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pulso de Corrigan, também chamado de pulso em martelo d’água ou pulso magno célere, característico da insuficiência aórtica.
A palpação dos pulsos arteriais é atributo do exame físico do aparelho cardiovascular de qualquer bom examinador. Ao realizar a palpação dos pulsos, devemos avaliar, resumidamente: inspeção, palpação (frequência, duração, amplitude, simetria), ausculta e relação com o ritmo cardíaco.
Alterações no pulso podem ser percebidas em diversas cardiopatias e valvopatias, como o pulso bisferiens, pulso paradoxal, parvus et tardus, dicrótico, alternas e magno célere (ou pulso de Corrigan).
A insuficiência aórtica é uma das valvopatias mais comuns na prática clínica e é caracterizada por defeito durante o fechamento valvar no período diastólico, manifestando-se com sopro diastólico aspirativo, em decrescendo. Pode ser decorrente de doença valvar (sendo uma das principais causas a doença reumática) ou de doenças na aorta ascendente (por exemplo, a dissecção aórtica).
O quadro clínico pode ser assintomático, mas o exame físico pode evidenciar, além do sopro, pressão arterial divergente, sinais de hipertrofia do ventrículo esquerdo (como desvio do ictus), pulso de Corrigan e aumento da pressão de pulso (que se reflete em diversas regiões do corpo, gerando achados com diversos epônimos, como o sinal de Traube, sinal de Duroziez, sinal de Müller, sinal de Minervini, sinal de Quincke, etc.). Nos estágios mais graves e tardios, podem haver sintomas de insuficiência cardíaca e congestão, como dispneia e angina.
A insuficiência aórtica não se esgota por aí, mas fica de assunto para outro dia. Por ora, vamos nos ater ao básico para entender o contexto do quadro.
Fonte: sanarmed.com