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ID
5119396
Banca
IBADE
Órgão
SEE-AC
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

             Animais também podem ser terapeutas e ajudar no tratamento de doenças

    Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença. O juramento dos matrimônios se encaixa muito bem na fidelidade dos animais de estimação. Inclusive, hoje a última parte pode ser levada ao pé da letra: está se tornando cada vez mais comum que os pets colaborem para a recuperação de pacientes dos mais variados casos clínicos. "A Terapia Assistida por Animais (TAA) consiste em tratamentos na área da saúde, onde um animal é co-terapeuta e auxilia o paciente a atingir os objetivos propostos para o tratamento", ensina Laís Milani, psicóloga e membro da diretoria da área de Terapia Assistida por Animais do Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (Inataa).
    No Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, a entrada de bichos de estimação é liberada desde o ano de 2009, desde que autorizado pelo médico responsável de cada paciente. "Na verdade sempre existiu essa solicitação, que partia de pacientes e familiares. Como existia demanda e isso até encurta a permanência das pessoas no hospital, de acordo com diversos estudos, criamos esse fluxo e o transformamos em uma rotina, com procedimentos claramente definidos e institucionalizados", explica Rita Grotto, gerente de atendimento ao cliente do hospital.

                                            Qual o animal certo para a pet terapia?
   Nem todo animal nasceu para ser um terapeuta, por assim dizer. "Ele precisa ser tranquilo, ter uma personalidade que as pessoas possam abraçar, beijar e apertar, sem que ele reaja", explica o adestrador José Luis Doroci, fundador do Projeto Novo Guia. Os animais mais comuns são os cães e os cavalos, que no geral tem um temperamento mais dócil. Mas gatos, jabutis, peixes, coelhos e aves também podem e são usados nesse tipo de projeto.
    Não há uma recomendação específica de quem pode ser ajudado pela pet terapia. "Qualquer paciente pode ser beneficiado, desde que não haja alguma contraindicação, como por exemplo, medo de animais, alergia ou problemas de respiração, entre outros", observa a psicóloga Fabiana Oliveira, do Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por Animais de Campinas (Ateac). Porém, alguns tipos de pacientes e alguns quadros clínicos têm um resultado já atestado, dentre os quais se destacam:

Estimula crianças
   Diversos problemas infantis podem ser melhorados com o convívio com animais. Um exemplo é a melhora do quadro de portadores de autismo. "Elas têm muita dificuldade no contato social e a simples presença de um animal treinado associada a atividades adequadas para eles auxiliam nesse desenvolvimento", relata Paula Lopes, neuropsicóloga da Associação Brasileira de Hippoterapia e Pet Terapia (Abrahipe) e do Centro de Reabilitação Gessy Evaristo de Souza. Estudos mostram que as crianças autistas apresentam diminuição nos comportamentos negativos, como agressividade, alienação, isolamento, entre outros com a presença de cães nas sessões, por exemplo.

Benefícios para os idosos
   Os animais são usados principalmente em idosos que apresentam o mal de Alzheimer, mas não existem ainda muitas pesquisas corroborando essa relação. "Observamos, porém, que o contato com o animal proporciona alguns benefícios que podem ajudar na diminuição do impacto emocional desta patologia", descreve a psicóloga Laís Milani, membro da diretoria da área de Inataa. Entre os benefícios estão a melhora do humor, relaxamento e diminuição da agressividade e do estresse, proporcionados pela doença.

Reduz o estresse
  É comprovado que o contato com os animais ajuda a liberar diversos hormônios do bem: endorfinas beta, prolactina e oxitocina. Eles todos atuam regulando as taxas de cortisol, hormônio relacionado ao estado de alerta, o que reduz o estresse. A psicóloga Laís Milani, da Inataa, relembra outros benefícios: "Estudos indicam que a interação homem-animal traz uma sensação de bem-estar e conforto, resultando na diminuição dos níveis de adrenalina, relacionado ao aumento da pressão arterial". Além disso, essa convivência libera outro hormônio, a acetilcolina, que está relacionada ao estado de tranquilidade, diminuição da pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, todos sintomas do estresse.

Melhora o quadro de depressão
  É um consenso entre os especialistas que estar com um animal de estimação aumenta a autoestima, senso de valor próprio, o estabelecimento de hábitos positivos e o interesse pelo outro. Tudo isso pode beneficiar pacientes depressivos, que apresentam problemas nessas áreas. "Estudos verificaram um aumento da produção e liberação da serotonina e dopamina, hormônios responsáveis pela sensação de prazer e alegria, após 15 a 20 minutos de interação com o cão", reitera a psicóloga Cristiane Blanco. 

(Fonte: texto adaptado de https://www.minhavida.com.br/bemstar/galerias/16239-animais-tambem-podem-ser-terapeutas-e-ajudar-notratamento-de-doencas, acesso em fevereiro de 2020.)

“Inclusive, hoje a última parte pode ser levada ao pé da letra:...”, a expressão destacada está devidamente substituída por:

Alternativas
Comentários
  • Ao pé da letra é sinônimo de: literalmente.

    Ao meu ver, o que se encaixa melhor nesse significado é a alternativa C - à rigor.

  • SÉRIO => Palavra masculina (sem crase).

    FUNDO => Palavra masculina (sem crase).

    RIGOR => Palavra masculina (sem crase).

    CLARAS => Palavra feminina (com crase)

    VEZES => Exige crase

    =D

  • Eu sei que a rigor não está correto, pelo fato de rigor ser palavra masculina e não aceitar crase. Contudo, observem essa questão, Q1706460, na mesma prova, em que, o gabarito é que ao pé da letra pode ser entendido contextualmente como rigorosamente.

    O problema dessa questão é que ela joga um às claras que não faz sentido algum com ao pé da letra.

  • Letra D

    "A rigor" faria a substituição e manteria o sentido, mas está incorreta a crase. "Às claras" não manteve o mesmo sentido, mas a questão também não pediu isso, só pediu para substituir, sendo essa a única que está craseada corretamente.

  • Em nenhum momento a questão fala sobre a semântica da expressão. Como as outras alternativas estão grafadas de forma incorreta, a única possível é "às claras" - Locução adverbial feminina

  • Quem errou essa por não entender que se tratava de crase, já fica vacinado para a próxima questões, principalmente se essa for a banca do seu concurso

  • Gabarito esquisito como as questões do IBADE. N a prova jogam duas questões iguaizinhas, só mudando a ordem da resposta e por aí vai.

    Às claras, não tem nada a ver com ao pé da letra. O certo entendo que seria rigorosamente, como um colega descreveu acima. Complicado fazer prova. Fundo, sério e rigor são palavras masculinas não tem crase, por não ser à moda de

    Acho que estou entendendo que a Banca quer que adivinhemos o que o examinador pensou na hora de elaborar a questão..

  • ''As vezes'' é diferente de' às vezes'. A primeira tem sentindo de ocasião, a segunda de tempo.

  • A questão se faz pelo sinal indicativo da crase.

    ao pé da letra é no sentido literal, uma coisa exata, rigorosa.

  • sinônimos de ao pé da letra: Literalmente, textualmente, exatamente, expressamente, palavra por palavra, as claras.

    PC AVANTE!

  • Questão maldosa da banca cobrando crase e não semântica. Por isso a resposta é "às claras" e não "à rigor" (que deve ser grafado sem crase).