SóProvas


ID
4970950
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PC-RR
Ano
2003
Provas
Disciplina
Medicina Legal
Assuntos

    Ao invadir uma fábrica, um assaltante utilizou seus bíceps para aplicar uma gravata fatal no pescoço do vigia Sebastião. Aplicou também um golpe com o cabo de uma faca na testa de Manoel, que desmaiou em decorrência do golpe. A seguir, atirou em Joaquim, errando o alvo e acertando um tonel de combustível que explodiu, impelindo Joaquim contra uma esteira em movimento que o prendeu pelo avental, comprimindo seu pescoço pela alça, matando-o. Em decorrência da explosão, um pesado equipamento caiu sobre Pedro, impedindo seus movimentos respiratórios, matando-o igualmente. Um incêndio se seguiu, matando Antônio por monóxido de carbono, um gás inodoro e incolor.

Com base na situação hipotética apresentada acima, julgue o item seguinte.


É possível que uma análise laboratorial do sangue de Antônio seja capaz de confirmar a causa da sua morte.

Alternativas
Comentários
  • O monóxido de carbono inalado é absorvido pelos alvéolos e logo reage com a hemoglobina, resultando numa reação química 250 vezes mais estável que a oxiemoglobina, formando a carboxiemoglobina. Assim, os glóbulos vermelhos ficam indisponíveis para o transporte de oxigênio, pois a hemoglobina deles não desfaz a ligação com o monóxido de carbono para "capturar" o oxigênio. No entanto, não há um aumento no teor do gás carbônico.

    Em geral, os teores de carboxiemoglobina no sangue dos vitimados fatais são maiores que 50%.

    Livro Medicina Legal - Paulo Furtado / Pedro Henrique Neves

  • Gab: C

    >> Monóxido de carbono (CO) no sangue: a vítima respirou em uma atmosfera com baixas quantidades de oxigênio e altas de gás carbônico derivados de incêndios ou combustões imperfeitas (de carros).

  • Sinais de asfixia por Monóxido de Carbono (CO): sangue fluido acarminado, livores hipostáticos também de cor carmim (normalmente, são de coloração violeta) e putrefação tardia com rigidez cadavérica de menor duração.

    Com relação à coloração escura do cadáver asfixiado por CO: diferentemente das asfixias normais, em que temos o aumento do gás carbônico e diminuição do oxigênio, na asfixia por CO não temos a redução de oxigênio, uma vez que ele estará presente. O que ocorre é tão somente a quebra deste com a hemoglobina. Nos casos de asfixia por CO não há a redução de oxigênio no sangue, mas sim nas células, no tecido, por isso o sangue nessas asfixias não será escuro, será de cor Carmim.

  • CERTO

    Complementos...

    O monóxido de carbono é tóxico quando inalado, porque combina com a hemoglobina, a substância que transporta oxigênio nas células vermelhas do sangue.

  • Sim, monoxido de carbono muda se junta a hemoglobina formando a carboxemoglobina

    O elaborador dessa questão ou tava inspirado ou é um psicopata

  • GABARITO CERTO

    A necropsia do vitimado por monóxido de carbono mostra elementos de grande valor:

    a) rigidez tardia;

    b) face carminada;

    c) “cianose vermelho-clara” das unhas, das mucosas e da pele;

    d) sangue fluido e rosado;

    e) manchas de hipóstase claras;

    f) pulmões rosados e, eventualmente, trombosados;

    g) edema cerebral;

    h) às vezes, trombose das artérias coronárias;

    i) petéquias e infiltração perivascular, com necrose focal, no coração, no

    cérebro e em outros órgãos;

    j) putrefação tardia.

    ____________________________________________ 

    Quando o sangue circulante tem mais de 50% de carboxiemoglobina, a morte é certa e prova que o indivíduo estava vivo na hora do incêndio e que morreu asfixiado por monóxido de carbono. O sangue fica com uma tonalidade carminada ( cor de cereja )

    bons estudos

  • O diagnóstico é confirmado medindo os níveis de monóxido de carbono no sangue. Isto pode ser determinado medindo a quantidade de  em comparação com a quantidade de hemoglobina no sangue. Em uma pessoa média a carboxiemoglobina pode ser até 5%, embora fumantes de cigarro que fumem dois maços por dia podem ter níveis até 10%. Mais de 10% causa sintomas de intoxicação e mais de 30% pode ser fatal

  • Sinais de Asfixia por CO – Monóxido de Carbono.

    Sinais de valor:

    - manchas de hipóstase são mais claras de cor Carmim;

    - Sangue fluido e rósea/ acarminado;

    - putrefação é tardia; Obs: putrefação tardia – o CO (Monóxido de Carbono) é considerado uma substância tóxica. Lembramos que a morte por CO é pelo mecanismo de asfixia, por isso consideramos como asfixia e não intoxicação. Todavia, como o CO é uma substância como já mencionado, tóxica (o que não significa dizer que a morte foi por intoxicação, relembrando mais uma vez), ele interfere na putrefação, interfere na proliferação bacteriana, diminuindo-a.

    - rigidez cadavérica tardia, menos intensa e de menor duração;  

  • Entender o mecanismo de quebra de ligação da hemoglobina com o Oxigênio é de grande importância porque nesses casos temos um sinal relevante indicativo da presença de Monóxido do Carbono, coloração especifica do Cadáver – Coloração Vermelha clara – Carmim.

    Com isso o candidato deve se atentar para o fato de que o cadáver de asfixia por CO quase sempre terá uma coloração carmim. (muito cobrado em provas).

    Dica – quando aparecer a palavra CARMIM na questão se lembrar da presença de CO – Monóxido de Carbono.

    Aprofundamento: Nas asfixias temos como elemento o sangue asfíxico que é de coloração escura e textura rala. O sangue sendo escuro, o cadáver como vimos anteriormente tem uma coloração escura – “Cianose Cadavérica” – manchas escuras no cadáver. Sendo assim por que no na asfixia por CO – Monóxido de Carbono – que é uma asfixia, não temos o cadáver com coloração escura? Porque diferentemente das asfixias normais, em que temos o aumento do gás carbônico e diminuição do oxigênio, na asfixia por CO não termos a redução de oxigênio, ele estará presente, o que ocorre é tão somente a quebra deste com a hemoglobina. Nos casos de CO não há a redução de oxigênio no sangue, mas sim nas células, no tecido, por isso o sangue nessas asfixias o sangue não será escuro, será de cor Carmim.

  • GAB: CERTO

    Primeiramente, devem-se procurar, no corpo, outras lesões distintas das queimaduras; em seguida, ter-se a certeza de que o indivíduo respirou na duração do incêndio, pela pesquisa do óxido de carbono no sangue e pela presença de fuligem ao longo das vias respiratórias conhecido como sinal de Montalti

    Outro indicativo de que o cadáver estava vivo na hora do incêndio é a presença de CARBOXIHEMOGLOBINA (indica intoxicação por monóxido de carbono) no teor ACIMA DE 50%.