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A colonização ibérica na América contou com apoio e colaboração da Igreja Católica. Enfrentando o movimento de Reformas em várias regiões da Europa, a Igreja Católica entendeu ser o movimento de expansão comercial marítima uma forma de, possivelmente, expandir a fé católica, equilibrando, assim, a perda de fiéis na Europa.
Nesta empreitada a Companhia de Jesus, mais conhecida como Ordem Jesuíta, teve papel crucial.
Foi bastante importante, pela ótica ibérica, a ação dos jesuítas – e outras ordens – no sentido de “pacificação dos nativos" . Ou seja, no trabalho de controlar grupos nativos, evitando, sempre que possível, ataques aos colonizadores.
No entanto, criaram, ao mesmo tempo, um poder paralelo ao das coroas, utilizando a mão de obra nativa em seu proveito e atuando contra a escravização dos nativos pelos brancos.
É fundamental, porém, observar que a Igreja Católica não se opunha à escravização de africanos. Os nativos eram considerados “puros, almas infantis" e, questionavam se os africanos teriam alma. Em relação a eles, a escravidão era válida e necessária para que os trabalhos braçais fossem feitos.
A questão não é difícil e trata de uma tema clássico no estudo de história do Brasil : escravidão.
Por conseguinte, o trecho justifica?
A) INCORRETA- A propagação do ideário cristão era, sim, um dos objetivos da Igreja Católica na América Ibérica mas, não é o que está expresso no trecho.
B) INCORRETA- Na verdade o trabalho braçal é desconsiderado e entendido como necessário mas não nobre. Daí a associação entre trabalho e grupos sociais despossuídos, que precisam trabalhar para sobreviver. Não é a toa que a palavra “ trabalho" em português e espanhol é derivada do latim “ tripalium" , uma ferramenta de três pernas que imobilizava cavalos e bois para serem ferrados. Era também o nome de um instrumento de tortura usado contra escravos e presos, que originou o verbo tripaliare cujo primeiro significado era "torturar".
C) CORRETA- O trecho mostra a justificativa para a utilização da mão de obra escrava para o trabalho na região colonial. A palavra “ cativa" está substituindo a palavra “ escrava", o que pode gerar dúvida, na medida em que “ cativo" pode não ser sinônimo de “ escravo".
D) INCORRETA- A alternativa está um pouco desconexa das outras alternativas e leva o raciocínio para outra faceta de análise que seria uma prática do clero católico que não se relaciona com atuação de jesuítas e outras ordens na América Ibérica.
E) INCORRETA- Nas missões jesuíticas havia a prática de procurar alfabetizar os nativos. Vê-se isso em toda a América Ibérica , entre os nativos do Império Azteca e na Região dos Sete Povos das Missões entre Brasil e Argentina. Porém , este não é o tema do trecho
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Gabarito do Professor: Letra C.
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No texto, se apresenta uma justificativa para a utilização da mão de obra escrava para o trabalho na região colonial. É praticamente uma desculpa para escravizar povos em troca de trabalho braçal.
Informação da professora/gabarito comentado: A palavra “ cativa" está substituindo a palavra “ escrava", o que pode gerar dúvida, na medida em que “ cativo" pode não ser sinônimo de “ escravo".
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Letra C
Embora a utilização do trabalho escravo tenha constituído a base da economia colonial, o trecho transcrito aborda um aspecto menor da escravidão, qual seja a utilização de cativos em trabalhos de pequena monta.
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A Igreja Católica não se opunha à escravização de africanos. Os nativos eram considerados “puros, almas infantis" e, questionavam se os africanos teriam alma. Em relação a eles, a escravidão era válida e necessária para que os trabalhos braçais fossem feitos.
A) INCORRETA- A propagação do ideário cristão era, sim, um dos objetivos da Igreja Católica na América Ibérica mas, não é o que está expresso no trecho.
B) INCORRETA- Na verdade o trabalho braçal é desconsiderado e entendido como necessário mas não nobre. Daí a associação entre trabalho e grupos sociais despossuídos, que precisam trabalhar para sobreviver. Não é a toa que a palavra “ trabalho" em português e espanhol é derivada do latim “ tripalium" , uma ferramenta de três pernas que imobilizava cavalos e bois para serem ferrados. Era também o nome de um instrumento de tortura usado contra escravos e presos, que originou o verbo tripaliare cujo primeiro significado era "torturar".
C) CORRETA- O trecho mostra a justificativa para a utilização da mão de obra escrava para o trabalho na região colonial. A palavra “ cativa" está substituindo a palavra “ escrava", o que pode gerar dúvida, na medida em que “ cativo" pode não ser sinônimo de “ escravo".
D) INCORRETA- A alternativa está um pouco desconexa das outras alternativas e leva o raciocínio para outra faceta de análise que seria uma prática do clero católico que não se relaciona com atuação de jesuítas e outras ordens na América Ibérica.
E) INCORRETA- Nas missões jesuíticas havia a prática de procurar alfabetizar os nativos. Vê-se isso em toda a América Ibérica , entre os nativos do Império Azteca e na Região dos Sete Povos das Missões entre Brasil e Argentina. Porém , este não é o tema do trecho
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Gabarito do Professor: Letra C.
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Letra C
O texto inicia com o relato de que seria uma justificativa para a escravidão, pois afirma "não se poder viver sem alguns escravos".
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Fiz essa questão por eliminação.
O intuito do texto é falar sobre a ''importância'' dos escravos e que os homens precisavam deles para fazerem certas atividades (buscar água/lenha e etc). Sendo assim, o assunto base pra resposta tem relação com os escravos e não com os jesuítas. Por isso eliminei todos os itens e fiquei entre B e C, mas não fala propriamente sobre a valorização, em nenhum momento ele enaltece os escravos, apenas fala que precisam deles pra continuar a exploração (eles eram importantes pra explorar, mas nunca foram valorizados)
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"Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, justamente, por meios que as Constituições permitem..."
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Essa questão foi considerada difícil pelo TRI?
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A questão dá a entender que era viável ter os escravos em algum ''estoque'' para usá-los quando necessário nos colégios e casas de meninos