Certa paciente de 18 anos de idade, acompanhada pela irmã, deu
entrada no ambulatório para consulta médica com queixa de
disúria, polaciúria e nictúria. Nega febre e dor lombar. Nega
episódios anteriores e corrimento vaginal. Tem vida sexual ativa
e usa DIU de cobre. Ao exame físico, mostrou-se em BEG,
corada, hidratada, anictérica, acianótica e orientada, com
abdome plano, flácido, mas doroloso na região suprapúbica e
com ruídos hidroaéreos (RHA) presentes. Observaram-se
AR = MVF sem ruídos adventícios; ACV = RCR 2T BNF sem
sopros; PA = 120 mmHg x 80 mmHg; FC = 90 bpm;
FR = 18 irpm; e T = 37,1 ºC. A irmã da paciente, então,
aproveitou a consulta para mostrar ao médico alguns exames
de rotina que ela tinha feito, pois estava preocupada por estar
com infecção na urina. Apresentava-se totalmente
assintomática, e o exame físico dela era normal. Ela não
estava gestante e já teve infecção de urina há seis meses,
quando foi tratada com antimicrobianos. O exame alterado
era uma urocultura com Escherichia coli resistente a sulfas,
ciprofloxacino, cefalosporina de primeira, segunda e quarta
geração e sensível a nitrofurantoína, cefaloporina de terceira
geração, carbapenêmicos e aminoglicosídeos.
Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.
A E. coli da urocultura relatada no caso clínico deve ser
classificada como multirresistente, provável produtora
de ESBL. O antibiótico de escolha para tratamento
dessa bactéria é da classe dos carbapenêmicos.