Segundo a
definição da OMS, revista em 2002, Cuidado Paliativo é “uma abordagem
que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que
enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da
prevenção e do alívio do sofrimento. Requer identificação precoce,
avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física,
psicossocial e espiritual" (ANCP, 2009).
O Cuidado Paliativo não se baseia em
protocolos, mas em princípios. Não se fala mais em terminalidade, mas em
doença que ameaça a vida. Indica-se o cuidado desde o diagnóstico,
expandindo o campo de atuação. Não fala-se também em impossibilidade de
cura, mas na possibilidade ou não de tratamento modificador da doença,
afastando dessa forma a ideia de “não ter mais nada a fazer" (ANCP, 2009).
A OMS
publicou, em 1986, princípios que regem a atuação da equipe
multiprofissional de Cuidados Paliativos. Esses princípios foram reafirmados na sua revisão em 2002 e estão listados adiante.
- Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis
- Não acelerar nem adiar a morte
- Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível até o momento da sua morte
-
Oferecer abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos
pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto
- Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença
-
Iniciar o mais precocemente possível o Cuidado Paliativo, juntamente
com outras medidas de prolongamento da vida, como quimioterapia e
radioterapia, e incluir todas as investigações necessárias para melhor
compreender e controlar situações clínicas estressantes (ANCP, 2009).
ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS. Manual de cuidados paliativos. Rio de Janeiro : Diagraphic, 2009.
Gabarito do Professor: CERTO.