- ID
- 5120566
- Banca
- Itame
- Órgão
- Câmara de Itauçu - GO
- Ano
- 2020
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Opiniões diferentes
Em um fim de tarde, ao pôr do sol, Jane Andrews,
Gilbert Blythe e Anne Shirley se encontraram junto a
uma cerca, à sombra dos galhos de abetos que uma
brisa balançava gentilmente, onde um atalho no
bosque conhecido como Rosa das Bétulas se juntava à
estrada principal. Jane havia passado a tarde com
Anne, que agora acompanhava a amiga até uma
parte do caminho de volta, e, ao passarem pela cerca,
depararam-se com Gilbert. Os três estavam
conversando sobre a fatídica manhã do dia
seguinte, que seria a primeira de setembro, quando
as escolas voltam a abrir suas portas. [...]
— Vocês dois têm certa vantagem — suspirou Anne.
— Vão lecionar para crianças que não conhecem,
enquanto eu terei que dar aulas para os meus antigos
colegas, e a senhora Lynde disse que tem medo de que
eles não me respeitem como fariam com um estranho,
a menos que eu seja muito severa desde o primeiro
momento. Mas eu não acredito que uma professora
deva ser severa. Ai, parece tanta responsabilidade!
— Creio que vamos nos sair bem — apaziguou Jane.
[...] — O mais importante é manter a ordem, e um
professor tem que ser um pouco severo para isso. Se
meus alunos não fizerem o que digo, eu os castigarei.
— Como?
— Dando-lhes uma boa palmatória, é claro.
— Jane, você não faria isso! — Lamentou Anne,
chocada. — Você não poderia! [...] Eu jamais
conseguiria bater em uma criança. — Replicou Anne,
igualmente decidida. — Não acredito de forma alguma
nesse método. A senhorita Stacy nunca surrou nenhum
de nós, e ela mantinha a ordem perfeitamente; e o
senhor Phillips estava sempre fazendo isso e não tinha
nenhum controle sobre a classe. Não, se eu não
conseguir dar aulas sem palmatória, desistirei de
lecionar. [...]
Trecho do livro Anne de Avonlea, de Lucy Maud Montgomery.
Tendo em vista o nível de linguagem utilizado no
texto, pode-se classificá-lo como: