é adquirida, por sua vez, como resultado do hábito. O hábito determina nosso comportamento como bom ou ruim. É devido ao hábito que tomamos a justa-medida com relação à nós. Logo, a mediania é imposta pela razão com relação às emoções e é relativa às circunstâncias nas quais a ação se produz.


    Nenhuma das virtudes morais surge nos homens por natureza porque o que é por natureza não pode ser alterado pelo hábito e “a natureza nos dá a capacidade de recebê-las [as virtudes], e tal capacidade se aperfeiçoa com o hábito” (ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco, II, 1103 a 26). Virtudes e artes são adquiridas pelo exercício, ou seja, a prática das virtudes é um pré-requisito para que se possa adquiri-las. Sem a prática, não há a possibilidade de o homem ser bom, de ser virtuoso. Tornamo-nos justos ao praticarmos atos justos pois “toda a virtude é gerada e destruída pelas mesmas causas e pelos mesmos meios” (ARISTÓTELES, Ética a Nicômaco, II, 1103b 5-6)


    ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Martin Claret, 2012.

  • quem fez essa prova se deu mal a banca fez um acordo com a prefeitura e classificou só quem a prefeitura chamou, imoralidade

  • Esse campo teórico, como dito na questão, relaciona-se com a ética, que é uma ciência reflexiva.

    A moral, por outro lado, está no campo da ação.

    Resposta: C

  • A questão em comento guarda relação com premissas basilares de Aristóteles.

    O agir racional, justo, prudente, temperado, moderado está intimamente ligado à Etica.

    A ação ética é racional e o sujeito conhece os fins e consequências de seu agir. Há necessidade de compreensão do significado de suas intenções e conhecimento da essência dos valores morais.

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETO. Não é a justiça, mas sim a ética a palavra que reúne todos os atributos exigidos na questão.

    LETRA B- INCORRETO.  Não é a moral, mas sim a ética a palavra que reúne todos os atributos exigidos na questão.

    LETRA C- CORRETO. De fato, o agir ético reúne o racional, o justo, o prudente, o temperado, o moderado. A ética permite discernir entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o bom e o ruim.

    LETRA D- INCORRETO. Não é a cidadania, mas sim a ética a palavra que reúne todos os atributos exigidos na questão.

    LETRA E- INCORRETO. Não é a dignidade, mas sim a ética a palavra que reúne todos os atributos exigidos na questão.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

  • GAB. C

    Entre as virtudes adquiridas pelo homem, estabelecem-se quatro, que são fundamentais, ou capitais, às quais estão subordinadas outras, que são acessórias, ou subordinadas. Desde a antiguidade, classificou-se como virtudes cardiais: a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança. Qual o conhecimento que propicia ao homem alcançar a virtude cardeal? Ética.


ID
2665822
Banca
IBADE
Órgão
SEDURB-PB
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

No serviço público, aplicam-se as relações de comando e obediência, já que é normativa, correspondendo ao traçado do comportamento que se espera do agente e, por isso, lhe é exigível, visando o que é bom para si e para todos. Tal conceito se refere à:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO:A

     

    Moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade. [GABARITO]


    Etimologicamente, o termo moral tem origem no latim morales, cujo significado é “relativo aos costumes”.


    As regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas, sendo uma palavra relacionada com a moralidade e com os bons costumes.


    Está associada aos valores e convenções estabelecidos coletivamente por cada cultura ou por cada sociedade a partir da consciência individual, que distingue o bem do mal, ou a violência dos atos de paz e harmonia.


    Os princípios morais como a honestidade, a bondade, o respeito, a virtude, e etc, determinam o sentido moral de cada indivíduo. São valores universais que regem a conduta humana e as relações saudáveis e harmoniosas.
     

  • bem difícil diferenciar moral de ética, sendo que a questão ainda fala de bem de todos, ou seja de modo imparcial. Maioria das respostas são conceitos genéricos.

  • 74% Erros kkkkkkkk questão vaga

  • GABARITO: "A"

     

    Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.

     

    Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.

    Pessoal,

    Ano passado fui aprovado no concurso do TRT-RJ em 42. Estou apenas aguardando minha convocação, mas quero começar um projeto pessoal pra ajudar mais pessoas a terem a felicidade que tenho agora. Criei uma conta no Instagram pra postar o que considero mais relevante pra levar pra prova ( @augustotrt )

    Atualmente estou fazendo posts sobre Direito do Trabalho.

    Pretendo postar todos os dias alguma coisa.

    Bons estudos!

  • CABE RECURSO ! QUESTÃO CRETINA, ESTUPIDAMENTE MAL FOMULADA

  • Quem confundiu ética com moral... TMJ!!

  • Nossa, esse enunciado foi vago demais. Questão de fundo de quintal.

  • No serviço público, aplicam-se as relações de comando e obediência, já que é normativa, correspondendo ao traçado do comportamento que se espera do agente e, por isso, lhe é exigível, visando o que é bom para si e para todos. Tal conceito se refere à:

    a) moral.

    Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.

    Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.

  • nossa, que ridículo 

  • Moral-subjetiva

    Etica-Objetiva...É Isso gente, ou entendi errado?

    Socorro me ajudem ai por favor....Obrigada!

  • Li e fiquei boiando O.O 

  • Essa matou geral...

  • Me sentindo menos mal pela porcentagem de erros. Questão muito mal formulada.

  • A MORAL é um fenômeno social de caráter NORMATIVO, orientando a nossa conduta no dia a dia.

    A ÉTICA é a parte FILOSÓFICA/CIENTÍFICA. Engloba um conjunto de regras e preceitos de ordem VALORATIVA.

  • A questão em comento, embora de redação sucinta e obtusa, nada mais exige do que um conhecimento basilar de máximas da Moral aplicáveis ao serviço público.

    A Moral é uma ordem normativa que fixa parâmetros para os comportamentos individuais e coletivos.

    A Moral trabalha no campo da consciência, fixando balizas racionais para um agir individual que seja compatível com o bem estar geral.

    A Moral fixa diretrizes para o agir justo e correto.

    Feitas estas considerações, cabe comentar as alternativas.

    LETRA A- CORRETA. De fato, a Moral atende as premissas do enunciado da questão, funcionando como ordem normativa. O segredo para acertar a questão é este, qual seja, ter a Moral como ordem normativa que fixa comandos.

    LETRA B- INCORRETA. A Etica é um campo da Filosofia próximo da Moral, mas dela distinto. Com base no cotidiano e na experiência, fixa o que, conforme cada contexto, o certo x errado, o proibido x permitido. Não é a resposta pretendida na questão.

    LETRA C- INCORRETA. A imparcialidade, um dos princípios da Administração Pública, não se confunde com o caráter de ordem normativa genérica postulado na questão.

    LETRA D- INCORRETA. A moralidade, um dos princípios da Administração Pública, não se confunde com o caráter de ordem normativa genérica postulado na questão.

    LETRA E- INCORRETA. A justeza está no mundo mais no campo dos valores do que como uma fixação normativa que impõe comandos concretos ao agente públicos.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A


ID
2725138
Banca
PGR
Órgão
PGR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA:

Alternativas
Comentários
  • multiculturalismo

    substantivo masculino

    coexistência de várias culturas num mesmo território, país etc.

    Abraços

  • Nessa questão a banca adotou o entendimento de Marcelo Neves.

  • Entende-se por multiculturalismo tanto os estudos acadêmicos quanto as políticas institucionais que se desenvolvem em torno das questões trazidas pela emergência das sociedades multiculturais. Uma sociedade multicultural é aquela que, em um mesmo território, abriga povos de origens culturais distintas entre si. As relações entre esses grupos podem ser aceitação e tolerância ou de conflito e rejeição. Isso vai depender da história da sociedade em questão, das políticas públicas propostas pelo Estado e, principalmente, do modo específico como a cultura dominante do território é imposta ou se impõem para todas as outras. A convivência entre culturas diferentes não é uma questão nova, mas que se se intensificou nos últimos anos devido a acontecimentos marcantes.

    Não é possível entender o multiculturalismo fora do contexto do fenômeno da . O desenvolvimento acelerado dos meios de transporte e das tecnologias de comunicação aproximaram diferentes regiões do mundo, criando redes industriais e financeiras complexas e uma economia multinacional, interdependente e insubmissa às fronteiras nacionais. Com o fim da , os Estados Unidos passam a hegemonizar culturalmente todo o planeta. Seus produtos, filmes, músicas e formas de ver as coisas se espalham globalmente gerando o que se chama de “” do mundo. Frente a esse fenômeno de hegemonização dos padrões culturais globais, as culturas tradicionais se fortaleceram, reagindo contra a massificação dos modos de ser. Por outro lado, apesar da massificação, vemos que essas comunidades culturais locais são capazes de se apropriar de partes da cultura americana, transformando-as em uma algo novo e diferente do original. No Brasil, o funk e rap são um exemplo claro dessa possibilidade.

    fonte: <https://www.infoescola.com/sociologia/multiculturalismo/>.

    Assim, entendo que o multiculturalismo não é um direito, mas uma percepção social que constata a convivência de diversas culturas num mesmo território.

  • vejo que ainda não conseguimos descobrir o motivo da C ser a incorreta

  • A questão em comento demanda conhecimento de discussões contemporâneas da Etica e da Filosofia do Direito.

    Em um cenário de diversidade e complexidade, diferentes formas de vida precisam coexistir.

    O multiculturalismo preserva a coexistência de grupos diversos, promovendo direitos humanos, permitindo a real alteridade, preservando o direito à diferença e a diversidade.

    Múltiplas culturas, com intensas diversidades, podem coexistir sem necessariamente uma agredir ou eliminar a outra.

    Feitas tais ponderações, vamos responder a questão analisando suas assertivas e tendo em mente que a resposta é a assertiva INCORRETA.

    LETRA A- CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. De fato, havendo pluralidade, bem como respeito à diversidade, o dissenso será inevitável em diferenças leituras de mundo. O aborto: é um direito da mulher sobre a gestão de seus direitos sexuais e reprodutivos ou merece permanecer como tipo penal? A eutanásia: representa uma alternativa de morte digna e preservação da autonomia da vontade ou vai contra o direito à vida e merece permanecer como tipo penal? Não há resposta simples para dilemas em um cenário onde o dissenso é tolerado.

    LETRA B- CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. Grupos como quilombolas e indígenas tem direito a criar identidade, um senso de pertencimento, um pensamento comunitário, a construção de um legado, o pensar um futuro coletivo, tudo isto embora, pontualmente, possam, como qualquer comunidade, ter dissensos.

    LETRA C- INCORRETA, LOGO RESPONDE A QUESTÃO. O multiculturalismo vai além da preservação de culturas autênticas distintas, mas sim prega a coexistência de grupos diversos, a diversidade, a existência simultânea de comunidades e formas de pensar diferenciados.

    LETRA D- CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. O planejamento, enquanto instrumento de reforma urbana, pode até levar em conta particularidades territoriais, mas guarda um senso do coletivo.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C


ID
2759788
Banca
Quadrix
Órgão
SEDUC-GO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Texto para a questão.

Discussão sobre ética cresce nas universidades

Debate sobre o tema passa pelo ensino superior e os jovens estão cada vez mais interessados, assim como as empresas.

Guilherme Soares Dias

    O que é um comportamento ético? A resposta muda, dependendo da época, do contexto e do interlocutor. Esse conceito, flexível e cultural, vem ganhando, no entanto, cada vez mais importância no campo profissional e as universidades estão atentas.
    Segundo o professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), Eugênio Bucci, disciplinas que tratam de ética têm ganhado mais espaço no meio acadêmico. "Vejo que os jovens estão interessados e as empresas também valorizam mais, por estarem preocupadas com seus códigos e com quem vai executá-los", afirma.
    Para Bucci, as escolas são o melhor lugar para se aprender sobre ética. "Estudar o tema não significa que a pessoa será mais ou menos honesta, mas poderá ajudá-la a compreender o valor das coisas. O estudo aparelha e inspira quem está vocacionado para o viver bem", diz o professor de jornalismo, que continua ensinando sobre filósofos, como Epicuro e Sócrates, mas também promove mais discussões sobre casos reais. "É um novo jeito de aprender. As pessoas assumem papéis diferentes".
    Professora de ética do curso de administração da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Elisabete Adami dos Santos tem a mesma percepção de Bucci sobre o interesse dos alunos. "Vejo estudantes buscarem informações sobre o tema com uma postura mais crítica. Esta nova geração é muito mais preocupada com a ética, o que me deixa otimista".
    Carlos Alberto Di Franco, diretor do departamento de comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), acredita que uma boa bagagem cultural ajuda até nos dilemas éticos mais recentes, como aqueles relacionados ao ambiente digital. "A leitura é o que dá conceito, contexto, capacidade de reflexão e senso crítico", afirma. O desafio da academia, de acordo com ele, é dosar a discussão prática e teórica para não enfraquecer a formação nem ficar afastada dos novos problemas do mercado.

Internet: <http://educacao.estadao.com.br> (com adaptações).

A respeito da ética e da moral, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA D

    No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

    Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.

    Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.

    Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.

    FONTE: SIGNIFICADOS.COM.BR

  • Lembre-se: a ética é a ciência que estuda a moral.

    A moral está ligada aos costumes.

  • a) Ética e moral não se confundem. ITEM INCORRETO.

    b) Não se desvinculam. Ambas são valorativas e trabalham com as noções de certo e errado, honesto e desonesto, por exemplo. ITEM INCORRETO.

    c) A moral é fortemente influenciada por fatores sociais e históricos. ITEM INCORRETO

    d) ITEM CORRETO.

    e) A construção de conceitos éticos NÃO está desconectada da moral estabelecida por uma sociedade. ITEM INCORRETO.

    Resposta: D

  • A questão em comento demanda conhecimento basilar de Ética e análise interpretativa do texto que norteou a questão.

    No texto destacamos as seguintes ideias:

    I-                    A Ética é contextual e varia conforme diferentes experiências de vida;

    II-                  A Ética fixa máximas de comportamento no cotidiano e por isto desperta vivo interesse nos que se propõe a observar, de forma crítica, códigos de conduta dentro das realidades em que estão inseridos.

    III-                 A Ética fixa diretrizes para o bem viver, ditando uma compreensão maior do campo dos valores.



    Feitas tais observações, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. O texto precisa ser analisado objetivamente. Ética e Moral são próximas, mas não se confundem. Em verdade, a Ética é um fragmento da Moral.

    LETRA B- INCORRETA. O texto não diz isto e a Ética, assim como a Moral, não estão dissociadas da ideia de bom x mau, honesto x desonesto.

    LETRA C- INCORRETA. O texto não diz isto. A Moral e a Ética não estão dissociados de fatores concretos da vida histórica e social.

    LETRA D- CORRETO. A Moral e a Ética evocam um olhar crítico que exige uma construção de bom x mau a partir de experiências concretas da convivência e do cotidiano.

    LETRA E- INCORRETO. O texto não diz isto. A construção ética, em instante algum, está distante da realidade moral de cada sociedade.




    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D


ID
2808205
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPE-PI
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A respeito da ética, da moral, de valores e democracia, julgue o item a seguir.


A vida do ser humano em comunidade teve como consequência a construção e a aquisição de valores acerca do bem e do mal, do justo e do injusto, que se tornaram costumes aceitos que, transmitidos de geração para geração, passaram a constituir o domínio da ética e da moral.

Alternativas
Comentários
  • GAB CERTO
    ÉTICA:  Trata-se de uma maneira de lidar com as situações da vida e do modo como estabelecemos relações com outra pessoa. 
    MORAL: Conjunto de regras aplicados no cotidiano e que são utilizadas constantemente por cada cidadão. Tais regras orientam cada indivíduo que vive na sociedade, norteando os seus julgamentos sobre o que é certo ou errado, moral ou imoral, e as suas ações.
    https://www.estudopratico.com.br/qual-diferenca-entre-etica-e-moral/

  •  COMPLEMENTANDO : 

     

    ÉTICA E MORAL NÃO são sinônimos.

     

    Ética estuda a Moral ----------------- --- Moral estuda os costumes.

    Ética é teoria ----------------------------- Moral é prática

    Ética é o princípio--------------------- Moral é conduta

    Ética é Objetiva --------------------------- Moral é Subjetiva. 

    Ética é permanente ---------------------- Moral é temporal

    Ética é universal -------------------------- Moral é cultura/temporal

    Ética é Imutável --------------------------- Moral é mutável

    Ética é regra -------------------------------- Moral é conduta da regra

     

     

     

     

     

  • Certo , leve para a sua prova : a ética , estuda a moral , determina o que o bom e como deve se agir , o nome disso é Teoria do comportamento moral.

     

    Ao decorrer de cada geração , a geração vai especificando o que é correto , bom. Lembre-se , a moral é TEMPORAL , o que é certo hoje talvez não seja amanha .

    Exemplo : Fumar cigarro em ambiente fechado a 15 anos atrás era completamente normal , já hoje em em dia não é aceito

    concluindo:

     

    Moral - Particular ( Partes de um todo - nação) , Temporal (Mudança de tempos em tempos) e Normativa (normas e regras + concretas)

     

    Ética - Universal , Atemporal e Reflexiva (bom e ruim / certo ou errado)


    Fica aqui minha queixa , não acabar com a versão antiga do QC.

  • Gabarito: Certo

    Toda cultura e cada sociedade institui uma moral, isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta, válidos para todos os seus membros. [...]

    Nossos sentimentos, nossas condutas, nossas ações e nossos comportamentos são modelados pelas condições em que vivemos (família, classe e grupo social, escola, religião, trabalho, circunstâncias políticas, etc.). Somos formados pelos costumes de nossa sociedade, que nos educa para respeitarmos e reproduzirmos os valores propostos por ela como bons e, portanto, como obrigações e deveres. [...]

    Os costumes, porque são anteriores ao nosso nascimento e formam o tecido da sociedade em que vivemos, são considerados inquestionáveis e quase sagrados (as religiões tendem a mostrá-los como tendo sido ordenados pelos deuses, na origem dos tempos). Ora, a palavra costume se diz, em grego, ethos – donde, ética – e, em latim, mores – donde, moral. Em outras palavras, ética e moral referem-se ao conjunto de costumes tradicionais de uma sociedade e que, como tais, são considerados valores e obrigações para a conduta de seus membros. [...]

    As questões socráticas inauguram a ética ou filosofia moral, porque definem o campo no qual valores e obrigações morais podem ser estabelecidos, ao encontrar seu ponto de partida: a consciência do agente moral . É sujeito ético moral somente aquele que sabe o que faz, conhece as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais.

    Fonte: Marilena Chauí, Convite à Filosofia (https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/533894/mod_resource/content/1/ENP_155/Referencias/Convitea-Filosofia.pdf)

  • GABARITO: CERTO.

  • A questão em comento demanda conhecimentos basilares de Moral e Etica.

    O agir racional, justo, prudente, temperado, moderado está intimamente ligado à Etica.

    A ação ética é racional e o sujeito conhece os fins e consequências de seu agir. Há necessidade de compreensão do significado de suas intenções e conhecimento da essência dos valores morais.

    A ética, um campo da Moral, permite discernir entre o bom e o errado, o justo e o injusto, o bem e o mal.

    Logo, a assertiva está CORRETA.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO


ID
2825500
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPU
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

      Está, pois, suficientemente esclarecido que a virtude moral é um meio-termo entre dois vícios, um dos quais envolve excesso e o outro, deficiência, e isso porque a sua natureza é visar à mediania nas paixões e nos atos.

      Do que acabamos de dizer segue-se que não é fácil ser bom, pois em todas as coisas é difícil encontrar o meio-termo.

      (...)

      A justiça corretiva será o intermediário entre a perda e o ganho. Eis aí por que as pessoas em disputa recorrem ao juiz; e recorrer ao juiz é recorrer à justiça, pois a natureza do juiz é ser uma espécie de justiça animada; e procuram o juiz como um intermediário, e em alguns Estados os juízes são chamados mediadores, na convicção de que, se os litigantes conseguirem o meio-termo, conseguirão o que é justo. O justo, pois, é um meio-termo, já que o juiz o é. Ora, o juiz restabelece a igualdade.

Aristóteles. Ética a Nicômaco. In: Os pensadores. (Org.) José A. M. Pessanha. 4.ª ed., v. 2, São Paulo: Nova Cultural, 1991 (com adaptações).

A partir das ideias constantes nesse fragmento de texto, julgue o item a seguir.



Depreende-se do texto que a decisão do juiz, apesar de ética, não necessariamente representa o justo para os litigantes, pois um terá de perder e o outro, ganhar, para que a justiça corretiva aconteça.

Alternativas
Comentários
  • falta e deficiência é a mesma coisa?

    posso ter duas pernas e ser deficiente de uma mas nao necessariamente sera falta de uma perna

  • Não entendi muito essa questão, embora o enunciado seja algo deduzível de estar correto a partir das afirmativas do texto, não vi nada fazendo menção expressa ao que o enunciado fala. Logo, compreendi que devíamos saber da ética aristotélica ou o enunciado extrapolou o texto, das duas uma. 

  • ...e em alguns Estados os juízes são chamados mediadores, na convicção de que, se os litigantes conseguirem o meio-termo, conseguirão o que é justo.

  • Cuidado com Daniela Bahia

    Ela está informando e justificando os gabaritos trocados em várias questões.

  • Gabarito: Errado

    Comentário do Prof. Paulo Guimarães, do Estratégia Concursos:

    Aristóteles nos diz que a decisão do juiz representa o intermediário entre a perda e o ganho, o equilíbrio, e não necessariamente a perda de um e o ganho do outro.

    Fonte: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/analista-mpu-gabarito-extraoficial-etica-direito-penal-militar-e-direito-processual-penal-militar/

  • O que for ético é também justo! Impossível dissociá-los.

  • A justiça corretiva busca sempre à igualdade, o equilíbrio e o justo entre as partes. O texto em nenhum momento afirma que um deverá perder; e outro ganhar.

    Gab. Errado

  • Em 21/03/20 às 22:48, você respondeu a opção C. Você errou!

    Em 26/10/18 às 18:39, você respondeu a opção C. Você acertou!

    AAAAAAAA.

  • Aristóteles nos diz que a decisão do juiz representa o intermediário entre a perda e o ganho, o equilíbrio, e não necessariamente a perda de um e o ganho do outro.

    Estratégia

  • A questão exige conhecimento acerca do conceito de justiça na perspectiva de Aristóteles. Importante destacar, antes de tudo, que existem várias construções, em Aristóteles, acerca da justiça (podendo ser ela: universal, particular, distributiva, corretiva, dentre outras). O enunciado explora o conceito de justiça corretiva, na qual Aristóteles aponta que o juiz (dikastés), ao atuar como mediador dos processos, representa a própria personificação da justiça.

    De acordo com o texto explicitado e extraído de Ética à Nicômaco, Aristóteles aponta que a justiça realizada pelo juiz busca o equilíbrio, o que se dá com o meio-termo, ou seja, um intermediário entre a perda e o ganho. Portanto, esse meio termo não representa, necessariamente, a perda de um para que o outro ganhe.

    Referências:

    ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo. Nova Cultural: 1996.

    Gabarito do professor: assertiva errada.

  • A tônica do texto não é ganhar ou perder e sim equilíbrio, meio termo, ideia de justo de acordo com o pensamento de Aristóteles.

  • comentário QC: De acordo com o texto explicitado e extraído de Ética à Nicômaco, Aristóteles aponta que a justiça realizada pelo juiz busca o equilíbrio, o que se dá com o meio-termo, ou seja, um intermediário entre a perda e o ganho. Portanto, esse meio termo não representa, necessariamente, a perda de um para que o outro ganhe.


ID
2825860
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPU
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

     Visto que a virtude se relaciona com paixões e ações, e é às paixões e ações voluntárias que se dispensa louvor e censura, enquanto as involuntárias merecem perdão e às vezes piedade, é talvez necessário a quem estuda a natureza da virtude distinguir o voluntário do involuntário. Tal distinção terá também utilidade para o legislador no que tange à distribuição de honras e castigos. São, pois, consideradas involuntárias aquelas coisas que ocorrem sob compulsão ou por ignorância; e é compulsório ou forçado aquilo cujo princípio motor se encontra fora de nós e para o qual em nada contribui a pessoa que age e que sente a paixão — por exemplo, se tal pessoa fosse levada a alguma parte pelo vento ou por homens que dela se houvessem apoderado.

      (...)

      No que tange a dar ou receber dinheiro, a mediania é a generosidade; o excesso é a prodigalidade, e a deficiência, a mesquinhez, mas o indivíduo pródigo e o mesquinho são excessivos e carentes de maneiras opostas entre si; o pródigo se excede em dar e é deficiente em obter, enquanto o mesquinho se excede em obter e é deficiente em dar.

Aristóteles. Ética a Nicômaco. In: Os pensadores. (Org.) José A. M. Pessanha. 4.ª ed. Vol. 2. São Paulo: Nova Cultural, 1991 (com adaptações).

A partir do fragmento de texto antecedente, julgue o item a seguir.


Considerando-se as premissas de Aristóteles, é correto inferir que o exercício ético de uma função pública exige que todas as ações do agente público sejam guiadas pela razão, vinculada à vontade de agir com virtude.

Alternativas
Comentários
  • GAB.: CERTO


    O que entendi: agir com virtude é agir com ética, na medida em que o “servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal” (Decreto Nº 1.171/94).

    E, por isso mesmo, “todas as ações do agente público sejam guiadas pela razão, vinculada à vontade de agir com virtude”.



    HAIL IRMÃOS!

  • mais uma vez não entendi, no texto nem sequer cita o servidor público, ele fala do legislador. Entendo que o enunciado fale em inferir do texto... sinceramente esse texto veio muito complexo.

  • Messias Aguiar, a questão deixou claro  " Considerando-se as premissas de Aristóteles".

  • Todas essas questões sobre o texto, poderiam ser respondidas sem ao menos ler o texto, pois as questões estão todas vinculadas a lei, e pela matéria ética, respondi e acertei todas sem ler o texto, apenas baseado na lei

  • ao Cespe deixo o meu VSF FDP

  • Inferir = deduzir 

     

    gab: CORRETO

  • Ewerton Bregalda, vc tb é um charlatão que fica postando links maliciosos e poluindo nosso site com spam! Também merece ser denunciado, e vê se arruma outro lugar para fazer propaganda!!!!

  • Gabarito: Certo

    Comentário do Prof. Paulo Guimarães, do Estratégia Concursos:

    O exercício ético de uma função pública exige do agente que ele seja guiado pela razão, no sentido da autonomia da vontade. Alguém que age com a razão decide suas ações, e por isso pode agir com virtude.

    Comentário do Prof. Diogo Surdi, do Gran Cursos:

    A ética está intimamente relacionada com a razão, ou seja, com as atitudes racionais e voluntárias. Desta forma, para que tenhamos o exercício ético de uma função pública, torna-se necessário que o agente público, em todas as suas ações, seja guiado pela razão, e não pela emoção. Atitudes praticadas com ética e com razão são aquelas que levam em conta a vontade de agir com virtude. 

    Comentário da Prof. Priscila Ferreira, do Alfacon:

    A ação dos indivíduos, no caso aristotélico, deve ser sempre guiada pela razão, uma vez que visa o bem comum. As paixões são sempre pontuais, particulares. Logo, a Ética de Aristóteles pode ser vista como um pensar bem, ou seja, para fazer o bem comum através da razão.

    Fontes:

    https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/tecnico-mpu-gabarito-extraoficial-de-etica/

    https://blog-static.infra.grancursosonline.com.br/wp-content/uploads/2018/10/22113506/Quest%C3%B5es-MPU-T%C3%A9cnico-%C3%89tica-Diogo-Surdi.pdf

    https://blog.alfaconcursos.com.br/gabarito-extraoficial-mpu-2018-comentarios-de-etica/

  • To perdendo a paciência com Aristóteles

  • a paixão atrapalha? rerere

  • Uma das ideias mais interessantes da Ética aristotélica é a de que as manifestações da virtude estão ligadas ao agir, e não apenas ao pensar. Para dizermos que alguém é virtuoso, devemos nos pautar nas ações dessa pessoa, e não simplesmente nos seus pensamentos. Sob esse ponto de vista podemos dizer que questão está correta, pois os hábitos e costumes são justamente as ações dos seres morais, que definem o valor da sua conduta.

  • A questão exige conhecimento acerca da construção do conceito de virtude em Ética à Nicômaco, de Aristóteles. Sobre o tema, temos que:


    Para Aristóteles, o agir com virtude está ligado às ações voluntárias, às quais se dispensa louvor ou censura. Aqui, temos um meio-termo, indicando a existência da virtude. A virtude está intrinsicamente ligada, portanto, às escolhas racionais. Por outro lado, as ações involuntárias merecem perdão e às vezes piedade. São consideradas involuntárias aquelas coisas que ocorrem sob compulsão ou por ignorância (emoções). Nessa lógica, podemos inferir, corretamente, que o exercício ético de uma função pública exige que todas as ações do agente público sejam guiadas pela razão, vinculada à vontade de agir com virtude.


    Referências:

    ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo. Nova Cultural: 1996.

    Gabarito do professor: assertiva certa.


ID
2825866
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPU
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

     Visto que a virtude se relaciona com paixões e ações, e é às paixões e ações voluntárias que se dispensa louvor e censura, enquanto as involuntárias merecem perdão e às vezes piedade, é talvez necessário a quem estuda a natureza da virtude distinguir o voluntário do involuntário. Tal distinção terá também utilidade para o legislador no que tange à distribuição de honras e castigos. São, pois, consideradas involuntárias aquelas coisas que ocorrem sob compulsão ou por ignorância; e é compulsório ou forçado aquilo cujo princípio motor se encontra fora de nós e para o qual em nada contribui a pessoa que age e que sente a paixão — por exemplo, se tal pessoa fosse levada a alguma parte pelo vento ou por homens que dela se houvessem apoderado.

      (...)

      No que tange a dar ou receber dinheiro, a mediania é a generosidade; o excesso é a prodigalidade, e a deficiência, a mesquinhez, mas o indivíduo pródigo e o mesquinho são excessivos e carentes de maneiras opostas entre si; o pródigo se excede em dar e é deficiente em obter, enquanto o mesquinho se excede em obter e é deficiente em dar.

Aristóteles. Ética a Nicômaco. In: Os pensadores. (Org.) José A. M. Pessanha. 4.ª ed. Vol. 2. São Paulo: Nova Cultural, 1991 (com adaptações).

A partir do fragmento de texto antecedente, julgue o item a seguir.


Servidores públicos são orientados a agir de forma involuntária no exercício de suas funções, porque estão subordinados ao conjunto das leis e normas que regulam as funções públicas; portanto, suas ações, especialmente as que sejam relativas ao uso de recursos públicos, não podem ser pautadas nos princípios da ética aristotélica.

Alternativas
Comentários
  • Creio eu que o erro deva estar em: Servidores públicos são orientados a agir de forma involuntária no exercício de suas funções e, no texto cita as duas situações voluntárias e involutárias. Sendo que a foma voluntária em serviço público é anti-ético.

     

  • 2 erros:


    Servidores públicos são orientados a agir de forma involuntária no exercício de suas funções, porque estão subordinados ao conjunto das leis e normas que regulam as funções públicas; portanto, suas ações, especialmente as que sejam relativas ao uso de recursos públicos, não podem ser pautadas nos princípios da ética aristotélica.



    1)Agir de forma involuntária errado uma vez q são as ações voluntária q dispensam louvores e censura e não faz nenhum sentido o servidor agir de modo involuntário por compulsão....

    2)Não podem ser pautadas nos princípios da ética aristotélica. Ora, o texto fala q a distinção entre ações voluntárias e involuntárias é útil para o legislador em distribuir honras e castigos.


    Qq erro avise-me

  • Servidores públicos são orientados a agir de forma involuntária no exercício de suas funções, porque estão subordinados ao conjunto das leis e normas que regulam as funções públicas; portanto, suas ações, especialmente as que sejam relativas ao uso de recursos públicos, não podem ser pautadas nos princípios da ética aristotélica.

     

    O servidor deve agir de forma voluntária, consciente de suas condutas. O Decreto que versa sobre o Código de Ética dos servidores Públicos Federais inclusive fala:

    II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

     

    Além disso:

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

     

    f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

     

     

    u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua funçãopoder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse públicomesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;

     

    obs:  O servidor público que tiver ciência de uma conduta anti-ética, que tenha finalidade diversa do interesse público, tem o dever de denunciar, ainda que a conduta anti-ética esteja amparada pela lei. 

  • Não sei o que está acontecendo no Qconcursos. Esses "concurseiros" agora ficam postando essas bobagens querendo lucrar vendendo métodos.


    Só o que faltava, a gente busca aprender lendo conteúdos nos comentários e tem esses cidadãos que não querem estudar, mas querem comercializar métodos que nem foram eles que desenvolveram.


    Bora reportar esses comentários e ver se o Qconcursos toma providências, se não daqui a alguns dias vai ficar quase impossível estudar.

  • Melhor comentário -> Daniele Rolim:

     

    Servidores públicos são orientados a agir de forma involuntária no exercício de suas funções, porque estão subordinados ao conjunto das leis e normas que regulam as funções públicas; portanto, suas ações, especialmente as que sejam relativas ao uso de recursos públicos, não podem ser pautadas nos princípios da ética aristotélica.

     

    O servidor deve agir de forma voluntária, consciente de suas condutas. O Decreto que versa sobre o Código de Ética dos servidores Públicos Federais inclusive fala:

    II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

     

    Além disso:

    XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

     

    f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;

     

     

    u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua funçãopoder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse públicomesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;

     

    obs:  O servidor público que tiver ciência de uma conduta anti-ética, que tenha finalidade diversa do interesse público, tem o dever de denunciar, ainda que a conduta anti-ética esteja amparada pela lei. 

     

  • Involutária é diferente de voluntária.

  • A questão exige conhecimento acerca da filosofia aristotélica construída na obra Ética a Nicômaco, em especial no que diz respeito aos conceitos de vícios e virtudes e como tais conceitos poderiam ser aplicados no serviço público. O comentário da questão de identificador “Q941951" serve como base para a resposta desta questão.


    A assertiva apontada acima possui dois erros: 1) afirmar que servidores públicos são orientados a agir de forma involuntária no exercício de suas funções; 2) afirmar que as ações dos servidores públicos não podem ser pautadas nos princípios da ética aristotélica.


    Na verdade, para Aristóteles, o agir com virtude está ligado às ações voluntárias, às quais se dispensa louvor ou censura. Aqui, temos um meio-termo, indicando a existência da virtude. A virtude está intrinsicamente ligada, portanto, às escolhas racionais. Por outro lado, as ações involuntárias merecem perdão e às vezes piedade. São consideradas involuntárias aquelas coisas que ocorrem sob compulsão ou por ignorância (emoções). Nessa lógica, podemos inferir, corretamente, que o exercício ético de uma função pública exige que todas as ações do agente público sejam guiadas pela razão, vinculada à vontade de agir com virtude.


    Referências:

    ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo. Nova Cultural: 1996.

    Gabarito do professor: assertiva errada.

  • GABARITO: ERRADO.

  • Involuntária? Então, os servidores atuam só no reflexo... kkk ERRADA

    Involuntária é diferente de impessoal.


ID
2881582
Banca
MPE-PR
Órgão
MPE-PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Segundo o grupo de teorias críticas do direito, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • "Sob a designação genérica de teoria crítica do direito, abriga-se um conjunto de movimentos e de ideias que questionam o saber jurídico tradicional na maior parte de suas premissas: cientificidade, objetividade, neutralidade,estatalidade, completude. (...)

    A teoria crítica, portanto, enfatiza o caráter ideológico do direito, equiparando-o à política, a um discurso de legitimação do poder. (...)

    A produção filosófica de pensadores como Horkheimer, Marcuse, Adorno e, mais recentemente, Jurgen Habermas, terá sido a principal influência pós-marxista da teoria crítica."

     

    Fonte: Curso de Direito Constitucional Contemporâneo: Os conceitos fundamentais e a construção do novo modelo. 

    Luís Roberto Barroso.

  • Lúcio Weber, o texto fala que a educação pode ser usada como INSTRUMENTO. Ou seja, da mesma forma que uma faca pode ser usada para algo bom ou ruim, a educação também é uma arma/instrumento. Existem pessoas que fazem doutorado, mas escolhem fazer bombas. Infelizmente.

    Dependendo da idade da pessoa, do seu conhecimento (ou falta dele), da confiança que deposita no seu líder, da carência de recursos, entre diversos outros meios, essa pessoa pode ser usada como massa de manobra para questões políticas, religiosas, educacionais, sociais...

    Toda educação possui um viés ideológico. Até aquelas que pretendem não ter: usam a "alienação" ( um conceito que designa indivíduos que estão alheios a si próprios ou a outrem tornando-se escravos de atividades ou instituições humanas, devido a questões econômicas, sociais ou ideológicas.).

  • Quando o examinador se refere à educação como meio de manipular, OBVIAMENTE, o faz em alusão à educação sem pensamento crítico, mecanicista e que (de)forma burocratas. Evidente que é a educação ontológica e não deontológica.

    Quanto ao gabarito (c), basta lembrar que diversos seguimentos que conhecem a Lei são "alienados" por não (re)conhecerem as mazelas de um Estado que serve apenas aos donos do poder (político e econômico).

  • GABARITO: LETRA C

    1. Teoria crítica do Direito e vertentes do pensamento crítico

    A teoria crítica do Direito é um movimento de pensamento aberto e composto de várias correntes teóricas que têm, como causa comum, a apresentação de uma concepção emancipadora em torno do Direito, de forma a desmistificar outras concepções teóricas que representem a manutenção de uma realidade socialmente injusta ou possam provocar retrocessos em relação às conquistas democráticas da sociedade ou impedir a evolução do processo democrático de mudanças sociais

    (...)

    4. Categorias da teoria crítica do Direito

    Esclarece Luiz Fernando Coelho que, no plano epistemológico, a teoria crítica do Direito possui categorias próprias, as quais não constituem um a priori formal ou material e sim estruturas de pensamento que foram construídas para o fenômeno jurídico como seu objeto reflexivo. São, assim, categorias da teoria crítica: sociedade; ideologia; alienação e práxis. O Direito, assim, passa a ser compreendido em função da sociedade, da ideologia, da alienação e da práxis, diversamente da concepção positivista. Elas não são estudadas como objeto do Direito; este é que é estudado pelo ponto de vista da sociedade, da ideologia, da alienação e da práxis.

    A sociedade não é concebida como ordem e progresso, mas como movimento social.

    A ideologia é compreendida como uma imagem manipulada que a sociedade tem sobre ela mesma.

    A alienação é o próprio produto da ideologia dominante, configurando-se como situação de inconsciência da grande maioria dos integrantes da sociedade sobre o papel que nela desempenham bem como sobre seus direitos fundamentais.

    Por fim, a práxis, apresentada como a dimensão ética da teoria crítica do Direito, seria a união do saber com o fazer, visando, precipuamente, à transformação da realidade social.

    Com efeito, a teoria crítica do Direito, por intermédio de uma visão libertadora e emancipadora, construtiva e prospectiva, propõe a revisão e a superação da hermenêutica jurídica tradicional.

    Em relação ao que foi analisado, observa-se que a teoria crítica do Direito é uma concepção teórica aberta e flexível. Ela propõe uma visão teórica emancipadora, livre de preconceitos ou de barreiras artificiais da racionalidade, bem como uma práxis transformadora da realidade social. Teoria e práxis são compreendidas em conjunto. A dialética da participação é sua proposta metodológica, a qual exige uma interação interdisciplinar efetiva, que tenha o condão de abranger várias dimensões teóricas num compromisso não só de compreender e interpretar, mas principalmente de compreender e interpretar para transformar a realidade.

    Extraído de https://aplicacao.mpmg.mp.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/460/

    Teoria%20cr%C3%ADtica%20direito%20acesso%20justi%C3%A7a_Almeida.pdf?sequence=3

  • Isso é filosofia marxista do direito, sem qualquer isenção ou compromisso científico
  • Teoria crítica do direito nada mais é do que o bom e velho marxismo. Portanto, necessita-se pensar em termos marxistas para responder à questão. Alienação, para o intelectual alemão, é a realidade pela qual os trabalhadores não detêm os próprios bens que eles mesmos produzem. Nesse sentido especifico, o conceito de alienação vincula-se à ideia de trabalho (por isso, denomina-se de "entfremdete Arbeit" ou até mesmo de "entäußerte Arbeit"), de classes e de mais-valia (Mehrwert).

    NEXT

  • A questão em comento demanda conhecimento de bases da teoria crítica do Direito, ou seja, leituras singulares da aplicação dos estudos de Marx ao Direito.

    Em verdade, o legado de Marx nos leva a leituras até certo modo pessimistas do fenômeno jurídico.

    Wayne Morrison, comentando a obra de Marx, explica o seguinte:
    “ O Estado é tanto uma organização política, algo funcionalmente determinado para processos sociais, quanto uma ilusão. Para funcionar, para assumir sua forma, o Estado depende do Direito e da ideologia. (...) O Estado foi criado pelo desenvolvimento da divisão de trabalho e pela correspondente ascensão das relações de classe. Instaurou o conflito, e os indivíduos desenvolveram a ideia de propriedade privada para mediarem o conflito entre si próprios e sua vida em grupo" (MORRISON, Wayne. Tradução Jefferson Luiz Camargo. Revisão técnica Gildo de Sá Leitão Rios. São Paulo: Martins Fontes, 2006, p. 311)"

    Feitas tais considerações, resta claro em Marx o Estado como superestrutura, como  ente de dominação ideológica a permitir a opressão das classes mais favorecidas sobre as mais fracas e o Direito como mecanismo de perpetuação de tal ideologia.

    A partir destas explicações, cabe comentar as alternativas da questão. (A alternativa INCORRETA é a que responde a questão).

    LETRA A - CORRETO, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. Não vigora o ideário positivista de ordem e progresso na leitura crítica do Direito de Marx. A sociedade, tal como o Estado, é teatro de conflitos e luta de classes, ou seja, grupos marginalizados vão estabelecer conflitos com grupos em posição de elite.

    LETRA B - CORRETO, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. De fato, a ideologia, no pensamento crítico marxista, se presta a mascarar opressões e relações de classe. A ideologia atinge suas vítimas não no campo do consciente, mas sim gerando ilusões. Com efeito, para as perspectivas críticas do Direito influenciadas pelo marxismo, mídia, cultura e educação fazem parte do processo de alienação acima exposto.

    LETRA C - INCORRETO, LOGO RESPONDE A QUESTÃO. Não corresponde ao conceito de ideologia na perspectiva crítica marxista. Os vários comentários acima feitos demonstram claramente que alienação não coincide com o afirmado na letra C.

    LETRA D - CORRETO, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. De fato, no campo da práxis, cabe ao jurista, munido de conhecimento e informações sobre as ideologias dominantes perpetradas pelo Estado e Direito, realizar perspectivas éticas de emancipação do homem, luta contra iniquidades, resistência diante de abusos e reconstrução do Direito enquanto Justiça.

    LETRA E - CORRETO, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. De fato, a dialética é o campo do atrito, da contraposição de síntese e antítese, tudo no escopo da real transformação, de forma que seja possível um projeto de emancipação do homem nas searas jurídica, social e econômica, ou seja, um despertar de consciência diante dos flagelos da alienação e da luta de classes.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C.
  • Teoria crítica do Direito é afeta ao Marxismo. A categoria da alienação no marxismo consiste na apropriação do produto do trabalho pelo dono do meio de produção; o trabalhador fica "alheio", apartado do fruto do seu trabalho.


ID
2914408
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPE-PI
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Considerando as relações entre direito e moral, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • No campo da teoria do direito, a REAPROXIMAÇÃO ENTRE DIREITO E MORAL - afastados pelo pensamento positivista - ocorreu sobretudo com o PÓS-POSITIVISMO, considerados os efeitos negativos produzidos pela adoção de o juspositivismo ao extremo.

    Especialmente no período pós-guerra, a noção mais clara dessa reconstrução da moral pode ser vista na afirmação da ideia de DIREITOS HUMANOS E NA VALORIZAÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, anteriormente desenvolvida a partir dos ensinamentos de KANT.

    Atualmente, é inegável que o tanto o legislador quanto o juiz recorrem a elementos morais: o primeiro, ao selecionar os bens que merecem proteção jurídica; o segundo, para a resolução dos casos concretos, dado o caráter abstrato dos textos normativos.

    Já a MORAL reflete a práxis do comportamento hegemonicamente estabilizado numa dada sociedade.

    Seria o conjunto de valores consensualmente reconhecidos que direcionam a vida social, e condicionam a conduta e os valores dos próprios indivíduos desta sociedade, e inevitavelmente, refletirão no próprio Direito posto.

    A título exemplificativo sobre a distinção entre ÉTICA E MORAL, é possível dizer que compõe a moral, de uma forma majoritária, o respeito à propriedade como um valor a ser preservado, tanto assim que grande parcela dos cidadãos pauta suas condutas em respeito a esse ditame, de modo a não se apropriar daquilo que não lhes pertence legitimamente.

    A Ética, por sua vez, busca investigar as origens desse valor “propriedade”, tenta mostrar os mecanismos que colaboram para a sua perpetuação e reprodução social, declara suas críticas aos pontos frágeis desse sistema, e pode ainda contribuir de variadas formas para solucionar conflitos sociais que surjam do confronto deste valor com outros também consagrados dentro do sistema moral, como justiça, equidade e dignidade da pessoa humana.

    O Direito, em fechamento, vem a consagrar juridicamente a propriedade como um direito individual fundamental, e estabelece mecanismos de repressão a condutas que violem essa construção.

    Ética e moral, portanto, se assemelham no sentido de serem ambas responsáveis por identificar, em alguma medida, o padrão de comportamento aceitável.

    E o Direito entra em cena neste fluxo incessante que é o relacionamento entre Ética e Moral.

    O Direito é uma forma de se apropriar das experiências da sociedade pela política, a partir de mecanismos generalizantes (grupos de pressão, instituições, tradições, mitos, meios de comunicação e discursos hegemônicos, etc), desaguando no surgimento de normas impositivas.

    Há um incessante ciclo de retroalimentação entre o universo dos valores sociais e o universo dos valores jurídico-normativos.

    Entretanto, é de se destacar que nem tudo que é moral será abraçado pelo Direito, porque os instrumentos de institucionalização jurídica são bastante complexos, heterogêneos e - não raramente - conflitantes entre si.

    @bomnodireito

  • Resposta: D - "A norma moral visa, de maneira imediata e prevalecente, ao bem individual ou aos valores da pessoa; a norma jurídica, a seu turno, visa ao bem social ou aos valores de convivência".

  • DIREITO E HETERENOMIA X MORAL E AUTONOMIA

    O Direito tem suas normas oriundas do Legislador, pelos juízes, pelos usos e costumes, sempre impostas por terceiros, ou seja, são normas objetivas que nos são impostas independentemente de nossa opinião, tendo seu cumprimento feito de forma coercitiva. Já a moral, é o contrário, são normas cumpridas de forma voluntária, o que afasta o caráter coercitivel que tem o Direito. É o que observa Reale:

    “Essa validade objetiva e transpessoal das normas jurídicas, as quais se põem, por assim dizer, acima das pretensões dos sujeitos de uma relação, superando-as na estrutura de um querer irredutível ao querer dos destinatário, e o que se denomina heteronomia. Foi Kant o primeiro pensador a trazer à luz essa nota diferenciadora afirmando ser a Moral autônoma e o Direito heterônomo [...] Há no Direito, um caráter de “alheidade” do individuo, com relação a regra. Dizemos, então, que o Direito é heterônomo, visto ser posto por terceiros aquilo que juridicamente somos obrigados a cumprir.”

    Este é outro ponto de diferença entre Direito e Moral, sendo o primeiro cumprido, muita das vezes de forma coercitiva e o segundo de forma voluntária. Há também a diferença entre a heteronomia e a autonomia, pois o as normas do Direito nos são impostas sem que pudéssemos questioná-las sendo no caso de não cumprimento de tais regras somos coagidos ao seu cumprimento, diferentemente da Moral que é cumprida de forma espontânea.

    Moral: valores;

    Direito: Convivência.

    Letra D.

  • A - ERRADA.

    Na Moral, não há poder de exigir. Aqui temos uma bilateralidade subjetiva, isto é, a moral determina que se faça, mas ao destinatário do comando cabe fazer ou não.

    Já no Direito a bilateralidade é atributiva, ou seja, há uma relação objetiva que independe das vontades dos sujeitos. Essa objetividade traz como consequência, justamente, a exigibilidade, já que, quando uma pessoa falha, à outra a faculdade exigir o que a norma jurídica preceitua.

    C - ERRADA.

    A coação no que tange ao Direito e à Moral é compreendida de duas maneiras distintas:

    Teoria da Coercitividade - "Não existe Direito sem coação".

    Se, por exemplo, um sujeito praticar um furto, receberá uma pena. Já se um sujeito não empresta dinheiro para que seu amigo saia das dívidas, o descumprimento dessa "prescrição moral - ajudar amigo" não resultará em nenhuma sanção.

    Teoria da Coercibilidade - A coação é uma possibilidade do Direito. Assim, o Direito pode recorrer à coação, mas sua existência não depende dela, por exemplo, quando uma norma é espontaneamente respeitada pelos indivíduos.

    A Moral, por seu turno, é incoercível, já que não há nela essa possibilidade, pois suas regras morais não estão garantidas pelo Estado.

    Fonte: "Manual de Dicas - Passe na OAB"

  • a) Errado - imperatividade é característica do Direito e da Moral, porém a coercibilidade (poder de exigir que se cumpra aquilo que foi determinado) é característica apenas do Direito.

    b) Errado - os imperativos morais não são rigorosamente tipificados, até porque não existem códigos morais escritos, com coercibilidade e abrangência geral, como ocorre com as regras jurídicas.

    c) Errado:

    "São distinções entre direito e moral:

    Direito visa o social, moral o aperfeiçoamento pessoal do homem.

    Direito e moral não possuem a mesma extensão: Moral regula toda a conduta humana, individual e social, interessando-lhe o que é puramente interno, enquanto o direito regulamenta somente certos aspectos parciais da vida social.

    A moral considera a conduta preferentemente de dentro para fora, enquanto o direito de fora para dentro.

    Direito, ao contrário da moral, é atributivo, pode ser heterônomo e é coercível.

    Por fim porque sempre haverá algo considerado lícito pelo direito que contraria a moral.

     São coincidências entre direito e moral:

    Existe um campo comum entre direito e moral, uma área que contém regras que são jurídicas e ao mesmo tempo morais.

    O foro íntimo é importante para o direito. Mesmo sendo o caráter de exterioridade, não tão importante para a Moral, muito importante para o direito, ele não é o único. A interioridade, caráter principal da moral, é apreciada pelo direito.

    Direito e Moral são imperativos.

    Concluindo segundo Paulo Nader (1996 apud BETIOLI, 2011, P. 110): “enquanto a moral se preocupa pela vida interior das pessoas, com a consciência, julgando os atos exteriores apenas como meio de aferir a intencionalidade, o Direito cuida das ações humanas em primeiro plano e, em função destas, quando necessário, investiga o ‘animus’ do agente”. Por fim: “Direito e Moral são instrumentos de controle social que não se excluem antes se completam e mutuamente se influenciam”.

    Fonte:

    d) CERTO - ver Letra C.

    e) Errado - a declaração formal é característica das regras jurídicas, não das regras morais.

  • GABARITO:D

    Em suma podemos afirmar que o direito, ou a norma jurídica relaciona-se com as questões externas das pessoas, ou seja, é a relação do indivíduo para com a sociedade. Já a moral ou a norma moral é ligada ao foro íntimo das pessoas, os seus princípios e as motivações particulares.

  • Complementando:

    Como a ideia de moralidade jurídica é recente na ciência do dt, necessitamos de conceituá-la. O substantivo “moral” na expressão “moralidade jurídica” aponta pra o fato de q não se trata diretamente do dt positivo. E o adjetivo “jurídica” mostra q estamos nos referindo a uma moral cujo reconhecimento não será só esperado ou desejado, mas, sobretudo, será exigido! Existe um dT subjetivo ao seu reconhecimento. (STJ.JUS).

  • A questão em comento demanda conhecimento de aspectos basilares da relação entre Moral e Direito.

    A norma moral, em suma, busca o aperfeiçoamento individual das pessoas, o exercício de virtudes, o alcance de valores nobres nas condutas humanas. A norma moral volta-se, pois, na lição de Kant, para o aprimoramento de valores internos.

    Já a norma jurídica tem escopos de ordem mais externa. Fixada pelo Estado, tem como marco regular condutas e fixar limites para transgressões ao bom agir delimitado na ordem jurídica.

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A - INCORRETO. A imperatividade faz parte da Moral e do Direito, mas a Moral não tem a capacidade de se ter comandos efetivados como o Direito.

    LETRA B - INCORRETO. Ao contrário do exposto, imperativos morais não formam um catalogo realmente tipificado. A Moral pode ser contextualizada, relativizada, inovada, gerando novos imperativos.

    LETRA C - INCORRETO. Direito e Moral são distintos. O Direito não tem espontaneidade. É heterônomo. Por outro giro, a Moral não é passível de coação externa, algo que o Direito possui.

    LETRA D - CORRETO. Reproduzimos o acima exposto. A norma moral, em suma, busca o aperfeiçoamento individual das pessoas, o exercício de virtudes, o alcance de valores nobres nas condutas humanas. A norma moral volta-se, pois, na lição de Kant, para o aprimoramento de valores internos.

    Já a norma jurídica tem escopos de ordem mais externa. Fixada pelo Estado, tem como marco regular condutas e fixar limites para transgressões ao bom agir delimitado na ordem jurídica.

    LETRA E - INCORRETO. A Moral, diferente do Direito, não é institucionalizada, qualificada. Logo, não podemos falar em declarações formais do conteúdo de regras morais.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.
  • GABARITO: D

    As cinco primordiais características das normas jurídicas são: A bilateralidade que disciplina a relação social entre duas ou mais pessoas, que mostra onde há o direito de uma parte, há a obrigação de cumprir determinada norma pela outra parte. A generalidade e abstração caminham juntas, pois: a generalidade tem por finalidade várias pessoas e a abstração trata de todas as situações iguais, prevendo o mesmo resultado jurídico. A imperatividade, logicamente pelo nome, impõe ou proíbe uma determinada conduta. E por fim a coercibilidade que age através de uma sanção quando a norma é inobservada, a qual também garantirá o sentido da eficácia da bilateralidade.

    As normas morais se diferem das jurídicas, pois não está positivada, logo a norma moral é aquele comportamento esperado de um indivíduo de acordo com a sociedade que vive. Em suma, regras para que se possa ter a melhor convivência social baseado nos preceitos morais e éticos de cada indivíduo.

    Fonte: https://isabelbacellarmercier.jusbrasil.com.br/artigos/339227932/diferencas-entre-normas-morais-e-juridicas


ID
3052615
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPC-PA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O fenômeno da ética

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - C

     

     

    Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.

     

    Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.

     

    No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.

  • GABARITO: LETRA C

    ? pode ser estudado juntamente com o fenômeno da moral, tratando ambos do conjunto de atitudes, hábitos e comportamentos de uma sociedade.

    ? correto; ambos são, geralmente, estudados conjuntamente:

    ? moral: algo mais subjetivo, permeia o indivíduo.

    ? ética: normas regidas em uma sociedade, algo mais coletivo.

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  • A - Não são considerados sinônimos.

    B - Pode haver moral sem ética, mas não ética sem moral. Então o erro é dizer que um não depende do outro.

    D - Nem tudo que é moralmente aceito será eticamente aceitável, pois a moral varia no tempo, depende da cultura e da conjuntura social.

    E - Podem sim influenciar a interpretação das normas jurídicas. Por exemplo, os costumes, que são uma das fontes do direito.

  • Etimologicamente ética e moral são sinônimos. Essa vindo do latim e aquela do grego porém filosoficamente que existe a diferença.

    ÉTICA sendo a ciência que estuda como os seres humanos se portam num contexto de coletividade. Caráter. Análise do comportamento. Princípios e valores. Reflexão. Abstrata. Teoria. Universal.

    MORAL sendo objeto de estudo da ciência ética. Prática social. Ação e atitude. Mutável. Cultural. Concreta. Comportamento.

  • A questão em comento requer conhecimentos comezinhos de Ética e Moral.

    Não são termos sinônimos, mas são associados.

    Possuem íntima ligação com o Direito, mas com ele não se confundem.

    A Ética é um campo da Filosofia que se ocupa de determinar valores ligados ao certo x errado, proibido x permitido, justo x injusto, ou seja, precisa de contextualização e observa o cotidiano ao qual se adere.

    A Moral é uma ordem normativa de mais amplitude, que não se subsume ao cotidiano, mas sim procurar valores mais elevados, muitas vezes de ordem universal, nem sempre passíveis de relativizações e contextualizações.

    Feitas tais considerações, podemos analisar as alternativas da questão.

    LETRA A - INCORRETO. Moral e ética, conforme acima exposto, não são sinônimos, embora muito próximos.

    LETRA B - INCORRETO. Ao contrário do exposto, a Ética tem a tendência de ser mais observada na prática, no cotidiano da vida, ao passo que a Moral é uma ordem mais abstrata, metafísica.

    LETRA C - CORRETO. Reproduz as pretensões da Ética, ou seja, normatizar um conjunto de hábitos, comportamentos e costumes em dada sociedade.

    LETRA D - INCORRETO. Novamente incorre-se no vício de fixar Moral e Ética como sinônimos.

    LETRA E - INCORRETO. Embora, de fato, o Direito tenha autonomia científica, não deixa de ser influenciada por fenômenos da Ética e da Moral (especialmente nos quadrantes do Pós Positivismo e do Neoconstitucionalismo).


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C.
  • GABARITO: C

    No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

    Fonte: https://www.significados.com.br/etica-e-moral/


ID
3122854
Banca
FGV
Órgão
OAB
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

É preciso repetir mais uma vez aquilo que os adversários do utilitarismo raramente fazem o favor de reconhecer: a felicidade que os utilitaristas adotaram como padrão do que é certo na conduta não é a do próprio agente, mas a de todos os envolvidos.

                                                                                                     John Stuart Mill

 Na defesa que Stuart Mill faz do utilitarismo como princípio moral, em seu texto Utilitarismo, ele afirma que o utilitarismo exige que o indivíduo não coloque seus interesses acima dos interesses dos demais, devendo, por isso, ser imparcial e até mesmo benevolente.

Assim, no texto em referência, Stuart Mill afirma que, para aproximar os indivíduos desse ideal, a utilidade recomenda que 

Alternativas
Comentários
  • Questão trata sobre o filósofo Stuart Mill (1806-1873), um clássico da Filosofia moral ou Ética. A questão aborda o tema central do utilitarismo na Letra A. O princípio do bem-estar. O bem é aquilo que pode ser observado pela ótica da utilidade. Logo, o maior bem ao maior número de pessoas.

  • A questão exige conhecimento acerca da corrente jusfilosófica do utilitarismo, defendida e propagada por John Stuart Mill.  Segundo o autor, Para fazer coincidir os interesses individuais com os coletivos e assim maximizar a felicidade de todos os agentes envolvidos em uma ação o ideal de utilidade recomenda os seguintes meios: a) que as leis e os dispositivos sociais deveriam colocar (através do estímulo da livre vontade) o interesse de cada indivíduo em harmonia com o interesse do todo (Mill, 2000, p. 203), b) que a educação e a opinião as quais são tão poderosas sobre o caráter humano deveriam ser direcionadas para estabelecer, no espírito de cada indivíduo, uma associação indissolúvel entre sua própria felicidade e o bem do todo.

    Assim, no texto em referência, Stuart Mill afirma que, para aproximar os indivíduos desse ideal, a utilidade recomenda que as leis e os dispositivos sociais coloquem, o máximo possível, a felicidade ou o interesse de cada indivíduo em harmonia com os interesses do todo.

    Gabarito do professor: letra a.

    Referências:

    MILL, J. S. Utilitarismo. Trad. Eunice Ostrensky. São Paulo, Martins Fontes, 2000 (1861).



  • ALGUÉM SABE RESPONDER A QUESTÃO ABAIXO:

    "Um ser com faculdades mais elevadas é mais exigente para ser feliz e é provavelmente mais capaz de sofrer de maneira intensa(...) do que um ser de faculdades inferiores; mas apesar de tudo, ele jamais desejaria situar-se em um patamar de existência considerado anterior”(Stuart Mill). “Mill acredita que devemos maximizar a utilidade em longo prazo, e não caso a caso. Com o tempo, argumenta, o respeito à liberdade individual levará à máxima felicidade humana”(Sandel). Segundo seu conhecimento sobre Stuart Mill, escolha a alternativa CORRETA: 

    a. Os prazeres elevados são mais importantes para Stuart Mill, pois o estado deve impor suas opiniões sobre a sociedade civil.

    b. A liberdade individual pode ser compatibilizada com o princípio do utilitarismo desde que seu cálculo seja feito numa perspectiva de longo prazo.

    c. Stuart Mill critica o utilitarismo clássico, por isso, ele abandona a escola e passa a defender uma ética de virtude aristotélica.

    d. O utilitarismo clássico, representado por Jeremy Bentham, não se importa com a questão do estado, pois o que importa é a sociedade civil e seus desejos.

  • Corrente jusfilosófica do utilitarismo defendida e propagada por Stuart Mill defendem, que as leis e os dispositivos sociais deveriam colocar o interesse de cada indivíduo em harmonia com o interesse do todo estando sua felicidade condicionada com o interesse do todo Gabarito A

  • LETRA A) as leis e os dispositivos sociais coloquem, o máximo possível, a felicidade ou o interesse de cada indivíduo em harmonia com os interesses do todo.

    "É preciso repetir mais uma vez aquilo que os adversários do utilitarismo raramente fazem o favor de reconhecer: a felicidade que os utilitaristas adotaram como padrão do que é certo na conduta não é a do próprio agente, mas a de todos os envolvidos".

  • O Utilitarismo para John Stuart Mill visa em harmonizar os interesses de um indivíduo com os interesses da coletividade

  • Utilitarismo é uma teoria filosófica que busca entender os fundamentos da ética e da moral a partir das consequências das ações. Neste caso, o utilitarismo consiste na ideia de que uma ação só pode ser considerada moralmente correta se as suas consequências promoverem o bem-estar coletivo.

  • 95% das respostas das questões de filosofia estão no próprio enúnciado!

    É basicamente interpretação de texto.. depois que aprendi isso, não erro mais uma questões de filosofia.

  • Comentário do Professor do QC:

    A questão exige conhecimento acerca da corrente jusfilosófica do utilitarismo, defendida e propagada por John Stuart Mill. Segundo o autor, Para fazer coincidir os interesses individuais com os coletivos e assim maximizar a felicidade de todos os agentes envolvidos em uma ação o ideal de utilidade recomenda os seguintes meios: a) que as leis e os dispositivos sociais deveriam colocar (através do estímulo da livre vontade) o interesse de cada indivíduo em harmonia com o interesse do todo (Mill, 2000, p. 203), b) que a educação e a opinião as quais são tão poderosas sobre o caráter humano deveriam ser direcionadas para estabelecer, no espírito de cada indivíduo, uma associação indissolúvel entre sua própria felicidade e o bem do todo.

    Assim, no texto em referência, Stuart Mill afirma que, para aproximar os indivíduos desse ideal, a utilidade recomenda que as leis e os dispositivos sociais coloquem, o máximo possível, a felicidade ou o interesse de cada indivíduo em harmonia com os interesses do todo.

    Gabarito do professor: letra a.

    Referências:

    MILL, J. S. Utilitarismo. Trad. Eunice Ostrensky. São Paulo, Martins Fontes, 2000 (1861).

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ID
3175081
Banca
ADM&TEC
Órgão
Prefeitura de Teotônio Vilela - AL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O que é ética?


A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.


A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.


Segundo alguns filósofos, nossas vontades e nossos desejos poderiam ser vistos como um barco à deriva, o qual flutuaria perdido no mar, o que sugere um caráter de inconstância. Essa mesma inconstância tornaria a vida social impossível se nós não tivéssemos alguns valores que permitissem nossa vida em comum, pois teríamos um verdadeiro caos. Logo, é necessário educar nossa vontade, recebendo uma educação (formação) racional, para que dessa forma possamos escolher de forma acertada entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.

Paulo Silvino Ribeiro. Disponível em: http://bit.ly/2kyNsUw (com adaptações). 

Com base no texto 'O que é ética?', leia as afirmativas a seguir:

I. A ideia central exposta pelo autor, no texto, é a de que a ética é o princípio fundamental de sustentação da vida em sociedade. O autor sustenta, ainda, que a ética compreende um conjunto de regras universal e atemporal. Ou seja, o comportamento ético socialmente aceitável não muda em função do espaço ou do tempo.

II. De acordo com o autor, o conceito de ética está relacionado ao costume e aos hábitos dos indivíduos. Ética também pode ser entendida, de acordo com o texto, como uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.

III. No texto, o autor afirma que a ética é um conceito que pode variar em função da classe social do indivíduo, assim como pode mudar ao longo da história. Ou seja, a ética é um conceito universal e imutável ao longo do tempo.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Somente a II está correta.

    Tranquilinha :)

  • A questão em comento demanda interpretação do texto que a precede.

    No pequeno texto, destacamos o seguinte:

    I-                    Ética diz respeito a costumes e hábitos humanos. Trata-se de uma parte da Filosofia que cuida das noções e princípios que sustentam ações no campo individual e coletivo;

    II-                  A ética traz consigo uma reflexão sobre como códigos normativos influenciam a subjetividade. Também aponta uma observação sobre como aceitamos prescrições e comportamentos, ou seja, se aceitamos de forma integral ou não valores normativos;

    III-                 A vida seria um caos sem a influência da Ética e a fixação de premissas para a vida individual e a vida em sociedade. A Ética é uma educação racional que nos permite escolher entre o justo e o injusto, o bom e o ruim.

    Diante de tais afirmações, vamos analisar as assertivas da questão.

    A assertiva I está INCORRETA. O autor do texto não sustenta a Ética como necessariamente atemporal e universal. Em verdade, a Ética é contextual, e pode inclusive firmar premissas individuais, sem o universalismo exposto na assertiva. Ademais, a Ética não é, segundo o texto, imutável. Sendo contextual, a Ética pode variar no tempo e no espaço.

    A assertiva II está CORRETA. Com efeito, Ética diz respeito a costumes e hábitos humanos. Trata-se de uma parte da Filosofia que cuida das noções e princípios que sustentam ações no campo individual e coletivo.

    A assertiva III está INCORRETA. O texto não fala que a Ética é universal e imutável. Há até uma contradição na própria assertiva, já que a mesma começa dizendo que a Ética pode variar conforme a classe social do indivíduo e na História.

    Diante do exposto, apenas uma assertiva está correta, qual seja, a II.

    Vamos comentar as alternativas.

    LETRA A- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    LETRA B- CORRETA- Apenas uma assertiva está correta.

    LETRA C- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    LETRA D- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


ID
3175084
Banca
ADM&TEC
Órgão
Prefeitura de Teotônio Vilela - AL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O que é ética?


A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.


A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.


Segundo alguns filósofos, nossas vontades e nossos desejos poderiam ser vistos como um barco à deriva, o qual flutuaria perdido no mar, o que sugere um caráter de inconstância. Essa mesma inconstância tornaria a vida social impossível se nós não tivéssemos alguns valores que permitissem nossa vida em comum, pois teríamos um verdadeiro caos. Logo, é necessário educar nossa vontade, recebendo uma educação (formação) racional, para que dessa forma possamos escolher de forma acertada entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.

Paulo Silvino Ribeiro. Disponível em: http://bit.ly/2kyNsUw (com adaptações). 

Com base no texto 'O que é ética?', leia as afirmativas a seguir:

I. De acordo com o autor, a ética é um princípio inato, ou seja, ela compreende um conjunto de premissas, ideias, reflexões e sugestões que formam a base da compreensão do indivíduo sobre a realidade. Essas ideias permitem a cada um julgar de forma sempre correta a diferença entre o certo e o errado.

II. No texto, o autor afirma que, embora o conceito de ética seja mutável, ele permite a qualquer indivíduo, a qualquer momento, tomar decisões sempre corretas, pois quando indivíduo toma uma decisão baseada em suas crenças e interesses pessoais, essa decisão será inevitavelmente aceita por toda a sociedade.

III. No texto, o autor afirma que, na perspectiva de alguns filósofos, a vida social seria impossível se os indivíduos não tivessem alguns valores que permitissem a vida em comum, ou seja, que lhes permitissem saber escolher entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Opa! Serei a primeira a comentar!

    Gabarito letra B para que não é assinante!

    Bons estudos, pessoal!

  • A questão em comento demanda interpretação do texto que a precede.

    No pequeno texto, destacamos o seguinte:

    I-             Etica diz respeito a costumes e hábitos humanos. Trata-se de uma parte da Filosofia que cuida das noções e princípios que sustentam ações no campo individual e coletivo;

    II-           A ética traz consigo uma reflexão sobre como códigos normativos influenciam a subjetividade. Também aponta uma observação sobre como aceitamos prescrições e comportamentos, ou seja, se aceitamos de forma integral ou não valores normativos;

    III-          A vida seria um caos sem a influência da Etica e a fixação de premissas para a vida individual e a vida em sociedade. A Etica é uma educação racional que nos permite escolher entre o justo e o injusto, o bom e o ruim.

    Diante das ponderações, cabe comentar as assertivas.

    A assertiva I está INCORRETA. Não é possível um julgamento, de forma sempre correta, sobre dadas condutas com base em reflexões éticas. A aceitação dos padrões valorativos éticos nem sempre é integral por todos os indivíduos.

    A assertiva II está INCORRETA. A ética não é movida por interesse pessoais, egoísticos, mas sim nasce de uma educação racional para as maiores escolhas sobre vida individual e social.

    A assertiva III está CORRETA. A vida seria um caos sem a influência da Etica e a fixação de premissas para a vida individual e a vida em sociedade. A Etica é uma educação racional que nos permite escolher entre o justo e o injusto, o bom e o ruim.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


ID
3176071
Banca
ADM&TEC
Órgão
Prefeitura de Teotônio Vilela - AL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O que é ética?

A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.

A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.

Segundo alguns filósofos, nossas vontades e nossos desejos poderiam ser vistos como um barco à deriva, o qual flutuaria perdido no mar, o que sugere um caráter de inconstância. Essa mesma inconstância tornaria a vida social impossível se nós não tivéssemos alguns valores que permitissem nossa vida em comum, pois teríamos um verdadeiro caos. Logo, é necessário educar nossa vontade, recebendo uma educação (formação) racional, para que dessa forma possamos escolher de forma acertada entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.

Paulo Silvino Ribeiro. Disponível em: http://bit.ly/2kyNsUw (com adaptações). 

Com base no texto 'O que é ética?', leia as afirmativas a seguir:

I. A ideia central exposta pelo autor, no texto, é a de que a ética é o princípio fundamental de sustentação da vida em sociedade. O autor sustenta, ainda, que a ética compreende um conjunto de regras universal e atemporal. Ou seja, o comportamento ético socialmente aceitável não muda em função do espaço ou do tempo.
II. De acordo com o autor, o conceito de ética está relacionado ao costume e aos hábitos dos indivíduos. Ética também pode ser entendida, de acordo com o texto, como uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.
III. No texto, o autor afirma que a ética é um conceito que pode variar em função da classe social do indivíduo, assim como pode mudar ao longo da história. Ou seja, a ética é um conceito universal e imutável ao longo do tempo.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A questão em comento demanda uma reflexão acerca do texto de preâmbulo da questão e das assertivas expostas na questão.

    Veremos pois, que:

    A assertiva I está INCORRETA.

    Ao contrário do exposto, não há que se falar em uma ética atemporal e universal. A ética é contextual, varia conforme diferentes percepções sociais e individuais. A ética varia no tempo e no espaço.

    A assertiva II está CORRETA.

    De fato, a ética está correlacionada aos costumes e hábitos dos indivíduos, de maneira que reproduz uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo quanto individual. O texto utilizado como referência da questão expressamente diz isto.

    A assertiva III está INCORRETA.

    Aqui é cometido o mesmo equívoco da assertiva I, ou seja, ao contrário do exposto ao fim da assertiva, a ética é contextual, varia conforme diferentes percepções sociais e individuais. A ética varia no tempo e no espaço. Logo, não há que se falar em ética como conceito imutável.




    Assim sendo, apenas uma assertiva está correta: a de número II.

    Diante do exposto, cabe comentar cada alternativa.

    LETRA A- INCORRETA. Apenas uma assertiva está correta, a de número II.

    LETRA B- CORRETA. Apenas uma assertiva está correta, a de número II.

    LETRA C- INCORRETA. Apenas uma assertiva está correta, a de número II.

    LETRA D- INCORRETA. Apenas uma assertiva está correta, a de número II.




    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


ID
3176074
Banca
ADM&TEC
Órgão
Prefeitura de Teotônio Vilela - AL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O que é ética?

A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.

A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.

Segundo alguns filósofos, nossas vontades e nossos desejos poderiam ser vistos como um barco à deriva, o qual flutuaria perdido no mar, o que sugere um caráter de inconstância. Essa mesma inconstância tornaria a vida social impossível se nós não tivéssemos alguns valores que permitissem nossa vida em comum, pois teríamos um verdadeiro caos. Logo, é necessário educar nossa vontade, recebendo uma educação (formação) racional, para que dessa forma possamos escolher de forma acertada entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.

Paulo Silvino Ribeiro. Disponível em: http://bit.ly/2kyNsUw (com adaptações). 

Com base no texto 'O que é ética?', leia as afirmativas a seguir:

I. De acordo com o autor, a ética é um princípio inato, ou seja, ela compreende um conjunto de premissas, ideias, reflexões e sugestões que formam a base da compreensão do indivíduo sobre a realidade. Essas ideias permitem a cada um julgar de forma sempre correta a diferença entre o certo e o errado.
II. No texto, o autor afirma que, embora o conceito de ética seja mutável, ele permite a qualquer indivíduo, a qualquer momento, tomar decisões sempre corretas, pois quando indivíduo toma uma decisão baseada em suas crenças e interesses pessoais, essa decisão será inevitavelmente aceita por toda a sociedade.
III. No texto, o autor afirma que, na perspectiva de alguns filósofos, a vida social seria impossível se os indivíduos não tivessem alguns valores que permitissem a vida em comum, ou seja, que lhes permitissem saber escolher entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • A questão em comento demanda interpretação do texto que a precede.

    No pequeno texto, destacamos o seguinte:

    I-             Etica diz respeito a costumes e hábitos humanos. Trata-se de uma parte da Filosofia que cuida das noções e princípios que sustentam ações no campo individual e coletivo;

    II-           A ética traz consigo uma reflexão sobre como códigos normativos influenciam a subjetividade. Também aponta uma observação sobre como aceitamos prescrições e comportamentos, ou seja, se aceitamos de forma integral ou não valores normativos;

    III-          A vida seria um caos sem a influência da Etica e a fixação de premissas para a vida individual e a vida em sociedade. A Etica é uma educação racional que nos permite escolher entre o justo e o injusto, o bom e o ruim.

    Diante das ponderações, cabe comentar as assertivas.

    A assertiva I está INCORRETA. Não é possível um julgamento, de forma sempre correta, sobre dadas condutas com base em reflexões éticas. A aceitação dos padrões valorativos éticos nem sempre é integral por todos os indivíduos.

    A assertiva II está INCORRETA. A ética não é movida por interesse pessoais, egoísticos, mas sim nasce de uma educação racional para as maiores escolhas sobre vida individual e social.

    A assertiva III está CORRETA. A vida seria um caos sem a influência da Etica e a fixação de premissas para a vida individual e a vida em sociedade. A Etica é uma educação racional que nos permite escolher entre o justo e o injusto, o bom e o ruim.

    Diante do exposto, apenas uma assertiva está correta, qual seja, a III.

    Vamos comentar as alternativas.

    LETRA A- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    LETRA B- CORRETA- Apenas uma assertiva está correta.

    LETRA C- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    LETRA D- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


ID
3176161
Banca
ADM&TEC
Órgão
Prefeitura de Teotônio Vilela - AL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O que é ética?

A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.

A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.

Segundo alguns filósofos, nossas vontades e nossos desejos poderiam ser vistos como um barco à deriva, o qual flutuaria perdido no mar, o que sugere um caráter de inconstância. Essa mesma inconstância tornaria a vida social impossível se nós não tivéssemos alguns valores que permitissem nossa vida em comum, pois teríamos um verdadeiro caos. Logo, é necessário educar nossa vontade, recebendo uma educação (formação) racional, para que dessa forma possamos escolher de forma acertada entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.

Paulo Silvino Ribeiro. Disponível em: http://bit.ly/2kyNsUw (com adaptações).

Com base no texto 'O que é ética?', leia as afirmativas a seguir:

I. A ideia central exposta pelo autor, no texto, é a de que a ética é o princípio fundamental de sustentação da vida em sociedade. O autor sustenta, ainda, que a ética compreende um conjunto de regras universal e atemporal. Ou seja, o comportamento ético socialmente aceitável não muda em função do espaço ou do tempo.
II. De acordo com o autor, o conceito de ética está relacionado ao costume e aos hábitos dos indivíduos. Ética também pode ser entendida, de acordo com o texto, como uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.
III. No texto, o autor afirma que a ética é um conceito que pode variar em função da classe social do indivíduo, assim como pode mudar ao longo da história. Ou seja, a ética é um conceito universal e imutável ao longo do tempo.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • I FALSO o texto não diz que o comportamento ético socialmente aceitável não muda em função do espaço ou do tempo.

    II VERDADEIRO

    III FALSO o texto não diz que a ética é um conceito que pode variar em função da classe social do indivíduo

  • A questão em comento demanda interpretação do texto que a precede.

    No pequeno texto, destacamos o seguinte:

    I-             Etica diz respeito a costumes e hábitos humanos. Trata-se de uma parte da Filosofia que cuida das noções e princípios que sustentam ações no campo individual e coletivo;

    II-           A ética traz consigo uma reflexão sobre como códigos normativos influenciam a subjetividade. Também aponta uma observação sobre como aceitamos prescrições e comportamentos, ou seja, se aceitamos de forma integral ou não valores normativos;

    III-          A vida seria um caos sem a influência da Etica e a fixação de premissas para a vida individual e a vida em sociedade. A Etica é uma educação racional que nos permite escolher entre o justo e o injusto, o bom e o ruim.

    Diante do exposto, cabe comentar cada assertiva.

    A assertiva I está INCORRETA. O autor não expressa que a ética seja universal e atemporal. A ética pode ter noções contextuais e individuais.

    A assertiva II está CORRETA. Etica diz respeito a costumes e hábitos humanos. Trata-se de uma parte da Filosofia que cuida das noções e princípios que sustentam ações no campo individual e coletivo.

    A assertiva III está INCORRETA. O texto não fala que a Etica é universal e imutável. Há até uma contradição na própria assertiva, já que a mesma começa dizendo que a Etica pode variar conforme a classe social do indivíduo e na História.

    Diante do exposto, apenas uma assertiva está correta, qual seja, a II.

    Vamos comentar as alternativas.

    LETRA A- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    LETRA B- CORRETA- Apenas uma assertiva está correta.

    LETRA C- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    LETRA D- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


ID
3176164
Banca
ADM&TEC
Órgão
Prefeitura de Teotônio Vilela - AL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O que é ética?

A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos homens. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.

A ética seria uma reflexão acerca da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais valores.

Segundo alguns filósofos, nossas vontades e nossos desejos poderiam ser vistos como um barco à deriva, o qual flutuaria perdido no mar, o que sugere um caráter de inconstância. Essa mesma inconstância tornaria a vida social impossível se nós não tivéssemos alguns valores que permitissem nossa vida em comum, pois teríamos um verdadeiro caos. Logo, é necessário educar nossa vontade, recebendo uma educação (formação) racional, para que dessa forma possamos escolher de forma acertada entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.

Paulo Silvino Ribeiro. Disponível em: http://bit.ly/2kyNsUw (com adaptações).

Com base no texto 'O que é ética?', leia as afirmativas a seguir:

I. De acordo com o autor, a ética é um princípio inato, ou seja, ela compreende um conjunto de premissas, ideias, reflexões e sugestões que formam a base da compreensão do indivíduo sobre a realidade. Essas ideias permitem a cada um julgar de forma sempre correta a diferença entre o certo e o errado.
II. No texto, o autor afirma que, embora o conceito de ética seja mutável, ele permite a qualquer indivíduo, a qualquer momento, tomar decisões sempre corretas, pois quando indivíduo toma uma decisão baseada em suas crenças e interesses pessoais, essa decisão será inevitavelmente aceita por toda a sociedade.
III. No texto, o autor afirma que, na perspectiva de alguns filósofos, a vida social seria impossível se os indivíduos não tivessem alguns valores que permitissem a vida em comum, ou seja, que lhes permitissem saber escolher entre o justo e o injusto, entre o certo e o errado.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • I Falso. A ética não é um princípio inato (que já nasce com a pessoa). Pelo contrário, você pode aprender ao longo de sua vida.

    II Falso. O texto não diz isso: permite a qualquer indivíduo, a qualquer momento, tomar decisões sempre corretas

    III Verdadeiro. De acordo com o último parágrafo.

  • A questão em comento demanda interpretação do texto que a precede.

    No pequeno texto, destacamos o seguinte:

    I-             Etica diz respeito a costumes e hábitos humanos. Trata-se de uma parte da Filosofia que cuida das noções e princípios que sustentam ações no campo individual e coletivo;

    II-           A ética traz consigo uma reflexão sobre como códigos normativos influenciam a subjetividade. Também aponta uma observação sobre como aceitamos prescrições e comportamentos, ou seja, se aceitamos de forma integral ou não valores normativos;

    III-          A vida seria um caos sem a influência da Etica e a fixação de premissas para a vida individual e a vida em sociedade. A Etica é uma educação racional que nos permite escolher entre o justo e o injusto, o bom e o ruim.

    Diante das ponderações, cabe comentar as assertivas.

    A assertiva I está INCORRETA. Não é possível um julgamento, de forma sempre correta, sobre dadas condutas com base em reflexões éticas. A aceitação dos padrões valorativos éticos nem sempre é integral por todos os indivíduos.

    A assertiva II está INCORRETA. A ética não é movida por interesse pessoais, egoísticos, mas sim nasce de uma educação racional para as maiores escolhas sobre vida individual e social.

    A assertiva III está CORRETA. A vida seria um caos sem a influência da Etica e a fixação de premissas para a vida individual e a vida em sociedade. A Etica é uma educação racional que nos permite escolher entre o justo e o injusto, o bom e o ruim.

    Diante do exposto, apenas uma assertiva está correta, qual seja, a III.

    Vamos comentar as alternativas.

    LETRA A- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    LETRA B- CORRETA- Apenas uma assertiva está correta.

    LETRA C- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    LETRA D- INCORRETA- Só uma assertiva está correta.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


ID
3176941
Banca
ADM&TEC
Órgão
Prefeitura de Teotônio Vilela - AL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Desvios éticos

Toda atividade governamental causa impacto na vida dos cidadãos. Na maioria das vezes, a inter-relação entre a Administração e o administrado pode ser traduzida em termos monetários. Em regra, a atuação dos órgãos de governo provocam perdas ou ganhos econômico-financeiros para o setor privado.

Contudo, os órgãos governamentais exibem grande variabilidade de atribuições, prerrogativas e orçamentos. Há órgãos que exibem enorme poder sobre os negócios das empresas e a vida dos cidadãos; há outras repartições que pouco interagem com o setor privado. Quanto maior o poder do organismo governamental, maior será a possibilidade de risco da ocorrência de relacionamentos ilegítimos entre o(s) representante(s) do Poder Público e o(s) do setor privado.

Murilo Rodrigues Soares da Cunha
Mauro Sérgio Bogéa Soares
Disponível em: http://bit.ly/2lNx56L (com adaptações)

Com base no texto 'Desvios éticos', leia as afirmativas a seguir:

I. De acordo com os autores, em regra, a atuação dos órgãos de governo provocam perdas, nunca ganhos, econômico-financeiros para o setor privado. Assim, diante do risco de acumular prejuízos, os representantes do setor privado tendem a desenvolver relacionamentos ilegítimos com os agentes públicos, alegam os autores.
II. Proporcionar o desenvolvimento e a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos é a intenção primária dos relacionamentos ilegítimos aos quais os autores se referem no texto. Tais relacionamentos, de acordo com os autores, sempre proporcionam ganhos econômico-financeiros para o setor privado.
III. Na perspectiva dos autores, a relação entre a Administração e os representantes do setor privado é uma premissa para o desenvolvimento obrigatório de relacionamentos ilegítimos. Assim, cabe aos representantes da sociedade civil organizada, afirmam os autores, o dever de combater as atitudes contrárias aos interesses do Estado.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA A

    ? Todos itens incorretos:

    I. De acordo com os autores, em regra, a atuação dos órgãos de governo provocam perdas, nunca ganhos, econômico-financeiros para o setor privado. Assim, diante do risco de acumular prejuízos, os representantes do setor privado tendem a desenvolver relacionamentos ilegítimos com os agentes públicos, alegam os autores ? incorreto, pode provocar perdas ou ganhos.

    II. Proporcionar o desenvolvimento e a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos é a intenção primária dos relacionamentos ilegítimos aos quais os autores se referem no texto. Tais relacionamentos, de acordo com os autores, sempre proporcionam ganhos econômico-financeiros para o setor privado ? incorreto, a intenção primária são ganhos monetários.

    III. Na perspectiva dos autores, a relação entre a Administração e os representantes do setor privado é uma premissa para o desenvolvimento obrigatório de relacionamentos ilegítimos. Assim, cabe aos representantes da sociedade civil organizada, afirmam os autores, o dever de combater as atitudes contrárias aos interesses do Estado ? incorreto, temos uma extrapolação textual, o texto não apresenta nada relacionado a isso.

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão demanda interpretação do pequeno texto de seu introito.

    Segundo este pequeno texto:

    I-                    Toda atividade governamental causa impacto na vida das pessoas. Estes impactos podem gerar ganhos e perdas.

    II-                  Os órgãos governamentais apresentam grande variação de atribuições e orçamentos.

    III-                 Existem órgãos governamentais de grande impacto na vida negocial de pessoas e empresas, ao passo que há outros órgãos de pouco impacto na vida das pessoas.

    IV-                Quanto maior o poder do órgão governamental, maior o impacto de suas ações e maior a possibilidade de relações ilegítimas com determinados entes.

    Diante do exposto, cabe comentar cada uma das assertivas.

    A assertiva I está INCORRETA. As ações dos órgãos governamentais não geram só perdas, mas também podem gerar ganhos para as pessoas.

    A assertiva II está INCORRETA. Em instante algum o texto diz que relações ilegítimas são levadas adiante para gerar melhorias e bem estar.

    A assertiva III está INCORRETA. Não é tido que sempre as relações entre órgãos governamentais e pessoas gera relações ilegítimas, tampouco existe menção no sintético texto sobre ação da sociedade civil diante de eventuais ilegimitidades nas relações entre entes públicos e privados.

    Diante do exposto, nenhuma assertiva está correta.

    LETRA A- CORRETA. Nenhuma assertiva está correta.

    LETRA B- INCORRETA. Nenhuma assertiva está correta.

    LETRA C- INCORRETA. Nenhuma assertiva está correta.

    LETRA D- INCORRETA. Nenhuma assertiva está correta.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A


ID
3177304
Banca
ADM&TEC
Órgão
Prefeitura de Teotônio Vilela - AL
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Desvios éticos

Toda atividade governamental causa impacto na vida dos cidadãos. Na maioria das vezes, a inter-relação entre a Administração e o administrado pode ser traduzida em termos monetários. Em regra, a atuação dos órgãos de governo provocam perdas ou ganhos econômico-financeiros para o setor privado.

Contudo, os órgãos governamentais exibem grande variabilidade de atribuições, prerrogativas e orçamentos. Há órgãos que exibem enorme poder sobre os negócios das empresas e a vida dos cidadãos; há outras repartições que pouco interagem com o setor privado. Quanto maior o poder do organismo governamental, maior será a possibilidade de risco da ocorrência de relacionamentos ilegítimos entre o(s) representante(s) do Poder Público e o(s) do setor privado.

Murilo Rodrigues Soares da Cunha
Mauro Sérgio Bogéa Soares
Disponível em: http://bit.ly/2lNx56L (com adaptações)

Com base no texto 'Desvios éticos', leia as afirmativas a seguir:

I. De acordo com os autores, com frequência, a inter-relação entre a Administração e o administrado pode ser traduzida em termos monetários. No texto, os autores defendem, ainda, a ideia de que a atuação dos órgãos de governo provoca perdas ou ganhos econômico-financeiros para o setor privado.
II. Na perspectiva dos autores, existem possibilidades reais de que os representantes do Poder Público e os do setor privado envolvam-se em relacionamentos ilegítimos. Ainda de acordo com os autores, esse risco será maior quanto maior for o poder do organismo governamental.
III. Do ponto de vista dos autores, o risco de desenvolvimento de relacionamentos ilegítimos entre agentes públicos e representantes do setor privado é inversamente proporcional ao poder do organismo governamental ao qual esses agentes estão vinculados.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: LETRA C

    I. De acordo com os autores, com frequência, a inter-relação entre a Administração e o administrado pode ser traduzida em termos monetários. No texto, os autores defendem, ainda, a ideia de que a atuação dos órgãos de governo provoca perdas ou ganhos econômico-financeiros para o setor privado ? correto, segundo o texto: [...] na maioria das vezes (=COM FREQUÊNCIA), a inter-relação entre a Administração e o administrado pode ser traduzida em termos monetários. Em regra, a atuação dos órgãos de governo provocam perdas ou ganhos econômico-financeiros para o setor privado.

    II. Na perspectiva dos autores, existem possibilidades reais de que os representantes do Poder Público e os do setor privado envolvam-se em relacionamentos ilegítimos. Ainda de acordo com os autores, esse risco será maior quanto maior for o poder do organismo governamental ? correto, segundo o texto: [...] quanto maior o poder do organismo governamental, maior será a possibilidade de risco da ocorrência de relacionamentos ilegítimos entre o(s) representante(s) do Poder Público e o(s) do setor privado.

    III. Do ponto de vista dos autores, o risco de desenvolvimento de relacionamentos ilegítimos entre agentes públicos e representantes do setor privado é inversamente proporcional ao poder do organismo governamental ao qual esses agentes estão vinculados ? incorreto, trata-se de algo diretamente proporcional (=Quanto maior o poder do organismo governamental, maior será a possibilidade de risco da ocorrência de relacionamentos ilegítimos).

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    ? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

  • A questão demanda interpretação do pequeno texto de seu introito.

    Segundo este pequeno texto:

    I-                    Toda atividade governamental causa impacto na vida das pessoas. Estes impactos podem gerar ganhos e perdas.

    II-                  Os órgãos governamentais apresentam grande variação de atribuições e orçamentos.

    III-                 Existem órgãos governamentais de grande impacto na vida negocial de pessoas e empresas, ao passo que há outros órgãos de pouco impacto na vida das pessoas.

    IV-                Quanto maior o poder do órgão governamental, maior o impacto de suas ações e maior a possibilidade de relações ilegítimas com determinados entes.

    Diante do exposto, cabe comentar as assertivas da questão.

    A assertiva I está CORRETA.

    Com efeito, toda atividade governamental causa impacto monetário na vida das pessoas. Estes impactos podem gerar ganhos e perdas.

    A assertiva II está CORRETA.

    De fato, quanto maior o poder do órgão governamental, maior o impacto de suas ações e maior a possibilidade de relações ilegítimas com determinados entes.

    A assertiva III está INCORRETA.

    Ao contrário do exposto, não é inversamente proporcional a ilegitimidade com base no maior poder dos órgãos governamentais envolvidos em relações com a iniciativa privada.

    Duas assertivas estão corretas, quais sejam, a I e II.

    Logo, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Duas assertivas estão corretas.

    LETRA B- INCORRETA. Duas assertivas estão corretas.

    LETRA C- CORRETA. Duas assertivas estão corretas.

    LETRA D- INCORRETA. Duas assertivas estão corretas.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C


ID
3195454
Banca
FCC
Órgão
Câmara de Fortaleza - CE
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A teoria do "mínimo ético" pode ser reproduzida através da imagem de dois círculos concêntricos, sendo o círculo maior o da Moral, e o círculo menor o do Direito. Haveria, portanto, um campo de ação comum a ambos, sendo o Direito envolvido pela Moral. Poderíamos dizer, de acordo com essa imagem, que "tudo o que é jurídico é moral, mas nem tudo o que é moral é jurídico”.

(REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 27. ed., São Paulo: Saraiva, 2009, p. 42)


Considerando o texto acima:

Alternativas
Comentários
  • LETRA A) O Direito representa o mínimo de Moral entendido como obrigatório para que a sociedade possa viver harmoniosamente.

    CORRETO.

    Para a TEORIA DO MÍNIMO ÉTICO, criada por Jeremy Bentham, mas desenvolvida e propagada por George Jellinek, o Direito deve ser considerado como uma espécie DENTRO do gênero moral, por ser construído a partir de um conteúdo "mínimo de moralidade" [....]. Partindo-se da premissa de que os requisitos da lei e da moral não são equivalentes, conclui-se que "os padrões morais são comumente mais extensos e demandam mais que os padrões legais".

    FONTE: João Paulo Lordelo. Noções Gerais de Direito e Formação Humanística. Ed. Juspodivm.

  • A questão em comento demanda conhecimento de Miguel Reale, da ideia do mínimo ético e da correlação de Direito e Moral.

    A teoria dos círculos concêntricos mostra que Direito e Moral se correlacionam, de tal maneira que o círculo da Moral e do Direito tem pontos de confluência.

    Estas zonas de confluência representam o mínimo ético, ou seja, um campo defendido tanto pelo Direito, quanto pela Moral, de reprodução obrigatória pela sociedade e pelos indivíduos.


    Feitas estas considerações, nos cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- CORRETA. Representa o pensar mais atrelado ao texto de Miguel Reale reproduzido na questão. Com efeito, Moral e Direito se correlacionam e esta zona de confluência reproduz o mínimo ético.

    LETRA B- INCORRETA. De modo algum o pensar de Miguel Reale vai admitir que a correlação entre Direito e Moral permita a preservação de valores imorais.

    LETRA C- INCORRETA. O próprio nome já diz: é um “mínimo", ou seja, não representa a totalidade da Moral.

    LETRA D- INCORRETA. Conforme já exposto, o mínimo ético não é apenas moral, isto é, representa a confluência entre Direito e Moral.

    LETRA E- INCORRETA. Não há qualquer ligação entre mínimo ético e cultura de punitivismo no Direito.



    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A


ID
3379942
Banca
IBADE
Órgão
Câmara de Cacoal - RO
Ano
2018
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

“Enquanto disciplina filosófica pode modificar, refinar ou aprimorar valores morais, ou seja, pode incidir para alterar as regras morais enraizadas na sociedade através da avaliação que faz de princípios e valores morais até então estabelecidos". Tal conceito se refere à:

Alternativas
Comentários
  • (...)

    Observe que "a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética (...), isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais"9. Quer isto dizer que a ética, enquanto disciplina filosófica, pode modificar, refinar ou aprimorar valores morais, ou seja, pode incidir para alterar as regras morais enraizadas na sociedade através da avaliação que faz de princípios e valores morais até então estabelecidos. E, de fato, exemplos não nos falta: se antes a escravidão era moralmente aceitável, hoje, com louvor, já não mais o é; se antes o homossexualismo era moralmente condenado, hoje, com acerto, não mais o é. Isto vem a demonstrar como a crítica e reflexão éticas auxilia o desenvolvimento moral da sociedade. A moral, no serviço público, aplica-se às relações de comando e obediência, já que é normativa, correspondendo ao traçado do comportamento que se espera do agente e, por isso, lhe é exigível, visando o que é bom para si e para todos."

    Fonte: (Livro: NOÇÕES DE ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO, LEANDRO BORTOLETO

    PERLA MÜLLER, pag. 17 Cap. I – Ética) Coleção TRIBUNAIS e MPU. 2.ª edição. 2016, Editora JusPodivm.


ID
3412399
Banca
Quadrix
Órgão
CRN - 2° Região (RS)
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Quanto à ética e à moral no serviço público, julgue o item.


A deontologia é a parte da filosofia que estuda a moral, as consequências da ação, os deveres e as obrigações.

Alternativas
Comentários
  • Deontologia é a ciência dos deveres e da moral.

  • GABARITO: CERTO.

  • Deontologia é uma filosofia que faz parte da filosofia moral contemporânea, que significa ciência do dever e da obrigação.

    A deontologia é um tratado dos deveres e da moral. É uma teoria sobre as escolhas dos indivíduos, o que é moralmente necessário e serve para nortear o que realmente deve ser feito.

    O termo deontologia foi criado no ano de 1834, pelo filósofo inglês Jeremy Bentham, para falar sobre o ramo da ética em que o objeto de estudo é o fundamento do dever e das normas. A deontologia é ainda conhecida como "Teoria do Dever".

    Immanuel Kant também deu sua contribuição para a deontologia, uma vez que a dividiu em dois conceitos: razão prática e liberdade.

    Para Kant, agir por dever é a maneira de dar à ação o seu valor moral; e por sua vez, a perfeição moral só pode ser atingida por uma livre vontade.

    A deontologia também pode ser o conjunto de princípios e regras de conduta ou deveres de uma determinada profissão, ou seja, cada profissional deve ter a sua deontologia própria para regular o exercício da profissão, e de acordo com o Código de Ética de sua categoria.

    Para os profissionais, deontologia são normas estabelecidas não pela moral e sim para a correção de suas intenções, ações, direitos, deveres e princípios.

    O primeiro Código de Deontologia foi feito na área da medicina, nos Estados Unidos.

  • Regras Deontológicas do código de Ética, por exemplo. Lá descreve deveres e obrigações

  • A questão em tela faz referência a questões basilares de Deontologia.

    A Deontologia tem como objeto o estudo de normas da Etica.

    A Etica se propõe, de verdade, a estudar as consequências de uma ação, ou seja, responsabilidades, deveres, o justo x injusto, o correto x incorreto.

    Diz Danilo Marcondes:
    “ A ética é uma das áreas que maior interesse desperta atualmente no campo da filosofia, sobretudo porque diz respeito diretamente às nossa experiência cotidiana, levando-nos a uma reflexão sobre os valores que adotamos, o sentido dos atos que praticamos e a maneira pela qual tomamos decisões e assumimos obrigações em nossa vida" (MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007, p. 9. 152 p)


    GABARITO: CERTO.
  • GABARITO: CERTO

    Deontologia é uma filosofia que faz parte da filosofia moral contemporânea, que significa ciência do dever e da obrigação.

    Fonte: https://www.significados.com.br/deontologia/


ID
3413467
Banca
Quadrix
Órgão
CRO-DF
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Com relação à ética e à moral, julgue o item.


Os códigos tradicionais de conduta, o direito e a ética enunciam três planos de valores e normas que podem, frequentemente, se contradizer entre si.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: CERTO.

  • Basta observar nossa sociedade, como a lei contradiz-se com a realidade.

  • A questão exige conhecimento axiomático de questões de Deontologia e a análise comparativa entre Etica e Direito.

    Normas éticas fixam o certo x errado, proibido x permitido, justo x injusto, dentro do campo da Filosofia, ou seja, trata-se de uma análise axiológica, despida de sanções necessariamente institucionalizadas. Normas éticas, diferente de normas jurídicas, não são cogentes, obrigatórias, dotadas de plena coercibilidade e do aparato estatal para validade e cumprimento.

    Logo, Etica e Direito, embora tenham muitos pontos de confluência, podem divergir.

    A tradição (e seus códigos), a Etica e o Direito podem, sim, em alguns momentos, divergir.

    Mesmo meios marginalizados tem uma “Etica" própria. Daí perguntamos: a “Etica" de um presídio tem atritos com o Direito? Muitas vezes, sim...

    A Etica é contextual e nem sempre é dotada dos padrões de sanção qualificada do Direito.


    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO.

ID
3413470
Banca
Quadrix
Órgão
CRO-DF
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Com relação à ética e à moral, julgue o item.


Os enunciados normativos buscam fornecer premissas descritivas sobre a verdade ou sobre como as coisas são; os enunciados assertivos, pertencentes ao discurso moral, prescrevem como as coisas deveriam ser.

Alternativas
Comentários
  • conceitos trocados

  • Como o colega falou acima, isso mesmo, significados trocados:

    enunciados normativos- NORMAS-  prescrevem como as coisas deveriam ser.

    enunciados assertivos- buscam fornecer premissas descritivas sobre a verdade ou sobre como as coisas são.

  • GABARITO: ERRADO.

  • Assertivo tem relação como as coisas são, enquanto normativo prescreve como a conduta deve ser.

  • A norma (os enunciados normativos, melhor dizendo) trabalha no campo hipotético, do dever ser. Não é regida pelos ditames da causalidade, mas sim por imperativos hipotéticos.

    Normas, via de regra, não ditam verdades, não são boas em si (salvo imperativos categóricos) e não dizem como as coisas são, mas como “DEVERIAM SER...".

    Já enunciados assertivos não são meramente descritivos, mas sim relatam geralmente ditames de causalidade, trabalhando na dinâmica de como as coisas efetivamente são, ou seja, no campo do “SER".

    A questão chamou enunciados normativos de enunciados assertivos e chamou enunciados assertivos de normas.


    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO.

ID
3413473
Banca
Quadrix
Órgão
CRO-DF
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Com relação à ética e à moral, julgue o item.


A moral não se limita à descrição ou à análise de condutas, prescrevendo formas de agir.

Alternativas
Comentários
  • A moral relaciona-se com o comportamento de um povo e, embora mude constantemente de tempos em tempos, prescreve formas de agir justamente porque está relacionada aos hábitos. Não se limita apenas a descrever, portanto.

  • GABARITO: CERTO.

  • A questão em comento versa sobre moral e exige conhecimento axiomático de Deontologia.

    Normais morais fixam comportamentos, ditam condutas. Não dizem respeito apenas a valores íntimos, mas também a posturas externas. Possuem inclusive sanções externas (a censura social é um exemplo claro neste sentido).

    Embora normas morais, ao contrário de normas jurídicas, não tenham sanção qualificada (não são impostas por lei formal e podem soar inócuas ou abusivas, podendo ser despidas de razoabilidade), podem prescrever formas de agir.


    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO.
  • Quem prescreve a forma de agir é a ética e não a moral.

  • certa

    Moral

    • Ação/ Prática
    • Disciplina normativa
    • Hábitos/ Costumes
    • Particular/ Temporária (cultural)
    • Condutas específicas
    • Determina ações

    Ética

    • Reflexão/ Investigação sobre a moral
    • Filosófica especulativa
    • Dimensão universal
    • Princípios
    • Escolha da melhor conduta

    fonte: meus resumos

  • GABARITO: CERTO

    O estudo da ética é voltado para compreender as ações do homem de acordo com os valores morais que orientam essas ações, além de buscar classificá-las como certas ou erradas, independente das práticas culturais. Já a moral são os costumes, crenças, tabus e modos de pensar construídos por uma sociedade.

    Fonte: https://www.stoodi.com.br/blog/sociologia/qual-diferenca-entre-etica-e-moral/


ID
3413482
Banca
Quadrix
Órgão
CRO-DF
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Acerca da ética e da moral, julgue o item.


A fundamentação racional do caráter prescritivo da moral encontra diferentes visões, uma das quais a metafísica dos costumes, que advoga em favor de princípios de conduta capazes de ser igualmente reconhecidos por todos.

Alternativas
Comentários
  • Com efeito, a busca de  uma fundamentação racional do caráter prescritivo da Moral tem diferentes visões.

    A Moral, tal qual o Direito, busca fixar padrões de conduta, prescrever ações.

    A Metafísica dos Costumes é a perspectiva trabalhada com base na obra de Kant.

    De fato, este autor pensa em princípios universalmente reconhecidos para fundamentar padrões de Moral.

    Kant, por exemplo, trabalha com a perspectiva dos imperativos categóricos, ou seja, a ideia de que existem diretrizes boas em  si, absolutas, que são perspectivas universais incapazes de serem relativizadas.


    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO.
  • Vou deixar o comentário do professor para quem não tem acesso à versão paga do QC poder ver o Gabarito comentado.

    Com efeito, a busca de uma fundamentação racional do caráter prescritivo da Moral tem diferentes visões.

    A Moral, tal qual o Direito, busca fixar padrões de conduta, prescrever ações.

    A Metafísica dos Costumes é a perspectiva trabalhada com base na obra de Kant.

    De fato, este autor pensa em princípios universalmente reconhecidos para fundamentar padrões de Moral.

    Kant, por exemplo, trabalha com a perspectiva dos imperativos categóricos, ou seja, a ideia de que existem diretrizes boas em si, absolutas, que são perspectivas universais incapazes de serem relativizadas.

    Gab: C

  • certa

    A “metafisica dos costumes” é, de acordo com a definição de Kant, uma metafisica do uso prático da razão pura, ou seja, uma «metafisica da liberdade». Do ponto de vista da filosofia crítica, os “costumes” não são entendidos de um jeito institucionalista, mas como atuação do princípio da liberdade. As doutrinas da moralidade (Lehren der Sittlichkeit) têm como objeto as “leis da razão pura Prática” ou “leis da liberdade”, subdividindo-as Kant em leis “jurídicas” e leis “éticas”, e nessa doutrina pura dos costumes “não se toma por fundamento nenhuma antropologia (nenhuma condição empírica)”, mas sim a estrutura da vontade (Wille) moral, como autodeterminação pura e incondicionada: a liberdade, como autonomia, é a ratio essendi da lei moral e a lei moral a ratio cognoscendi da liberdade. A doutrina dos costumes (Sittenlehre) só é possível a partir de “um princípio prático puro, que constitui inevitavelmente o começo e determina os objetos com os quais apenas ele se pode relacionar”.

    fonte: https://gulbenkian.pt/publication/a-metafisica-dos-costumes/

  • GABARITO: CERTO

    Em decorrência disto, a metafísica dos costumes torna-se essencial. Sua importância reside no fato de não apenas ela permitir investigar a origem dos princípios práticos que residem aprioristicamente na razão, mas também devido ao fato dos costumes poderem se perverter, quando falta um elemento que o conduza para a moral, pois o moralmente bom deve cumprir-se por amor da lei moral. Caso contrário, sua conformidade não terá consistência, tornando-se contingente e incerta.

    Fonte: https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1521/Prefacio-a-Fundamentacao-da-Metafisica-dos-Costumes


ID
3413485
Banca
Quadrix
Órgão
CRO-DF
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Acerca da ética e da moral, julgue o item.


A justiça distributiva impõe ao Estado um papel importante, mas que pode ser encarado de diversas formas; uma dessas formas é a do bem‐estar social, que rejeita incursões na economia, mas estimula intervenções ativas na saúde e na educação.

Alternativas
Comentários
  • O Estado de Bem-estar Social, ou Welfare State, caracteriza-se justamente pelo contrário, qual seja, intervenção do Estado em várias áreas, haja vista a nossa Constituição.

  • A ideia de Justiça distributiva está vinculada à como pessoas avaliam a distribuição de bens na sociedade. Tais bens podem ser positivos (liberdade, patrimônio, renda) ou negativos (castigo, sanção, penalidades).

    O Estado do Bem Estar Social, o Welfare State, ao fazer escolhas de ação, intervém diretamente na Economia, fixando freios para o Mercado e delimitando ações que terão consequência direta na liberdade dos atores da vida econômica. O fato é que o Estado do Bem Estar Social colima um Estado intervencionista direcionado para prestar direitos como saúde e educação da forma mais ampla possível.

    A assertiva, portanto, ao não acatar a intervenção do Estado de Bem Estar Social na Economia, está equivocada.


    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO.
  • GABARITO: ERRADO

    A justiça distributiva, assim, nos diz que os bens têm que ser divididos “a cada um segundo os seus méritos.” Aliás os romanos tinham uma ideia semelhante de justiça, também. Segundo Ulpiano, “justiça é a vontade constante e perpétua de dar a cada um o que é seu.”. Justiça distributiva. Igualdade proporcional. Dar a cada um o que é devido segundo os seus méritos.

    Fonte: https://www.direitosemjuridiques.com/aristoteles-etica-a-nicomaco-justica-distributiva-e-justica-corretiva-direito-e-filosofia/


ID
3413488
Banca
Quadrix
Órgão
CRO-DF
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Acerca da ética e da moral, julgue o item.


A justiça distributiva impõe ao Estado um papel importante, mas que pode ser encarado de diversas formas; uma dessas formas é um agir mínimo, em que o Estado se abstém de um papel ativo para atuar mais como um sinalizador.

Alternativas
Comentários
  • O Estado Mínimo, de ordem liberal, com efeito, tem menor intervenção na vida econômica, dando mais liberdade aos atores da vida econômica, sendo certo que, neste esquadro, cabe ao Estado mais a condição de regulador de marcos de ação do que a realização de escolhas do agir de tais atores.


    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO.
  • GAB. CERTO

    Respondi a questão pensando sobre o direito de primeira geração ligado a liberdade do individuo em que há necessidade de abstenção do estado, ou seja, infere a ideia de estado mínimo à concretização do direito.

  • Como o colega Josiel, também pensei nos Direito Negativos para responder a questão. Também dei uma pesquisada para saber mais sobre isso, visto que nunca vi numa prova, e achei esse artigo na SciELO:

    "Justiça distributiva designa um construto relacionado à maneira como as pessoas avaliam as distribuições de bens positivos (renda, liberdade, cargos políticos) ou negativos (punições, sanções, penalidades) na sociedade. "

    Fonte: https://www.scielo.br/j/pe/a/GZQZPx5MpYHzwmCNwqxCFyC/?lang=pt

    Gab: C

    Bons Estudos!

  • GABARITO: CERTO

    A justiça distributiva, assim, nos diz que os bens têm que ser divididos “a cada um segundo os seus méritos.” Aliás os romanos tinham uma ideia semelhante de justiça, também. Segundo Ulpiano, “justiça é a vontade constante e perpétua de dar a cada um o que é seu.”. Justiça distributiva. Igualdade proporcional. Dar a cada um o que é devido segundo os seus méritos.

    Fonte: https://www.direitosemjuridiques.com/aristoteles-etica-a-nicomaco-justica-distributiva-e-justica-corretiva-direito-e-filosofia/


ID
3413494
Banca
Quadrix
Órgão
CRO-DF
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Acerca da ética e da moral, julgue o item.


O pensamento aristotélico clássico advoga em favor de que desequilíbrios nas relações devem ser superados por meio do reconhecimento de que a razão haverá de assistir a somente um dos lados.

Alternativas
Comentários
  • A concepção aristotélica de justiça advoga em favor da busca pelo justo meio, o qual consiste no equilíbrio ou moderação entre dois extremos (excesso e escassez). A justiça (vontade racional) é, portanto, o cálculo moderador que encontra o justo meio entre dois extremos.

    Obs.: Lembrar que justiça para Aristóteles é uma virtude prática (saber prático que decorre da ação humana), podendo ser Universal (Justiça política) ou particular (hábito que realiza e respeita a igualdade).

  • GABARITO: ERRADO.

  • A questão em comento recomenda conhecimento de axiomas do pensamento de Aristoteles.

    Ao contrário do exposto, Aristóteles é até uma das referências, por exemplo, da ideia de igualdade substancial, hoje tão bem celebrada na ideia de “tratar os iguais, igualmente; tratar os desiguais, na medida de sua desigualdade".

    Para Aristóteles, a busca de uma construção de justiça comutativa fixa a igualdade como algo absoluto, não acatando-se a disparidade apontada na questão.


    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO.
  • De acordo com o pensamento aristotélico clássico, em uma situação de conflito, o que se busca é a justa medida, ou seja, um equilíbrio para que haja justiça nas demandas trazidas pelas partes conflitivas. E não, conferir razão "somente um dos lados".


ID
3426217
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPE-CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

No que se refere a ética, moral e valores, julgue o item a seguir.


Os valores positivos e negativos de uma sociedade podem ser dissociados do senso moral.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - ERRADO

     

    Valores positivos e negativos, em termos de Ética, devem ser encarados como as noções de certo e errado. Dizer que esses valores podem ser dissociados do senso moral é falacioso, pois o ser humano é racional e complexo, e considera determinada conduta conveniente ou não de acordo com o seu senso de justiça, que nada mais é do que o senso moral.

     

    FONTE - ESTRATÉGIA

  • Gabarito:Errado

    Pensei de uma forma geral e errei a questão. Pra mim em uma sociedade pode-se ter valores morais diferentes de valores positivos ou negativos de outra.

    Talvez se a redação da questão fosse:

    Os valores positivos e negativos podem ser dissociados do senso moral em um mesma sociedade.

  • De forma simplória:

    Os valores positivos e negativos de uma sociedade podem ser dissociados do senso moral?

    Não, pois é a moral que define os valores de uma sociedade, sejam eles positivos ou negativos.

    O que é a moral? Moral são os costumes. Está diretamente ligada a cultura e tradição de um determinado grupo em um determinado momento histórico. Pode ser mutável conforme o desenvolvimento de cada sociedade.

    Por ex: Antes era moralmente correto as mulheres andarem atrás dos homens, hoje, não mais.

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos.

  • GABARITO: ERRADO.

  • É justamente o contrário. Sendo a Moral um conjunto de regras aplicadas no cotidiano das pessoas que formam uma sociedade, de modo que tais regras orientam as ações dessa população e também seus julgamentos (valores POSITIVOS = certo, moral, bom X valores NEGATIVOS = errado, imoral, mau), não há como dissociar o senso moral desses valores. Eles estão totalmente ASSOCIADOS. Os valores são a base do senso moral de uma sociedade.

    Gabarito = ERRADO.

  • Certo = positivo.

    Errado = negativo.

    Ambos os critérios são definidos pelo senso moral da comunidade.

  • Os valores positivos e negativos de uma sociedade (não ) podem ser dissociados do senso moral.

    Nesse sentido, os valores positivos são concebidos como agindo de forma adequada ou adequada, dentro de parâmetros morais e éticos. Por outro lado, valores negativos são aqueles comportamentos ou ideais prejudiciais ou inapropriados que se ajustam a padrões imorais e antiéticos.

  • O que determina se um valor é certo ou errado? A moral. 

    Algo negativo é algo contra a moral.

    Algo positivo é algo a favor da moral.

  • Basta saber o significado de dissociados para responder.

  • O significo de dissociado mataria a questão.

    Quando algo foi "dissociado" ele foi separado/fragmentado.

  • A palavra dissociados (separados) ajuda a responder a questão.

    Os valores positivos e negativos de uma sociedade podem ser dissociados do senso moral.

    O senso moral é uma base de valores morais que determinam o que é certo (positivo) e o que é errado (negativo).

    Os valores positivos e negativos de uma sociedade NÃO PODEM SER DISSOCIADOS do senso moral.

    Assim a questão estaria correta.

  • Muito subjetiva essa questão.

  • A questão em comento demanda conhecimentos basilares de Moral e Ética.

    A construção do senso moral não é feita em abstrato.

    Trata-se de perspectiva que leva em conta o cotidiano e o contexto de vida social.

    Senso moral não é fragmentado de pontos positivos e negativos da vida social.

    A Moral, por mais abstrata que pareça, busca regular comportamentos fáticos, reais. Embora esteja na ordem do dever ser, tem pretensões ligadas à realidade. Por mais que não possua a sanção qualificada e institucionalizada do Direito (o que não quer dizer que a Moral não tenha sanções- o arrependimento, a censura, a censura social, o hodierno “cancelamento"), procurar ditar posturas e leva em conta nuances diferentes dos agentes sociais.


    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO.

ID
3426223
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPE-CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

No que se refere a ética, moral e valores, julgue o item a seguir.


Segundo a escola da moral das virtudes ou do caráter, de Aristóteles, os seres morais são definidos pelos hábitos e costumes desenvolvidos no decorrer do tempo.

Alternativas
Comentários
  • A virtude é aferida pelo hábito de praticar o bem. O homem virtuoso é o age orientado pelo bem.

  • A virtude é aferida pelo hábito de praticar o bem. O homem virtuoso é o age orientado pelo bem.

  • CERTO

    A virtude foi muito discutida pelos filósofos gregos da Antiguidade. Ela representa o conjunto ideal de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Virtude deriva do latim virtus, que significa uma qualidade própria da natureza humana; significa, de modo geral, praticar o bem usando a liberdade com responsabilidade constantemente. Aristóteles valorizava bastante a vontade humana. Ele dizia que a virtude era um “disposição adquirida de fazer o bem”, e que ela se aperfeiçoa com o hábito, pois mesmo o homem virtuoso poderia buscar a entronização de outros valores. 

  • Gabarito: CORRETO

    Assertiva: Segundo a escola da moral das virtudes ou do caráter, de Aristóteles, os seres morais são definidos pelos hábitos e costumes desenvolvidos no decorrer do tempo.

     

    De fato, para Aristóteles, o ser humano moral, virtuoso, é aquele que consegue transformar a boa conduta, em um hábito na sua vida. Para ele, o homem virtuoso é aquele que tem uma vida virtuosa.

     

    Confira nos ensinamentos da professora Maria Lúcia de Arruda Aranha:

    Uma vida autenticamente moral não se resume a um ato moral, mas é a repetição e continuidade do agir moral. Aristóteles afirmava que 'uma andorinha, só, não faz verão' para dizer que o agir virtuoso não é ocasional e fortuito, mas deve se tornar um hábito, fundado no desejo de continuidade e na capacidade de perseverar no bem. Ou seja, a verdadeira vida moral se condensa na vida virtuosa.

    (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1993, p. 235).

     

    Ou, ainda, José Renato Nalini:

    "A virtude, em Aristóteles, significa a ação. Significa uma prática, e não uma natureza. O homem virtuoso, portanto, é o homem ativo, que aprendeu pela prática.

    (...)

    Na concepção aristotélica, a ética só depende da vontade da pessoa. Para distinguir entre virtudes intelectuais e virtudes morais, Aristóteles exemplifica de maneira ainda hoje clara e apreensível: 'Não é, pois, por natureza, nem contrariando a natureza que as virtudes se geram em nós. Diga-se, antes, que somos adaptados por natureza a recebê-las e nos tornamos perfeitos pelo hábito'.

    (...)

    A virtude se obtém mediante o exercício: é um hábito. As aptidões, intelectuais ou físicas, são inatas. Para Aristóteles, a razão não basta. É preciso cultivar o hábito da virtude".

    (NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 7 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 59).

     Portanto, correta a assertiva.

    TECCONCURSOS

  • A questão em comento demanda conhecimentos comezinhos acerca de Aristóteles.

    Para Aristóteles, a virtude (difícil de ser alcançada, expressada na moderação, no “meio termo") deve ser uma constante ,um hábito.

    A virtude não pode ser sazonal, cíclica, episódica. A real virtude, em Aristóteles, embora soe repetitivo, é uma constante.


    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO.
  • GABARITO: CERTO

    No livro II da obra “Ética à Nicômaco” Aristóteles aborda a virtude de um modo bem peculiar, visto que a mesma só se realiza quando o homem passa a agir com justiça. Para o autor, a virtude não é considerada como um dom e pode ser adquirida por meio do estudo, da análise e para que o homem se torne virtuoso necessita de ser educado.

    Fonte: https://jus.com.br/artigos/27231/as-virtudes-aristotelicas-como-influenciador-da-moral-humana

  • Para Aristóteles, ética e política são INTERLIGADOS

    O filósofo divide o conhecimento em: prático (práxis), produtivo (poiesis) e teórico

    A ética aristotélica se desenvolve com base na realidade empírica do mundo, na reflexão em torno das condutas dos homens e na forma de organização da sociedade (política).

    fonte: ALFACON


ID
3426226
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPE-CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

No que se refere a ética, moral e valores, julgue o item a seguir.


Os juízos de valor, sob a perspectiva jurídica, enunciam ações segundo o critério de legalidade ou ilegalidade da conduta.

Alternativas
Comentários
  • Juízo de valor, via de regra, depende da apreciação pessoal de cada um. No entanto, a questão é clara "sob a perspectiva jurídica". Logo, deve-se avaliar sob o prisma da legalidade.

  • Certo, a análise se faz sob a perspectiva jurídica.

  • Os juízos de valor, sob a perspectiva jurídica, enunciam ações segundo o critério de legalidade ou ilegalidade da conduta.

  • Os juízos de valor, sob a perspectiva jurídica, enunciam ações segundo o critério de legalidade ou ilegalidade da conduta.

  • GABARITO: CERTO.

  • A questão em comento demanda conhecimentos basilares sobre o caráter prescritivo das normas do Direito.

    As normas do Direito simbolizam comandos, imperativos, e não conselhos. Tanto é assim que a desobediência de normas jurídicas é acompanhada da sanção.

    O Direito tem caráter sistemático e forma ordenamento jurídico a partir da ideia de conjunto de normas.

    Estas normas, por óbvio, podem trazer consigo juízos morais.

    Contudo, no Direito o código de correição não é necessariamente se a norma é ou não justa (uma análise mais axiológica e do campo da Moral, da Etica), mas sim se a norma é ou não pertencente ao sistema jurídico.

    Logo, as condutas humanas são analisadas dentro do binário legais x ilegais.

    Sim, juízos morais podem ser convolados em normas jurídicas e os comportamentos a serem normatizados passam pelo crivo legal ou ilegal.


    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO.
  • GABARITO: CERTO

    Juízo de valor é um julgamento feito a partir de percepções individuais, tendo como base fatores culturais, sentimentais, ideologias e pré-conceitos pessoais, normalmente relacionados aos valores morais.

    Fonte: https://www.significados.com.br/juizo-de-valor/


ID
3426229
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPE-CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

No que se refere a ética, moral e valores, julgue o item a seguir.


O senso moral, por ser universal, independe da sociedade na qual o indivíduo está inserido.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - ERRADO

     

    É completamente equivocado dizer que o senso moral é universal, justamente porque a moral, por excelência, varia no tempo e no espaço. O que é moralmente aceitável aqui no Brasil em 2020 pode ser completamente inaceitável em outro lugar e em outra época.

     

    FONTE - ESTRATÉGIA

  • Ética - caráter universal

    cientifica

    reflexão filosófica sobre a moral

    permanente

    Moral - caráter prático

    cultural

    temporária

  • GABARITO: ERRADO.

  • Ética Universal - Existe desde o primeiro homem e vai até o último homem, pois todo o homem tem esta preocupação. É típica do ser humano. Por isso a ética Universal. Os resultados, as leis, as normas, os valores, tudo isso é histórico

  • Ética--> Universal

    Moral--> Cultural / Local

  • A questão exige conhecimento basilar das pretensões da Moral e de seu contexto de existência.

    A construção de senso moral, se levar em conta a obra de Kant, é de ordem universal, máxima bem expressada na ideia da lei universal, ou seja, agir de tal maneira que sua ação seja a mesma ação que se cogita do outro (em um português mais simples: tenha posturas tal qual espera que o outro tenha em relação a você...).

    Contudo, isto é mera projeção.

    A Moral e a Etica existem no mundo concreto.

    O mundo dos fatos é feito de diversidade, multiculturalismo, alteridade, e contextos diferenciados de vida.

    Em um mundo de múltiplas formas de vida convivendo entre si, por óbvio, o senso moral precisa, em dados contextos, sofrer adequações, adaptações, relativizações, encaixes.

    Logo, o senso moral depende, sim, da sociedade onde está inserido. O senso moral trabalha com um homem em concreto, e não com abstrações metafísicas.


    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO.
  • Moral NÃO é UNIVERSAL

  • GABARITO: ERRADO

    Senso moral é o que caracteriza o sentimento que condiz com a moralidade, de acordo com os valores morais (o bem e o mal, o certo e o errado, etc) presentes em uma determinada sociedade.

    Fonte: https://www.significados.com.br/senso-moral/

  • Gab: Errado

    Comentário prof. Adriel de Sá, Gran Cursos:

    O senso moral diz respeito aos sentimentos que manifestamos espontaneamente diante de situações da vida, que nos causa indignação, vergonha, culpa, admiração etc. É o sentimento que condiz com a nossa moralidade, de acordo com os valores morais presentes em uma determinada sociedade. Logo, senso moral não é universal, mas relativo, porque depende dos valores morais adotados por uma determinada sociedade e assimilados pelos indivíduos nela inseridos. Por fim, convém lembrar que a moral tem origem cultural, enquanto a ética tem origem universal


ID
3427528
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
MPE-CE
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A respeito de moral, ética e valores, julgue o item que se segue.


A pessoa moral e os valores são elementos constitutivos do campo ético.

Alternativas
Comentários
  • Resposta: CORRETA

  • GABARITO - CERTO

    campo ético é, portanto, constituído por dois pólos internamente relacionados: o agente ou sujeito moral e os valores morais ou virtudes éticas. Do ponto de vista do agente ou sujeito moral, a ética faz uma exigência essencial, qual seja, a diferença entre passividade e atividade.

  • A pessoa moral e os valores são elementos constitutivos do campo ético.

    CORRETO. O CAMPO ÉTICO é constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, ou seja, as virtudes. O sujeito ético ou agente moral (ou pessoa) só existe mediante certos requisitos:

    a) Ser consciente de si e dos outros (capaz reflexão e reconhecimento de outros sujeitos éticos iguais a ele).

    b) Ser dotado de vontade e capaz de utilizar a consciência podendo decidir entre várias alternativas possíveis;

    c) Ser responsável (reconhecer-se como autor da ação avaliando efeitos e conseqüências desta quer sobre si, quer sobre os outros) assumindo e respondendo por estas.

    d) Ser livre. A liberdade não é tanto o poder para escolha entre vários caminhos possíveis, mas sim, o poder de autodeterminar-se, dando a si mesmo as regras de conduta. Agindo como sujeito e não como objeto.

    Há dois pólos dentro do campo ético, inter-relacionados: o agente moral ou sujeito E os valores morais ou virtudes éticas. Assim, o sujeito moral pode ser passivo pois que deixa se governar e se arrastar por seus impulsos, inclinações e paixões pelas circunstâncias, vontade e liberdade e responsabilidade. Pode ser ainda o sujeito moral ativo ou virtuoso quando controlam interiormente seus impulsos, inclinações, paixões e avalia sua capacidade para dar a si mesmo as regras de conduta, consulta a razão. Toda ética é universal porque seus valores são obrigatórios para todos os membros da sociedade humana (mas a concepção do que é ético ou não pode variar conforme os valores vigente em uma dada sociedade - REFLEXÃO INCLUÍDA POR MIM).

    Ainda fazem parte do campo ético, os meios pelos quais os sujeitos morais realizam seus fins e valores).

    FONTE: Gisele Leite. Âmbito Jurídico

  • GABARITO: CERTO.

  • Ética: ciência que estuda os valores morais do ser humano.

    Gabarito correto

  • Comportamento ético (ou conduta ética), de verdade, se houver:

    1. Pessoa (ser humano) livre, consciente e responsável;

    2. Valores (ou fins éticos), que orientam o comportamento do sujeito;

    3. Meios éticos, porque fins éticos exigem meios éticos.

    No item existem dois comportamentos!

  • A questão em comento demanda conhecimentos basilares de Etica.

    O campo ético é constituído de duas vertentes:

    I-  O sujeito moral;

    II-  Os valores morais.


    O sujeito moral é indivíduo racional, livre, capazes de escolhas sobre errado x certo, proibido x permitido, ou seja, o indivíduo livre e consciente capaz de ter consciência da responsabilidade de seus atos.

    Os valores morais representam as virtudes éticas que devem ser buscadas pelo sujeito racional quando bem agir.


    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO.
  • GABARITO: CERTO

    O campo ético é constituído pelos valores e obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes.

    É portanto, constituído por dois polos internamente relacionados: o agente, ou sujeito moral, e os valores morais, ou virtudes éticas.

    Fonte: https://www.dicionarioinformal.com.br/campo%20%C3%A9tico/

  • Gab: Certo

    Comentário Prof. Adriel de Sá, Gran Cursos:

    Segundo a Professora Marilena Chauí7 , o campo ético é constituído por três elementos:

    • Pessoa, agente ou sujeito moral;

    • Valores morais, virtudes éticas ou fins morais; e

    • Meios para que a pessoa possa atingir os fins éticos.

    O campo ético é constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes.

    Estas são realizadas pelo sujeito moral, principal constituinte da existência ética.

    O sujeito ético ou moral, isto é, a pessoa.

    O campo ético é, portanto, constituído por dois polos internamente relacionados: o agente ou sujeito moral e os valores morais ou virtudes éticas.

    Além do sujeito ou pessoa moral e dos valores ou fins morais, o campo ético é ainda constituído por um outro elemento: os meios para que o sujeito realize os fins

  • A ÉTICA ESTUDA A MORAL


ID
3462430
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TJ-BA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Considerando a doutrina de Kant, julgue os itens a seguir.


I Existe uma lei moral universal.

II O imperativo categórico representa uma ação objetivamente necessária dada pela razão.

III O conceito moral de boa vontade está obrigatoriamente interligado ao resultado da ação.


Assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • I – CERTA

    ...Tendo em vista o núcleo do imperativo categórico, uma lei de princípios morais universais, Kant combate o relativismo moral, segundo o qual o moral, o ético depende do contexto...”

    Fonte : @Twitter: Gustavoal94 [Tecconcursos]

    II – CERTA

    ...mas se essa ação é representada como boa em si, isto é, como necessária numa vontade conforme em si mesma com a razão, como princípio de tal vontade, então é o imperativo categórico…”

    Fonte : @Twitter: Gustavoal94 [Tecconcursos]

    III – ERRADA

    ...Como diz Kant: ‘A boa vontade não é boa por aquilo que promove ou realiza, pela aptidão para alcançar qualquer finalidade proposta [resultado da ação], mas tão somente pelo querer”’...”

    Fonte: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/13/16/o-valor-absoluto-da-boa-vontade-na-fundamentaccedilatildeo-kantiana-da-moral

  • Gab C

    "O imperativo categórico conforme Kant é uma forma a priori, pura, independente do útil ou prejudicial.

    • É uma escolha voluntária racional, por finalidade e não causalidade.
    • Superam-se os interesses e impõe-se o ser moral, o dever. 
    • O DEVER é o princípio supremo de toda a moralidade (moral deontológica)."

    Filosofia - brasilescola.uol.com.br

  • A questão em comento demanda conhecimento de axiomas basilares de Kant.

    Para tanto, vamos analisar cada uma das assertivas.

    A assertiva I está CORRETA.

    Para Kant, de fato, existe uma lei moral universal, ou seja, trata-se de um autor universalista, iluminista, de uma concepção segundo a qual a lei moral universal é aquilo que desejo ao mundo e desejo a mim (em um português simplório: o que não desejo a mim, não desejo ao outro... isto evita acrasias).

    A assertiva II está CORRETA.

    O imperativo categórico, de fato, é algo bom em si mesmo, ou seja, uma exigência lógica e óbvia da reta razão.

    Já a assertiva III está INCORRETA.

    Boa vontade não é um juízo utilitarista, pragmático, de resultados, mas sim de vontade, de intenção, de significado.

    Boa vontade não é medida com base em cálculos, em consequências, e não tem ligação direta com o resultado da ação.

    Diante do exposto, as assertivas I e II estão corretas.

    Nos cabe, diante disto, comentar as alternativas.

    LETRA A- INCORRETO. As assertivas I e II estão corretas.

    LETRA B- INCORRETO. As assertivas I e II estão corretas.

    LETRA C- CORRETO. As assertivas I e II estão corretas.

    LETRA D- INCORRETO. As assertivas I e II estão corretas.

    LETRA E- INCORRETO. As assertivas I e II estão corretas.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

  • Ainda sobre a alternativa 3:

    "Para Immanuel Kant, a significação moral do comportamento não reside em resultados externos, mas na pureza da vontade e na honestidade dos propósitos do agente considerado."

    https://edvaldonalmeida.jusbrasil.com.br/artigos/297711398/filosofia-kantiana-esquematizada-e-resumida-para-a-doutrina-da-prova-da-oab

    Exemplo de aplicação: pena reduzida para crimes culposos e perdão judicial. Embora o resultado seja a morte, tanto no homicídio doloso quanto no culposo, aquele tem maior repulsa social, uma vez que o agente queria ou assumiu o risco do resultado. Logo, isso é moralmente inaceitável, anticristão.

    Em verdade, a sociedade ocidental é puramente platonista-kantiana. Santo Agostinho no século IV introduziu o platonismo no cristianismo. Em todas as aldeias os padres pregavam o cristianismo segundo Santo Agostinho. Ninguém sabia nem ler - aldeões -, mas até hoje a tradição não mudou. Por fim, sei que a parte do platonismo não está na questão, mas estou em um dia reflexivo. Fim de ano chegando etc.

    ---


ID
4081846
Banca
TJ-PR
Órgão
TJ-PR
Ano
2016
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

“É a ciência do comportamento moral do homem em sociedade. Mais singelamente, aproximase de moral, porque ambas têm idêntica raiz: os costumes consolidados após longa reiteração, porque naturais, ínsitos à natureza humana.”(NALINI, José Renato, “Por que filosofia?”, Ed. RT, 2012). Tal ciência denomina-se:

Alternativas
Comentários
  • A questão em comento requer conhecimento de noções básicas de Moral e Etica.

    De fato, a ética é campo da Filosofia que se ocupa de investigar o comportamento humano, determinando, em dados contextos, o que é o certo x errado, justo x injusto, proibido x permitido, ao passo que a Moral se ocupa, com efeito, dos valores que irão permear as escolhas éticas.

    Ocupa-se a ética de determinar o comportamento concreto do homem em sociedade e possui íntima ligação com a Moral, incidindo sobre costumes inerentes à natureza humana.

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETO. A Moral é mais abrangente que o aventado na questão, uma vez que o enunciado se ocupa de buscar a ciência que incide sobre comportamentos do homem em vida social, atuando, pois, em uma dimensão mais concreta do que a Moral.

    LETRA B- CORRETO. Com efeito, a ética ocupa-se de determinar o comportamento concreto do homem em sociedade e possui íntima ligação com a Moral, incidindo sobre costumes inerentes à natureza humana.

    LETRA C- INCORRETO. Não possui qualquer correlação com o enunciado da questão.

    LETRA D- INCORRETO. Não podemos evidenciar a principiologia como uma ciência com os escopos específicos do enunciado da questão.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


ID
4853695
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A respeito de ética e moral, julgue o item subsequente.


A conduta moral diz respeito ao que alguém faz em face de outra pessoa ou perante o meio social; assim, não se pode considerar que existe conduta moral quando o indivíduo age de forma isolada, sem a presença de espectadores.

Alternativas
Comentários
  • A conduta moral do indivíduo está SEMPRE com ele. Ou tem conduta, ou não tem. 

  • Gabarito:"Errado"

    Fazer algo às escondidas não significa ausência de conduta imoral.

    É ato de imoralidade da mesma forma.

  • A conduta moral envolve também o exercício do seu discernimento ao fazer o que ninguém te vê fazendo.
  • O que condenou a questão foi sem a presença de espectadores.

    Mesmo sem espectadores você comete conduta imoral.

    ACEITE A JESUS ENQUANTO HÁ TEMPO

    Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.

    ROMANOS 10:9

  • A questão em comento diz respeito à Moral e exige conhecimento mínimo acerca de suas premissas.

    Relembremos Kant e sua máxima: “o céu de estrelas sobre mim e a lei moral em mim"

    A Moral influi em ações isoladas, individuais, sem a presença de terceiros, isentas de exposição social.

    Logo, a assertiva está INCORRETA.







    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • GABARITO: ERRADO

    No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

    Fonte: https://www.significados.com.br/etica-e-moral/

  • A conduta moral de qualquer pessoa pode ser exteriorizada tanto na presença ou ausência de outra; situações de atos ilícitos, por exemplo, crimes contra o patrimônio.


ID
4853698
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A respeito de ética e moral, julgue o item subsequente.


Na medida em que se qualifica pela avaliação do que se faz, e não pelo que se deixou de fazer, a conduta moral decorre basicamente de influências condenatórias externas que condenam e reprimem a ação do indivíduo.

Alternativas
Comentários
  • A conduta moral, em suma, é assim qualificada pela avaliação do que se faz e também pelo que não se fez, considerando-se que esse ato de fazer ou deixar de fazer decorreu de influência determinante de sua consciência moral, e não em função de uma observação repressora externa

  • Não só externa como a sua consciência interna sobre o concepção de moral.

    Errado

  • A questão em comento diz respeito à Moral e exige conhecimento mínimo acerca de suas premissas.

    Relembremos Kant e sua máxima: “o céu de estrelas sobre mim e a lei moral em mim"

    A Moral influi em ações isoladas, individuais, sem a presença de terceiros, isentas de exposição social.

    A Moral não depende, portanto, apenas de influências condenatórias externas.

    Para além da censura externa e de mecanismos externos de sanção, o remorso, por exemplo, é uma instância interna de reprovação moral.

    Logo, a assertiva está INCORRETA.





    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO.

  • GABARITO: ERRADO

    No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

    Fonte: https://www.significados.com.br/etica-e-moral/


ID
4853701
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A respeito de ética e moral, julgue o item subsequente.


Enquanto a moral é formada pelos valores internos individuais que orientam as escolhas e moldam a consciência de cada pessoa, a ética é formada pelos valores do grupo a que essa pessoa pertence, os quais influenciam os valores internos formadores de sua moral.

Alternativas
Comentários
  • Moral inerente a cada cidadão. Ética não se confunde com moral, são diretrizes e fundamentos que compõe toda uma sociedade. Moral diferente está relacionado com o agir de cada cidadão.
  • CESPE:

    "a moral é um conjunto de normas apreendidas no processo de socialização e que regula a conduta dos indivíduos em sua convivência. A ética é uma ponderação teórica sobre a moral cujo objetivo é discutir e fundamentar reflexivamente as normas morais."

    CERTO

  • A questão em comento demanda conhecimento de axiomas da Moral e da Etica.

    A Moral, com efeito, embora possa ser exteriorizada, está mais introjetada na consciência interna de cada indivíduo, representando um conjunto de normas e valores que servem de modelo para freios na consciência do indivíduo.

    Já a Etica, ligada diretamente à Moral, está atrelada ao conjunto de valores de certo x errado, proibido x permitido, justo x injusto quanto a determinados contextos de certas comunidades específicas, influenciando, por óbvio, a construção moral de cada indivíduo.

    Logo, a assertiva está CORRETA.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

  • Em uma questão a assertiva afirma que moral é um valor construído em sociedade, em outra diz que é um valor individual. Difícil, hein Cespe?

  • GABARITO: CERTO

    No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

    Fonte: https://www.significados.com.br/etica-e-moral/


ID
4853704
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A respeito de ética e moral, julgue o item subsequente.


A ética possui uma dimensão particular, pela concretude de seus objetos; a moral, por sua vez, tende a ser universal, pela abstração de seus princípios.

Alternativas
Comentários
  • A ética que é universal

  • Moral inerente a cada ser humano, ética universal conjunto de diretrizes.
  • inverteu

  • moral é temporal, se adequa ao momento. o que é certo hoje, pode não ser certo amanhã.
  • GAB: ERRADO

    Complementando!

    Fonte: Estratégia

    Inverteu os conceitos!!

    PRA AJUDAR:

    ESTRATÉGIA CONCURSOS - ⏩⠀QUESTÕES INÉDITAS

    A mediania aristotélica consiste na noção de que a virtude deve ser encontrada no comportamento equilibrado, enquanto o vício estaria nos extremos. (CERTO)

    • Segundo Aristóteles, a virtude era uma “disposição adquirida de fazer o bem”, e que ela se aperfeiçoa com o hábito, pois mesmo o homem virtuoso poderia buscar enaltecer outros valores.
    • Conforme a mediana aristotélica, os impulsos humanos podem levar o indivíduo a extremos em termos de comportamento, e esses extremos representam o vício (o contrário da virtude). Por outro lado, a virtude estaria no equilíbrio, no controle sobre esses impulsos na busca pelo ideal de equilíbrio.

    ===

    ESTRATÉGIA CONCURSOS - ⏩⠀QUESTÕES INÉDITAS

    A solidariedade, a honestidade, a verdade, a lealdade são exemplos de virtudes humanas. (ERRADO)

    • Esses exemplos mais se aproximam dos valores. Vejamos:
    • No campo ético, valores são objetos da escolha moral, surgindo como parte da noção humana de perfeição. A solidariedade, a honestidade, a verdade, a lealdade, entre outros, são noções de comportamento ideal, e são adotados pelo homem como parte de um sistema de orientação de conduta. Isso não significa que as pessoas se considerem perfeitas, mas sim que elas sejam orientadas em certo grau por um ideal de perfeição que será perseguido ao longo da vida.

    ===

    ESTRATÉGIA CONCURSOS - ⏩⠀QUESTÕES INÉDITAS

    A ética do móvel considera que o comportamento humano é movido por uma causa, um motivo ou uma força. (CERTO)

    • A ética do móvel, por sua vez, considera que o comportamento humano é movido por uma causa, um motivo ou uma força. A ética, nesse sentido, “descobre” o que move a conduta humana. Os principais filósofos adeptos da ética do móvel são Protágoras e Epicuro (para o qual o prazer e a repulsa à dor movem o ser humano).
    • Por sua vez, nessa divisão, a ética do fim deve ser orientada por um fim, deduzindo-se fim e meios da natureza dos seres humanos. 

    ===

    ESTRATÉGIA CONCURSOS - ⏩⠀QUESTÕES INÉDITAS

    A ética do fim considera que o comportamento humano é movido por uma causa, um motivo ou uma força. A ética procura descobrir o que move a conduta humana. (ERRADO)

    • A ética pode ser compreendida como o conhecimento que dá ao indivíduo critérios para a adoção das melhores escolhas. Nesse sentido, existe uma classificação relacionada a duas teorias: Ética do fim e ética do móvel.
    • A questão descreve a chamada ética do móvel.
    • Para a ética do fim (ou ética finalista) a conduta do ser humano deve ser orientada por um fim, deduzindo-se fim e meios da natureza dos seres humanos. O papel da ética seria, portanto, revelar o fim que deve guiar o comportamento humano. Para cada teórico esse fim poderia ser diferente (justiça, virtude, divindade, etc.).

  • A questão em comento diz respeito à Moral e Ética.

    Ao contrário do exposto, não há como diferencial Moral e Ética com a construção de que a Moral seja universal e a ética seja particular.

    Em verdade, ética e Moral podem ser contextuais, variáveis, contingentes, incidindo sobre o social e o individual, sobre o geral e o subjetivo, variando conforme diferentes contextos históricos e culturais.

    Logo, a assertiva está INCORRETA.







    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • GABARITO: ERRADO

    No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

    Fonte: https://www.significados.com.br/etica-e-moral/


ID
4853707
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

No que diz respeito à relação entre ética e cidadania, julgue o item que se segue.


Os valores, como qualidades que são selecionadas de maneira livre e consciente pelo indivíduo e que servem para orientar o comportamento e as ações desse indivíduo, guardam estreita relação com a questão dos direitos e obrigações do cidadão e do ser humano em geral, o que contribui para que as atitudes e ações do sujeito sejam respeitosas e responsáveis.

Alternativas
Comentários
  • A questão em comento diz respeito à moral e valores.

    A pauta de valores é essencial para qualificar a correição de comportamentos.

    Valores são selecionados pelos indivíduos de maneira racional, portanto, com liberdade e consciência.

    Logo, valores orientam o agir e qualificam direitos e obrigações, apontando caminhos para o correto, o justo, o razoável, o agir respeitoso, ético, responsável.

    Logo, a resposta está CORRETA.





    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

  • GABARITO: CERTO

    Comentário do professor:

    "A questão em comento diz respeito à moral e valores.

    A pauta de valores é essencial para qualificar a correição de comportamentos.

    Valores são selecionados pelos indivíduos de maneira racional, portanto, com liberdade e consciência.

    Logo, valores orientam o agir e qualificam direitos e obrigações, apontando caminhos para o correto, o justo, o razoável, o agir respeitoso, ético, responsável.

    Logo, a resposta está CORRETA."

    Marquei correto, mas fiquei em dúvida sobre o termo: "são selecionadas de maneira livre". Pessoalmente, acredito que essa seleção não ocorre de maneira livre. Entretanto, desprezei minhas convicções pessoais e acertei a questão.


ID
4853710
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2014
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

No que diz respeito à relação entre ética e cidadania, julgue o item que se segue.


Na relação entre ética e cidadania, prevalece a ética do dever, que leva em conta os interesses particulares de quem atua e interage com os componentes do grupo social, embora seja razoável considerar que a responsabilidade individual deve considerar, ainda que de modo acessório, uma ética de princípios voltada ao bem comum.

Alternativas
Comentários
  • GAB: ERRADA

    INTERESSE PARTICULAR NÃO!

    INTERESSE COLETIVO

  • O interesse fim é a coletividade! E os direitos individuais não são absolutos!

  • Se você chegou até aqui, é porque sua vaga no CFP/2021 está garantida!

    #Pertenceremos

  • amém seremos nós em 2021
  • A questão em comento requer conhecimentos basilares de ética e direitos humanos.

    Na relação entre ética e cidadania, a apologia aos direitos humanos faz vigorar uma visão eticista não egoística, voltada, precipuamente, para o bem comum, ou seja, uma ética de princípios, não particularista.

    Logo, a assertiva está INCORRETA.





    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO


ID
4857238
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Considerando os conceitos relacionados à ética e à política, julgue o item a seguir.


O campo de estudo da ética, como ciência, engloba a origem da moral, a liberdade, a responsabilidade e a distinção entre o comportamento moral e outras formas de agir.

Alternativas
Comentários
  • A questão em comento demanda conhecimento de Etica.

    De fato, a ética é correlacionada com a moral e estuda a responsabilidade, determinando, em dados contextos, o certo x errado, o proibido x permitido, o justo x injusto.

    A assertiva está CORRETA.





    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO


ID
4857241
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Julgue o item seguinte, acerca de ética e cidadania.


Uma das dificuldades existentes na abordagem da relação entre ética e cidadania diz respeito à submissão dos povos à lógica de mercado, que os induz a assumir uma visão consumista.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: "Certo"

    Hoje o mundo observa a derrocada do neoliberalismo agravada pela Pandemia que acentuou as necessidades sociais das grandes nações, em especial na área da saúde. O continente europeu inicia uma política de tributação de grandes fortunas, com fins de assegurar a implantação de programas sociais nesse mister.

    O Brasil segue em ritmo contrário, alimenta-se um sistema neoliberal falido, incentiva-se o consumismo e a lógica de mercado, observem-se as altas da bolsa de valores e as políticas monetárias adotadas pelo Ministro da Economia - P. Guedes, com estímulos ao sistema financeiro - Instituições bancárias e privatizações. Não esquecendo que o referido ministro chamou os servidores públicos de "Parasitas".

    Infelizmente, a ética e a cidadania estão sendo relegadas a segundo plano.

  • kkkkkkkk olha os comédias, "neoliberalismo falido". Implementação de políticas de taxação de fortunas é mesmo um plano ideal, ok.

    Realmente, por isso são chamados de "parasitas".

  • A questão em comento demanda conhecimento de ética, moral, valores.

    Com efeito, o ethos do mercado torna o humano submisso às máximas do consumo, algo que dificulta uma leitura humanista e eticista das relações sociais, até porque relações consumistas são objetificadas, coisificadas, de maneira que o humano deixa de ser um fim em si mesmo e se transforma em coisa, mercadoria.

    A assertiva está CORRETA.








    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO


ID
4857244
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Julgue o item seguinte, acerca de ética e cidadania.

A síntese entre ética e cidadania deve levar em conta, primordialmente, a ética do dever, em que prevalecem os interesses particulares e os direitos individuais, ainda que isso não anule a necessidade de existir, também, uma ética de princípios.

Alternativas
Comentários
  • *ERRADA* Julgue o item seguinte, acerca de ética e cidadania. A síntese entre ética e cidadania deve levar em conta, primordialmente, a ética do dever, em que prevalecem os interesses particulares e os direitos individuais, ainda que isso não anule a necessidade de existir, também, uma ética de princípios. *Interesses coletivos sempre prevalecem sobre os individuais.*
  • A questão em comento demanda uma leitura contemporânea da conjugação de ética e cidadania.

    Na contemporaneidade, a fala que conjuga ética e cidadania busca ampliar leque de direitos, de forma que minorias e grupos vulneráveis outrora segregados passam a ser objeto de inclusão.

    Não é, necessariamente, uma conjugação onde existe uma apologia firme à ética do “dever", mas sim, conforme acima exposto, ao direito.

    Ademais, a conjugação entre ética e cidadania busca ampliar a esfera pública, ou seja, não é uma perspectiva egoística, individualista e que só valoriza direitos individuais.

    Logo, a assertiva está incorreta.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO


ID
4857250
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Tendo em vista as relações entre o privado, o público, a ética e a moral, julgue o item subsequente.


Os padrões éticos dos servidores públicos têm uma natureza intrinsecamente pública, o que implica dizer que esses estão diretamente relacionados com os valores predominantes na sociedade.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: CERTO.

  • A questão em comento requer lógica e raciocínio com lucidez.

    O servidor público, seja em função de imperativos legais, seja por servir à coisa pública, segue padrões éticos não particularistas, mas sim publicistas, ou seja, em consonância com a sociedade e com valores sociais.

    Logo, a assertiva está CORRETA.





    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

  • GABARITO: CERTO

    Comentário do professor para os não assinantes:

    "A questão em comento requer lógica e raciocínio com lucidez.

    O servidor público, seja em função de imperativos legais, seja por servir à coisa pública, segue padrões éticos não particularistas, mas sim publicistas, ou seja, em consonância com a sociedade e com valores sociais.

    Logo, a assertiva está CORRETA."

    Bem, errei a questão. Minha interpretação: pensei que a banca tinha generalizado ao afirmar que os servidores seguem padrões éticos (mundo do ser), pois há muitos servidores corruptos. Pensei que o correto seria "devem seguir".


ID
4857253
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Com relação a ética e poder e a ética nas organizações, julgue o item que se segue.

As normas que pautam as condutas éticas nas organizações devem ser analisadas de modo distinto ao das normas legais, pois as normas éticas, muitas vezes, têm um conteúdo mais voluntário e mais consensual, cuja adesão se dá por um compromisso moral.

Alternativas
Comentários
  • Coisa linda!

  • A questão em comento demanda conhecimento da perspectiva da Etica.

    As normas éticas de corporações, de fato, são distintas de comandos éticos de índole mais universalista.

    A conjugação entre Direito e Etica é feita de forma consensual, com leitura axiológica dos deveres legais, de forma que o cumprimento de preceitos normativos passa a ter comandos morais que justificam a adesão espontânea dos atingidos por estas normas.

    As normas éticas de corporações são especificas e atendem muito mais aos interesses corporativos, mercadológicos, estratégicos destes conglomerados.

    A assertiva está correta.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

  • conteúdo mais aleatório impossível.


ID
4860553
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Julgue o item a seguir, relativo à ética e à moral.

Embora ética e moral possuam, etimologicamente, significados totalmente distintos, conceitualmente pode-se considerá-las sinônimos quanto à finalidade. 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:"Errado"

    Ética - Reflexão filosófica acerca dos princípios motores das ações humanas: certo e errado; justo e injusto; bem e mal.

    Moral - Código cultural de normas que orientam as ações dos indivíduos inseridos em um determinado contexto.

  • GABARITO: ERRADO.

  • ÉTICA

    ·        MODO de ser/viver “Ethos”

    ·        Origem do GREGO

    ·        ESTUDO sobre os costumes das sociedades

    ·        UNIVERSAL e ATEMPORAL

    ·        Viés mais REFLEXIVO “CERTO/ERRADO, BOM RUIM”

    ·        

    MORAL

    ·        Deriva do LATIM “moris”

    ·        É os COSTUMES

    ·        Envolve REGRAS SOBRE CADA SOCIEDADE

    ·        PARTICULAR e TEMPORAL

    ·        Viés mais NORMATIVO

  • Se são totalmente distintas não pode considerar como sinônimos.

  • etimologicamente o significado eram sim iguais, porém, com as misturas dos povos na antiguidade, os filósofos foram criando significado distintos
  •  A questão em comento demanda conhecimento de axiomas da Moral e da Etica.

    A Moral, com efeito, embora possa ser exteriorizada, está mais introjetada na consciência interna de cada indivíduo, representando um conjunto de normas e valores que servem de modelo para freios na consciência do indivíduo.

    Já a Etica, ligada diretamente à Moral, está atrelada ao conjunto de valores de certo x errado, proibido x permitido, justo x injusto quanto a determinados contextos de certas comunidades específicas, influenciando, por óbvio, a construção moral de cada indivíduo.

    Podemos dizer, pois, que a Moral tende a ser construída pelos valores internos individuais que orientam as escolhas e formam consciência de cada pessoa. Já a Etica tem por base valores do grupo a que dado indivíduo pertence, de modo que estas premissas se conectam com as construções morais internas do indivíduo.

    Moral e Etica não são sinônimos, embora sejam conceitos próximos e correlatos.

    A assertiva não está correta.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • GABARITO: ERRADO

    No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

    Fonte: https://www.significados.com.br/etica-e-moral/


ID
4860556
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Julgue o item a seguir, relativo à ética e à moral.


A sensibilidade moral está presente no cotidiano dos cidadãos de forma latente, como, por exemplo, no denominado fair play em jogos esportivos.


Alternativas
Comentários
  • GABARITO: CERTO.

    Fair Play significa jogo justo, jogar limpo, ter espírito esportivo, em português. Fair Play é uma expressão do inglês que significa modo leal de agir.

    O conceito de fair play está vinculado à ética no meio esportivo, onde os praticantes devem procurar jogar de maneira que não prejudiquem o adversário de forma proposital. Vários atletas já foram punidos por falta de fair play.

  • fair play significa Jogo limpo e respeito pelos outros são valores essenciais não só para o esporte, mas para a vida em sociedade. No esporte, o conceito de fair play está ligado à ética, ou seja, os praticantes devem jogar de maneira que não prejudiquem o adversário de forma proposital.  no futebol, Por exemplo: se um colega de profissão se machuca, é preciso atendê-lo imediatamente. Para isso, quem estiver com a bola deve colocá-la fora de jogo naquele mesmo instante. 

  • exemplo de fair play:

    goleiro está numa dividida desleal e acaba se machucando (injustamente, gravemente) na partida, o adversário percebe e está de cara pro gol sozinho e propositalmente chuta a bola pra fora.

  • Marca um pênalti contra seu time pra ver.

  • A questão em comento demanda conhecimento basilar de moral, ética.

    Com efeito, um mínimo de aplicação de regras morais ao cotidiano nos leva, por exemplo, em práticas esportivas, à fixação do fair play, ou seja, a delimitação de marcos éticos nos quais ganhar ou perder não é tudo, existindo regras e limites para o desporto.

    A assertiva está CORRETA.








    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO





ID
4860559
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Julgue o item a seguir, relativo à ética e à moral.


Nas décadas de 60 e 70 do século passado, observou-se uma crescente disseminação do conceito de ética como importante dimensão da existência humana. 


Alternativas
Comentários
  • Obrigado ao Victor por explicitar o gabarito da questão.

    Mas pra tentar complementar um pouco: as reflexões sobre o conceito de ética com relação à existência e ação humana em sociedade estão na base do conhecimento filosófico, remontando ao período dos filósofos clássicos desde o século V a.C.

  • kkkkk esse Victor Diniz tá engraçado
  • kkkkk esse Victor Diniz tá engraçado
  • Alguns comentários são até úteis!!! kkkkk

  • É só saber o significado da palavra DISSEMINAÇÃO para responder.

  • A questão tem resposta simples...

    Etica e Moral não são construções existentes na vida social tão somente a partir dos anos 60 e 70 do século XX. Na Antiguidade Clássica Grega, Platão, Aristóteles, Socrátes já se punham a dissertar sobre tais temas..

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO


ID
4860562
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Julgue o item a seguir, relativo à ética e à moral.


Na sociedade contemporânea, a fragmentação do pensamento político-ideológico dos cidadãos tem diminuído o interesse pela reflexão de aspectos éticos.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: ERRADO.

  • ERRADO

    Acho que é o contrário, justamente por existir essa fragmentação a reflexão sobre a ética aumenta...

  • questão errada, mas no Brasil a cada dia a reflexão sobre ética está se esvaindo.
  • Vem aumentado o interesse.
  • Aspectos éticos vêm aumentando com o passar do tempo em questões político-ideológicas, pois com a fragmentação dessas, abre-se mais possibilidades daqueles serem mais discutidos.

  • A questão tem resposta simples...

    Ao contrário do exposto, a despeito da fragmentação, do dissenso social, do desacordo moral quanto à determinadas concepções de vida, preceitos éticos tornam-se cada vez mais objeto de discussão no espaço público e, por conseguinte, geram reflexão. A multiplicidade de possibilidades do multiculturalismo aumenta o pluralismo, a democracia e a reflexão sobre questões éticas (certo x errado, justo x injusto, proibido x permitido). Os contextos da construção do ético são contingentes e mutáveis, mas não deixam de ser bem abrangentes em cenários de fragmentação e dissenso.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • Na Alemanha pode ser, mas no Brasil, acho que não. A maioria desses caras da filosofia estudando demais e deixam de ter contato com a sociedade. Os brasileiros-intelectuais colocam as teorias de Jürgen Habermas em tudo, até mesmo no campo de direito (Lenio) etc. O próprio Jürgen Habermas afirmou que sua teoria foi pensada para a sociedade alemã (Ação Comunicativa).

    No Brasil, a reflexão atual é: sofrência-sertanjea e tapa na raba.


ID
4860565
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Julgue o item a seguir, relativo à ética e à moral.


O questionamento dos valores, principalmente dos que regulam as relações humanas, constitui um dos maiores desafios da sociedade contemporânea.  


Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

  • A questão em comento demanda conhecimento basilar de moral, ética, contemporaneidade.

    Nos tempos hodiernos, o saber é dialético, multicultural, reflexivo, questionador, não adepto apenas de dogmas, e valores estão abertos a questionamento, contestação, contextualização, modernização.

    A assertiva está CORRETA.








    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO




  • Gabarito Certo

    Para Thums, valores são “o elemento mais importante da vida de qualquer pessoa por serem os princípios que formam o caráter de cada ser humano.” Os valores definem a identidade do indivíduo em sua intimidade real e existencial, pois qualificam e ampliam os horizontes.

    Segundo Menin, valores “são determinados por culturas particulares e em função de certos momentos históricos, variando, portanto, de acordo com cada sociedade e período de sua existência. As ações humanas seriam, assim, avaliadas de acordo com os costumes locais; algo considerado um dia como correto e justo poderia ser, em outra época, considerado errado ou injusto.”

    Ou seja, os valores representam o conjunto de características de um indivíduo, que formam a base de seu comportamento. São os valores que servem de sustentação para as decisões e para as justificativas das ações dos indivíduos.

    Fonte: material estratégia

  • Bauman é um dos mais proeminentes a tratar sobre relativização dos valores na modernidade contemporânea.

  • os valores são humanos, humanos demais. são criados e totalmente revestidos de circunstâncias e motivos que além de fundamenta-los os constituem, e os consagram ou não.


ID
4860568
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Julgue o item a seguir, relativo à ética e à moral.


Um requisito primordial para uma atuação qualitativa é o questionamento do alcance da ética que circunda as atribuições do servidor público no âmbito da administração pública.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo

  • Os marcos legais da atuação do servidor público fixam padrões qualitativos de seu agir. Dentre tais marcos legais, certamente padrões eticistas de agir com probidade, ética, correição, justiça, determinam a qualidade do serviço público.

    A assertiva está CORRETA.








    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

  • CÓDIGO DE ETICA DOS SERVIDORES PÚBLICOS

    REGRAS DEONTOLÓGICAS

    I - A DIGNIDADE, O DECORO, O ZELO, A EFICÁCIA E A CONSCIÊNCIA DOS PRINCÍPIOS MORAIS SÃO PRIMADOS MAIORES QUE DEVEM NORTEAR O SERVIDOR PÚBLICO, seja no exercício do cargo ou função, OU FORA DELE, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

    II - O SERVIDOR PÚBLICO NÃO PODERÁ JAMAIS DESPREZAR O ELEMENTO ÉTICO DE SUA CONDUTA. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente ENTRE O HONESTO E O DESONESTO, consoante as regras contidas no , e .

    III - A MORALIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NÃO SE LIMITA À DISTINÇÃO ENTRE O BEM E O MAL, DEVENDO SER ACRESCIDA DA IDÉIA DE QUE O FIM É SEMPRE O BEM COMUM. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

    IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a MORALIDADE ADMINISTRATIVA SE INTEGRE NO DIREITO, COMO ELEMENTO INDISSOCIÁVEL DE SUA APLICAÇÃO E DE SUA FINALIDADE, ERIGINDO-SE, COMO CONSEQÜÊNCIA, EM FATOR DE LEGALIDADE.


ID
4860571
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Com relação aos aspectos que envolvem a ética e a moral, julgue o item que se segue.

A teoria da obrigação moral teleológica pressupõe que a obrigatoriedade de uma ação deriva somente das suas consequências.

Alternativas
Comentários
  • Chama-se teleológica (de télos, em grego, fim) quando a obrigatoriedade de uma acção deriva somente das suas consequências. Tanto num caso como no outro, a teoria pretende dizer o que é obrigatório fazer.

  • A questão em comento demanda uma análise cuidadosa do sentido dos termos nela expostos.

    Quando falamos em ação moral teleológica, por óbvio, levamos em conta seu sentido e sua finalidade.

    Logo, de fato, a obrigatoriedade de tal tipo de ação deriva de uma análise de suas consequências.

    Assim sendo, a questão está CORRETA.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

  • Para os colegas não assinantes.

    Gabarito Certo


ID
4860577
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Com relação aos aspectos que envolvem a ética e a moral, julgue o item que se segue.

Pode-se considerar que, em determinadas situações, o comportamento moral de um indivíduo não é totalmente espontâneo e imprevisto, mas derivado de seu caráter.

Alternativas
Comentários
  • Gab - Certo

  • A questão em comento determina a interpretação do texto em comento.

    De fato, o comportamento de certos indivíduos reflete escolhas morais e éticas destes indivíduos, de maneira que determinadas condutas são extremamente previsíveis e justificáveis, uma vez que o que se espera de cada indivíduo é que exteriorize o conjunto de normas e padrões que interiorizou.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO


ID
4860580
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Com relação aos aspectos que envolvem a ética e a moral, julgue o item que se segue.

Autoridade e poder são forças diretamente proporcionais — à medida que se eleva a autoridade, aumenta-se o poder.

Alternativas
Comentários
  • TÃO ÓBVIO QUE DÁ É MEDO!

  • Ben Parker, tio do homem aranha, bem o disse.

  • A questão em comento exige conhecimento sobre máximas de Poder.

    De fato, via de regra, quanto maior a autoridade, maior o poder.

    O Poder está intimamente ligado à ideia de hierarquia, subordinação, disciplina e ordem.

    A assertiva, portanto, está CORRETA.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO


ID
4860583
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Com relação aos aspectos que envolvem a ética e a moral, julgue o item que se segue.

As três necessidades interpessoais básicas para a integração do indivíduo descritas por Schutz são: a inclusão, o controle e a afeição.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:"Certo"

    Segundo Schutz, um grupo se integra a partir do momento em que ‘necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo’, sendo que estas necessidades são interpessoais, ou seja, somente em grupo e pelo grupo elas podem ser satisfeitas adequadamente. Logo segundo Schutz, existem 3 necessidades interpessoais sendo elas: inclusão, controle e afeição. Portanto, ao entrar em um grupo o individuo busca estas três necessidades de forma respectiva.

  • de onde você obteve o 25,45,65,85,105 amigo? to na dúvida aqui, obrigado

  • A questão em comento exige conhecimento de necessidades interpessoais no autor Schultz.

    Para tal autor, tais necessidades são:

    I-                    Afeto: A afeição tem por base comandos de poder e autoridade;

    II-                  Controle: Mecanismo para aferir a afeição e a lealdade aos parâmetros de ordem e autoridade;

    III-                 Inclusão: O indivíduo precisa se sentir valorizado, aceito, respeitado.

    Logo, a assertiva está CORRETA.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO

  • Gabarito Certo

    Segundo Schutz, um grupo se integra a partir do momento em que ‘necessidades fundamentais são satisfeitas pelo grupo’, sendo que estas necessidades são interpessoais, ou seja, somente em grupo e pelo grupo elas podem ser satisfeitas adequadamente.

    Logo segundo Schutz, existem 3 necessidades interpessoais sendo elas: inclusão, controle e afeição. Portanto, ao entrar em um grupo o individuo busca estas três necessidades de forma respectiva.

    Pode se dizer que a necessidade de inclusão é a necessidade de se sentir aceito, integrado e valorizado pelos demais integrantes do grupo, além de ser a fase em que o individuo ingressante analisa as pessoas e suas ideias, certificando de que está no grupo certo. Esta necessidade pode ser tanto adequada, quanto inadequada dependendo do nível de assistência dada ao grupo.

    Já a necessidade de controle se trata de influencia sob o grupo, ou seja, trata-se da responsabilidade do individuo perante o grupo e suas ações em prol do mesmo, se tornando uma necessidade adequada quando é claro o processo de tomada de decisão.

    A ultima necessidade, a afeição, consiste em querer provas de valorização perante o grupo, sendo que o individuo buscará saber se é importante e respeitado aos olhos dos demais membros por sua competência ou pelos seus recursos, sendo adequada quando há uma comunicação clara, aberta e honesta entre os integrantes.

    Fonte: https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Necessidades-Interpessoais-Inclus%C3%A3o-Controle-e-Afeto/459912.html


ID
4860586
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PRF
Ano
2015
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Com relação aos aspectos que envolvem a ética e a moral, julgue o item que se segue.

Os valores próprios dos indivíduos não são por eles herdados, mas adquiridos no contato com os costumes e ensinamentos da sociedade que os cerca.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:"Errado"

    Não somente adquiridos com os costumes e ensinamentos da sociedade.

  • Difícil limitar assim. Os valores são influenciados pela sociedade, família, cultura, ambiente, dentre outros...

  • ODEIO QUANDO ALGUEM DIZ QUE ESSA MATERIA É FACIL... OOOO TREM CHATO

  • Qual o erro, não vi nenhuma limitação nessa questão... Para o cespe incompleta é assertiva certa...

  • Os valores próprios são também herdados

  • apesar de eu discordar da banca, acertei só pela palavra PRÓPRIOS.

    Sabendo quem é essa banca, ja é de se esperar pegadinhas.

    Se tirar o próprios, ai a questão fica certa.

  • Os valores são regras individuais oriundas dos princípios éticos. Existem os Princípios Essenciais, que são os princípios normais acrescidos da nossa essência (que herdamos). Logo, também existem os Valores Essenciais, que parte deles são herdados. Acaso assim não fosse, em um mesmo núcleo todos teriam valores iguais, sendo por exemplo, a escravidão imutável.

    Logo, parte dos valores são também herdados.

  • valores próprios dos indivíduos = valores por eles herdados + valores adquiridos no contato com os costumes e ensinamentos da sociedade que os cerca

    Os valores próprios dos indivíduos não são por eles herdados, mas adquiridos no contato com os costumes e ensinamentos da sociedade que os cerca.

    ERRADO

  • A questão em comento demanda uma análise cuidadosa dos termos nela expostos.

    Há uma contradição. Ora, uma hora é dito que os valores dos indivíduos são herdados. Em outro momento, há a fala no sentido de que tais valores são adquiridos com bases nos costumes e na sociedade que cerca o indivíduo.

    Se os valores são adquiridos com base em costumes e práticas sociais, de algum modo foram herdados.

    Ademais, é preciso ter em mente que os indivíduos, de fato, passam por processos de socialização que geram apreensão de valores com base na Moral de grupos anteriores, ou seja, herdam crenças e convicções.

    Logo, a assertiva está ERRADA.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO


ID
4903144
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

“É um conjunto de valores e regras de ação propostas aos indivíduos e aos grupos por intermédio de aparelhos prescritivos diversos, como podem ser a família, as instituições educativas, as Igrejas, etc” (FOUCAULT, 1984, p. 26). O autor assim conceitua

Alternativas
Comentários
  • A questão em comento requer conhecimento mínimo das premissas de Foucalt.

    Para Foucalt, com efeito, a Moral é um conjunto de regras e normas impostas aos indivíduos e grupos sociais tendo por base as prescrições da família, das escolas, da Igreja, etc.

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Não é o inconsciente o termo correto para conceituar o enunciado da questão. O inconsciente trabalha com perspectivas para além da razão na vida dos indivíduos e não é este o conceito cobrado na questão.

    LETRA B- INCORRETA. O consciente não é o termo correto para conceituar o enunciado da questão. O consciente trabalha com perspectivas que levam em conta a razão e a questão não pediu este termo para conceituar a frase exposta no enunciado.

    LETRA C- CORRETA. De fato, a Moral, segundo Foucalt, é um conjunto de regras e normas impostas aos indivíduos e grupos sociais tendo por base as prescrições da família, das escolas, da Igreja, etc.

    LETRA D- INCORRETA. A ética aparece como uma parcela da Moral a determinar, em dados contextos específicos, o certo x errado, o proibido x permitido, não respondendo ao proposto no enunciado da questão.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C


ID
4903147
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O estudo do comportamento humano é a investigação sobre o que é bom e o que é mau e sobre o modo de se estabelecerem, histórica e teoricamente, normas válidas para todos. Essa definição corresponde

Alternativas
Comentários
  • Ética está baseada no comportamento individual do homem. Moral está ligado as normas impostas pela sociedade e alguma instituição, dessa forma moldado o comportamento do ser.
  • A questão em comento demanda conhecimento de Moral e Etica.

    A ética aparece como uma parcela da Moral a determinar, em dados contextos específicos, o certo x errado, o proibido x permitido, o bom x mau.

    A ética, embora esteja imersa em contextos específicos, tem pretensões universais, tendo por escopo fixar parâmetros para o comportamento humano no cotidiano.

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Os direitos fundamentais, positivados ou não, não se prestam a determinar a dicotomia bom x mau.

    LETRA B- INCORRETA. Os direitos internacionais, positivados ou não, não se prestam a determinar a dicotomia bom x mau.

    LETRA C- INCORRETA. A Moral, de ordem mais abstrata, fixa padrões e valores para a subjetividade e para grupos sociais, mas deixa de levar em conta contextos e não é um guia tão direto para o comportamento dos indivíduos no contexto solicitado na questão.

    LETRA D- CORRETA. De fato, a ética é uma parcela da Moral que determina o certo x errado, o proibido x permitido, o bom x mau, levando em conta o comportamento humano no cotidiano.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D


ID
4903150
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O que vale é a intenção, a boa vontade; o que vale é cumprir a vontade de Deus ou a lei que existe, independente do fato de que o cumprimento da lei me traga maior benefício, me dê felicidade, independente portanto, dos resultados práticos, imediatos. Fazer o bem é cumprir a norma, independente do resultado que isso trará. Essa é a perspectiva

Alternativas
Comentários
  • Entende-se por Ética de convicção as ações morais individuais, praticadas independentemente dos resultados a serem alcançados. Um "dever pelo dever".

  • A questão em comento demanda conhecimento basilar de Weber e a ética.

    Para Weber, a ética da convicção se traduz no conjunto de normas e valores que indicam o comportamento do político na sua esfera privada. Traduzindo isto, é a ética da intenção de fins mais altruísticos, independente de resultados benéficos para quem assim se porta, buscando, portanto, o bem comum sem fins egoísticos.

    Por outro giro, a ética da responsabilidade simboliza o espectro de normas e valores que orientam a decisão do político do ponto de vista, por exemplo, da condição de governante ou legislador. É, portanto, um parâmetro ético que leva em conta os ditames de causa e efeito, caminhando, portanto, para o pragmatismo político.

    Feitas tais considerações, nos cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- CORRETA. Com efeito, o enunciado em questão evoca valores e comportamentos voltados para o bem comum, independente de gerarem resultados benéficos para quem assim se porta.

    LETRA B- INCORRETA. o enunciado em questão não trata de legalidade, não faz alusão direta à lei, mas sim valores e comportamentos voltados para o bem comum, independente de gerarem resultados benéficos para quem assim se porta.

    LETRA C- INCORRETA. Conforme já exposto, diferente do enunciado da questão, a ética da responsabilidade simboliza o espectro de normas e valores que orientam a decisão do político do ponto de vista, por exemplo, da condição de governante ou legislador. É, portanto, um parâmetro ético que leva em conta os ditames de causa e efeito, caminhando, portanto, para o pragmatismo político.

    LETRA D- INCORRETA.  O enunciado não fala em irrenunciabilidade, mas sim em valores e comportamentos voltados para o bem comum, independente de gerarem resultados benéficos para quem assim se porta.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A


ID
4903249
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

“Qualquer ação eticamente orientada pode ajustar-se a duas máximas, fundamentalmente diferentes entre si e irremediavelmente opostas: pode orientar-se de acordo com a "ética da convicção‟ ou de acordo com a "ética da responsabilidade” (WEBER, 1979, p. 85). Assim, tem-se o seguinte exemplo:

Alternativas
Comentários
  • A questão em comento demanda interpretação de uma passagem de Weber.

    Weber disserta sobre a ética da convicção e a ética da responsabilidade.

    A ética da convicção, segundo Weber, orienta o comportamento do político no agir na esfera privada, fixando uma esfera de normas e valores que orientam o comportamento.

    A ética da responsabilidade, segundo Weber, tem por base um conjunto de normas e valores que servem de referência do gestor da coisa pública.

    Feitas tais ponderações, nos cabe comentar as alternativas.

    LETRA A- INCORRETA. Ao contrário do exposto, segundo Platão, ao dissertar sobre algo próximo da ética da responsabilidade, os que fazem o bem vivem bem.

    LETRA B- INCORRETA. Ao contrário do exposto, ao pensarmos em ética da convicção e pensarmos em Maquiavel, não é verídica a afirmação de “os que fins justificam os meios". Em verdade, Maquiavel nunca disse isto em sua obra, tratando-se de uma interpretação equivocada de seus textos.

    LETRA C- CORRETA. Combina com Kant e um pensar próximo da convicção. Feliz não é quem atinge a felicidade, mas quem é digno de ser feliz por ter obedecido a lei. De fato, o indivíduo, agindo neste sentido, faz seu agir ser compatível com os padrões morais e racionais pregados por Kant.

    LETRA D- INCORRETA. Há uma má interpretação da ética da responsabilidade. A ética da responsabilidade guia o agir do gestor da coisa pública, do agir público do governante, e a frase ora analisada, ao falar de esmolas e de um comportamento equivocado de quem ser glorificado por assim agir, está mais antenada com os preceitos da ética de convicção.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C


ID
4903252
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A crise ética depende em boa parcela da crise da ética, ou seja, da perplexidade e da incerteza em que estamos imersos atualmente. Um sinal disso é a ausência de clareza a respeito do nosso futuro como espécie, e por isso, a respeito do sentido da nossa existência mesma. Dessa forma, verifica-se que

Alternativas
Comentários
  • A questão em comento fala em crise ética.

    A crise ética é marca da contemporaneidade.

    Vivemos tempos fluídos, voláteis, da impermanência, da constante mutação, da insegurança, da imprevisibilidade.

    Não sabemos se amanhã teremos saúde, emprego, felicidade, vida.

    Os sonhos de certeza e estabilidade da Modernidade se tornaram líquidos, se esvaíram.

    Em um cenário destes, onde até o futuro como espécie é ameaçado, e nossa existência é colocada em debate, a pergunta que mais emerge é: POR QUE OBEDECER NORMAS? QUAL O SENTIDO DE OBEDECER NORMAS SE NÃO SABEMOS SE ESTAS NORMAS VÃO NOS GARANTIR O AMANHÃ? NORMAS REGULAM VIDA ESTÁVEIS E PREVISÍVEIS, E COMO OBEDECER NORMAS SE NÃO TEMOS SEQUER CERTEZA PERENE DA PERSISTÊNCIA DA ESPÉCIE?

    Feitas estas ponderações, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Normas para convivência humana já estão estabelecidas e a crise ética, levada ao extremo, quando fica em evidência a inexistência de garantias do futuro da espécie, nos chama atenção, em verdade, para a obediência da norma em si.

    LETRA B- CORRETA. Com base em um imperativo lógico, se o futuro da espécie humana é colocado em dúvida, é natural que a obediência à normas que regulam a vida humana seja questionada.

    LETRA C- INCORRETA. INCORRETA. A crise ética não está limitada apenas ao questionamento de obedecer leis (e leis que versem sobre direitos humanos), mas sim evoca o sentido de obedecer toda e qualquer norma, e isto tem por base a inexistência de garantias seguras de futuro da espécie.

    LETRA D- INCORRETA.  A crise ética não perpassa a lógica dos direitos humanos e sua pretensão de universalidade, mas sim a garantia do futuro da espécie e, por conseguinte, a necessidade de obedecer normas como um todo.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


ID
4903255
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

“Comer, beber, urinar, defecar, dormir, fazer amor, falar, ouvir [...] impedir alguém de se deitar à noite ou obrigá-lo a viver com a cabeça abaixada é uma forma intolerável de tortura. Impedir outras pessoas de se movimentarem ou falarem é igualmente intolerável”. (ECO, 1994, p. 7). Umberto Eco defendeu que a ética mínima universal deveria ter como princípio

Alternativas
Comentários
  • Assertiva A

     Umberto Eco defendeu que a ética mínima universal deveria ter como princípio o respeito ao corpo do outro.

  • A questão em comento demanda conhecimento da obra de Humberto Eco e interpretação do texto que serve como enunciado na questão.

    O que o texto quer dizer é que a liberdade do homem se expressar e determinar o que fazer com seu corpo deve ser respeitada e não sufocada, castrada, oprimida. A ética mínima universal que aparece nesta questão veda qualquer comportamento que seja degradante, que configure sofrimento, dor, tortura e cerceamento do livre agir, do ir e vir e da liberdade do indivíduo gerir seu corpo e sua vida.

    Feitas tais considerações, vamos comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- CORRETA. De fato, reproduz o escopo do texto destacado de Humberto Eco.

    LETRA B- INCORRETA. O texto demanda interpretação. Humberto Eco não falou no texto da Polícia ou de eventual arbitrariedade.

    LETRA C- INCORRETA. O texto demanda interpretação. Humberto Eco não falou no texto de algo adstrito simplesmente ao livre pensamento, mas sim da liberdade do homem não ser agredido, violado.

    LETRA D- INCORRETA. O texto demanda interpretação. Humberto Eco não falou no texto no amor de mãe e seu caráter incondicional.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A


ID
4903354
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

“É um conjunto de valores e regras de ação propostas aos indivíduos e aos grupos por intermédio de aparelhos prescritivos diversos, como podem ser a família, as instituições educativas, as Igrejas, etc” (FOUCAULT, 1984, p. 26). O autor assim conceitua

Alternativas
Comentários
  • Queria completar o número 9 e 10

  • A questão em comento requer conhecimento mínimo das premissas de Foucalt.

    Para Foucalt, com efeito, a Moral é um conjunto de regras e normas impostas aos indivíduos e grupos sociais tendo por base as prescrições da família, das escolas, da Igreja, etc.

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- CORRETA. De fato, a Moral, segundo Foucalt, é um conjunto de regras e normas impostas aos indivíduos e grupos sociais tendo por base as prescrições da família, das escolas, da Igreja, etc.

    LETRA B- INCORRETA. A ética aparece como uma parcela da Moral a determinar, em dados contextos específicos, o certo x errado, o proibido x permitido, não respondendo ao proposto no enunciado da questão.

    LETRA C- INCORRETA.  O consciente não é o termo correto para conceituar o enunciado da questão. O consciente trabalha com perspectivas que levam em conta a razão e a questão não pediu este termo para conceituar a frase exposta no enunciado.

    LETRA D- INCORRETA.  O inconsciente não é o termo correto para conceituar o enunciado da questão. O enunciado trabalha com o que vai além do consciente, ou seja, vai além do racional, e não é o termo adequado padra responder ao questionado.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

  • Falou em regras ou conjunto de regras, já lembro da moral


ID
4903357
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O estudo do comportamento humano é a investigação sobre o que é bom e o que é mau e sobre o modo de se estabelecerem, histórica e teoricamente, normas válidas para todos. Essa definição corresponde

Alternativas
Comentários
  • GABARITO = LETRA B (à ética)

  • O estudo do comportamento humano é a investigação sobre o que é bom e o que é mau e sobre o modo de se estabelecerem, histórica e teoricamente, normas válidas para todos.

  • A questão em comento demanda conhecimento de Moral e Etica.

    A ética aparece como uma parcela da Moral a determinar, em dados contextos específicos, o certo x errado, o proibido x permitido, o bom x mau.

    A ética, embora esteja imersa em contextos específicos, tem pretensões universais, tendo por escopo fixar parâmetros para o comportamento humano no cotidiano.

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. A Moral, de ordem mais abstrata, fixa padrões e valores para a subjetividade e para grupos sociais, mas deixa de levar em conta contextos e não é um guia tão direto para o comportamento dos indivíduos no contexto solicitado na questão.

    LETRA B- CORRETA. De fato, a ética é uma parcela da Moral que determina o certo x errado, o proibido x permitido, o bom x mau, levando em conta o comportamento humano no cotidiano.

    LETRA C- INCORRETA. Os direitos fundamentais, positivados ou não, não se prestam a determinar a dicotomia bom x mau.

    LETRA D- INCORRETA. Os direitos internacionais, positivados ou não, não se prestam a determinar a dicotomia bom x mau.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B


ID
4903360
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

O que vale é a intenção, a boa vontade; o que vale é cumprir a vontade de Deus ou a lei que existe, independente do fato de que o cumprimento da lei me traga maior benefício, me dê felicidade, independente portanto, dos resultados práticos, imediatos. Fazer o bem é cumprir a norma, independente do resultado que isso trará. Essa é a perspectiva

Alternativas
Comentários
  • GABARITO = LETRA D (da Ética da Convicção)

  • etica da conviccao de kant

  • A questão em comento demanda conhecimento basilar de Weber e a ética.

    Para Weber, a ética da convicção se traduz no conjunto de normas e valores que indicam o comportamento do político na sua esfera privada. Traduzindo isto, é a ética da intenção de fins mais altruísticos, independente de resultados benéficos para quem assim se porta, buscando, portanto, o bem comum sem fins egoísticos.

    Por outro giro, a ética da responsabilidade simboliza o espectro de normas e valores que orientam a decisão do político do ponto de vista, por exemplo, da condição de governante ou legislador. É, portanto, um parâmetro ético que leva em conta os ditames de causa e efeito, caminhando, portanto, para o pragmatismo político.

    Feitas tais considerações, nos cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. O enunciado não fala em irrenunciabilidade, mas sim em valores e comportamentos voltados para o bem comum, independente de gerarem resultados benéficos para quem assim se porta.

    LETRA B- INCORRETA. Conforme já exposto, diferente do enunciado da questão, a ética da responsabilidade simboliza o espectro de normas e valores que orientam a decisão do político do ponto de vista, por exemplo, da condição de governante ou legislador. É, portanto, um parâmetro ético que leva em conta os ditames de causa e efeito, caminhando, portanto, para o pragmatismo político.

    LETRA C- INCORRETA. o enunciado em questão não trata de legalidade, não faz alusão direta à lei, mas sim valores e comportamentos voltados para o bem comum, independente de gerarem resultados benéficos para quem assim se porta.

    LETRA D- CORRETA. Com efeito, o enunciado em questão evoca valores e comportamentos voltados para o bem comum, independente de gerarem resultados benéficos para quem assim se porta.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D


ID
4903459
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

“Qualquer ação eticamente orientada pode ajustar-se a duas máximas, fundamentalmente diferentes entre si e irremediavelmente opostas: pode orientar-se de acordo com a "ética da convicção‟ ou de acordo com a 'ética da responsabilidade‟” (WEBER, 1979, p. 85). Assim, tem-se o seguinte exemplo:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva B

    Ética da Convicção – Kant: “virtuoso não é quem alcança a felicidade, mas quem é digno de ser feliz, por ter cumprido a lei [...] não ser realmente feliz”.

  • Chama-se ética da convicção as ações morais individuais, praticadas independentemente dos resultados a serem alcançados. Ou seja, é o "dever pelo dever", no dizer de Immanuel Kant. ... Na ética da responsabilidade, o que valida um ato é o resultado, e não a intenção.

  • Misericórdia
  • A questão em comento demanda conhecimento basilar de Weber e a ética.

    Para Weber, a ética da convicção se traduz no conjunto de normas e valores que indicam o comportamento do político na sua esfera privada. Traduzindo isto, é a ética da intenção de fins mais altruísticos, independente de resultados benéficos para quem assim se porta, buscando, portanto, o bem comum sem fins egoísticos.

    Por outro giro, a ética da responsabilidade simboliza o espectro de normas e valores que orientam a decisão do político do ponto de vista, por exemplo, da condição de governante ou legislador. É, portanto, um parâmetro ético que leva em conta os ditames de causa e efeito, caminhando, portanto, para o pragmatismo político.

    Feitas tais considerações, nos cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Não é uma frase atrelada à ética da responsabilidade, mas sim à ética da convicção. Para Platão, viver bem não é necessariamente fazer o bem para si e colher os resultados deste bem. Platão, com tal pensar, está ligado à ética da convicção, de índole mais altruísta.

    LETRA B- CORRETA. É um pensar de ordem altruísta, inerente, com efeito, à ética da convicção. Virtuoso e digno da felicidade é quem proporciona a felicidade alheia, e não quem labora apenas para a própria felicidade, resumindo, de  maneira simplória, o pensar de Kant. Digno da felicidade é quem agiu de acordo com a lei universal, e não quem, de forma egoística, sem recíproca, apenas se valeu do agir virtuoso alheio. A ética da convicção está firme na doutrina de Kant.

    LETRA C- INCORRETA. Temos um pensar típico da ética da responsabilidade, do pensar estratégico, do pensar dos governantes, do pensar focado em pragmatismos, algo que reina firme na doutrina de Maquiável.

    LETRA D- INCORRETA. A passagem do homem que não pode se vanglorizar das esmolas dadas é típica da ética da convicção, do agir em prol do bem comum sem o regozijo próprio, e não da ética da responsabilidade.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B

  • DISCORDO


ID
4903462
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A crise ética depende em boa parcela da crise da ética, ou seja, da perplexidade e da incerteza em que estamos imersos atualmente. Um sinal disso é a ausência de clareza a respeito do nosso futuro como espécie, e por isso, a respeito do sentido da nossa existência mesma. Dessa forma, verifica-se que

Alternativas
Comentários
  • Tem algumas questões doidas, sem nexo. Li e reli, não compreendi.

  • Crise ética - ausência de cumprimento de normas morais.

     Crise da ética – ausência de clareza racional sobre a identidade dos princípios morais a sustentar.

    A crise ética depende em boa parcela da crise da ética,ou seja, da perplexidade em que estamos imersos atualmente.

  • A questão em comento fala em crise ética.

    A crise ética é marca da contemporaneidade.

    Vivemos tempos fluídos, voláteis, da impermanência, da constante mutação, da insegurança, da imprevisibilidade.

    Não sabemos se amanhã teremos saúde, emprego, felicidade, vida.

    Os sonhos de certeza e estabilidade da Modernidade se tornaram líquidos, se esvaíram.

    Em um cenário destes, onde até o futuro como espécie é ameaçado, e nossa existência é colocada em debate, a pergunta que mais emerge é: POR QUE OBEDECER NORMAS? QUAL O SENTIDO DE OBEDECER NORMAS SE NÃO SABEMOS SE ESTAS NORMAS VÃO NOS GARANTIR O AMANHÃ? NORMAS REGULAM VIDA ESTÁVEIS E PREVISÍVEIS, E COMO OBEDECER NORMAS SE NÃO TEMOS SEQUER CERTEZA PERENE DA PERSISTÊNCIA DA ESPÉCIE?

    Feitas estas ponderações, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- CORRETA. Com base em um imperativo lógico, se o futuro da espécie humana é colocado em dúvida, é natural que a obediência à normas que regulam a vida humana seja questionada.

    LETRA B- INCORRETA. Normas para convivência humana já estão estabelecidas e a crise ética, levada ao extremo, quando fica em evidência a inexistência de garantias do futuro da espécie, nos chama atenção, em verdade, para a obediência da norma em si.

    LETRA C- INCORRETA. A crise ética não perpassa a lógica dos direitos humanos e sua pretensão de universalidade, mas sim a garantia do futuro da espécie e, por conseguinte, a necessidade de obedecer normas como um todo.

    LETRA D- INCORRETA. A crise ética não está limitada apenas ao questionamento de obedecer leis, mas sim evoca o sentido de obedecer toda e qualquer norma tendo por base a inexistência de garantias seguras de futuro da espécie.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A

  • Bicho, tá falando árabe ):


ID
4903465
Banca
UEG
Órgão
PC-GO
Ano
2013
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

“Comer, beber, urinar, defecar, dormir, fazer amor, falar, ouvir [...] impedir alguém de se deitar à noite ou obrigá-lo a viver com a cabeça abaixada é uma forma intolerável de tortura. Impedir outras pessoas de se movimentarem ou falarem é igualmente intolerável”. (ECO, 1994, p. 7). Umberto Eco defendeu que a ética mínima universal deveria ter como princípio

Alternativas
Comentários
  • Gabarito:"C"

    Umberto Eco (1932-2016) foi um escritor, professor, filósofo e crítico literário italiano. Autor do best-seller “O Nome da Rosa”, exerceu grande influencia nos círculos intelectuais de todo o mundo, nas décadas de 60 e 70, por sua teoria da “obra aberta” e outras pesquisas na área da estética e da semiótica.

  • Mera interpretação.

  • A questão em comento demanda conhecimento da obra de Humberto Eco e interpretação do texto que serve como enunciado na questão.

    O que o texto quer dizer é que a liberdade do homem se expressar e determinar o que fazer com seu corpo deve ser respeitada e não sufocada, castrada, oprimida. A ética mínima universal que aparece nesta questão veda qualquer comportamento que seja degradante, que configure sofrimento, dor, tortura e cerceamento do livre agir, do ir e vir e da liberdade do indivíduo gerir seu corpo e sua vida.

    Feitas tais considerações, vamos comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. O texto demanda interpretação. Humberto Eco não falou no texto de algo adstrito simplesmente ao livre pensamento, mas sim da liberdade do homem não ser agredido, violado.

    LETRA B- INCORRETA. O texto demanda interpretação. Humberto Eco não falou no texto da Polícia ou de eventual arbitrariedade.

    LETRA C- CORRETA. De fato, reproduz o escopo do texto destacado de Humberto Eco.

    LETRA D- INCORRETA. O texto demanda interpretação. Humberto Eco não falou no texto no amor de mãe e seu caráter incondicional.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C


ID
5086618
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEED-PR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Uma das características fundamentais de uma conduta ética é a moralidade, que consiste

Alternativas
Comentários
  • A questão em tela faz referência a questões basilares de Deontologia e da Moral.

    A Deontologia tem como objeto o estudo de normas da Ética.

    A Ética se propõe, de verdade, a estudar as consequências de uma ação, ou seja, responsabilidades, deveres, o justo x injusto, o correto x incorreto.

    Diz Danilo Marcondes:
    “ A ética é uma das áreas que maior interesse desperta atualmente no campo da filosofia, sobretudo porque diz respeito diretamente às nossa experiência cotidiana, levando-nos a uma reflexão sobre os valores que adotamos, o sentido dos atos que praticamos e a maneira pela qual tomamos decisões e assumimos obrigações em nossa vida" (MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007, p. 9. 152 p)

    Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.

    LETRA A - INCORRETA. Resposta vaga e imprecisa, não condizente com as reais pretensões da Ética e da Moral.

    LETRA B - INCORRETA. A Moral e a ética estudam virtudes, mas também levam em conta contextos específicos, experiências cotidianas e outros padrões para além do certo e errado.

    LETRA C - CORRETA. Reproduz, com mais felicidade, o real escopo da Moral e da Ética. Estamos a falar, com efeito, de um conjunto de valores que guiam condutas e comportamentos.

    LETRA D - INCORRETA. Pessoas plenas e autênticas são expostas ao cotidiano e experiências da vida cotidiana. É melhor fixar um conjunto de valores que guiem condutas do que fixar um standart de excelência humana.

    LETRA E - INCORRETA. O altruísmo faz parte da Moral e da Ética, mas não contempla todo o conjunto de valores que guiam condutas e comportamentos.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C.
  • LETRA C

    em um conjunto de valores que conduzem o comportamento, as decisões e as ações.

  • Letra C

    Moralidade: é o conjunto de ações esperadas de um indivíduo; um critério valorativo de comportamento. Um ato pode ser ou não moral, assim como um indivíduo pode ser ou não moral.

    É a partir da moralidade que pode se estabelecer um código de condutadas deontológicas, ou seja, um dever de agir. Ex.: não roubar, não matar etc.

  • Moral: conjunto de normas que regula o comportamento do homem em sociedade.

  • GABARITO: C

    Para entender o que significado de moralidade, precisamos entender o termo que dá origem à palavra: moral. A palavra “moral” vem do latim mos ou moris – e significa costumes. Nós vivemos em uma sociedade e a sociedade tem normas estabelecidas do que é certo e do que é errado. Em um sentido mais simples, a noção de moralidade pode estar associada às noções de justiça, ação e dever: a moralidade não se relaciona àquilo que cada um quer para si e sim às formas de agir com o outro.

    Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/filosofia/moralidade.htm

  •  ÉTICA se refere ao AGIR RACIONAL, com demarcações precisas sobre o que são ações certas e o que são ações erradas. Já a MORAL abrange a ideia de um REGRAMENTO SOCIAL, cujas determinações partem de um consenso dos indivíduos que compõem um determinado grupo.

    fonte: ALFACON


ID
5110489
Banca
EDUCA
Órgão
Prefeitura de Cabedelo - PB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Sobre ética e moral, é correto afirmar que, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Etimologicamente, os termos derivam da mesma ideia:

    • Ética vem do grego ethos, que significa “costumes”, “hábitos” e, em última instância, “o lugar em que se habita”.
    • Moral tem origem no latim mores, que significa “costumes”, “hábitos” e é raiz também de nossa palavra “morada”, o lugar em que se mora (do verbo morar).
    • Gab. A
    • Fonte: https://www.todamateria.com.br/etica-e-moral/#:~:text=%C3%89tica%20vem%20do%20grego%20ethos,mora%20(do%20verbo%20morar).
  • A questão em comento demanda um estudo da etimologia da palavra ÉTICA.

    ÉTICA vem, de fatos, de ethos, ou seja, morada.

    Contudo, esta morada não é certa...

    A ética funda condutas no cotidiano, leva em conta valores e resta contextualizada conforme os locais que pretende reger.

    A ética demanda um estudo dos hábitos, costumes, fixações de certo e errado de determinados momentos, locais, contextos, sendo passível, pois, de relativizações.

    Diante do exposto, nos cabe comentar as alternativas da questão (QUE POSTULA COMO RESPOSTA ADEQUADA A ALTERNATIVA INCORRETA).

    LETRA A - INCORRETA, LOGO RESPONDE A QUESTÃO. A morada da ética não é “certa", ou seja, pode ser relativizada. Ademais, a ética está atrelada muito mais a um conjunto de hábitos, normas e costumes que regulam o certo e o errado do que uma morada certa.

    LETRA B - CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE ADEQUADAMENTE A QUESTÃO.  De fato, a Ética é um campo da Filosofia atrelado a fixar um conjunto de reflexões que regulam a vida moral.

    LETRA C - CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE ADEQUADAMENTE A QUESTÃO. A Moral, de fato, está atrelado ao modo de agir, fixando bases para práticas e costumes.

    LETRA D - CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. A moralidade é feita da plenitude, de escolhas soberanas, livres, emancipadas, racionais, fruto da consciência (e não de paixões), procurando, com efeito, guiar o que é certo, o que é errado.

    LETRA E - CORRETA, LOGO NÃO RESPONDE A QUESTÃO. Com efeito, a Ética tem pretensões mais abrangentes, universais, ou seja, tem fins mais altaneiros, enquanto a Moral se preocupa não com contextos plurais, mas sim com o livre agir do indivíduo, a fixação de parâmetros do livre exercício da racionalidade e da consciência.


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A.
  • Gab A

    • Ética originou-se do grego "ethos", que significa modo de ser, costume ou hábito.

    MoraL = Latim

    (Quadrix

    Ética é uma palavra que deriva do latim e que significa comportamento, modo de ser, caráter e costume. (Errado)

    Ética e moral são conceitos interligados, mas a primeira é mais abrangente que a segunda, porque pode abarcar outros elementos, como, por exemplo, o direito e os costumes. (Certo)

  • Gabarito: A

    Ética - Grego

    Moral - Latim

  • GABARITO: A

    O estudo da ética é voltado para compreender as ações do homem de acordo com os valores morais que orientam essas ações, além de buscar classificá-las como certas ou erradas, independente das práticas culturais. Já a moral são os costumes, crenças, tabus e modos de pensar construídos por uma sociedade.

    Fonte: https://www.stoodi.com.br/blog/sociologia/qual-diferenca-entre-etica-e-moral/


ID
5251123
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANM
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Considerando os princípios e valores da ética e da moral, julgue o item subsecutivo.

Para Kant, o princípio supremo da moralidade está diretamente relacionado à maximização do bem-estar geral.

Alternativas
Comentários
  • Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar”, essa é a principal máxima utilitarista. O utilitarismo é uma doutrina ética proposta primeiramente por Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873). Tal doutrina fundamenta-se no princípio de utilidade, que determina que a  deve basear-se sempre em contextos práticos, pois o agente moral deve analisar a situação antes de agir, e sua ação deve ter por finalidade proporcionar a maior quantidade de prazer (bem-estar) ao maior número de pessoas possível para que seja moralmente correta. Dessa maneira, o utilitarismo descarta por completo o imperativo categórico kantiano, tirando toda a correção moral de uma razão universal e oferecendo-a ao sujeito.

    (...)

    PORFíRIO, Francisco. "Utilitarismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/utilitarismo.htm. Acesso em 20 de junho de 2021.

    A doutrina moral de Kant é independente de qualquer sentido religioso. Sua moral exclui a noção de intenção como elemento de uma alma pura, e o dever não é uma obrigação a ser seguida em virtude de um ente superior. Intenção e dever (em Kant) dependem do sujeito epistemológico (eu transcendental) e não do eu psicológico (indivíduo). Para Kant, o sujeito transcendental trata-se de uma maquinaria (aparelho cognitivo) subjetiva, universal e necessária (presente em todos os homens, em todos os tempos e em todos os lugares). Assim, todo ser saudável possui tal aparato, formado por três campos: a razão, o entendimento (categorias) e a sensibilidade (formas puras da intuição-espaço e tempo).

    O imperativo categórico em Kant é uma forma a priori, pura, independente do útil ou prejudicial. É uma escolha voluntária racional, por finalidade e não causalidade. Superam-se os interesses e impõe-se o ser moral, o dever. O dever é o princípio supremo de toda a moralidade (moral deontológica). Dessa forma uma ação é certa quando realizada por um sentimento de dever. A razão é a condição a priori da vontade, por isso independe da experiência.

    FONTE: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-moral-dever-kant.htm

  • Errado

    O DEVER é o princípio supremo de toda a moralidade (moral deontológica).

    (...) "bem-estar geral", é de cunho utilitarista.

    "O imperativo categórico conforme Kant é uma forma a priori, pura, independente do útil ou prejudicial.

    • É uma escolha voluntária racional, por finalidade e não causalidade. Superam-se os interesses e impõe-se o ser moral, o dever."

    Filosofia - brasilescola.uol.com.br

  • Esse era o pensamento utilitarista de Jeremy Benthan e seus seguidores, que tinham pensamentos opostos ao Kant (imperativo categórico).

  • A questão em comento demanda conhecimento basilar de premissas de Kant.

    Kant não é um utilitarista. Kant não é guiado por máximas de bem estar geral e felicidade coletiva que ignoram o significado e a relevância do indivíduo em isolado.

    Para Kant, vigora a lei universal, de tal maneira que o comportamento deve ser focado com base no que deseja-se de postura alheia que não gere prejuízos. Em uma forma mais simples de explicar: meu comportamento é a lei universal, ou seja, lido com o outro da mesma forma que espero que o outro lide comigo.

    Logo, a assertiva está incorreta.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • GABARITO: ERRADO

    O imperativo categórico em Kant é uma forma a priori, pura, independente do útil ou prejudicial. É uma escolha voluntária racional, por finalidade e não causalidade. Superam-se os interesses e impõe-se o ser moral, o dever. O dever é o princípio supremo de toda a moralidade (moral deontológica). Dessa forma uma ação é certa quando realizada por um sentimento de dever. A razão é a condição a priori da vontade, por isso independe da experiência.

    Fonte: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-moral-dever-kant.htm

  • Em síntese, porque se a pessoa quer textão ela deve procurar uma bibliografia mais adequada do que comentários do Qc:

    • Ética kantiana é baseada em uma visão universalista do bem. Não existe relativação da conduta ética, ou seja, ela não é ponderada no caso a caso. Exemplo: se mentir é errado, mesmo que para salvar a vida de alguém a mentira será considerada um artifício imoral.
    • A maximização do bem comum, por sua vez, se adequa a uma ética utilitarista. De acordo com o utilitarismo, devemos procurar a ponderação da conduta que vise maximizar a utilidade da coletividade. Exemplo: em uma situação de iminente perigo, posso mentir para salvar a minha vida e a de outras pessoas.
  • Gabarito Errado. Trata-se de conceito do utilitarismo de Jeremy Benthan.

    ÉTICA E MORAL SEGUNDO OS FILÓSOFOS - CESPE

    ARISTÓTELES

    --Considerando-se o pensamento de Aristóteles acerca da distinção entre saber teórico e saber prático, é correto afirmar que, para o autor, ética e moral referem-se ao conjunto de costumes tradicionais de uma sociedade e que, como tais, são considerados valores e obrigações para a conduta de seus membros.[2021]

    --Segundo a escola da moral das virtudes ou do caráter, de Aristóteles, os seres morais são definidos pelos hábitos e costumes desenvolvidos no decorrer do tempo.[2021]

    -A virtude, em Aristóteles, significa a ação. Significa uma prática, e não uma natureza. O homem virtuoso, portanto, é o homem ativo, que aprendeu pela prática.

    KANT

    --Na filosofia moral de Kant, a satisfação dos desejos está necessariamente vinculada à liberdade de conduta do indivíduo. E CESPE, DEPEN 2021]

    - Kant realmente defende que haja a liberdade do indivíduo, mas não necessariamente vinculada à sua conduta, mas "as leis morais". Para Kant, a liberdade relaciona-se com a autonomia, é o direito do indivíduo dar suas próprias regras, que devem ser seguidas racionalmente. E, só ocorre realmente, através do conhecimento das leis morais e, não apenas pela própria vontade da pessoa.

    --Para Kant, o princípio supremo da moralidade está diretamente relacionado à maximização do bem-estar geral.Errado[CESPE] Concepção utilitarista de Jeremy Benthan.

    JEREMY BENTHAN

    --A reflexão ética no UTILITARISMO pode ser considerada como comportamental ou empírica, por ecoar elementos relacionados ao bem-estar coletivo.[CESPE, DEPEN 2021]

    -De acordo com Eduardo Garcia Maynez, a ética está dividida em ética dos BENS, FORMAL, VALORES E EMPÍRICA. Acerca da ética empírica, ela é classificada em utilitarista, que determina que aquilo que é bom é útil e engloba o BEM ESTAR COMUM, SOCIAL. Ademais, a subjetivista alude o interesse individual, ao passo que o indivíduo é o ponto de partida da conduta moral, trata-se de uma percepção mais subjetiva

  • Não entendi uma explicação abaixo. Perincipalmente os textos enormes !

  • Immanuel Kant entendia que o homem é capaz de impor a si mesmo normas de conduta corretas, a partir de sua própria racionalidade. Sendo livre, o homem é capaz de se orientar por normas éticas válidas para todos os seres racionais. Assim, a partir da racionalidade, o homem é um fim em si mesmo e não apenas um meio a serviço de algo. O conceito de imperativo categórico, desenvolvido por Kant, exprime que todo indivíduo deve agir conforme princípios que acredite poderem ser universalmente aplicáveis.

    RESUMO de KANT

    “O homem como fim em si mesmo”. » Imperativo categórico: o indivíduo deve agir como se a máxima de sua ação pudesse se tornar uma lei universal. » Toda ação considerada boa moralmente deveria ser universal e atemporal. » Deontologia moral Kantiana: deve-se agir somente por dever. Doutrina moral formalista, cujo único fundamento para a ação deve ser o dever

    ALFACON


ID
5251129
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
ANM
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Considerando os princípios e valores da ética e da moral, julgue o item subsecutivo.

A ética utilitarista privilegia a felicidade do indivíduo em detrimento da felicidade coletiva.

Alternativas
Comentários
  • Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar”, essa é a principal máxima utilitarista. O utilitarismo é uma doutrina ética proposta primeiramente por Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873). Tal doutrina fundamenta-se no princípio de utilidade, que determina que a  deve basear-se sempre em contextos práticos, pois o agente moral deve analisar a situação antes de agir, e sua ação deve ter por finalidade proporcionar a maior quantidade de prazer (bem-estar) ao maior número de pessoas possível para que seja moralmente correta. Dessa maneira, o utilitarismo descarta por completo o imperativo categórico kantiano, tirando toda a correção moral de uma razão universal e oferecendo-a ao sujeito.

    (...)

    PORFíRIO, Francisco. "Utilitarismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/utilitarismo.htm. Acesso em 20 de junho de 2021.

  • Errado

    Teoria do Utilitarismo

    "Visa a maior felicidade, não do próprio agente, mas a maior felicidade ao maior número de pessoas envolvidas. Também é defendida a nobreza de caráter, avaliada e classificada de acordo com extensão de seus efeitos ao bem comum."

    • Ou seja, felicidade para o maior número de pessoas.

     BENTHAM, Jeremy. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979 p.65

  • Lembrando que a teoria utilitarista utiliza o homem como instrumento para maximizar o bem-estar da coletividade, o que lhe importa são as consequências.

    Enquanto a teoria moral de Kant, em oposição, diz que o indivíduo não é instrumento, mas um fim em si mesmo, o que vale são as intenções do ato que o sujeito está praticando, independente das consequências.

  • A questão em comento demanda conhecimento basilar do utilitarismo.

    O utilitarismo, forte em autores como Benthan, tem por base o bem estar geral, a felicidade coletiva, e não tão somente a felicidade individual.

    Logo, a assertiva está incorreta.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • GABARITO: ERRADO

    O utilitarismo é uma doutrina que avalia a moral e, sobretudo, as consequências dos atos humanos. Caracteriza-se pela ideia de que as condutas adotadas devem promover a felicidade ou prazer do coletivo, evitando assim as ações que levam ao sofrimento e a dor.

    Fonte: https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/utilitarismo

  • Aí eu lembro da palavra utilidade pública.....

  • Complementando :

    POSITIVISMO doutrina formulada pelo francês Augusto Comte, que buscou entender os fenômenos sociais a partir de uma lógica filosófica, sociológica e política.

    O Utilitarismo busca a maior utilidade possível para a COLETIVIDADE, doutrina ética defendida por John Stuart Mill e Jeremy Bentham, o utilitarismo não busca a valoração das atitudes em si, mas de suas consequências, para o Utilitarismo, uma AÇÃO RUIM pode apresentar consequências positivas.

    Subjetivismo é a escola filosófica que entende que as escolhas morais dependem do modo de sentir dos indivíduos, essa escola filosófica entende que não existe uma ética universal, a Ética se concentra na PERCEPÇÃO PESSOAL, não existe ÉTICA UNIVERSAL.

    PRETORIANISMO Consiste em uma forma de organização de governo com a dominância de pequenos núcleos de elite militar, propõe-se a exercer uma dominância política, assumindo o controle de decisões internas que favoreçam os interesses da classe militar, muitos doutrinadores dizem que pode-se relacionar ao Pretorianismo ao Regime Militar ou Ditadura.

    ETNOCENTRISMO O etnocentrismo é adotado por um grupo quando existe o entendimento de que suas próprias normas e valores culturais (morais) são superiores às de outras nações ou grupos

    UNIVERSALISMO a teoria da moralidade universalista propõe a aplicação de uma ética única a todos os indivíduos em situação semelhante, independentemente de etnia, cor, religião, nacionalidade, religião ou outros. O Universalismo NÃO considera diferenças entre culturas, tradições etc.

  • é preciso distinguir UTILITARISMO CLÁSSICO (BENTHAM) X UTILITARISMO NEOCLÁSSICO (VILFREDO PARETO)

    UTILITARISMO CLÁSSICO DE BENTHAM= Comparação Interpessoal de Utilidade CIU

    Porém, uma pergunta surge: Se cabe ao Estado proporcionar a maior felicidade para o maior número de pessoas, poderia ele promover algum tipo de (RE) distribuição?

    RESPOSTA: SIM!! Ele desenvolveu a Teoria da Comparação Interpessoal de Utilidade CIU (de maneira simples: trata-se de uma teoria REDISTRBUTIVA, que “tira” do rico para dar ao pobre).

    Se o Estado deve maximizar a maior felicidade para o maior número possível de pessoas, ao comparar a utilidade (entre alguém muito rico e alguém muito pobre é possível que se tenha uma utilidade líquida social maior se um pouco do que sobra pro rico seja dado para o pobre).

     

    Ademais, para o utilitarismo, quanto mais rico e com mais acesso aos bens eu tiver, menor a utilidade e a felicidade que um novo bem pode me dar.

    Exemplo: se eu compro um carro, ele me gera muita felicidade. Mas se eu adquiro um 2º carro, a felicidade não é tão grande (como quando eu adquiri o 1º carro).

     

    Ou seja, a minha margem de felicidade vai diminuindo conforme eu vou adquirindo mais bens (trata-se da utilidade marginal decrescente). Observe que a linha de utilidade nunca vai parar de crescer, embora em proporção maior, mas cresce.

    Portanto, o utilitarismo clássico de Bentham é REDITRIBUCIONISTA (REVOLUCIONÁRIO) porque faz comparações de utilidade entre as pessoas: “A lógica do utilitarismo clássico era, portanto, simpática à ideia de que o Estado deveria se envolver em uma redistribuição maciça, da excessivamente afluente aristocracia inglesa para os pobres existentes, começando por transferir os mais ricos pros mais pobres”.

    Em que pese ser redistributivista Bentham estava ciente de que havia um limite ara esse processo, cuja ultrapassagem poderia gerar o efeito oposto:

    A) A universalização do temor entre os ricos, diante da perspectiva de redistribuição;

    B) O desestimulo à produção, com a extinção da indução ao trabalho;

    C) Sem o incentivo à propriedade do que se produz, os riscos poderiam, inclusive, preferir destruir suas riquezas antes de dar aos pobres;

    Assim, e termos práticos, deve existir um limite na redistribuição das riquezas dos ricos para os pobres, sob pena de efeito reverso de não geração de riquezas.

    Essa é a mesma lógica que permeia a discussão da taxação das grandes riquezas. O argumento é que: ao taxar as grandes riquezas, o país afugentará os grandes investidores; o que gerará a falta de investimentos, empregos e de recursos (até para serem redistribuídos.

    FONTE: AULA PROF RICARDO MELO JR/ GRANCURSOS


ID
5275558
Banca
FGV
Órgão
OAB
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Norberto Bobbio, em seu livro O Positivismo Jurídico: lições de Filosofia do Direito, afirma que o positivismo jurídico é uma teoria na medida em que se propõe a descrever o Direito, mas que também pode ser uma ideologia na medida em que se propõe a ser um certo modo de querer o Direito.

Assinale a opção que, segundo Bobbio, no livro em referência, expressa essa suposta ideologia do positivismo jurídico, denominada por ele positivismo ético.

Alternativas
Comentários
  • O positivismo de Bobbio se atentava apenas ao que estava descrito na lei, tendo ela como parâmetro superior, ao qual deveria ser obedecida em totalidade. A alternativa correspondente é a D

  • A questão não é clara quanto ao comando, vejamos: “Assinale a opção que,

    segundo Bobbio, no livro em referência, expressa essa suposta ideologia do positivismo jurídico, denominado por ele

    positivismo ético.” Ocorre que no livro em referência, p. 229 - 230, consta o

    seguinte:

    Um exame atento da realidade histórica demonstra que, na verdade, existem

    duas “versões” fundamentais (nitidamente distintas entre si) do positivismo ético

    (aspecto ideológico do juspositivismo): a versão que podemos chamar de

    “extremista” ou “forte” e a que podemos chamar de “moderada” ou “fraca”.

    É possível observar que diante da impossibilidade de marcar 2 alternativas

    corretas, o enunciado da questão deveria ter mencionado qual versão do

    positivismo ético os candidatos deveriam considerar para marcar a alternativa

    correta, pois

    como demonstrado há uma nítida diferença, segundo Bobbio, p. 232, entre a

    versão moderada e extremista: Concluindo: a versão moderada do positivismo

    ético difere da extremista porque, à diferente desta última, não diz que

    direito é um bem em si, e antes o valor supremo, pelo que necessita-se sempre

    a ele obedecer, mas diz somente que o direito é um meio (em termos

    kelsenianos, uma técnica de organização social) que serve para realizar um

    determinado

    bem, a ordem da sociedade, com a consequência de que, se desejarmos tal

    bem, devemos obedecer ao direito. Porém, a versão moderada não diz que

    ordem seja o valor supremo; se, num, determinado momento histórico, um certo

    valor

    parece superior à ordem existente e com ela contrastante, pode-se então romper

    a ordem (mediante um movimento revolucionário) para realizar tal valor.

    Diante dessa exposição é possível supor que o gabarito da questão considerou

    o positivismo ético extremista, contudo tal suposição não é passível, a questão

    deve ser clara no seu comando, portanto, não há outra solução se não a

    anulação

  • Para Bobbio (p.225) há apenas uma definição de positivismo ético (o dever absoluto ou incondicional de obedecer a lei enquanto tal). As duas diferentes versões estabelecem razões distintas que justificariam o positivismo ético. O positivismo ético é o dever absoluto de obedecer a lei enquanto tal. Mas por que tal dever?

    Para os extremistas porque a lei é um valor em si, para os moderados porque a lei assegura a ordem. Nos dois casos permanece a mesma definição de positivismo ético, mudando apenas seu fundamento. Não se deve confundir no argumento de Bobbio a obediência à lei e a obediência à ordem. Para o positivismo ético moderado, admite-se a ruptura com a ordem, como afirma Bobbio, em nome de valores superiores, porém instaurada a nova ordem segue o princípio “ético” do dever absoluto de obedecer a lei.

  • entao ele acaba sendo a favor de uma ditadura tbm ne, se for seguir esse raciocínio tapado

  • A questão exige conhecimento acerca da construção teórica referente à ideologia do positivismo jurídico, na perspectiva de Norberto Bobbio, na obra “O Positivismo Jurídico: lições de Filosofia do Direito”. A alternativa que melhor descreve o que o autor denomina de positivismo ético é a de letra “d”, segundo o qual deve existir o dever absoluto ou incondicional de obedecer a lei enquanto tal. Segundo Bobbio, temos que:

     

    “Supondo-se que seja correto falar de uma ideologia típica de todo o positivismo jurídico, no que consiste isso? Podemos dizer que tal (suposta) ideologia consiste em afirmar o dever absoluto ou incondicional de obedecer à lei enquanto tal. É evidente que com tal afirmação não estamos mais no plano teórico, mas no plano ideológico, visto que ela não se insere na problemática (cognoscitiva) que concerne à definição do direito, mas naquela (valorativa) relativa à determinação do nosso dever:  não estamos mais diante de uma doutrina científica, mas de uma doutrina ética do direito. Por isto sustentamos que seria mais correto falar de positivismo ético em relação à ideologia juspositivista” (BOBBIO, 2006, p. 225).

     

    O gabarito, portanto, é a letra “d”, sendo as demais alternativas incompatíveis com a obra jurídica do autor.

     

    Gabarito do professor: letra d.

     

    Referência:

    BOBBIO, Norberto; MORRA, Nello. O positivismo jurídico: lições de filosofia do direito. São Paulo: Ícone, 2006.

  • Que questão mal formulada

  • Que desnecessárias essas questões!!! francamente

  • Na minha opinião.. não deveria ter questões de filosofia na OAB

  • Falou em positivismo, é só lembrar que a lei é tudo para quem adere a essa corrente.

  • É brincadeira ter que estudar um negócio desse… Desnecessário é pouco.

  • Não entendo porque reclamam tanto de filosofia, é ponto ganho, é só ler os livros indicados na faculdade.

  • Questão comentada por mim: https://www.youtube.com/channel/UCgKXzNewM47e6j5LAE8tTQgXXXII EXAME

    DE ORDEM UNIFICADO - Tipo 1 - BRANCA

     

     

    Norberto Bobbio. O Positivismo Jurídico: lições de Filosofia do Direito. COMPILADAS PELO DR. NELLO MORRA. CAPÍTULO VII. O POSITIVISMO JURÍDICO COMO IDEOLOGIA DO DIREITO.

     

    10 Norberto Bobbio, em seu livro O Positivismo Jurídico: lições de Filosofia do Direito, afirma que o positivismo jurídico é uma teoria na medida em que se propõe a descrever o Direito, mas que também pode ser uma ideologia na medida em que se propõe a ser um certo modo de querer o Direito.

    Assinale a opção que, segundo Bobbio, no livro em referência, expressa essa suposta ideologia do positivismo jurídico, denominada por ele positivismo ético.

     

     

    A) A ética como fundamento moral para a autoridade competente propor e aprovar a lei.

    (ETÍCA E MORAL FACILMENTE ENCONTRADO NOS LIVROS DE HANS KELSEN)

     

     

    B) A lei só é válida se for moralmente aceitável por parte da maioria da população.

     (O POSTIVISMO É MAIS LEI E NORMAS ESCRITAS QUE MORAL)

     

     

    C) A lei deve ser obedecida apenas na medida em que se revelar socialmente útil.

    (O POTIVISMO PENSA QUE A LEI É A VONTADE SOCIAL)

     

     

    D) O dever absoluto ou incondicional de obedecer a lei enquanto tal.

    CAPÍTULO VII. O POSITIVISMO JURÍDICO COMO IDEOLOGIA DO DIREITO

    SUBTÍTULO A VERSÃO MODERADA DO POSITIVISMO ÉTICO A ORDEM COMO VALOR PRÓPRIO DO DIREITO. PÁG. 229 E 230.

    Um exame atento da realidade histórica demonstra que, na verdade, existem duas “versões” fundamentais (nitidamente distintas entre si) do positivismo ético (aspecto ideológico do juspositivismo): a versão que podemos chamar de “extremista” ou “forte” e a que podemos chamar de “moderada” ou “fraca”.

  • Questão feita pra confundir. Fala em ética, mas a resposta não tem nada a ver com ética nenhuma, é positivismo puro, a lei é tudo que importa.

  • Filosofia do Direito no Exame de Ordem é sa.cana.gem, valeria muito mais a pena adicionar uma questão em disciplinas que realmente usamos na prática. Teoria se aprende na graduação.

  • Comentário do Professor do QC:

    A questão exige conhecimento acerca da construção teórica referente à ideologia do positivismo jurídico, na perspectiva de Norberto Bobbio, na obra “O Positivismo Jurídico: lições de Filosofia do Direito”. A alternativa que melhor descreve o que o autor denomina de positivismo ético é a de letra “d”, segundo o qual deve existir o dever absoluto ou incondicional de obedecer a lei enquanto tal. Segundo Bobbio, temos que:

     

    “Supondo-se que seja correto falar de uma ideologia típica de todo o positivismo jurídico, no que consiste isso? Podemos dizer que tal (suposta) ideologia consiste em afirmar o dever absoluto ou incondicional de obedecer à lei enquanto tal. É evidente que com tal afirmação não estamos mais no plano teórico, mas no plano ideológico, visto que ela não se insere na problemática (cognoscitiva) que concerne à definição do direito, mas naquela (valorativa) relativa à determinação do nosso dever:  não estamos mais diante de uma doutrina científica, mas de uma doutrina ética do direito. Por isto sustentamos que seria mais correto falar de positivismo ético em relação à ideologia juspositivista” (BOBBIO, 2006, p. 225).

     

    O gabarito, portanto, é a letra “d”, sendo as demais alternativas incompatíveis com a obra jurídica do autor.

     

    Gabarito do professor: letra d.

     

    Referência:

    BOBBIO, Norberto; MORRA, Nello. O positivismo jurídico: lições de filosofia do direito. São Paulo: Ícone, 2006.

  • como acertar as questões de filosofia ?

  • Questão Inútil. :/

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ID
5418895
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
CBM-AL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

A respeito de ética, cidadania e direitos e humanos, julgue o item a seguir.


Moral é ética são conceitos habitualmente empregados como antônimos, apesar de ambos expressarem regras de conduta obrigatórias.

Alternativas
Comentários
  • A lei é uma regra de conduta obrigatória.

  • A questão em comento exige conhecimentos axiomáticos de Moral e ética.

    Moral e ética traduzem conjuntos de ordem normativas e são correlacionados. Não há que se falar em ética e moral como antônimos, até porque a ética é uma parte da Moral, relacionada à fixação de padrões de certo x errado, proibido x permitido, justo x injusto dentro do cotidiano.

    Logo, a assertiva está INCORRETA.

    GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO

  • São conceitos complementares. Enquanto a Ética é um estudo filosófico sobre a sociedade, a Moral se encarrega de debater sobre os costumes de acordo com cada sociedade.


ID
5419903
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
CBM-AL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Ainda com relação a ética, cidadania e direitos humanos, julgue o seguinte item.


A ética refere-se ao campo da filosofia que investiga os comportamentos dos seres humanos, enquanto a moral diz respeito aos seus valores.

Alternativas
Comentários
  • Gab. C

    ética é voltada para compreender as ações do homem de acordo com os valores morais que orientam essas ações, além de buscar classificá-las como certas ou erradas, independente das práticas culturais.

    Já a moral são os costumes, valores, crenças, tabus e modos de pensar construídos por uma sociedade.

  • A questão em comento requer conhecimento de noções básicas de Etica.

    De fato, a ética é campo da Filosofia que se ocupa de investigar o comportamento humano, determinando, em dados contextos, o que é o certo x errado, justo x injusto, proibido x permitido, ao passo que a Moral se ocupa, com efeito, dos valores que irão permear as escolhas éticas.

    Logo, a assertiva está correta.

    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO


ID
5419909
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
CBM-AL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Ainda com relação a ética, cidadania e direitos humanos, julgue o seguinte item.


A ética regulamenta as ações do convívio humano, configurando-se como um conjunto de teorias e conhecimentos expressos em princípios e normas.

Alternativas
Comentários
  • "A ética regulamenta as ações do convívio humano e também configura-se como um conjunto de conhecimentos e teorias, expressos em princípios e normas, de que serve a vontade humana para bem conduzir as suas ações."

    Gab: Certo

  • A questão em comento requer conhecimento axiomático de Etica.

    De fato, a ética representa um conjunto de princípios, regras, normas, valores, aplicáveis ao agir no cotidiano.

    Logo, a assertiva está CORRETA.





    GABARITO DO PROFESSOR: CERTO


ID
5491780
Banca
FADESP
Órgão
Prefeitura de Marabá - PA
Ano
2019
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Tanto na sociedade, em geral, como na administração pública, em particular, a ética é imprescindível e de elevadíssima importância. Neste sentido, os problemas éticos caracterizam-se pela sua generalidade e isto os distingue dos problemas morais da vida cotidiana, que são os que se nos apresentam nas situações concretas. A ética é

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

    A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

  • A questão em comento demanda conhecimentos sobre ética e sua diferenciação com a Moral.

    A ética se ocupa de estudar o comportamento moral dos homens em sociedade, observando, conforme cada contexto (a ética não é absoluta e varia conforme diferentes cenários), a distinção entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o permitido e o proibido.

    Diante de tais parâmetros, podemos comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. Não é a ética que cria a moral observável nas pessoas. A Moral, segundo Kant, é uma lei interna, introjetada nos indivíduos. Os padrões morais de comportamento, embora tenham proximidade com a ética, não são sinônimos, nem são por ela criados.

    LETRA B- INCORRETA. A ética não se ocupa de problemas em específico, mas sim de estudar o comportamento moral dos homens em sociedade.

    LETRA C- INCORRETA. Não é tarefa da ética fixar e estudar uma forma específica de comportamento do homem.

    LETRA D- CORRETA. Com efeito, a ética se ocupa de estudar o comportamento moral dos homens em sociedade, observando, conforme cada contexto (a ética não é absoluta e varia conforme diferentes cenários), a distinção entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o permitido e o proibido.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D


ID
5535127
Banca
FCC
Órgão
DPE-SC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Filosofia do Direito
Assuntos

Consoante as lições de Antônio Carlos Wolkmer, a correspondente escola de pensamento jurídico crítico no Brasil, cujo maior expoente foi Roberto Lyra Filho, compreende o direito em devir e sobreleva o caráter instrumental do fenômeno jurídico não só para o controle e a dominação, mas, sobretudo, para a mudança social e a libertação conscientizada. Trata-se da crítica jurídica 

Alternativas
Comentários
  • 2.2.1. Crítica jurídica enquanto expressão do pluralismo e do humanismo dialético

    O ponto de partida de Lyra Filho é a asserção de que, estando as posturas gnoseológicas do idealismo e do realismo superadas, deve ser recusada, por consequência, a tradicional redução distorcida e ideológica do Direito em jusnaturalismo e em positivismo legalista. Essa transposição favorece o surgimento da concepção dialética da sociedade e do Direito, porquanto é essencial que esse modelo dialético escolhido “(...) há de ser aberto e com a preocupação constante de encarar os fatos, dentro de uma perspectiva que enfatiza o devir (a transformação constante) e a totalidade (a ligação) de todos os segmentos da realidade, em função de conjunto”. Para que não se transforme em mais uma concepção ideológica ilusória e corrompida, essa nova filosofia jurídica deve ser embasada numa sociologia jurídica crítica que revele o caráter instrumental do Direito não só para o controle e a dominação, mas, sobretudo, para as mudanças sociais e para a libertação conscientizada. Assim, surge para Lyra Filho a necessidade de um projeto alternativo, sendo a tarefa primordial criar “(...) uma ciência jurídica sem dogmas, analítica e crítica ao mesmo tempo, (...cuja) base de toda dialetização eficaz há de ser uma ontologia dialética do Direito, sem eiva de idealismo intrínseco e sem compartimentos estanques entre a síntese filosófica e a análise da dialética social das normas, em ordenamentos plurais e conflitivos e sob o impulso da práxis libertadora”. É preciso notar, consoante Lyra Filho, que a principal “(...) inversão que se produz no pensa‐mento jurídico tradicional é tomar as normas como Direito e, depois, definir o Direito pelas normas, limitando estas às normas do Estado e da classe e grupos que dominam”. A tarefa de pensar e transformar a ordem existente obriga a ter presente que a estrutura social é atravessada pela coexistência conflitual e pelo pluralismo de normas jurídicas geradas pela divisão de classes entre dominantes e dominados. Daí a distinção fundamental que Lyra Filho faz entre reforma e revolução, movimentos de contestação e movimentos de transformação. É no bojo do pluralismo jurídico insurgente não estatal que se tenta dignificar o Direito dos oprimidos e dos espoliados. Evidentemente, o Direito não mais refletirá com exclusividade a superestrutura normativa do moderno sistema de dominação estatal, mas solidificará o processo normativo de base estrutural, produzido pelas cisões classistas e pela resistência dos grupos menos favorecidos. É nesse quadro de alargamento do Direito (abrangência das normas não estatais) que, segundo Lyra Filho, elimina‐se “(...) a noção mutiladora do Direito como veículo de dominação e, portanto, rompe o ‘bloqueio’ tradicional e ‘livra o Direito da caracterização como ideologia’. (Wolkmer, Antonio C. Introdução ao Pensamento Jurídico Crítico, 9ª edição. Editora Saraiva, 2015, p. 140-141).

  • WOLKMER aponta quatro vertentes da crítica jurídica: crítica sistêmico-estrutural; dialética, semiológica e

    psicanalítica.

    1) Crítica Jurídica de Perspectiva Sistêmico-Estrutural: temática da decisão de conflitos (Tércio Sampaio Ferraz Jr); remodelar o direito por contradiscursos de teor crítico (José Eduardo Faria). Não se pretende negar o modelo lógico-formal/ liberal-individualista, mas reconstruí-lo em novas bases racionais adequadas à práxis social para utilizá-lo como instrumento de desenvolvimento e transformação.

    2) Crítica Jurídica de Perspectiva Dialética:

    2.1. Crítica jurídica enquanto expressão do pluralismo e do humanismo dialético - caráter instrumental do Direito para as mudanças sociais e a libertação conscientizada, sob pena de se transformar em mais uma concepção ideológica corrompida (Roberto Lyra Filho).

    2.2. Crítica jurídica enquanto instrumental político de transformação / libertação - consciência das correlações de forças e da dominação das formas de “saber-poder” que preexistem e condicionam o “jurídico” permite uma melhor compreensão do Direito dos opressores e dos oprimidos (Roberto A. R. de Aguiar); filosofia da libertação (Celso Luiz Ludwig) pauta a função do Direito de possibilitar o exercício efetivo dos ‘direitos sonegados’ e incorporar ‘novos direitos’ no que diz respeito à dimensão da ‘vida negada’. "Direito achado na rua".

    2.3. Crítica jurídica enquanto normativismo fenomenológico - contempla o Direito a partir da realidade concreta, do conteúdo social e ideológico da normatividade e da articulação metodológica interdisciplinar (Luiz Fernando Coelho).

    3) Crítica Jurídica de Perspectiva Semiológica: Direito como um discurso de significações que conjuga a conduta humana, a valoração e a prescrição normativa (Luis Alberto Warat). Articulação das formas discursivas do Direito com a perspectiva desmistificadora da filosofia da linguagem.

    4) Crítica Jurídica de Perspectiva Psicanalítica: interpretar a intertextualidade do jurídico e do psicanalítico, realçando o simbólico representativo que domina a dogmática jurídica e o papel do texto legal na manipulação dos desejos inconscientes.

  • A questão em comento demanda conhecimento da Teoria Crítica do Direito no Brasil.

    Tal pensar, com expoentes como Antônio Carlos Wolkmer e Roberto Lyra Filho se propõe, dentre outras perspectivas, a:

    I-                    Observar que o Direito não serve apenas para fixar marcos regulatórios de comportamento, podendo ser mecanismo de conquista de direitos, transformações culturais e sociais;

    II-                  O Direito não está consolidado tão somente na norma e na sanção, mas sim na liberdade e na transformação;

    III-                O Direito combate injustiças e não está adstrito à pura legalidade;

    IV-               O Direito vai além da dogmática e do Positivismo;

    V-                 O Direito não tem apenas o ponto de vista estatal e a lei não é sua única fonte;

    VI-               O Direito é plural e deve abraçar a diversidade;

    VII-             O Direito não se concentra apenas nas fontes estatais de produção e aplicação do Direito;

    VIII-           O Direito deve evocar o humanismo e, não sendo tão somente instrumento de controle, deve incitar o debate, o diálogo, a dialética.

    Feitas tais observações, vamos comentar as alternativas da questão.

    LETRA A- INCORRETA. A perspectiva da psicanálise no Direito, embora muito rica, não foi a escolha da questão. O Direito, por certo, deve ter ligações metajurídicas com outros saberes, mas a questão em comento procura evocar a Teoria Crítica do Direito em si.

    LETRA B- CORRETA. De fato, o Direito deve evocar o potencial emancipatório e libertador das pessoas, tendo verniz humanista, dialético, expressando a pluralidade, a diversidade, a alteridade, o multiculturalismo.

    LETRA C- INCORRETA. A perspectiva sistêmico estrutural, prevista, por exemplo, em autores como Luhman, prega a autopoiese do Direito, mas não é este o escopo da questão e dos estudos dos autores mencionados no enunciado.

    LETRA D- INCORRETA. A perspectiva semiológica do Direito resgata a importância da linguagem no Direito, a interferência disto na construção e interpretação do Direito, e remonta autores como Wittgenstein. É uma perspectiva rica, mas não é o cobrado na questão.

    LETRA E- INCORRETA. A junção do Direito com conceitos morais e sua perspectiva filosófica, axiológica, valorativa, são fundamentais, mas não é este o caminho traçado pela Teoria Crítica do Direito.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B