A terapia de exposição e prevenção de resposta (EPR) foi a primeira abordagem psicológica com efetividade comprovada no tratamento dos sintomas do TOC. Foi introduzida nos anos 60, em razão da insatisfação com os resultados da psicanálise e da psicoterapia de orientação psicanalítica, que além de não serem efetivos na eliminação dos sintomas OC eram tratamentos muito demorados. Contrariando a teoria psicodinâmica que considerava a “neurose obsessiva” o resultado de conflitos inconscientes, o modelo comportamental propunha que a ansiedade, os medos e os rituais eram resultados de aprendizagens. Propunha ainda que as mesmas leis da aprendizagem que explicavam as mudanças do comportamento normal poderiam explicar a aquisição e a extinção de comportamentos considerados patológicos. Essa hipótese começou a ser explorada de modo mais sistemático no pós-guerra e se materializou em tentativas de criar em animais de laboratório, com base nas teorias da aprendizagem, as chamadas “neuroses experimentais” e ao mesmo tempo desenvolver métodos para removê-las. O objetivo era desenvolver, a partir desses modelos, técnicas para o tratamento de problemas semelhantes em seres humanos. Foram desenvolvidos com sucesso modelos para a aquisição de comportamentos evitativos em relação aos locais ou situações nos quais animais haviam, por exemplo, recebido choques elétricos, e em para elimina-los através da exposição gradual. Esses experimentos permitiram o desenvolvimento posterior de técnicas comportamentais como a dessensibilização sistemática, a exposição na imaginação e, sobretudo, a exposição in vivo utilizadas com sucesso em pacientes, inicialmente no tratamento de fobias e posteriormente no próprio TOC, no qual são comuns comportamentos evitativos ou evitações. Disponível em: https://www.ufrgs.br/toc/_files/view.php/download/pasta/16/6183e05ece761.pdf
A terapia de EPR é uma terapia breve que propõe ao paciente exercícios graduais nos quais se exponha ao contato direto com os objetos, locais ou situações que provocam medo ou desconforto e que são sistematicamente evitados (exposição) e ao mesmo tempo deixe de executar rituais.
RESULTADO: o sintoma é apenas deslocado e a carga afetiva que o fundamenta vai se manifestar em outra área da vida do sujeito. Não há um processo de elaboração. No final o sujeito ou acaba recorrendo a uma terapia psicodinâmica ou permanece o resto da vida com seu sintoma, pois embora QUEIRA, não DESEJA abrir mão do gozo envolvido na realização, como exemplo, dos comportamentos compulsivos e pensamentos obsessivos.