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ID
4957942
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
AL-ES
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    O que há de política? É a pergunta que naturalmente ocorre a todos, e a que me fará o meu leitor, se não é ministro. O silêncio é a resposta. Não há nada, absolutamente nada. A tela da atualidade política é uma paisagem uniforme; nada a perturba, nada a modifica. Dissera-se um país onde o povo só sabe que existe politicamente quando ouve o fisco bater-lhe à porta.

    O que dá razão a este marasmo? Causas gerais e causas especiais (...)

    Não se admire, portanto, o leitor se não lhe dou notícias políticas. Política, como eu e meu leitor entendemos, não há. E devia agora exigir-se de um melro o alcance do olhar da águia e o rasgado do seu voo? Além de ilógico seria crueldade. Estamos muito bem assim.

Machado de Assis. Op. cit., p. 55 e 59 (com adaptações).

No texto acima, o trecho: “E devia agora exigir-se de um melro o alcance do olhar da águia e o rasgado do seu voo?”, ao final do segundo parágrafo, é expressão metafórica e permite inferir que, na opinião do autor, os políticos

Alternativas
Comentários
  • PMAL. PCAL.

  • PMTO- Não frente da oração tem a palavra ´'não há' se referindo a política.

    Questão B.

  • Complementando: devemos lembrar que METÁFORA é uma figura de linguagem utilizada para produzir sentido figurado mediante comparações sem conectivos.

    Melro- espécie de ave mais popular do mundo, tendo como uma das principais características a capacidade de se adaptar ao habitat urbano.

  •  "A tela da atualidade política é uma paisagem uniforme; nada a perturba, nada a modifica."

    Alternativa B : têm pouca energia, iniciativa, perspicácia, ousadia e não podem ser comparados às águias.

  • Odeio poema

  • Sinceramente eu não consegui entender com a leitura do trecho se os políticos eram as águias e a população os melros, ou os políticos eram "melros" e a população idealizava "águias".

  • A introdução do texto apresenta uma visão da política brasileira bem pessimista. Logo, a metáfora consiste em analisar se a política do Brasil tem características de águia ou de melro. Além disso, o enunciado da questão entrega a resposta e a quem se dirige a crítica. (...) é expressão metafórica e permite inferir que, na opinião do autor, os políticos.

    GABARITO: Letra B

  • O que há de política? É a pergunta que naturalmente ocorre a todos, e a que me fará o meu leitor, se não é ministro. O silêncio é a resposta. Não há nada, absolutamente nada. A tela da atualidade política é uma paisagem uniforme; nada a perturba, nada a modifica. Dissera-se um país onde o povo só sabe que existe politicamente quando ouve o fisco bater-lhe à porta.

        O que dá razão a este marasmo? Causas gerais e causas especiais (...)

        Não se admire, portanto, o leitor se não lhe dou notícias políticas. Política, como eu e meu leitor entendemos, não há.

    • depois de dizer essas coisas sobre a política, vê-se que os políticos não têm um olhar de águia ele usou esse trecho de forma metafórica: "E devia agora exigir-se de um melro o alcance do olhar da águia e o rasgado do seu voo? Além de ilógico seria crueldade. Estamos muito bem assim."
    • então, têm pouca energia, iniciativa, perspicácia, ousadia e não podem ser comparados às águias.