SóProvas


ID
5058979
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEED-PR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Texto CB1A1-I

     Há quem valorize, mas também quem subestime o poder das férias. Pais de alunos pedem aos professores para passar atividades a serem feitas nos meses de férias, e os próprios docentes aproveitam os dias sem aulas para estudar e planejar o próximo semestre. Manter a mente funcionando é ótimo. Mas descansar, além de bom, é necessário, segundo médicos e especialistas. 
   De acordo com Li Li Min, neurologista da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas, o cérebro tem redes que exercem diferentes funções: algumas que fazem a pessoa enxergar, outras que nos ajudam a nos organizar, lidar com dificuldades, elaborar estratégias. Em situações de estresse — quando nosso organismo acha que estamos sob ameaça, de alguma maneira, ou sob pressão intensa —, “alguns circuitos particulares no cérebro são ativados, que são os de sobrevivência. O corpo fica de prontidão, alerta para enfrentar qualquer situação. Só que esse é um estado que você precisa ativar e desativar”, indica.
     O que acontece com o indivíduo que trabalha por longas jornadas, sem tirar férias, é que esse estado de alerta nunca é desligado. “Se você fica muito tempo nessa tensão, o seu organismo e o seu cérebro não conseguem voltar ao estado normal”, alerta Li Li Min. “Ligado nesse circuito de estresse, ele não consegue ativar as funções de criatividade ou elaboração, porque está focado na sobrevivência. Esse é um conflito perigoso”. Por isso descansar é tão importante.
    A doutora Gislaine Gil, coordenadora do curso Cérebro Ativo do hospital Sírio Libanês, em São Paulo, explica que essa é uma primeira vantagem das férias: a ausência de tensão. “Diante da pressão dos prazos de entrega de trabalhos e provas, aumenta a ansiedade de professores e alunos. A ansiedade aumenta o índice de cortisol no nosso organismo, uma substância liberada pelo hipotálamo”. Com isso, temos uma sensação de desconforto e chegamos a sentir dores musculares e nas costas. Nas férias, com a ausência da ansiedade e consequentemente do cortisol, o humor da pessoa melhora, e ela fica mais disposta e relaxada. 
     Mas há outras vantagens. Durante as férias, a qualidade do sono melhora, já que também se costuma dormir mais horas: não há tanta necessidade de acordar cedo ou tarefas que te deixam até tarde da noite acordado. Isso também é benéfico ao cérebro.

Paula Peres. Por que o cérebro precisa de descanso? In: Revista Nova Escola.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações)

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) preconiza que as decisões pedagógicas estejam dirigidas para o desenvolvimento de competências. Assim, o que os estudantes devem saber, para que sejam provocados a fazer uso desses conhecimentos, deve ser explicitado pelas competências que referenciam as ações necessárias para a garantia das aprendizagens essenciais. A respeito do desenvolvimento de competências na educação, assinale a opção correta.

Alternativas
Comentários
  • O desenvolvimento de competências fortalece as ações que asseguram as aprendizagens, superando a dicotomia teoria-prática e enraizando os valores educativo

  • Esta questão exige conhecimentos sobre o Desenvolvimento das Competências na Educação

     

    RESOLVENDO A QUESTÃO:

    A respeito do desenvolvimento das competências na educação, vamos analisar cada uma das alternativas para identificarmos a correta.

     

    A) A comparação de competências aos recursos, ao saber -fazer e ao saber -ser evidencia a perspectiva da construção pessoal.

    Errada! As competências possuem um caráter instrumental, pois, é a partir da aquisição destas que se poderá adquirir o saber e também aplicar esse mesmo saber (saber -fazer). Portanto, não se trata de comparar competências a recursos ou ao saber, mas sim de compreender que a competência é necessária para a utilização desses (no caso, dos recursos e do saber).

     

    B) O estudante se torna competente ao realizar o somatório de conhecimentos, habilidades e valores.

    Errada! O estudante se torna competente quando consegue êxito no processo de aprendizagem, utilizando das competências para adquirir mais conhecimentos, habilidades e valores. Portanto, não se trata de uma somatória de atributos, mas sim de um processo de construção e associação.

     

    C) O desenvolvimento de competências fortalece as ações que asseguram as aprendizagens, superando a dicotomia teoria -prática e enraizando os valores educativos.

    Certa! Com a aquisição das competências, o educando consegue desenvolver diversas ações relativas a aprendizagem. Dessa feita, o desenvolvimento de competências permite a associação entre teoria e prática (entre o “saber" e o “saber -fazer"), rompendo, assim, com essa dicotomia.

     

    D) As competências indicam, de maneira clara, o que deve ser ensinado aos estudantes para permitir-lhes alcançar sucesso pessoal e profissional.

    Errada! As competências podem ser consideradas o “caminho" para que os estudante consiga adquirir mais conhecimento. No entanto, não é coerente afirmar taxativamente que as competências indicam, de maneira clara, o que deve ser ensinado, pois, isso dependerá de uma série de outras variáveis, como por exemplo, as bases normativas curriculares gerais e os interesses identificados no Projeto Político -Pedagógico.

     

    E) Ao descrever as ações, o saber -fazer explica e possibilita as decisões pedagógicas e seu êxito.

    Errada! A ideia de explicar e possibilitar as decisões pedagógicas e seu êxito está mais afeita ao conceito de competências. Portanto, esta alternativa também está errada.

     


    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “C".
  • Porque nunca tem comentários de professores sobre questões da BNCC?

  • PRESTAR ATENÇÃO QUE FALA EM "SUPERAR A DICOTOMIA".

  • Essa foi a explicacao da professora: "De acordo com a própria BNCC:

    (...) a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem estar orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da indicação clara do que os alunos devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das competências oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC.

    Porem, continuei sem entender...

  • Parece que o Cespe não sabe fazer questões de múltipla escolha! Lamentável!

  • RESOLVENDO A QUESTÃO:

    A respeito do desenvolvimento das competências na educação, vamos analisar cada uma das alternativas para identificarmos a correta.

     

    A) A comparação de competências aos recursos, ao saber -fazer e ao saber -ser evidencia a perspectiva da construção pessoal.

    Errada! As competências possuem um caráter instrumental, pois, é a partir da aquisição destas que se poderá adquirir o saber e também aplicar esse mesmo saber (saber -fazer). Portanto, não se trata de comparar competências a recursos ou ao saber, mas sim de compreender que a competência é necessária para a utilização desses (no caso, dos recursos e do saber).

     

    B) O estudante se torna competente ao realizar o somatório de conhecimentos, habilidades e valores.

    Errada! O estudante se torna competente quando consegue êxito no processo de aprendizagem, utilizando das competências para adquirir mais conhecimentos, habilidades e valores. Portanto, não se trata de uma somatória de atributos, mas sim de um processo de construção e associação.

     

    C) O desenvolvimento de competências fortalece as ações que asseguram as aprendizagens, superando a dicotomia teoria -prática e enraizando os valores educativos.

    Certa! Com a aquisição das competências, o educando consegue desenvolver diversas ações relativas a aprendizagem. Dessa feita, o desenvolvimento de competências permite a associação entre teoria e prática (entre o “saber" e o “saber -fazer"), rompendo, assim, com essa dicotomia.

     

    D) As competências indicam, de maneira clara, o que deve ser ensinado aos estudantes para permitir-lhes alcançar sucesso pessoal e profissional.

    Errada! As competências podem ser consideradas o “caminho" para que os estudante consiga adquirir mais conhecimento. No entanto, não é coerente afirmar taxativamente que as competências indicam, de maneira clara, o que deve ser ensinado, pois, isso dependerá de uma série de outras variáveis, como por exemplo, as bases normativas curriculares gerais e os interesses identificados no Projeto Político -Pedagógico.

     

    E) Ao descrever as ações, o saber -fazer explica e possibilita as decisões pedagógicas e seu êxito.

    Errada! A ideia de explicar e possibilitar as decisões pedagógicas e seu êxito está mais afeita ao conceito de competências. Portanto, esta alternativa também está errada.

     

    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “C".