Leia o texto para responder a questão.
Tentativa e erro, experimentar o novo, entender que algumas questões têm respostas complexas ou podem mesmo
não ter uma resposta, cultivar a noção de que o fracasso é
essencial para o progresso, aceitar que erros são o que nos
faz eventualmente acertar, saber persistir quando as dificuldades parecem não acabar nunca.
Esses são alguns dos componentes da pesquisa científica, uma espécie de sabedoria acumulada através dos tempos que, acredito, é também muito útil em vários aspectos da
vida – de como enfrentar desafios individualmente até como
reger empresas.
Quem poderia adivinhar que a eletricidade e o magnetismo são manifestações de um campo eletromagnético que se
propaga através do espaço com a velocidade da luz? Quem
poderia adivinhar que as espécies animais evoluem devido
a mutações genéticas aliadas ao processo de seleção natural? Esse conhecimento todo não veio do nada; exigiu muita
coragem intelectual, disciplina de trabalho e tolerância ao erro.
Se as coisas não funcionam, precisamos deixar o orgulho
para trás e aceitar que falhamos. Todo cientista sabe muito
bem que a maioria das suas ideias não vai funcionar. Resolutos, vamos em frente; mas devemos também estar abertos
a críticas.
Na ciência, e em qualquer outra área de trabalho, é bom
ouvir as sábias palavras de Isaac Newton – mesmo se o próprio,
durante a vida, não tenha sido o que chamaria de um modelo
de humildade profissional: “Não sei o que possa parecer aos
olhos do mundo, mas aos meus pareço apenas ter sido como
um menino brincando à beira-mar, divertindo-me com o fato de
encontrar de vez em quando um seixo mais liso ou uma concha
mais bonita que o normal, enquanto o grande oceano da verdade permanece completamente por descobrir à minha frente”.
(Marcelo Gleiser. www.folha.uol.com.br. 10.12.2017. Adaptado)
O autor defende que