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ID
5049298
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
HUB
Ano
2020
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Acerca do trabalho do psicólogo em unidade de terapia intensiva (UTI) ou junto a pacientes graves, julgue o item subsequente.


O atendimento a familiares de pacientes em UTI é limitado às questões emocionais da própria família e não deve incluir questões relacionadas à evolução clínica do paciente, devido à gravidade do quadro clínico.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Errado!

    Simonetti (2011) diz que tudo é intenso na UTI: o tratamento, os riscos, emoções, o trabalho e a esperança. É o lugar onde se faz necessário criar canais de escoamento dessas intensidades por meio da palavra falada, e embora o foco primário de atendimento seja o paciente, é preciso também acolher a equipe apressada e os familiares angustiados. Além disso, Nogacz e Souza (2004) afirmam que o estado emocional da família é fortemente alterado, já que o medo da morte está constantemente presente, e ter por perto a situação de doença de um familiar faz com que haja maior união e companheirismo entre os membros da família, pois passam a ter o mesmo objetivo.

    Simonetti (2011) diz que o objetivo da comunicação psicológica com o paciente é passar informações e muito mais que isso, marcar presença ao lado desse paciente, facilitando a expressão de sentimentos, emoções na tentativa de diminuir a solidão que existe na UTI.

    Ou seja, o trabalho na UTI não é restrito nem a exclusividade da família e nem nas ações realizadas. Sem falar que a informação e a comunicação favorável com o paciente e a família é muito importante para a condução do caso.

  • Pregnolatto e Agostinho (2003) destacam que é função do psicólogo na UTI acompanhar e adaptar as visitas e familiares às rotinas da unidade, preparando os familiares para a entrada, informando e as regras que norteiam o bom funcionamento do local. O psicólogo deve ainda estimular o contato entre os visitantes e o paciente, observando e avaliando as verbalizações e os comportamentos com a finalidade de verificar a expectativa a respeito do quadro clínico. E ficar atento ao processo da informação médica, relacionado a compreensão dos familiares e a realidade do quadro clínico em questão.
    PREGNOLATTO, A. P. F., & AGOSTINHO, V. B. M. O Psicólogo na Unidade de Terapia Intensiva – Adulto. Em M. N. Baptista & R. R. Dias (Orgs.), Psicologia Hospitalar: Teoria, Aplicações e Casos Clínicos. Rio de Janeiro: Guanabara, 2003.   

    Gabarito do Professor: ERRADO.