- ID
- 4944130
- Banca
- ADM&TEC
- Órgão
- Prefeitura de Rio Largo - AL
- Ano
- 2019
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
ANTARES
Livro: Incidente em Antares (Érico Veríssimo). O tal incidente
ocorre em dezembro de 1963 – sim, às vésperas do golpe militar
–, na cidadezinha de Antares, quase fronteira do Rio Grande do
Sul com a Argentina. Com a participação dos coveiros numa
greve geral de trabalhadores, sete defuntos – entre eles, a
matriarca de uma família influente, um advogado corrupto, um
operário agitador torturado até a morte e uma prostituta – ficam
no cemitério aguardando seu enterro em vão. Cansados de
esperar, dirigem-se ao coreto da praça principal da cidade, onde
irão desencavar todos os segredos sujos dos moradores – quem
dorme com quem, quem roubou quem – até que os coveiros
façam seu trabalho.
Estamos na encruzilhada do realismo mágico com a comédia do
absurdo. Ainda assim, Veríssimo – sim, é o pai do Luís Fernando
– adiciona detalhes bem realistas à história, curiosamente pouco
mencionados nas narrativas de zumbi em geral: os mortos estão
apodrecendo. Expostos ao sol e às intempéries, eles fedem tanto
que, graças ao vento, o cheiro alcança as bandas da Argentina.
Urubus rondam a praça, os ratos saem da toca e as moscas
fazem a festa. Combinando isso aos outros podres que saem das bocas dos mortos, entende-se o desespero dos habitantes
de Antares com a situação.
(Adaptado. Disponível em: http://bit.ly/2m8fXsw)
Com base no texto 'ANTARES', leia as afirmativas a seguir:
I. O livro "Incidente em Antares", de Érico Veríssimo, descreve a
relação amorosa entre dois imigrantes que desejam construir uma
nova vida na Europa no período posterior à 2ª Guerra Mundial, de
acordo com o texto.
II. Aponta o texto que se constitui um regalo para os vivos o que os
mortos dizem no coreto da praça acerca da população de Antares.
III. É inverídica a noção de que os vivos ficam desesperados. Isso
leva a crer que a população não teme o que sai da boca dos
mortos.
IV. A ênfase dada, no texto, ao nome Veríssimo, como no trecho
“sim, é o pai do Luís Fernando”, propicia ao leitor o estabelecimento
de uma relação entre escritores. Sem o conhecimento de mundo,
não é seria possível a compreensão do comentário.
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