Quando quis agilizar o processo de seleção de
novos alunos, a tradicional faculdade britânica de
medicina St. George usou um software para definir
quem deveria ser entrevistado. Ao reproduzir a forma
como os funcionários faziam essa escolha, o programa
eliminou, de cara, 60 de 2.000 candidatos. Só por causa
do sexo ou da origem racial, numa dedução baseada
em sobrenome e local de nascimento. Um estudo sobre
o caso foi publicado em 1988, mas, 25 anos depois,
outra pesquisa apontou que esse tipo de discriminação
segue firme. O exemplo recente envolve o buscador
do Google: ao digitar nomes comuns entre negros dos
EUA, a chance de os anúncios automáticos oferecerem checagem de antecedentes criminais pode aumentar
25%. E pode piorar com a pergunta "detido?” logo após a palavra procurada.
Disponível em http://tab.uol.com.br. Acesso em 11 ago. 2017 (adaptado)
O texto permite o desnudamento da sociedade ao
relacionar as tecnologias de informação e comunicação
com o(a)