SóProvas


ID
5032429
Banca
INEP
Órgão
ENEM
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                 Leia a posteridade, ó pátrio Rio,

                                 Em meus versos teu nome celebrado,

                                 Por que vejas uma hora despertado

                                 O sono vil do esquecimento frio:


                                 Não vês nas tuas margens o sombrio,

                                 Fresco assento de um álamo copado;

                                 Não vês ninfa cantar, pastar o gado

                                 Na tarde clara do calmoso estio.


                                 Turvo banhando as pálidas areias

                                 Nas porções do riquíssimo tesouro

                                 O vasto campo da ambição recreias.


                                 Que de seus raios o planeta louro

                                 Enriquecendo o influxo em tuas veias,

                                 Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.


COSTA, C. M. Obras poéticas de Glauceste Satúrnio. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 out. 2015.


A concepção árcade de Cláudio Manuel da Costa registra sinais de seu contexto histórico, refletidos no soneto por um eu lírico que

Alternativas
Comentários
  • soneto de Manuel da Costa, ao focar o Rio do Carmo, descreve a degradação do Rio devido a exploração do ouro que ali ocorre. Desta forma, O rio perdeu suas características naturais em razão da

    cobiça e da indiferença.

  • Normalmente os dois últimos de um soneto expressa a ideia central do poema.

  • Para os colegas que foram seco na B igual eu:

    B- contempla com sentimento de cumplicidade a natureza e o pastoreio.

    Certamente há no Arcadismo essas características. No entanto, não existe nesse soneto uma contemplação ( admiração ) ao pastoreio.

    Acredito que evidenciando isso fica melhor. Observe!

    Não vês ninfa cantar, pastar o gado

                     Na tarde clara do calmoso estio.

    Nesse rio ou ambiente, como queira, não há pastoreio. Assim sendo, como ele vai admirar/contemplar algo que não existe lá?

    Ademais, uma curiosidade, vale ressaltar que os arcadistas, como Cláudio Manuel, também participaram da inconfidência mineira.

    Esse soneto é durante o Período do ouro em MG.

    O Manuel está justamente valorizando esse rio explorado, berço de cobiça ( Exploração do ouro) e da indiferença ( Havia alguma preocupação com a natureza local nessa época? Não! Pois pronto. Apenas explorar sem pensar nas consequências)

    O que invalida a A é justamente a parte do "Seu" . O autor não está buscando reconhecimento algum, e sim ,buscando valorizar e tornar o rio reconhecido ante o esquecimento.

    D- Que cumplicidade de imagens gente? Soneto todo rebuscado e de difícil interpretação sksksk Aliás, não há equilíbrio algum, razão sim, já que é uma característica do Arcadismo.

    E- Recorre a elementos mitológicos da cultura clássica como símbolos da terra.

    Observe que ele fala que " Não há ninfas", logo, não recorre a isso.

    É isso, espero ter ajudado.

  • Para os colegas que foram seco na B igual eu:

    B- contempla com sentimento de cumplicidade a natureza e o pastoreio.

    Certamente há no Arcadismo essas características. No entanto, não existe nesse soneto uma contemplação ( admiração ) ao pastoreio.

    Acredito que evidenciando isso fica melhor. Observe!

    Não vês ninfa cantar, pastar o gado

                     Na tarde clara do calmoso estio.

    Nesse rio ou ambiente, como queira, não há pastoreio. Assim sendo, como ele vai admirar/contemplar algo que não existe lá?

    Ademais, uma curiosidade, vale ressaltar que os arcadistas, como Cláudio Manuel, também participaram da inconfidência mineira.

    Esse soneto é durante o Período do ouro em MG.

    O Manuel está justamente valorizando esse rio explorado, berço de cobiça ( Exploração do ouro) e da indiferença ( Havia alguma preocupação com a natureza local nessa época? Não! Pois pronto. Apenas explorar sem pensar nas consequências)

    O que invalida a A é justamente a parte do "Seu" . O autor não está buscando reconhecimento algum, e sim ,buscando valorizar e tornar o rio reconhecido ante o esquecimento.

    D- Que cumplicidade de imagens gente? Soneto todo rebuscado e de difícil interpretação sksksk Aliás, não há equilíbrio algum, razão sim, já que é uma característica do Arcadismo.

    E- Recorre a elementos mitológicos da cultura clássica como símbolos da terra.

    Observe que ele fala que " Não há ninfas", logo, não recorre a isso.

    É isso, espero ter ajudado.