Uma criança de 8 anos de idade é levada pela mãe ao
consultório do alergista para avaliar antecedente de reação
alérgica a betalactâmico. A mãe refere que, há cerca de dois
meses, a criança teve quadro de febre, prostração, odinofagia
e otalgia. À época, um médico da emergência havia
examinado a criança e prescrito amoxicilina em suspensão
oral. Na terceira dose da medicação, cerca de 30 minutos
após a administração, a criança havia evoluído com placas
urticadas difusas no corpo e angiodema em pálpebras, sem
manifestações sistêmicas. O uso da medicação foi
interrompido e realizado tratamento com corticoide e
anti-histamínico, com melhora rápida e completa dos
sintomas. A mãe deseja investigar o quadro, pois agora está
com medo de dar qualquer medicação para a criança pela
possibilidade da reação; deseja saber que outro antibiótico
poderia usar como opção. No momento da avaliação, a
criança está assintomática e com exame físico sem nenhuma
alteração. Acerca dos sinais vitais, ela encontra-se afebril,
com FC = 92 bpm, PA = 100 mmHg x 60 mmHg, FR =
18 irpm e SatO2 = 100%.
Quanto a esse caso clínico e tendo em vista os
conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir.
Os testes de provocação com fármacos são
considerados padrão-ouro para confirmar ou excluir o
diagnóstico do agente implicado na reação ou para
escolha de um fármaco alternativo seguro, além de
permitirem a diferenciação entre reações alérgicas e não
alérgicas.