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ID
4989046
Banca
FCC
Órgão
Câmara dos Deputados
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    A cultura, e conseqüente organização social, política e econômica dominante na sociedade contemporânea, ainda é aquela que começou a nascer no século XVI, quando um conjunto de inovações tecnológicas num contexto histórico favorável contribuiu para o início do enterro do Antigo Regime, no qual a Terra estava no centro do universo, a ordem social era imutável e a Igreja, junto com o poder absolutista, tinha o monopólio da informação.

    A prensa de Gutenberg estava entre as inovações tecnológicas que contribuíram para a ascensão do mundo burguês. E os seus principais produtos − o livro e o jornal − foram entendidos durante muitos anos pela ordem dominante como ferramentas subversivas. Esta subversão gestou e gerou o mundo em que vivemos. Um mundo onde a iniqüidade social ainda incomoda e assusta, mas no qual todas as barreiras para a geração de riqueza e de conhecimento foram derrubadas, num processo que também gerou a onda de inovação que estamos vivendo e a possibilidade de darmos o próximo salto.

    Não é função da indústria pensar a educação. A missão de qualquer empresa é lutar com todas as suas forças para crescer e se perpetuar. Mesmo quando isso vai de encontro aos interesses da comunidade em que ela está inserida. Ela jamais poderá pensar com a devida isenção numa plataforma de serviços focada em educação.

    Por isso mesmo, nenhum representante da indústria de tecnologia poderia ter sido pioneiro num projeto de educação fundamentado nas profundas e dramáticas mudanças que a cibernética tem trazido para as nossas vidas.

(Trecho do artigo do jornalista Rodrigo Lara Mesquita. O Estado de S. Paulo, A2, 4 de maio de 2007)

Está INCORRETA a afirmação que se faz a respeito dos parágrafos do texto:

Alternativas
Comentários
  • Pessoal, chegamos à alternativa E considerando a premissa de que toda conclusão retoma/reforça as ideias expostas nos parágrafos imediatamente anteriores, o que não ocorreu. Ou seja, fazer defesa, pelas regras da boa redação, deveria está nos parágrafos antecedentes, e não na conclusão.

  • GAB E O autor, no decorrer do texto, fala justamente que a indústria busca a perpetuação nem que pra isso tenha que ir de encontro a ideais comunitários como a educação e que justamente é de onde menos se espera é que a indústria crie algo nesse sentido ou que parta dela esse apoio.
  • Analisemos: Como o autor poderia "defender a ideia de que a indústria se torne responsável também por projetos educacionais voltados para o desenvolvimento social ", se:

    No 3º parágrafo ele afirma " Não é função da indústria pensar a educação ... " e

    No 4º parágrafo conclui " nenhum representante da indústria de tecnologia poderia ter sido pioneiro num projeto de educação ..."

    Gab:. E