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ID
4930363
Banca
IF-PE
Órgão
IF-PE
Ano
2019
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Confederação do Equador de 1824 é um marco na luta social contra o absolutismo monárquico. Amplas camadas da população local participaram do conflito. Comerciantes, padres, militares, negros e pardos, e até senhores de engenho se envolveram no conflito que opôs setores da população pernambucana à Monarquia de D. Pedro I. Sobre os pensamentos que fundamentaram a luta dos revoltosos, é CORRETO afirmar que foram ideias

Alternativas
Comentários
  • Gabarito (A)

    Ótima questão para revisar ou simplesmente para encaixar nos seus resumos.

    "A Confederação do Equador de 1824 é um marco na luta social contra o absolutismo monárquico. Amplas camadas da população local participaram do conflito. Comerciantes, padres, militares, negros e pardos, e até senhores de engenho se envolveram no conflito que opôs setores da população pernambucana à Monarquia de D. Pedro I. Suas ideias era liberais e constitucionalistas, oriundas dos princípios iluministas então em expansão na Europa e nos Estados Unidos."

    Bons estudos!

  • Depois de ter passado Insurreição Pernambucana (1645-1654), contra os holandeses, e da Guerra dos Mascates (1709), que opôs senhores de engenho olindenses e comerciantes de Recife, Pernambuco foi palco de difusão de ideias iluministas e liberais ao final do século XVIII, que combatiam os regimes absolutistas e o colonialismo.

  • A independência do Brasil ocorrida em 1822, se deu de cima para baixo e a partir da aliança entre a elite agrária brasileira e D. Pedro I. Dois anos depois, a constituição outorgada de 1824, concedeu amplos poderes ao imperador através do poder moderador gerando um atrito entre a elite agrária e D. Pedro I. A Confederação do Equador, Pernambuco 1824, é produto desse descontentamento. Diversos segmentos sociais atuaram juntos inspirados nas ideias liberais-iluministas oriundas da Europa e EUA.

    FERRETO

    LETRA A

  • A Confederação do Equador foi um movimento revolucionário, ocorrido em Pernambuco, no ano de 1824. Esse movimento tinha caráter separatista, republicano, liberal e emancipacionista. Embora Pernambuco tenha sido o centro e berço do movimento, ele se espalhou por outras províncias nordestinas.

     

    Em muitos aspectos, esse movimento foi uma continuação (espécie de segunda fase) da Revolução Pernambucana de 1817.

     

    Principais causas e contexto histórico:

     

    - Desaprovação ao sistema político centralizador implementado por Dom Pedro I, após a promulgação da Constituição de 1824.

     

    - Descontentamento com a influência e participação de aristocratas portugueses no governo imperial brasileiro. Havia muitos privilégios, dados pelo governo, para esses portugueses.

     

    - Muitos proprietários rurais da região Norte e Nordeste não concordavam com a centralização política, que dava poderes aos aristocratas portugueses em detrimento dos brasileiros.

     

    - Muitos profissionais liberais, comerciantes e membros da aristocracia brasileira foram influenciados pelo liberalismo, que era contrário à centralização política pregada pelo imperador brasileiro.

     

    - Muitos pernambucanos, principalmente da elite agrária (dos setores de algodão e açúcar), tinham receio de que Dom Pedro I, através de sua política centralizadora e a presença de portugueses em seu governo, pudesse recolonizar o Brasil.

     

    - Havia também, na região Nordeste, uma elevada insatisfação popular com o governo imperial. Muitos esperavam uma melhoria na qualidade de vida após a Independência do Brasil (1822). Porém, a pobreza e as dificuldades sociais permaneceram e atingiram grande parte da população nordestina.

     

    Principais objetivos dos revolucionários:

     

    - Os revolucionários exigiam a convocação de uma nova Assembleia Constituinte, para que houvesse a elaboração de uma nova Constituição. Essa deveria ser descentralizadora e ter caráter liberal.

     

    - Diminuição da interferência do governo federal nas questões regionais (provinciais e municipais) e fim do autoritarismo de D. Pedro I.

     

    - Defendiam a abolição do tráfico de escravos.

     

    - Como era um movimento separatista, almejava a criação de um governo independente na região Nordeste. A capital desse Estado independente seria a cidade de Recife.

    Fonte: https://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/confederacao_equador.htm