SóProvas


ID
5068702
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
SEED-PR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Espanhol
Assuntos

Texto 4A3-III


    El español Mario Costeja encarnó la paradoja de esta época al conquistar el “derecho al olvido” y, por ello, ser más recordado que nunca. El abogado se quejaba de que, al teclear su nombre en Google, encontraba destacado un texto que manchaba su reputación. Era una página del periódico La Vanguardia, publicada en 1998, que relacionaba su nombre con la subasta de una propiedad por deudas con el Gobierno. Pidió que los enlaces a la noticia fueran eliminados, pero tanto el periódico como Google rechazaron la solicitud. El Tribunal de Justicia de la Unión Europea determinó que buscadores como Google deberán permitir que las personas sean “olvidadas” cuando las informaciones ya superadas de su pasado sean consideradas lesivas o sin relevancia. Pero abre un precedente, tal vez peligroso, y una discusión fascinante. ¿Tenemos derecho a ser olvidados?
     Mario Costeja, de 56 años, probablemente vaya a descubrir que no. Él obtuvo una victoria inédita —no sobre cualquiera, sino sobre un gigante, Google—. Desde la decisión del tribunal, cuando su nombre es tecleado en el buscador, el número de menciones es muchas veces mayor. A lo largo de varias páginas hay noticias en la prensa de diferentes partes del mundo sobre su victoria. Lo que él quería que fuera olvidado es recordado en todas ellas, ya que es la razón por la cual acudió a la Justicia. Si antes ese episodio podía, eventualmente, ser recordado por un público interesado, al entrar en Google, ahora jamás será olvidado por un número mucho mayor y más variado de personas, al entrar a la historia del derecho digital, un campo en disputa encarnizada.
     Hay varias implicaciones en esa decisión del tribunal europeo. Sin contar el debate complejo que ha contrapuesto los derechos a la información y la libertad de expresión al derecho a la privacidad. Pero hay una, subyacente, que me interesa más: la construcción de la memoria después de Internet. O, siendo más específica, no solo si es posible ser olvidado, sino algo más: ¿es posible morir?
     Me parece que Mario Costeja no quería ser olvidado, sino controlar la narrativa de su vida. Él quería editarla, cortando las partes que consideraba vejatorias y manteniendo las más edificantes. Para él, no bastaba con superar personalmente un mal momento, era necesario que nadie supiera que lo había vivido. Costeja no está solo en ese deseo. Muchos hacen eso todos los días en Internet, ese campo en que cabe todo, al escoger qué publicar en Instagram, Facebook, en Twitter, en otras redes sociales, en blogs y webs personales en forma de texto, vídeo, fotos y audio. Solo publicamos aquello que creemos que hace bien a nuestra imagen —y, en última instancia, a nuestra memoria en construcción—.

Eliane Brum. ¿Es posible morir después de Internet?
Internet: <elpais.com/sociedad> (con adaptaciones).

Considerando el carácter argumentativo del texto 4A3-III, se puede afirmar que el punto de vista discursivo de la autora es marcado en el siguiente pasaje

Alternativas
Comentários
  • pode-se dizer que o ponto de vista discursivo da autora está marcado na passagem:

    D) “Solo publicamos aquello que creemos que hace bien a nuestra imagen —y, en última instancia, a nuestra memoria en construcción—” (último párrafo).

    "Só publicamos o que acreditamos ser bom para nossa imagem — e, finalmente, nossa memória em construção — (último parágrafo).

    Indo além, veja que o texto é dissertativo e a autora expõe seu pensamento no último parágrafo:

    Me parece que Mario Costeja no quería ser olvidado, sino controlar la narrativa de su vida. Él quería editarla, cortando las partes que consideraba vejatorias y manteniendo las más edificantes. Para él, no bastaba con superar personalmente un mal momento, era necesario que nadie supiera que lo había vivido. Costeja no está solo en ese deseo. Muchos hacen eso todos los días en Internet, ese campo en que cabe todo, al escoger qué publicar en Instagram, Facebook, en Twitter, en otras redes sociales, en blogs y webs personales en forma de texto, vídeo, fotos y audio. Solo publicamos aquello que creemos que hace bien a nuestra imagen —y, en última instancia, a nuestra memoria en construcción—.

  • Pegue o Título e veja qual é o principal assunto. O que mais se adequou foi a passagem da letra (D).

    Pelo menos para mim.

  • Esta questão pede da(o) candidata(o) atenção a elementos recorrentes no texto, um aspecto fundamental para entendermos melhor o ponto principal da discussão apresentada no texto. A recorrência de determinadas palavras ou de um conteúdo específico nos dá dicas do ponto de vista da autora do texto, bem como da tese sobre a qual construiu-se o texto.

    O início do texto apresenta uma situação em que uma pessoa encontrou conteúdos sensíveis sobre sua vida em um mecanismo de busca online internacional. A partir daí, abordando o caso do advogado Mario Costeja, procede-se a uma análise breve sobre a relação entre a reputação que queremos apresentar aos outros e a imagem que eles possam fazer de nós ao terem contato com conteúdos tão íntimos da nossa vida particular. Esta relação fica ainda mais nítida ao final do último parágrafo, em que a autora reforça que, em busca de tentar controlar essa imagem que o outro faz de nós, optamos por expor na rede mundial de computadores apenas aquilo que vai, de alguma forma, contribuir para a imagem que queremos expressar. 

    A) O ponto de discussão principal no texto não parece ser sobre a eliminação de conteúdos sensíveis, tanto é que, como resultado, seu processo judicial tornou-o (bem como aquilo do qual ele se envergonhada) ainda mais famoso. A ideia que se repete em alguns momentos no texto é: qual é a memória que queremos deixar sobre nós? INCORRETA.

    B) A discussão fascinante inicia com uma pergunta, sobre o direito de se tornar esquecível, mas o texto não discorre sobre essa discussão. Ao contrário, ele demonstra como a necessidade de ser esquecido fez do advogado ainda mais reconhecido mundialmente. INCORRETA.

    C) O trecho que reforça a vitória do advogado sobre uma das companhias de maior influência no mundo é trazido apenas uma vez, para expor que é possível, sim, obter o direito a ser esquecido nas redes sociais; por outro lado, se este argumento tivesse sido o mais relevante ao longo do texto, a autora teria desenvolvido mais esta ideia, apontando as divergências do caso, outros casos parecidos, possíveis ações que a empresa Google teria tomado para evitar perder outros processos judiciais, etc. Isto é: para que este seja o cerne da discussão do texto, é preciso haver outras recorrências desta mesma polaridade, o que não acontece. INCORRETA.

    D) Este trecho concorda com o primeiro parágrafo, em que é exposta a necessidade do advogado em ser reconhecido pelo que ele próprio considera boas características. Desta forma, a possibilidade de ser “esquecido" em meio digital não diz respeito apenas a ter seu nome apagado de uma lista de pessoas internacionais, mas, sim, ao direito de ter divulgado apenas aquilo de que se tem orgulho, aquilo que se deseja que os demais conheçam. CORRETA.

    E) Embora este trecho corrobore a ideia de que as pessoas desejam tornar público aquilo do que elas se orgulham e pelo que gostariam que fossem reconhecidas, é inadequado supor que este trecho indica o argumento principal sobre o qual o texto será construído. Isso acontece porque o fato de que Costeja “no está solo" supõe outros relatos, outras pessoas que deveriam ter sido elaborados ao longo do texto a fim de que se discutisse algo sobre essas identidades. No entanto, isso não acontece. A recorrência que se vê no texto não é sobre outras pessoas que partilham do mesmo interesse, mas a de que mesma ideia é partilhada por várias pessoas. INCORRETA.

    Gabarito da Professora: Letra D.

  • Matei pela primeira pessoa do plural . Mos