Letra A - Incorreta: Quando um indivíduo exagera sintomas de sua patologia mental, é um caso típico de metassimulação.
Trata-se de Supersimulação.
Letra B - Incorreta: Quando um indivíduo tenta negar um sintoma verdadeiramente existente, denomina-se simulação.
Trata-se de Dissimulação.
Letra C - CORRETA: É comum nas perícias previdenciárias a metassimulação.
Metassimulação: Ocorre depois da cura da enfermidade em que o paciente continua mostrando-se doente, nessa, a pessoa já teria aprendido quais sintomas simular.
Letra D - Incorreta: A supersimulação consiste na persistência fictícia intencional dos sintomas após cessado o transtorno real.
Trata-se de metassimulação.
Letra E - Incorreta: A dissimulação é frequentemente motivada por ganhos externos, como compensação financeira ou para evadir-se de processos criminais.
Pelo contrário, considerando que a dissimulação oculta ou minimiza uma doença, geralmente não é utilizado como motivação para ganhos externos ou compensação financeira ou para evadir-se de processos criminais, geralmente será utilizada as outras formas, como a simulação (criar sintomas), metassimulação (curada a pessoa continua a simular os sintomas) ou supersimulação (exagero de sinais e sintomas de uma pessoa enferma ou criação de novos sintomas).
Para complementar:
"Neste quadro de fraudes de sintomas e sinais podemos encontrar a simulação (apresentação de sinais e sintomas falsos), a metassimulação (exagero de sinais e sintomas realmente existentes) e dissimulação ou simulação negativa (ato de apresentar-se como normal, ou seja, simular que não tem sintomas). Em todos estes casos o indivíduo tenta obter um resultado que favoreça interesses almejados: licenças médicas, aposentadorias, seguros, inimputabilidade penal, acesso à função pública, entre outros.
Por outro lado, é muito importante que o perito conheça a existência de transtornos mentais que podem ser confundidos com a simulação como, por exemplo, no caso do transtorno fáctico e dos transtornos dissociativo e conversivo. Na simulação, o examinado tem consciência dos sintomas e da motivação que o leva a agir de maneira enganosa. No transtorno fáctico e na simulação existe a apresentação intencional de sintomas falsos; no primeiro há um desejo inconsciente de o indivíduo assumir uma doença. Um exemplo desse transtorno é a síndrome de Münchausen em que o paciente pode praticar a autoflagelação a fim de obter ganhos psíquicos. Muitos desses pacientes conseguem ser internados e, até mesmo, operados; ou transformam seus filhos menores em vítimas de seu transtorno.
Nos transtornos dissociativo e conversivo, o paciente não tem consciência dos sintomas e não tem interesse nem percepção de suas motivações. Nesse tipo de transtorno, o paciente pode apresentar sintomas de perda da audição, da visão, da voz, dos movimentos e da sensibilidade e, em casos mais raros, crises convulsivas. Desconfiar do número exagerado de sintomas apresentados, da confirmação indiscriminada de sintomas sugeridos e dos sintomas raros e improváveis. (...)"
(Medicina legal / Genival Veloso de França. -- 11. ed. -- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017)